Operação Tarrafa e os servidores do INSS

Nos últimos dias o sindicato tomou ciência da Operação Tarrafa, uma ação da polícia federal que cumpriu 36 mandados de busca e apreensão com prisão de alguns servidores do INSS por supostas fraudes ocorridas no Seguro Defeso.

O SINSSP não é contra o combate às fraudes, muito menos contra a punição de servidores que cometem fraudes, mas o sindicato não pode se calar diante dessa ação espetaculosa que prendeu servidores e os expôs publicamente, maculando suas imagens não só como servidores, mas também como cidadãos. Até onde podemos aceitar calados tais ações?

Primeiramente é importante frisar que a Constituição Federal garante a todos os brasileiros o amplo direito de defesa, conforme preceitua um estado democrático de direito. Segundo a constituição é direito de todos os brasileiros e os estrangeiros que aqui vivem:

Art. 5o …

X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

XI – a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;

...

LVII – ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;

LVIII – o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei;

...

LXI – ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei.

Diante dos relatos de alguns servidores que foram inseridos na “Operação Tarrafa”, fica claro que a forma de agir dos agentes da PF está em desacordo com o disposto em nossa “Carta Magna” e agem ao arrepio da lei, como se ainda estivéssemos nos tempos da ditadura.

Será que precisaremos lembrar a PF que, neste caso, eles não estão lidando com assaltantes de bancos, nem com traficantes de drogas ou qualquer outro tipo de violadores da lei, mas com servidores públicos federais, investidos de um cargo público, com endereço residencial e comercial conhecidos e que trabalham com sistemas corporativos facilmente auditáveis, não havendo necessidade de ações espetaculosas e que atentam contra a imagem desses servidores e de toda uma categoria.

Se há indícios de fraudes na concessão de algum benefício previdenciário então que façam as devidas auditagens nos sistemas. Por que a necessidade de apreender celulares, computadores e outros documentos? As provas já não eram existentes? Ou será que há apenas ilações de gente inescrupulosa?

Os servidores não são bandidos, se há alguma suspeita de fraude tanto o INSS quanto a PF poderiam apurar as fraudes, sem a necessidade de atentar contra a moral de ninguém e sem ao menos oferecer o direito de defesa. Ou será que mudaram a constituição e todos são culpados até que se prove o contrário?

O pior é o silêncio do INSS e do Ministério do Trabalho e Previdência que, no mínimo, se omitem diante desse atentado contra os seus próprios servidores. Essa administração empurra os servidores para um descontentamento geral, que só reforçam a necessidade de uma greve.

É preciso reforçar que os servidores do INSS são responsáveis pelo atendimento de uma grande parcela da sociedade brasileira, são aposentados, pensionistas, pessoas enfermas e carentes, todas atendidas por esses mesmos servidores que hoje estão expropriados de qualquer direito e marcados pela ilegalidade. A pergunta que fica é: Quem serão as próximas vítimas?

Lembramos que nos últimos anos o INSS vem trabalhando com um número cada vez menor de servidores, com sistemas precários e sem qualquer critério legal para a divulgação de normas e legislações.

Muitas orientações são transmitidas aos servidores através de WhatsApp, Facebook, Telegram, entre outras redes sociais e dos “informes azuis”. Qual a legalidade dessas informações? Será que quem está nos outros programas de gestão também não serão vítimas dessas ordens oficiosas?

Estamos atravessando um momento de muita reflexão, os servidores precisam se conscientizar de que a vida não é apenas cumprir metas e multiplicar a pontuação a todo custo. É necessário trabalhar de forma legal, cumprindo normas e seguindo a legislação.

 


Como receber o auxílio saúde para planos que não seja a GEAP?

Muitas pessoas se perguntam: como faço para receber o meu auxílio saúde já que tenho plano de saúde, mas que não é a GEAP?

Essa é uma dúvida muito frequente entre os servidores públicos federais. Por isso, o SINSSP desenvolveu um tutorial bem simples e prático com o passo a passo de como requerer o auxílio saúde no SIGEPE.

