O SINSSP – BR se reuniu com o Presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, nesta terça-feira (25) para tratar das pautas do processo de negociação com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), sobre a posição do INSS em relação a discussão do processo da Carreira do Seguro Social, sobre estágio probatório e o ingresso dos servidores novos nos programas de gestão, PCD e condições de trabalho.
O Sindicato pressionou o Presidente do INSS quanto a sua movimentação em fazer pressão com o MGI em favor das reivindicações das pautas prioritárias da categoria na Mesa de Negociação. Ele respondeu que tem feito essa movimentação e demonstrou insatisfação com a proposta apresentada e que estará na terceira rodada da Mesa de Negociação para fazer essas interlocuções nos debates.
Porém, o Presidente informou que o Adicional de Qualificação (AQ) seria o foco mais importante da mesa de negociação e que tudo já estava alinhado para a defesa deste item de pauta. A fala deixou os dirigentes sindicais bastante apreensivos e preocupados.
O SINSSP-BR deixou claro que a luta prioritária dos servidores é a carreira com a valorização e qualificação dos servidores com o enquadramento como atividade finalística, situação que poderá economizar bilhões no orçamento da União.
O Sindicato também informou que há um material com estudos e análises aprofundadas feitas pelo servidor e futuro diretor do Sindicato, Piero Paz, e que será encaminhado ao Stefanutto para leitura. O Presidente do INSS disse que pode colocar a questão na pauta, mas quis fugir da responsabilidade dizendo que corre o risco dos servidores saírem sem ganho algum das negociações.
A falta de diálogo e de propriedade das pautas apresentadas para negociação passa a impressão de que o MGI desconhece a estrutura das pautas dos servidores ao citarem que os técnicos estão em desvio de função. Foi solicitado que o Presidente explicasse esse ponto na mesa de negociação.
Aproveitando o gancho da exposição das prioridades dos servidores, o Sindicato informou ao Stefanutto sobre a Operação Reestruturação com Excelência, com o “Apagão do INSS” e da possibilidade dos servidores entrarem em greve.
Servidores em estágio probatório
O SINSSP-BR levou ao Presidente do INSS o problema dos novos servidores, que estão em estágio probatório, serem impedidos de participar dos programas de gestão, mesmo analisando e concedendo benefícios.
Stefanutto respondeu bem superficialmente que, por ora, o que ele pode fazer é autorizar que esses servidores fiquem em atendimento presencial nas agências mais próximas das suas residências.
O Sindicato aproveitou para destacar, novamente, que não há condições de trabalho na modalidade presencial e que falta materiais básicos nas agências de atendimento.
Teletrabalho
Muito rapidamente o SINSSP-BR pautou sobre o Teletrabalho, visto que o Presidente do INSS estava apressando o término da reunião porque tinha uma viagem internacional e que precisava ir para o aeroporto.
Stefanutto disse que não é contra essa modalidade de trabalho, mas que há cargos e funções que necessitam estar no presencial, como a área meio e gestores, por exemplo. Porém, ele foi enfático ao responder ao nosso questionamento que o teletrabalho não vai acabar e que a área finalística tem chances de continuar no remoto integral.
Antes mesmo que o SINSSP-BR pontuasse os demais pontos de pauta, PCD e condições de trabalho, o Presidente do INSS encerrou a reunião.
O Sindicato vai continuar pressionando até que as pautas prioritárias dos servidores sejam atendidas.