Justiça suspende propaganda enganosa de Temer sobre a Previdência
A juíza Rosimayre Gonçalves de Carvalho, da 14ª Vara Federal de Brasília, percebeu a manipulação nas propagandas do governo de Michel Temer (PMDB-SP) sobre a reforma da Previdência e decidiu suspender a veiculação de todos os anúncios da campanha, sob pena de multa diária de R$ 50 mil.
A magistrada, que deferiu pedido de tutela antecipada feito pela Anfip (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil), entendeu que a campanha do governo é, na verdade, "uma genuína propaganda que objetiva conduzir a população à aceitação da reforma da previdência, tal como idealizada pelo executivo”.
A juíza afirmou que as peças publicitárias apresentam “um ponto de vista e conceito que, a despeito de nada informar, propaga ideia que compromete parcela significativa da população com a marca de ter privilégios”, em referência ao ataque do governo aos servidores públicos.
“Não bastasse, ainda veicula desinformação no sentido de que haverá mais recursos para a área social, visto que não se confundem as fontes de custeio”, argumentou a juíza, que, em outro trecho do documento afirma: “a notícia leva a população brasileira a acreditar que o motivo do déficit previdenciário é decorrência exclusiva do regime jurídico do funcionalismo público. Essa diretriz conduz a população ao engano de acreditar que apenas os servidores públicos serão atingidos pela mudança.”
O governo do ilegítimo e golpista Temer, que já gastou R$ 171 milhões com anúncios publicitários enganosos, terá de tirar a propaganda do ar imediatamente.
Confira a decisão da juíza na íntegra clicando aqui.
Fonte: Tatiana Melim/CUT Nacional
O desmonte da Previdência volta a assombrar o servidor
Temer apresenta nova proposta da Reforma da Previdência ainda mais perversa aos trabalhadores.
A nova proposta da Reforma da Previdência ou o desmonte da Previdência Social, anunciada pelo governo de Michel Temer (PMDB-SP) deve ser votada no próximo dia 06 de dezembro na Câmara dos Deputados. A nova regra é muito mais perversa e deixará todos os trabalhadores, seja do setor público ou do privado, ainda mais prejudicados em todos os campos desta proposta.
Se a Reforma da Previdência for aprovada os contribuintes terão que trabalhar ainda mais e enfrentar maiores condições precarizadas, legalizadas pela nova lei trabalhista, aprovada na Reforma Trabalhista, ganhar menos e correr o risco de não conseguir se aposentar.
O desmonte da Previdência Social, que o mercado financeiro está pressionando Temer a votar, tem ataques aos direitos da classe trabalhadora, dentre eles estão: a redução no valor das aposentadorias, fim da aposentadoria por tempo de contribuição, idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres, exigência de 40 anos de contribuição para ter direito ao valor integral do benefício integral e regras mais rígidas para os servidores públicos.
Para vender a ideia de que a Reforma da Previdência é a luz no fim do túnel para o Brasil, o governo está gastando uma fortuna em rádios e TV’s com propagandas enganosas para convencer a população de que é preciso que ocorra a reforma, pois com ela os privilégios serão cortados e que se ela não for feita a economia brasileira entrará em recessão e será o caos, diz o governo.
Confira as regras para os servidores públicos
Os servidores públicos também estão na mira de Temer nesta reforma, pois o tempo mínimo de contribuição para que os servidores tenham direito à aposentadoria será de 25 anos, com o valor correspondente a 70% da média salarial.
As regras atuais possibilitam aos servidores públicos que entraram em 2012 o direito de receber até o valor integral de seu salário. Com as regras previstas na proposta reciclada do governo, para o servidor/a atingir o valor integral, que passará a ser o teto do INSS, de R$ 5.531,31, terá de contribuir por 40 anos.
E para defender esse direito que a CUT e as demais centrais sindicais, inclusive o SINSSP, vão realizar uma greve nacional contra a Reforma da Previdência e pelos direitos no dia 05 de dezembro. Fique atento ao site do Sindicato para obter maiores informações sobre a Greve.