O endereço eletrônico do SIGEPE para acessar a plataforma é:  www.gov.br/servidor/pt-br

Clique abaixo, acesse o tutorial e boa sorte!

RECEBER O AUXÍLIO SAÚDE PARA QUEM TEM PLANO DE SAÚDE (QUE NÃO SEJA A GEAP)

 


16 de março: dia nacional de luta e mobilização dos servidores públicos

O Ato Nacional de luta e mobilização dos Servidores Públicos Federais acontece nesta quarta-feira, 16 de março, por recomposição salarial, melhores condições de trabalho e contra o desmonte na máquina pública.

Caravanas de várias partes do Brasil irão se concentrar em Brasília/DF, no Espaço do Servidor, às 9 horas, local onde ocorreram as últimas mobilizações e manifestações dos servidores. De acordo com a programação divulgada pelas entidades representativas da categoria, os trabalhadores seguirão em marcha até o Bloco P do Ministério da Economia.

O 16 de março será o dia D para o funcionalismo público, pois se não houver negociação das pautas exigidas pelos servidores públicos federais, os servidores vão iniciar uma greve a partir do dia 23 de março, conforme deliberação das plenárias das federações e confederações que representam os servidores do INSS.

No INSS, a Operação Excelência também deve continuar até que a pauta dos servidores seja atendida. Para participar da Operação é necessário que o servidor produza no máximo 80% da sua meta, respeite os horários de entrada, almoço e saída, sem fazer horas extras e não puxe tarefas ou acesse o sistema nos finais de semana ou fora do expediente. Para saber mais clique aqui.

Vamos juntos virar esse jogo, participe e lute com a gente!

 


Desmonte de programa de reabilitação do INSS coloca em risco a saúde do trabalhador

O Programa de Reabilitação Profissional do INSS destinado a trabalhadores acometidos por doenças ou acidentes que os incapacitem de exercer suas funções profissionais vem sendo gradativamente desmontado pelos governos que assumiram o poder após o golpe de 2016, contra a presidenta Dilma Rousseff.

Pensado como uma política de saúde voltada à proteção social de grupos vulneráveis e estruturado por três pilares – a perícia médica, a reabilitação e o serviço social -, o programa teve sua essência destruída pelos governos do ilegítmo Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).

Esse desmonte é parte do plano de desorganização e deterioração de serviços públicos que foi colocado em prática no Brasil após o golpe, analisa a secretária de Saúde do Trabalhador da CUT, Madalena Margarida Silva.

Segundo ela, a destruição das políticas previdenciárias e de saúde interessam aos aliados dos grupos políticos de Temer e Bolsonaro que só trabalham para atender interesses dos empresários.

“Querem o fim do INSS, a privatização total da Previdência e da saúde no Brasil. Quem perde com isso são os trabalhadores que ficam sem acesso”, diz a dirigente.

O desmonte de dessa política pública foi tema de uma pesquisa publicada na Scientific Eletronic Library Online (Scielo) por dois pesquisadores da Universidade Estadual de Londrina. No artigo, a analista do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e mestra em sociologia, Kelen Clemente Silva e o professor de sociologia da Universidade Estadual de Londrina (UEL) Dr. Fernando Kulaitis, mostram que desde 2018, o programa vem sofrendo alterações consideráveis que colocam trabalhadores em risco. Os efeitos na saúde do trabalhador serão sentidos nos próximos anos, de acordo com os pesquisadores.

Uma dessas transformações, aponta o estudo, é o sistema de perícias médicas para a avaliação dos trabalhadores acometidos de doenças ou que sofreram acidentes. É a perícia que decide sobre o afastamento e o pagamento de benefícios a esses trabalhadores, garantindo proteção à saúde, à vida e a subsistência econômica durante o período em que não estiverem trabalhando e em tratamento.

“O desmantelamento da Política Pública de Previdência Social, evidenciado por meio da desestruturação do Programa de Reabilitação Profissional em comparação aos moldes em que foi construído, caracteriza desproteção social e desamparo aos trabalhadores adoecidos em seu processo de retorno ao trabalho”, diz trecho do artigo.

