Hoje tem Live: espiritualidade e perdas

Nesta quinta-feira (08), às 16 horas, vamos dialogar com você sobre a vida, sobre a esperança e sobre como nos fortalecer em momentos difíceis, onde somos postos a prova.

A sociedade vive um momento ímpar, onde as perdas de vidas, de emprego, paciência, sono e de esperança, parecem tomar conta de nós. Porém é nesse momento que precisamos da manifestação da espiritualidade, para poder alimentar outros sentimentos, como a solidariedade e a fé, para que possamos continuar transformando o mundo através do amor, e para dialogar sobre isso receberemos os psicólogos Fabricio de Oliveira e Rogério Gianinni, além da médica Louise Tavares.

Dialogaremos com você sobre vida, sobre esperança e sobre como nos fortalecer em momentos difíceis, onde somos postos a prova nesta quinta-feira (08), às 16 horas.

Não perca! Um mais um é sempre mais que dois.

Onde assistir? Pelo Facebook da mediadora da live Vera Level: www.facebook.com/vera.level.10

 

Fonte: Vera Level


CGNAD: INSS pretende reduzir salário do servidor através da GDASS

A proposta, por meio de portaria, vai atrelar a produtividade individual na gratificação individual na mensuração atual.

A reunião do CGNAD (Comitê Gestor de Avaliação de Desempenho) ocorreu nesta terça-feira (06) e as notícias não são boas.

O INSS insiste, em plena pandemia, em uma proposta sem embasamento legal de atrelar a produtividade individual na gratificação individual na mensuração atual.

Em tese, o Instituto quer, por meio de portaria, o atingimento de metas com o objetivo de reduzir os salários dos servidores por meio da GDASS individual quando não atingir a meta.

O SINSSP contrapôs a proposta na reunião, porém, é preciso que a categoria concentre esforços na oposição dessa proposta infame do governo.

Estava presente, representando a CNTSS, Antonio Carlos Lima, diretor da pasta de Secretaria de Organização Política e Sindical do SINSSP.

Ouça o áudio abaixo e confira mais detalhes sobre o assunto:

https://www.youtube.com/watch?v=7Xhz43SXdJU&feature=emb_title


Dia Mundial da Saúde: SUS salva vidas, ele não!

No Dia Mundial da Saúde, neste 07 de abril, o SINSSP se une às mobilizações em defesa da VIDA e do SUS, pela GARANTIA do trabalho, pela VACINA JÁ para todos e pela quebra das PATENTES dos IMUNIZANTES. #SUSSalvaVidaEleNão

No Dia Mundial da Saúde, neste 07 de abril, o SINSSP se une às mobilizações em defesa da VIDA e do SUS, pela GARANTIA do trabalho, pela VACINA JÁ para todos e pela quebra das PATENTES dos IMUNIZANTES.

#SUSSalvaVidaEleNão

 

Fonte: Imprensa SINSSP


Dia Mundial da Saúde: SINSSP se une às mobilizações por vacina para todos e defesa da vida e do SUS

O SINSSP se une às mobilizações em defesa da vida e do SUS, garantia do trabalho, vacina já para todos e pela quebra das patentes dos imunizantes.

No Dia Mundial da Saúde, comemorado nesta quarta-feira (07), o Brasil tem pouco a comemorar e muito para lutar em defesa da vida e da ciência frente a pandemia da Covid-19 e ao negacionismo do governo que sabota o isolamento social, espalha fake News sobre a doença, faz propaganda do tratamento precoce e anda na contramão das orientações das autoridades da área de saúde.

A data foi criada pela ONU (Organização Mundial da Saúde) em 1948 com o intuito de conscientizar a população sobre a preservação da saúde para alcançar uma qualidade de vida. A Organização define o 07 de abril como "a saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade".

Porém, diante da maior crise sanitária que o Brasil enfrenta com vários estados com a saúde em colapso, o SINSSP se une as mobilizações marcadas para celebrar o Dia Mundial da Saúde organizada pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) e pela Frente Brasil Popular para dialogar com a população sobre o tema “Salvar vidas e proteger o trabalho! Vacinas para todas e todos! Em defesa da quebra de patentes!”.