Fonte: Sinssp, com informações da CUT SP
Sinssp participa do 3º Encontro de Comunicação da CUT-SP para discutir os desafios da comunicação popular e sindical
Com o avanço da tecnologia houve uma acelerada transformação na forma como as pessoas se comunicam como o crescimento de novas tecnologias comunicativas frente às mídias tradicionais.
Esse cenário vem contribuindo muito para a comunicação popular e sindical, permitindo um amplo campo e facilitando a interação entre o público alvo, no caso os servidores do INSS, com as plataformas de comunicação do Sindicato.
Porém, há muitos desafios a serem enfrentados, pois a comunicação no Brasil vem sofrendo vários ataques e é alvo do desmonte, assim como a Previdência, pelo atual governo. No Brasil, existem mais de 100 projetos que violam o direito à comunicação.
Discutir os desafios da comunicação popular e sindical no Brasil foi tema em destaque no 3º Encontro de Comunicação da CUT-SP. O Sinssp participou deste encontro realizado na última quarta-feira (22), no auditório do Sindicato dos Bancários, no centro de SP.
Clique aqui e veja na íntegra tudo o que debatido no encontro.
Fonte:Sinssp e CUT SP
Para sacanear servidores, INSS edita memorando em que não respeita feriados municipais
O INSS publicou o Memorando 12, no dia 17 de novembro de 2017, onde alega que os feriados municipais que não estão portariados pelo ministério do planejamento não possuem amparo para o executivo federal.
Como quem tira doce da boca de uma criança e fazendo sintonia com a forma de agir em surdina deste governo, o INSS publicou o Memorando 12, no dia 17 de novembro de 2017, sexta feira passada, onde alega que os feriados municipais que não estão portariados pelo ministério do planejamento não possuem amparo para o executivo federal.
Com esta divulgação, no último dia útil que antecedia ao dia da Consciência Negra, o Instituto demonstra que não respeita seus servidores, já que em muitas cidades em que é feriado municipal, seja por Lei ou Decreto, os servidores se viram obrigados a desfazerem seus planos para o feriado, muitos até tiveram perdas financeiras.
O ocorrido deixa o Instituto mais vulnerável às questões políticas e evidência um INSS a deriva, sem gestão competente. Fica claro que há disputa de poder para quando Gadelha deixar a Presidência. Por que o Presidente e a DIRBEN não assinam o documento?
Contrariando a linha do governo que fala em economia, esta Gestão sem planejamento mostra a sua inabilidade pedindo para abrir as agências, mesmo com os serviços terceirizados já dispensados neste dia, tendo que arcar com gastos destes e além da estrutura para o funcionamento como energia e água.
O que incômoda é o memorando citar questionamento da Direção Geral de Pessoas para o Ministério do Planejamento. O que desejavam? O que provocou o questionamento, se tudo funcionava sem problemas? Já havia o questionamento, por que somente agora sai este entendimento? Por que não aguardou passar o feriado do dia 20 e não causar este tumulto todo?
Querem mesmo acabar com o Instituto tornando a convivência insuportável diante das disputas e discussões internas que já existem, agora mais esta.
O servidor não deve aceitar a forma de como está sendo tratado pela gestão, é preciso tomar uma atitude se não quisermos servir de escravos e exemplo que podem dominar o executivo e assim extinguir o INSS, deixando a Previdência na mão da elite, terceirizando serviços, enriquecendo empresas de familiares de políticos.
Mais uma vez, foi pegadinha da gestão, pois hoje o SISREF nem estava preparado para dar razão ao Memo 12/2007. Considerando que oficialmente o servidor não tomou ciência que não seria mais feriado, já que não houve comunicação desta decisão em tempo e pelo canal correto, só podemos tirar um parecer:
“Estamos vivendo momentos de briga pelo Instituto devido sua importância política e o servidor é o maior prejudicado e a Previdência só esta funcionando devido o comprometimento de seus servidores.”
A direção está perdida, basta ver os desmandos anteriores: anunciaram às 7h e as reuniões mensais e depois voltaram atrás.
Fonte: Sinssp
Valendo! Alterações na legislação trabalhista passam a vigorar
Aprovada em julho de 2017 pelo Senado Federal – sem alterar a precarizantes proposta enviada pela Câmara dos Deputados, a nova legislação trabalhista passa a vigorar neste sábado, dia 11.