O levantamento dos pesquisadores confirma um problema vivenciado por milhões de brasileiros. As perícias vêm cada vez mais dificultando o acesso dos trabalhadores ao afastamento, tratamento e recebimento do benefício a que têm direito. Em geral, o trabalhador tem o benefício negado e têm de voltar ao trabalho, mesmo doente ou incapaz.

O estudo conclui que “o fim do programa, a emissão de certificado e o desligamento sem a devida perícia médica podem acarretar altas indevidas e, consequentemente, o agravamento da saúde do trabalhador, que retornaria para um mercado de trabalho permeado pelo medo do desemprego e desamparo financeiro”.

Além disso, a ausência de assinatura de um perito médico no certificado de reabilitação profissional também coloca em dúvida a credibilidade e a efetividade do Programa de Reabilitação Profissional quanto à saúde do trabalhador.

Levando em consideração que, em 2019, no primeiro ano de mandado, Bolsonaro extinguiu a Diretoria de Saúde do Trabalhador e vinculou a Previdência ao ministério da Economia, é possível ter em mente qual a ideologia do atual governo em relação à vida dos trabalhadores.

Com a extinção da Diretoria, médicos deixaram de fazer parte do quadro de servidores. Ao mesmo tempo foi criada a Perícia Médica Federal. Desta forma o Programa de Reabilitação sofreu com a ausência de médicos e atenção à saúde foi ‘remodelada’.

O que diz o estudo

O estudo mostra que até 2016, o Programa de Reabilitação Profissional tinha como preceitos levar em consideração o modo como se dá o trabalho na sociedade, ou seja, a relação entre prazer e sofrimento, inclusão e exclusão, saúde e doença e, em especial, trabalho e adoecimento incluindo como fundamental a saúde do trabalhador e a reabilitação profissional. Essa característica, voltada ao social, se perdeu ao longo dos anos seguintes e o primeiro passo foi burocratizar tarefas e excluir dos manuais do programa as concepções sobre a saúde do trabalhador.

O caminho adotado para essa mecanização dos conceitos foi justamente as perícias médicas.

Um exemplo: antes, o trabalhador era encaminhado ao programa no momento da perícia médica, após serem identificadas restrições laborais pelo perito médico, o que indicava a necessidade de intervenção da equipe de reabilitação. Havia ainda, além da avaliação médica, uma avaliação socioeconômica e, então, era concluída a perícia, com elegibilidade ou não do segurado ao programa.

Após 2018, a avaliação conjunta foi extinta e dado maior poder ao perito médico, na hora da perícia e isso, conforme diz o estudo, não permite uma avaliação do nexo biopsicossocial do adoecimento.

O modelo ‘biopsicossocial’ compreende as dimensões biológica, psicológica e social da pessoa. Desta forma é possível investigar sintomas físicos para entender como a causa da doença pode estar no organismo do paciente e, portanto, faz toda a diferença na hora de ‘mandar o trabalhador de volta ao trabalho’.

“Nossas vidas não podem estar nas mãos dos peritos porque os trabalhadores passam até seis meses para fazer a perícia que muitas vezes não é aprovada”, diz Madalena.

Ela aponta ainda que há propostas tanto da CUT como de partidos como o PT, que incluíram o tema em seu plano de governo, para usar o Sistema Única de Saúde (SUS) para humanizar as perícias.

“O sistema do SUS pode garantir que os médicos possam fazer perícia pela assistência básica. Os médicos podem fazer esse papel e diminuir a fila - essa longa espera que é desumana e para que os trabalhadores possam ter acesso aos seus benefícios e possam fazer a reabilitação para voltar ao trabalho de forma segura”, explica a dirigente.

Ataques

Madalena Silva, secretária de Saúde da CUT reforça que o desmonte do Programa de Reabilitação não é a única frente de ataque às políticas previdenciárias. “Desde 2016 houve cortes no orçamento para a Previdência que tem recursos tanto do Estado como dos próprios trabalhadores, quando são descontados em seus salários. Além de o governo diminuir os recursos, do outro lado, a arrecadação também caiu já que o desemprego explodiu”.