A mobilização será virtual, para respeitar o distanciamento social, e o convite do sindicato se estende a todos os servidores do INSS que unidos as outras categorias vão dialogar com a população através da informação em defesa da vida e do SUS, garantia do trabalho, vacina já para todos e pela quebra das patentes dos imunizantes.

Use as suas redes sociais e compartilhe o material que o SINSSP vai disponibilizar junto com a hashtag principal deste dia: #SUSSalvaVidaEleNão. Um tuitaço está programado para às 11h.

Além das redes sociais, a CUT e os movimentos sociais que fazem parte da Frente Brasil Popular farão mobilizações com atos simbólicos, com no máximo 10 pessoas, em locais estratégicos com panfletagens e cartazes para conscientizar a população e estão programados para acontecer a partir das 9h.

A CUT realizará também uma live, às 19h, nas redes sociais da central (Facebook e Youtube) para debater o atual cenário brasileiro. Entre os convidados, o senador, médico e ex-ministro da Saúde, Humberto Costa (PT), o médico sanitarista e pesquisador da Fiocruz Claudio Maierovitch, e Fernando Pigatto, presidente do Conselho Nacional de Saúde. Pela CUT participam a secretária de Saúde do Trabalhador da Central, Madalena Margarida Silva, e Antonio Lisboa, secretário de Relações Internacionais.

Faça parte desse movimento no Dia Mundial da Saúde para “Salvar vidas e proteger o trabalho! Vacinas para todas e todos! Em defesa da quebra de patentes!”.

 

Fonte: Imprensa SINSSP


Sem política pública, fome atinge 19 milhões de brasileiros durante a pandemia

116,8 milhões não se alimentaram como deveriam. Por todo o Brasil, nas comunidades e favelas, são as mulheres negras, chefes de cozinha, que se viram como podem para levar alimentos à família.

No Brasil, 116,8 milhões de pessoas não se alimentaram como deveriam, com qualidade e em quantidade suficiente, durante o primeiro ano da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) em 2020. Isso significa que todas essas pessoas conviveram com algum grau de insegurança alimentar. Deste total, 19 milhões de brasileiros não tiveram o que comer.

Os dados são do Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, feito pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), em dezembro do ano passado, em 2.180 domicílios nas cinco regiões do país.

E a fome está piorando em 2021 com o agravamento da crise sanitária, a alta do desemprego, que atinge mais de 14,3 milhões de trabalhadores e trabalhadoras e a disparada dos preços dos alimentos, que veem subindo mais do que a inflação. Em meio a esse caos, depois de três meses, o novo auxílio emergencial, com valor de, em média, R$ 250, que volta a ser pago, vai comprar apenas meio bife, meio copo de leite, três colheres de arroz, segundo o Dieese.

Mesmo com o auxílio de R$ 600 pago no ano passado, 28% dos domicílios onde as pessoas haviam recebido o benefício, conviveram com insegurança alimentar grave - passaram fome –, ou moderada – comeram menos do que precisavam. Em outros 37,6%, as pessoas viveram insegurança alimentar de forma leve. Já entre os que não receberam o auxílio, 10,2% passaram por insegurança grave ou moderada, e a maior parte deles, 60,3% viveram em segurança alimentar.

Na falta de políticas públicas de combate à fome como as que foram implantadas durante o governo do ex-presidente Lula, que assumiu em 2003 com um percentual de 8,6% da população vivendo com algum tipo de insegurança alimentar e baixou o índice para 3,6% até 2013, e, em 2014, tirou oficialmente o Brasil do Mapa da Fome, os mais pobres agora dependem apenas da solidariedade.

No desgoverno de Jair Bolsonaro (ex-PSL), é a mobilização social pelo país em busca comida para as pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Por todo o Brasil, nas comunidades e favelas, são as mulheres negras, chefes de cozinha, que se viram como podem para levar alimentos à família. A maioria delas dependem de doações de cesta básicas.

O inquérito da Penssan mostra que a fome atingiu 11,1% das casas chefiadas por mulheres e 7,7% nas casas chefiadas por homens.  A diferença na segurança alimentar entre os gêneros também é grande: nas casas com mãe solo, 35,9% das famílias têm a alimentação garantida, já no caso dos homens são mais que a metade, 52,5%.