Combatida e rechaçada por todo o movimento sindical, a reforma trabalhista traz danos e retrocessos significativos aos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros.
A Lei 13.467/17 alterou mais de 100 pontos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) sob o falso argumento de modernizar as relações de trabalho para gerar emprego e retomar o crescimento econômico. No entanto, as propostas chegaram a retirar direitos já garantidos e consolidados.
Para a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços da CUT (Contracs/CUT), a reforma trabalhista é altamente precarizante e deve ser combatida com veemência por todo o movimento sindical. Neste sentido, a entidade reforça a importância de celebrar acordos e negociações coletivas que garantam e preservem os direitos retirados pela reforma.
Veja abaixo as principais alterações promovidas pela nova legislação trabalhista.
Horas In Itinere
As horas gastas no transporte da empresa, que antes eram pagas como jornada de trabalho, deixam de ser pagas aos trabalhadores. O benefício era garantido para locais de difícil acesso ou não servido de transporte público.
Tempo na empresa
As horas em descanso, estudo, alimentação, higiene pessoal e troca de uniforme deixam de ser contabilizadas na jornada de trabalho. Agora, será jornada de trabalho apenas o período efetivamente trabalhado.
Intervalo
A hora do intervalo de descanso e alimentação da jornada de trabalho foi reduzido. Com a nova lei, ele pode ser de apenas 30 minutos se negociado entre trabalhador e empresa. Antes, a lei considerava uma hora o tempo mínimo de refeição.
Rescisão
A partir de agora, nenhuma rescisão contratual precisa ser feita com assistência do sindicato. Antes, contratos com mais de um ano precisavam ser homologados com a assistência sindical ou do Ministério do Trabalho para resguardar os direitos.
Rescisão por acordo
Será permitido a rescisão de comum acordo entre empresa e empregador. Nestes casos, o trabalhador receberá metade do valor do aviso prévio e até 80% do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), mas não terá direito ao seguro-desemprego.
Representantes dos trabalhadores
As empresas com mais de 200 empregados deverão ter uma comissão de representantes para negociar com o empregador sem a exigência de participação do sindicato da categoria. Poderão ainda ser eleitos trabalhadores sindicalizados ou não desde que não sejam temporários, com contrato suspenso ou estejam em aviso prévio.
Quitação anual
A partir de sábado, os trabalhadores assinarão uma quitação anual de débitos onde declaram ter recebido todas as obrigações trabalhistas da empresa tais como horas extras e adicionais devidos. Esta medida tem como objetivo resguardar a empresa e protegê-la contra cobranças via justiça do trabalho após demissão de trabalhadores. Tais cobranças de forma judicial compõe o maior contingente de processos na Justiça do Trabalho, atualmente.
Salários altos
Os trabalhadores com salários acima do dobro do teto dos benefícios do Regime Geral da Previdência Social (cerca de R$ 11 mil) perdem o direito de ser representados pelo sindicato e passam a ter relações contratuais negociadas individualmente.
Negociação direta
A legislação deixa de ser o mínimo de proteção garantida aos trabalhadores. O chamado negociado sobre o legislado permitirá que trabalhador e empresa negociem quaisquer condições de trabalho, mesmo que desvantajosas ou diferentes ou abaixo da atual legislação.
Jornada de Trabalho
O padrão da jornada de trabalho diário deixa de ser 8 horas. Com a nova lei, trabalhadores poderão ter jornadas diárias acima das 8 horas sem receber horas extras.
Férias
Poderão ser divididas em até três períodos sendo a maior com, no mínimo, 14 dias e as demais com, pelo menos, 5 dias.
Trabalho Intermitente
Antes, esta modalidade de trabalho não era permitida no país. No entanto, com a nova lei será possível contratar o trabalhador por horas ou dias, sem vínculo trabalhista e sem garantia de salário mínimo. O trabalhador receberá equivalente ao que trabalhar gerando uma drástica redução dos recebimentos salariais.
Contribuição sindical
A partir de agora, o trabalhador deve escolher pagar a contribuição e, para tanto, deve se manifestar por escrito para que o desconto seja efetivado.