Para ela é preciso revogar as reformas Trabalhista e da Previdência, além da Emenda do Teto dos Gastos (EC-95) para que o sistema previdenciário possa respirar. “É preciso também elegermos um governo que tenha como meta proteger os trabalhadores”, completa.

E a dirigente reforça que nos dias de hoje, o sistema que poderia garantir um atendimento e tratamento digno aos trabalhadores que se afastam por acidentes ou doenças, e para suprir o papel do programa de Reabilitação Profissional é o SUS. “Como está hoje não dá. Não podemos esperar por uma perícia médica. O SUS considera os princípios de equidade e universalidade e seria um bom caminho”, ela pontua.

Dois tempos distintos

“Durante os governos Lula e Dilma, a Previdência e o INSS buscavam cumprir sua missão constitucional de dar proteção social aos seus segurados contribuintes atendendo as demandas individuais e coletivas. A agilização na concessão de benefícios foi a tônica dos governos Lula e Dilma”, lembra o pesquisador da Universidade Federal de Brasília (UNB), Remígio Todeschini.

“Os governos petistas acabaram com as matérias sensacionalistas que mostravam filas quilométricas de trabalhadores doentes esperando na porta das agências do INSS”, diz o ex-ministro da Previdência Luiz Marinho, lembrando as matérias que via no Jornal Nacional, da TV Globo.

Marinho acrescenta que o fim das filas de espera durante os governos Lula e Dilma deram dignidade ao trabalhador na hora em que precisavam requerer os benefícios a que tinham direito. “Temer e Bolsonaro criaram a fila virtual e dificultaram o acesso a esse direito“, diz o ex-ministro.

Em 2009, com muito investimento em formação, estrutura física das agências e em tecnologia de informação, aposentadorias chegaram a ser concedidas em 30 minutos. Já hoje em dia, a situação é bem diferente. “A conquista da aposentadoria em meia hora hoje se transformou e uma fila anual, agora virtual, enorme para concessão de benefícios, fila que chega a mais de um ano“, reforça Remígio.

A fila para benefícios do INSS começou o ano de 2022 com 1.865.209 requerimentos em análise. O estoque alto dos benefícios previdenciários e assistenciais se mantém desde 2019, e em janeiro do ano passado estava em 1,7 milhão.

Isso também é reflexo de decisão política contrária aos interesses dos trabalhadores, como a falta de novos concursos na Previdência ou de peritos, diz Remígio.

Sobre a Scielo

O programa SciELO Brasil é resultado de uma parceria entre a Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (FAPESP) e a Bireme (Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde), com o apoio do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).

A plataforma é uma grande livraria eletrônica que reúne milhares de artigos e materiais científicos confiáveis, em português, que entre outras funções auxilia como referencial teórico em pesquisa de dados para organizações no desenvolvimento de projetos e estudantes em conclusão de cursos acadêmicos.

 


MEGAFONE #55- Acompanhe o que rolou na reunião com o ministro do trabalho e previdência social com pauta específica do INSS

No episódio #55 do MEGAFONE, o canal de Podcast do SINSSP traz uma síntese de como foi a reunião com o ministro do trabalho e previdência social, além de mais detalhes sobre a Operação Excelência no INSS. Fique sintonizado com a gente!

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ATENÇÃO: você pode ouvir o episódio #55 do MEGAFONE pelos links acima, direto nas plataformas de streaming. Se a plataforma escolhida solicitar login, efetue o seu cadastro escolhendo logar pelo Facebook, Google ou e-mail e pronto, sua conta está criada, é fácil! Depois, só localizar o MEGAFONE, seguir o canal e ouvir os episódios.

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No ar o MEGAFONE episódio #53 com informes da mobilização da categoria

No episódio #53 do MEGAFONE, o canal de Podcast do SINSSP vai falar sobre a construção da luta dos servidores públicos federais com o debate das propostas de cada setor do INSS levantadas nas reuniões realizadas nesta semana e que serão levadas para a assembleia do sindicato desta sexta-feira, dia 25 de fevereiro e também sobre a Operação Padrão por Excelência no INSS, que consiste em NÃO se submeter ao Assédio Institucional das metas abusivas, em detrimento do reconhecimento do direito do cidadão e da prestação de um serviço de qualidade à população. Fique sintonizado com a gente!