Quando a pessoa de referência nas residências é negra, a fome está presente em 10,7% das casas, enquanto se ela é branca, 7,5%.

Segundo dados da pesquisa da Penssan, realizada em 128 municípios, entre os dias 5 e 24 de dezembro do ano passado, a pandemia de Covid-19 acelerou um processo que o país já estava enfrentando depois do golpe contra a presidenta Dilma Rousseff (PT), em 2016.

O estudo questionou os moradores sobre os três meses anteriores, no momento em que o auxílio emergencial caiu de R$ 600, como aprovou o Congresso Nacional, para R$ 300, em setembro do ano passado, por decisão de Bolsonaro, que justificou falta de dinheiro quando ampliou o pagamento até dezembro de 2020.

Norte e Nordeste estão as regiões que registraram os maiores percentuais de perda de emprego, redução de rendimento familiar e corte de despesas. Quase 60% dos entrevistados dessas regiões contaram com auxílio emergencial para sobreviver com o mínimo de dignidade.

Agora, todos dependem de doações. E as filas para receber doações dobram os quarteirões onde tem distribuição em todo o  país. A iniciativa de várias ONGs sociais propõe a levar insumos e alimentos a famílias vulnerabilidades em todas as regiões do Brasil.

Onde doar

O governo de São Paulo lançou uma campanha: doe um quilo de alimento não perecível quando for se vacinar.

O MTST criou o Cozinhas solidárias para combater a fome nas periferias durante a pandemia. As doações são feitas por meio de página de financiamento coletivo.

A Coalizão Negra Por Direitos, em parceria com a Anistia Internacional, Oxfam Brasil, Redes da Maré, Ação Brasileira de Combate às Desigualdades, 342 Artes, Nossas - Rede de Ativismo, Instituto Ethos, Orgânico Solidário e Grupo Prerrô, mobilizam suas forças junto com coletivos para arrecadar fundos para ações emergenciais de enfrentamento à fome, à miséria e à violência na pandemia de Covid-19. Site e doações: https://www.temgentecomfome.com.br/

Mães de Favela: Objetivo do projeto é ajudar mulheres que criam família sozinhas em comunidades carentes. As doações são feitas através do site: https://www.maesdafavela.com.br/

O Adote uma família em Paraisópolis, em São Paulo, tem uma iniciativa que lidera uma comunidade de profissionais humanitários para criar um futuro onde todos possam prosperar com entrega de cestas básicas, marmitas, kits de higiene e máscaras. Para mais informações pelo site: www.novaparaisopolis.com.br/

A Central Única das Favelas (Cufa) também distribui alimentos em áreas carentes por todo o país. O objetivo é ajudar mães que não tem como garantir comida em casa durante a pandemia do coronavírus. Quem quiser doar, basta acessar o link. https://www.cufa.org.br/

 

Fonte:Walber Pinto/Edição: Marize Muniz (CUT)


Assistentes Sociais: pauta de reivindicações será discutida amanhã com o presidente do INSS

O SINSSP vai participar da reunião que vai debater a pauta de reivindicação dos assistentes sociais juntamente com a CNTSS e os sindicatos filiados nesta terça-feira (06). O ponto central será a Portaria nº 11, além das demais medidas que comprometem os serviços prestados e colocam em risco as vidas dos servidores e da população neste momento de pandemia.

A Portaria Conjunta PRES/DGPA/DIRAT/DIRBEN/INSS nº 11, de 17 de março, que dispõe, entre outras questões, sobre procedimentos para uniformizar o fluxo dos agendamentos das atividades do Serviço Social no âmbito do INSS terá destaque na pauta de discussão entre representantes da CNTSS/CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social) e dos Sindicatos dos Servidores Federais, dentre eles o SINSSP, com o presidente do órgão, Leonardo Rolim, e sua equipe técnica.

A reunião será nesta terça-feira (06) e as lideranças dos trabalhadores apresentarão um documento contendo um conjunto de 12 reivindicações visando garantir melhores condições de trabalho aos servidores e de atendimento à população.