Trabalho remoto/ tele-trabalho
Integra na nova lei, como forma de trabalho, o trabalho realizado na modalidade home-office, ou seja, feito em casa. A forma de remuneração e responsabilidades com as despesas serão negociadas entre trabalhador e empregador.
Trabalho parcial
Ampliou a jornada de tempo parcial, que passa a ser de até 30 horas semanais sem horas extras ou de 26 horas semanais com acréscimo de até 6 horas extras.
Gestante e Lactante
Com a nova lei, gestantes e lactantes poderão trabalhar em locais insalubres de grau mínimo e médio. As gestantes serão afastadas apenas das atividades insalubres de grau máximo. Já as lactantes, só serão afastadas se um atestado médico exigir o afastamento.
Autônomo exclusivo
A nova lei cria a figura do trabalhador autônomo exclusivo, que presta serviço apenas para um único empregador de forma contínua sem estabelecer vínculo empregatício.
Fonte: Adriana Franco/Contracs
Pesquisa constata que 85% dos brasileiros são contra reforma da Previdência
Nova pesquisa realizada pelo instituto Vox Populi, a pedido da CUT constatou que 85% dos brasileiros são contra a reforma da Previdência, que veem como “o fim da aposentadoria” – 71% acham que não vão conseguir se aposentar. Os principais percentuais observados por região, de pessoas contrárias às novas regras estão no Sudeste e no Nordeste, onde se concentram os maiores colégios eleitorais do país.
Segundo o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, o trabalho mostra um recorte sobre o comportamento que os cidadãos poderão adotar nas eleições do próximo ano. “Os milhões de trabalhadores que podem perder suas aposentadorias sabem o que têm de fazer em 2018”, afirmou.
Em percentuais precisos, discriminados por região, o Sudeste aponta a maior rejeição: 91% dos entrevistados disseram ser contra a reforma e 78% acham que se a proposta que tramita no Congresso for aprovada, nunca se aposentarão. No Nordeste, 85% da população demonstrou ser contrária a reforma, enquanto 74% acham que não vão se aposentar se o texto passar.
Chamam atenção, ainda, os altos percentuais de discordância, que se repetem quanto a escolaridade: rejeitam a reforma 88% dos que completaram o ensino médio; 86% que cursam ou terminaram o ensino superior; e 82% que possuem ensino fundamental.
‘Temer não escuta o povo’
A pesquisa CUT-VOX foi realizada entre os dias 27 e 31 de outubro. O trabalho tomou como amostragem 118 municípios brasileiros e entrevistou um universo de 2 mil pessoas maiores de 16 anos. Foram ouvidos moradores de áreas urbanas e rurais de todos os estados e do Distrito Federal, pertencentes a todos os segmentos sociais e econômicos. A margem de erro é de 2,2%, estimada em um intervalo de confiança de 95%.
Na avaliação do presidente da CUT, o presidente Michel Temer não escuta o clamor do povo. “Temer ouve apenas os empresários, como o Nizan Guanaes, que o aconselhou a aproveitar a rejeição para fazer as reformas Trabalhista e Previdenciária, mesmo que seja contra o povo”, disse.
Segundo Vagner, a reforma da Previdência ainda não foi aprovada, a exemplo da reforma trabalhista, que está em vigor desde o último sábado (11), “porque o medo das urnas vem falando mais alto entre os deputados e senadores que querem se reeleger”.
De acordo com o sindicalista, “ao contrário de Temer, deputados e senadores temem a resposta que o povo vai dar nas eleições do ano que vem a quem aprovar a reforma”. “Os brasileiros já entenderam que milhões perderão o direito de se aposentar se for aprovado esse desmonte da Previdência e já sabem o que têm de fazer em 2018”, observa Vagner.
Fonte: Redação RBA
Parecer jurídico solicitado pela CNTSS-CUT considera que PL sobre demissão de servidor padece de vício de inconstitucionalidade
O Parecer dos advogados da Assessoria Jurídica da CNTSS/CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social considera que “padece de vício de inconstitucionalidade” o Projeto de Lei nº 116/2017, de autoria da senadora Maria do Carmo Alves (DEM), que versa sobre a demissão de servidor estável por insuficiência de desempenho. A análise do Escritório de Advogados Associados Cezar Britto foi solicitada pelo presidente da Confederação, Sandro Alex de Oliveira Cezar. A proposta da senadora pretende regulamentar o artigo 41, § 1º, III, da Constituição Federal. O PL recebeu o parecer favorável da relatoria da CCJ – Comissão de Constituição e Justiça do Senado, em 04 de outubro, e foi encaminhado à Comissão de Assuntos Sociais para dar prosseguimento aos trâmites.