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Informes da reunião do Conselho Nacional de Previdência Social

O diretor do núcleo de aposentados do SINSSP e Conselheiro do Conselho Nacional de Previdência Social representando o sindicato e os aposentados, Tadeu Costa, traz os informes da reunião realizada no dia 24/02/2022.

Os destaques dessa reunião vão para a abertura das agências, terceirização, concurso público e melhores condições de trabalho.

O diretor alerta os servidores, pois a situação é muito mais complicada do que parece ser, venha conferir.

Se inscreva no canal e não esqueça de ativar o sininho para receber as nossas notificações.


Orientações para a OPERAÇÃO EXCELÊNCIA

Em reunião realizada nesta terça feira (22/02), o Consórcio de sindicatos da seguridade social filiados à CUT, após ampla discussão decidiu por desencadear junto a categoria a Operação Excelência no INSS.

A Operação, que será realizada por Técnicos e Analistas do INSS, visa denunciar não apenas o desmonte do INSS, mas também entrar na campanha pela reposição salarial de 19,99% desencadeada pelos Fóruns de entidades de servidores Públicos: Fonasefe e Fonacate.

O Consórcio entendeu por bem que a categoria não pode esperar o dia 09/03 para começar a se movimentar em busca da recomposição salarial.

Além da pauta salarial geral, a categoria quer dar um basta ao assédio institucional que o INSS pratica contra os seus servidores, através das metas abusivas em detrimento da qualidade do reconhecimento do direito do cidadão.

Desde 2016 o órgão vem sofrendo um desmonte sem precedentes. A ausência de Concursos Públicos, Sistemas obsoletos, cortes consecutivos no orçamento do Instituto, fechamento de Agencias da Previdência Social, entre outras situações de descaso transformaram o INSS em uma Autarquia sucateada, escancarando o desmonte de sua estrutura e capilaridade.

A ausência de Concurso Público e as aposentadorias de servidores reduziram o número de servidores em mais de 39 mil para menos de 20 mil, num período de 6 anos, podendo cair ainda mais, uma vez que aproximadamente 3.500 servidores do órgão entrarão em abono de permanência neste ano, adquirindo o direito de se aposentar a qualquer momento.

O Resultado desta política é: mais de 2 milhões de requerimentos dos cidadãos brasileiros paralisados na nuvem da Previdência Social.

Os servidores também reivindicam em pauta específica, já entregue ao Ministro da Previdência, que abrange a profissionalização da Carreira do Seguro Social.

Das 384 carreiras do serviço público federal, a Carreira do Seguro Social que abriga técnicos e analistas do órgão é a única que possui vencimento básico abaixo do salário mínimo.

Os servidores reivindicam:

  • Concurso imediato para técnico do seguro social com requisito de entrada de NS;
  • Abertura imediata de negociação para reestruturação dos valores das tabelas da Carreira do Seguro Social;
  • Rediscussão do Programa de Gestão (teletrabalho);
  • fim das metas abusivas e assédio institucional;
  • Criação do Auxílio Teletrabalho;
  • Reajuste dos benefícios;
  • Auxílio Saúde;
  • Vale Alimentação;
  • Auxílio creche;
  • Derrubada do Veto de 1 Bilhão no orçamento do INSS;
  • Não fechamento das Agências do INSS;
  • Defesa do direito ao atendimento presencial ao cidadão nas unidades do órgão e
  • Não a terceirização do atendimento.

 No que Consiste a Operação Excelência

A Operação Excelência consiste em NÃO se submeter ao Assédio Institucional de metas abusivas em detrimento do reconhecimento do direito do cidadão e da prestação de um serviço de qualidade à população.

OBJETIVO

Abertura de negociação imediata sobre a reposição Geral de 19,99% como a Pauta Específica da Carreira do Seguro Social

Por quê?