Produzido pelos profissionais da assistência social, o texto relata os problemas causados pela Portaria e as demais medidas adotadas pelo Instituto que, segundo os dirigentes, “estão se configurando literalmente em ataques direcionados a este serviço previdenciário e a esta categoria profissional, promovendo um nítido esvaziamento sistemático das atribuições privativas e competências dos/as assistentes sociais em seu importante papel de atender a população, principalmente aos trabalhadores mais vulneráveis”.

A agenda desta semana é o resultado de demanda apresentada pela Confederação e os sindicatos da CNTSS em reunião realizada com Rolim em 24 de março, uma vez que há uma série de questionamentos sobre o conteúdo desta Portaria.

Naquela ocasião, os assistentes sociais foram categóricos ao afirmar que as mudanças na estrutura de atendimento e nos processos de trabalho, principalmente o aumento do número de agendas diárias para concessão do BPC (Benefício de Prestação Continuada) impossibilitam a realização do trabalho de avaliação biopsicossocial nos critérios técnicos estabelecidos pelas normas e diretrizes da Assistência Social.

Os dirigentes destacaram ainda que o trabalho do Serviço Social não é somente apresentar o parecer social e que há no cotidiano destes profissionais muitas outras atribuições.

Outro ponto muito criticado diz respeito a negligência do INSS com referência aos cuidados necessários para preservação das vidas dos servidores e da população neste momento de descontrole da pandemia em todos os Estados.

Os servidores entendem que ampliar a circulação de pessoas nas Agências neste momento é muito perigoso e uma contradição do INSS que diz respeitar os cuidados com os trabalhadores e os beneficiários, mas que neste momento quer expor ainda mais pessoas a situações de contágio com o vírus.

Clique aqui e leia na íntegra o documento.

 

Fonte: José Carlos Araújo/Assessoria de Imprensa da CNTSS/CUT, com informações do SINSSP


Homologado o resultado das Eleições da GEAP CONAD e CONFIS, conheça a composição dos Conselhos

A Comissão Eleitoral da GEAP divulgou na quinta-feira (01) o resultado da eleição para o Conselho de Administração GEAP (CONAD).

A Comissão Eleitoral da GEAP divulgou na quinta-feira (01) o resultado da eleição para o Conselho de Administração GEAP (CONAD).

A Comissão já havia divulgado no dia 25/03 o resultado oficial para o Conselho Fiscal (CONFIS), o atraso na divulgação do resultado oficial do CONAD ocorreu devido a medida cautelar interposta por um dos candidatos a uma vaga no Conselho de Administração.

O SINSSP lançou como candidata a Diretora da pasta Secretaria Geral, Vilma Ramos, a qual se elegeu como primeira colocada no Brasil com 1197 Votos.

Parabenizamos todos e todas que foram responsáveis por este resultado.

Dessa forma, o Conselho de Administração (CONAD) e o Conselho Fiscal (CONFIS) da GEAP Autogestão em Saúde terá a seguinte composição:

 

 

Fonte: Imprensa SINSSP


Podcast do Sinssp - Megafone

MEGAFONE #05 - Ditadura nunca mais e a importância de estar sindicalizado

No episódio desta quinta-feira, 01 de abril, o MEGAFONE vai falar sobre os 57 anos da ditadura militar completados ontem, 31 de março, uma data que precisa ser lembrada para que nunca mais volte a marcar a vida de uma nação. O programa de hoje também vai falar sobre a importância do servidor estar sindicalizado, de ter o cadastro atualizado e estar adimplente com o sindicato neste momento de retrocessos que o funcionalismo público está enfrentando.


31 de março de 1964 – data para reforçar o grito de DITADURA NUNCA MAIS!

O dia 31 de março de 1964 precisa ficar na memória como um gatilho de alerta para que a ditadura militar nunca mais volte a acontecer no Brasil.

Em 1964 foi o início de um dos períodos mais cruéis e sombrios da história do Brasil em que muitos trabalhadores sofreram tortura e até levados a morte por lutarem pela liberdade, por democracia.

Foi no dia 31 de março, pela madrugada, que o alto comando do Exército do país enviou tanques de guerra para a capital do Brasil, na época o Rio de Janeiro, para depor o então presidente da República, João Goulart, o eterno Jango, que presidia o país de 1961 até aquela data.