A senadora exclui de sua proposta as Forças Armadas, a Polícia, a Diplomacia, a arrecadação de impostos, a administração do Tesouro Público e a Administração de pessoal do Estado, assim como as atividades definidoras de políticas públicas, cujo tratamento distinto foi previsto no artigo 247 da Constituição Federal. O PL apresentado pela senadora estabelece, ainda, que a avaliação de desempeno profissional dos servidores públicos deve ser obrigação dos órgãos e entidades da Administração Pública direta, autárquica e fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Após a situação dos servidores públicos ser tema em vários textos Constitucionais, a Constituição Federal, de 05 de outubro de 1988, disciplinou a estabilidade destes trabalhadores a partir da Emenda Constitucional nº 19, também de 1988, ficando assim definida: o Art. 41 determina que “são estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público”. Também estabelece, por sua vez, no § 1º que “o servidor público estável só perderá o cargo: III - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa ou mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma da lei complementar, assegurada a ampla defesa”.
Após vasta pesquisa histórica sobre avaliações feitas por profissionais da área jurídica a respeito da temática do direito do servidor público, a Assessoria Jurídica contratada pela Confederação manifestou sua opinião sobre o PL apresentado considerando que o mesmo “padece de vício de inconstitucionalidade, seja pelo aspecto formal, seja pelo viés material como já delineado anteriormente”. A estabilidade atribuída ao servidor pós estágio probatório é um direito constitucional para protegê-lo de demissões arbitrárias e ilegais, também em consequência da alternância partidária em virtude das eleições.
Conforme o parecer, “a criação do instituto da estabilidade do servidor público tem base no princípio da continuidade, também chamado de princípio da permanência, que consiste na proibição da interrupção total do desempenho de atividades do serviço público prestadas à população”. Diz o texto sobre o Art. 19: “os servidores públicos civis da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, da administração direta, autárquica e das fundações públicas, em exercício na data da promulgação da Constituição, há pelo menos cinco anos continuados, e que não tenham sido admitidos na forma regulada no art. 37 da Constituição, são considerados estáveis no serviço público. ”
Sobre a perda do cargo, o parágrafo 1º e os incisos do art. 41 da Constituição Federal dispõem que “o servidor público estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado, mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa ou mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma da lei complementar, assegurada a ampla defesa”. Desta forma, “a demissão é a penalidade mais gravosa para o servidor público que está em pleno exercício de suas atividades funcionais. A demissão é imposta àquele que praticou uma falta gravíssima, cuja ação ou omissão causou prejuízo tão elevado ao órgão público que, após devidamente apuradas e configuradas a autoria e a materialidade infracional, determinaram o desligamento do servidor do quadro do funcionalismo público”.
O parecer estabelece também justificativas para demonstrar a inconstitucionalidade do Projeto de Lei nº 116/2017. Veja abaixo a íntegra do texto elaborado pelo Escritório de Advogados Associados Cezar Britto.
Clique aqui e veja a íntegra do Parecer.
CUT-Vox confirma: 81% dos trabalhadores rejeitam Reforma Trabalhista
81% dos brasileiros desaprovam a nova Lei Trabalhista que entra em vigor no próximo sábado, dia 11 de novembro. Apenas 6% aprovam as mudanças, 5% não aprovam nem desaprovam e 8% não sabem ou não responderam, mostra nova roda da pesquisa CUT-VOX Populi, realizada entre os dias 27 e 31 de outubro.