  1. Por causa da redução em 50% do número servidores em 6 anos (38 mil para menos de 20 mil);
  2. Por causa da falta do concurso público;
  3. Por causa do cerceamento do direito à população em ter um atendimento presencial;
  4. Por causa do fechamento das Agencias da Previdência Social;
  5. Por causa dos sucessivos cortes orçamentários do órgão, 1Bi em 2022;
  6. Por causa do Sucateamento proposital do INSS, a maior distribuidora de renda do país;
  7. Por causa do congelamento do Salário, desde 2017 os servidores do INSS não têm reposição das perdas salariais e dos benefícios;
  8. Por causa do Vencimento Básico dos técnicos e Analistas estar abaixo do salário mínimo, única carreira do governo federal nesta situação;
  9. Por causa da Destruição da Carreira do Seguro Social;
  10. Por causa do Não cumprimento do Acordo de Greve de 2015;
  11. Por causa dos servidores estarem custeando as despesas do Trabalho remoto (água, luz, internet, mobiliário) sem contrapartida nenhuma do governo;
  12. Por causa do adoecimento dos servidores do INSS em virtude da Pandemia e Metas abusivas;
  13. Por causa de sistemas inoperantes e tecnologia obsoleta.

ORIENTAÇÕES AOS SERVIDORES DE COMO PROCEDER NA OPERAÇÃO EXCELÊNCIA

  • Cumprir apenas 80% da Meta em Todos os Programas de Gestão;
  • O Horário de Trabalho Remoto deve compreender entre 08h e 18h. Não ultrapassando a jornada de 9h, já incluída a parada para almoço;
  • NÃO puxar tarefas aos finais de semana e feriados.

A Operação Excelência deve primar pela excelência na Concessão de Benefícios que tem ficado prejudicada em virtude das metas abusivas em consequência da falta de servidores.

A Operação excelência Permeia todas as áreas do INSS: Benefício, Atendimento, Gestão de Pessoas, Logística, Auditoria e Corregedoria.

Abaixo alguns exemplos de procedimentos na área de benefício:

  • Emitir Exigência para apresentação da CTPS ou carnês, ainda que o tempo de contribuição conste no CNIS. Por quê? Com a EC 103/2019 o tempo de contribuição, em qualquer benefício, é muito importante para o Cálculo correto;
  • Proceder todos os acertos do CNIS. Por quê? Isso evita falha na criação de possíveis elos entre NIT;
  • Atentar para emissão de exigência completa e seu recebimento. Em caso de cumprimento de exigência incompleto, reemitir exigência e não indeferir o benefício;
  • A análise deve ser feita com base na legislação vigente, em caso de dúvida abra consulta para área técnica;
  • Anexar todas as telas, TS e resumo, além de emitir despacho conclusivo. Isso evita que o segurado seja prejudicado e também facilita a análise de recurso e revisão;
  • Verificar as tarefas e sub-tarefas pendentes há mais de 30 dias, enviar e-mail para que as tarefas sejam concluídas;
  • Criar sub de auditagem de valores para o OL mantenedor liberar PAB das diferenças apuradas na revisão; sem isto o segurado é prejudicado quanto ao recebimento dos valores devidos;
  • Nas APS’s os servidores deverão dar máxima atenção ao segurado quanto a entrega de exigências. Se tirar cópia das exigências que o segurado apresentou, solicitar ao servidor responsável que faça a análise e se não atender que seja reemitida à exigência o correto requisito, se for o caso.

Importante frisar que a operação excelência será construída todos os dias pelos servidores durante a sua execução. O Primordial é seguir o Direcionador:

  • Cumprir apenas 80% da Meta em Todos os Programas de Gestão;
  • O Horário de Trabalho Remoto deve compreender entre 08h e 18h. Não ultrapassando a jornada de 9h, já incluída a parada para almoço;
  • NÃO puxar tarefas aos finais de semana;
  • Não fique só. Faça reuniões com os colegas, convença, venha para esta luta.

EM CASO DE PERSEGUIÇÃO ENTRE EM CONTATO CONOSCO.

Juntos somos Fortes!

Vamos à luta até a vitória!