Jango, um político com ideais socialistas, incomodava bastante os generais e a ala conservadora da sociedade “diziam proteger” o Brasil do comunismo e para isso usaram do golpe militar para tomar o poder e implantar uma ditadura como justificativa para tais atos.

A atuação política do presidente deposto era conhecida pela prática do cunho social e tentou implantar reformas estruturais nas áreas administrativas, fiscais e agrárias, incomodando as elites rurais e urbanas do país.

Histórias contadas e vivenciadas por familiares descreveram a cruel repressão que milhares de pessoas enfrentaram, muitos desses presos políticos foram torturados até a morte e os corpos nunca foram encontrados pelas famílias que não puderam sequer enterrar os seus mortos, tudo porque decidiram lutar contra um golpe de estado, que foi financiado pela agência norte americana CIA, rapidamente abraçado e encampado pelas elites e militares brasileiros.

Artistas que usavam da arte para denunciar os horrores dos “novos tempos”, além de sindicalistas, líderes de movimentos sociais e trabalhadores lutavam pelos direitos e pela liberdade de expressão e, foram presos, sofriam as mais duras torturas e muitos não resistiam a violência e acabavam mortos.

Atualmente, o que mais preocupa as pessoas que têm consciência desse passado sombrio e que defendem a democracia é a frase da música de Cazuza: “Eu vejo o futuro repetir o passado”.

Foi a mesma ala conservadora da sociedade e da extrema direita que deu novo golpe, desta vez jurídico e midiático, em 2016, contra a ex-presidenta Dilma Rousseff, e elegeu para presidente um ex-militar, que para não ser expulso do exército foi aposentado precocemente por invalidez.

O risco que o Brasil sofre em reescrever essa trágica história é real e muito grave, um novo período sombrio parece estar cada vez mais perto, com as últimas articulações feitas por Bolsonaro, nesta semana, com a demissão e troca de seis Ministros e a saída dos comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, que contrariados com a não esperada saída do Ministro das Forças Armadas, pediram demissão por discordarem da postura do presidente.

É preciso acompanhar detalhadamente os desdobramentos desses últimos acontecimentos, a população precisa ficar atenta e o dia 31 de março de 1964 precisa ficar na memória como um gatilho de alerta para que a ditadura militar nunca mais volte a acontecer no Brasil, para não termos mais mortos e desparecidos como Hildegard e Stuart Angel, Vladimir Herzog, Manuel Fiel Filho, Carlos Lamarca, João Goulart, Juscelino Kubtischek e tantos outros que sumiram nos porões da ditadura.

O SINSSP grita: DITADURA NUNCA MAIS! DEMOCRACIA PARA SEMPRE!!!

 

Fonte: Imprensa SINSSP


Brasília vive terremoto de especulações, Bolsonaro muda comando de centro nervoso do governo

Após queda de Ernesto Araújo nas Relações Exteriores, presidente troca comando dos ministérios da Defesa, Justiça, Casa Civil, Secretaria de Governo, Advocacia-Geral da União.

Jair Bolsonaro finalmente cedeu e “aceitou” o pedido de demissão do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Se a queda do “chanceler” já era esperada desde a semana passada, a súbitasaída do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, surpreendeu Brasília e provocou um terremoto de especulações. Horas depois, foram anunciadas oficialmente mudanças em seis ministérios. O general Braga Netto deixa a Casa Civil para substituir Azevedo e Silva e o general Luiz Eduardo Ramos (da Secretaria de Governo) assume a Casa Civil. A Justiça passa a ser chefiada pelo delegado da Polícia Federal Anderson Gustavo Torres. O embaixador Carlos Alberto Franco França assume o Itamaraty.  E André Luiz de Almeida Mendonça – que já chamou Bolsonaro de “profeta” – ocupa o lugar de José Levi na Advocacia-Geral da União (AGU). E a Secretaria de Governo fica com o Centrão:  a deputada federal Flávia Arruda (PL-DF) assume o posto.

Circula a versão de que Azevedo e Silva teria saído da Defesa porque teria sido contra eventual demissão do comandante do Exército, general Edson Leal Pujol, que permanece no cargo até fechamento desta matéria. Pujol seria considerado “fraco” por Bolsonaro. Se Pujol cair, o comando do Exército ficaria com a linha dura da Força. O general convocou uma reunião com os comandantes da Marinha, almirante Ilques Barbosa Júnior, e da Aeronáutica, brigadeiro Antonio Carlos Moretti Bermudez, para deixarem o governo em conjunto. Na nota em que anuncia sua saída do governo o ex-ministro da Defesa escreveu uma frase que chamou a atenção: “Nesse período, preservei as Forças Armadas como instituições de Estado”.

Centro nervoso da segurança

O cientista político Vitor Marchetti, da UFABC, no Twitter, chama a atenção para o fato de que as mudanças acontecem no “centro nervoso” da segurança nacional: Defesa, Ministério da Justiça, AGU, Casa Civil e Secretaria de Governo. Apesar de a deputada do PL assumir a Secretaria de Governo, “a dança das cadeiras não está acontecendo no terreno tradicional do Centrão”, observou.

O analista chama a atenção para três fatos ocorridos de ontem (domingo, 28) para hoje: entrevista do general Paulo Sérgio ao Correio Braziliense, em que defende medidas reconhecidas mundialmente no combate à covid-19; o vice-presidente Hamilton Mourão tomou a vacina e afirmou: “Fiz minha parte como cidadão consciente”; e a própria demissão de Azevedo e Silva.

Perguntado, na entrevista, se há campanhas de conscientização no Exército sobre medidas contra disseminação do vírus, o general Paulo Sérgio respondeu que “chega a ser uma febre”. Disse que os recrutas que se alistam colocam todas as medidas sanitárias em prática. “Desde a chegada ao quartel até a instrução; à noite, na hora de dormir; é o termômetro na entrada, higienização dos pés, álcool em gel, uso da máscara, distanciamento”, afirmou o militar. Ele afirmou ainda: “todas as medidas sanitárias, diretrizes emanadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), corroboradas pelas nossas diretorias de saúde, são rigorosamente cumpridas em nossos quartéis”. É o oposto do que pregou Bolsonaro durante a pandemia.

“Fisiologismo e autoritarismo”

Na opinião do deputado federal Marcelo Freixo (Psol-RJ), Bolsonaro “está unindo fisiologismo e autoritarismo”. A estratégia, especula, seria abrir espaço para o Centrão e ao mesmo tempo fortalecer “a ala militar mais submissa ao seu projeto de poder”. A nota do já ex-ministro da Defesa seria “um alerta de que as Forças Armadas serão cada vez mais o tal do ‘meu Exército’”, escreveu Freixo na rede social.

“O que temos a dizer é que não é céu de brigadeiro em Brasília”, ironiza Paulo Teixeira (PT-SP). Segundo ele, o general Fernando Azevedo saiu porque “não se alinhou à escalada autoritária do presidente da República”. O deputado especula que as mudanças ministeriais podem ser resultado do desgaste “pela criminosa condução da pandemia e o efeito Lula”.

Na mesma rede social, o deputado Júlio Delgado (PSB-MG) questiona: “Em time que está ganhando, se mexe? Hoje o presidente mudou seis quadros importantes, em uma chamada ‘Reforma Ministerial’. Que reforma é essa sem planejamento e no auge da pandemia? Isso não está normal”.

Tensão na caserna

Até o fechamento desta matéria, aguardava-se o desfecho de uma reunião entre os comandantes das três Forças Armadas – Exército, Marinha e Aeronáutica – em que se discutiria uma renúncia conjunta aos cargos, como reação à saída do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva. As informações são da jornalista Malu Gaspar, em sua coluna no O Globo.

Segundo a colunista, a expectativa era de que os comandantes deixem seus postos ainda hoje. “Além de Edson Pujol, que o presidente Jair Bolsonaro disse hoje nos bastidores que demitiria, participam da reunião em local não revelado o comandante da Marinha, Ilques Barbosa Junior, da Aeronáutica, Antônio Carlos Muaretti Bermudez. Ministros militares de Jair Bolsonaro também participam do encontro”, diz a nota.

“A renúncia conjunta dos chefes das Forças Armadas seria algo inédito na história da República. Embora o clima entre os militares seja de muita tensão, auxiliares de Bolsonaro tentam dar à saída dos comandantes caráter de normalidade.”

 

Fonte: Eduardo Maretti/RBA