 


Atenção Servidor para a Assembleia virtual do SINSSP

Após a organização das várias frentes de trabalho do INSS para a construção da luta dos servidores públicos federais, com o movimento da Operação Padrão por Excelência para fortalecer a mobilização da campanha salarial e demais pautas específicas da categoria entregue ao ministério da previdência e trabalho, CONVOCAMOS todos os SERVIDORES para participar da ASSEMBLEIA VIRTUAL do SINSSP para aprovação das propostas e encaminhamento da Operação Excelência no INSS pela categoria.

É importante que TODOS OS SERVIDORES participem da ASSEMBLEIA VIRTUAL que será realizada nesta sexta-feira, dia 25/02, às 16 horas, via Google Meet.  Faça a sua inscrição no link: https://forms.gle/LxZ9AxbqkkeNqxnY9

Não fique de fora dessa LUTA! Juntos somos mais fortes!

 


Atenção servidores, informes para a base do SINSSP

Construindo a luta dos servidores públicos federais, o movimento paredista e a Operação Padrão por Excelência no INSS, já deliberada em reunião ampliada pelas entidades que compõem o consórcio de sindicatos da base da CUT, que representa a categoria, vimos informar que:

1- O SINSSP em reunião de diretoria decidiu por organizar um movimento de Operação Padrão por Excelência a partir do dia 03/03/2022 organizando as várias frentes de trabalho do INSS para formar este movimento que já nasce vitorioso pelo seu nível de ousadia e de estratégia, pensada na coletividade e na vida dos nossos segurados.

2- Após isto, o sindicato se reuniu no dia 21/02 com a área de trabalho que concentra os servidores das SMAN/Elabman e decidiu por organizar um movimento com base em não indeferir nenhum direito solicitado por tarefas que constam no rol das tarefas da Portaria nº 232/DIRAT/INSS, de 03 de setembro de 2020, e na redução de 80% da produtividade em relação ao exigido.

3- No mesmo dia (21/02) à noite, o SINSSP se reuniu com os servidores da APS DJ que decidiram por uma redução de 20% da sua produção, com processo de questionamento das solicitações das procuradorias e dos juízos, mostrando que também teremos luta naquele setor.

4- Ontem, dia 22/02, houve na parte da tarde a reunião das bases da ELAB/RD e decidiu-se por reduzir a meta para 80% do que ela é hoje, evitar prejuízos concessórios aos segurados e também não negar nenhum benefício, dando mais chances do segurado apresentar provas e documentos comprobatórios do seu direito, e assim dialogamos com a sociedade, com o respeito ao cidadão, e mostramos nossa capacidade de luta.

5- Pela noite houve reunião com os servidores que trabalham de forma presencial nas Agências e decidimos que as unidades que conseguirem paralisar suas atividades devem fazer, inclusive chamando aposentados para ajudarem neste movimento de forma a estarmos nas portas das unidades esclarecendo à população sobre o movimento que estamos fazendo.

6- Hoje (23/02) teremos reunião da área meio às 16 horas e às 19 horas com os aposentados. No dia 25/02 haverá uma assembleia para aprovação das propostas e encaminhamento da aprovação da Operação Excelência no INSS pela categoria.

As reuniões estão sendo bem proveitosas, estamos construindo uma nova forma de luta e buscando a defesa dos nossos direitos. Não esqueçamos que nossa perda remuneratória nos últimos anos passa de 34%.

As entidades que compõem o consórcio de sindicatos da base da CUT também deliberaram que no dia 09/03 e 15/03 chamarão todos os servidores para uma paralisação, o dia todo, com orientação de não puxar tarefas, nem ligar o computador. Essas e as demais propostas discutidas na reunião ampliada do consórcio de sindicatos serão levadas para o fórum da FENASPS e da CNTSS.

Dessa forma, é importante que os servidores acompanhem o site e as redes sociais do SINSSP para ficar informada e receber todas as orientações deste processo de movimentação da categoria.

Vamos continuar nos organizando porque sem luta não tem vitórias. Avante, que a luta é contínua!

Diretoria SINSSP