A reforma trabalhista, encaminhada por Temer e aprovada pelo Congresso Nacional, alterou 100 itens da CLT – Consolidação das Leis do Trabalho. Entre as mudanças estão negociações individuais entre patrões e empregados, sem a presença do sindicato, para assinar acordos de demissão, jornada de trabalho, banco de horas, parcelamento de férias e intervalos para amamentação. Outra novidade é a legalização do contrato de trabalho sem vínculo, sem direitos e garantias, chamado de trabalho intermitente. O trabalhador só trabalha quando for chamado pelo patrão, e recebe de acordo com as horas de serviço prestadas. Não há garantia nenhuma de que será chamado a trabalhar.
O maior índice de rejeição às novas regras trabalhistas encontrado na pesquisa CUT/Vox foi registrado no Sudeste (89,%). No Nordeste, a rejeição às mudanças é de 81%; no Centro-Oeste/Norte, 78%; e, no Sul, 60%.
“Quanto mais se informam sobre a reforma, mais os trabalhadores rejeitam as mudanças na CLT que o empresariado mais conservador e ganancioso mandou Temer encaminhar para aprovação no Congresso”, diz o presidente da CUT, Vagner Freitas.
Para ele, a nova Lei Trabalhista legaliza o bico, dá segurança jurídica para os maus empresários explorarem os trabalhadores.
Os altos percentuais de desaprovação à “nova CLT”, assim chamada por parte da mídia conservadora, foi registrado em todos os gêneros, idades e classes sociais.
Confira a estratificação:
Por gênero, as novas regras foram reprovadas por 82% das mulheres e por 79% dos homens.
Por idade, 83% entre adultos, 79% entre os jovens e 76% entre os maduros.
Por renda, a rejeição entre os que ganham mais de 2 e até 5 salário mínimos foi a mais alta, 83%; entre os que ganham até 2 SM ficou em 80% e em 77% entre os que ganham mais de 5 SM.
Por escolaridade, quem cursou até o ensino médio rejeitou mais (86%), seguido pelos que têm ensino superior (79%) e 77% entre os que têm ensino fundamental.
Para 67% dos entrevistados, a nova Lei Trabalhista só é boa para os patrões. Para 1%, é boa para os trabalhadores. Outros 6% disseram que é boa para ambos; 15% não tiveram dúvidas em dizer que não é boa para ninguém; e 11% não souberam ou não quiseram responder.
Os percentuais mais negativos ficaram com o Sudeste (76%); Centro-Oeste/Norte, com 68%; e, Nordeste, com 65%, onde a maioria dos entrevistados acredita que as mudanças na CLT são boas somente para os patrões. No Sul, 44% respondeu que os patrões são os mais beneficiados com as mudanças.
A nova rodada da pesquisa CUT-VOX foi realizada em 118 municípios. Foram entrevistados 2000 brasileiros com mais de 16 anos de idade, residentes em áreas urbanas e rurais, de todos os estados e do Distrito Federal, em capitais, regiões metropolitanas e no interior, em todos os segmentos sociais e econômicos.
A margem de erro é de 2,2%, estimada em um intervalo de confiança de 95%.
Fonte: Marize Muniz/CUT Nacional
Acompanhe a jornada de manifestações pelo Brasil contra reformas de Temer
São Paulo terá concentração agora pela manhã na Sé, com oito centrais, Frente Brasil Popular e Frente Povo sem Medo. À tarde, professores e demais servidores se manifestam na sede do governo.
Com a participação de oito centrais sindicais e organizações reunidas nas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, movimentos sociais e sindical promovem na manhã desta sexta-feira (10), na Praça da Sé, em São Paulo, uma das grandes manifestações esperadas para este dia nacional de protestos. Os movimentos alertam para os prejuízos aos trabalhadores e ao Brasil das reformas do governo, como a trabalhista (Lei 13.467), que entra em vigor neste sábado, e a da Previdência, da qual o governo ainda não desistiu.
O ato de São Paulo terminou por volta das 11h30, com parte dos manifestantes saindo em passeata. À tarde, professores da rede pública junto com outras categorias de servidores farão protesto no Palácio dos Bandeirantes, tendo como alvo, além das reformas de Temer, o projeto do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que congela gastos sociais e salários.
Também na capital paulista, milhares de trabalhadores das centrais de atendimento do Bradesco e do Santander cruzaram os braços no início do expediente.
O ato de Belo Horizonte está previsto para agora de manhã na Praça da Estação. Desde às 9h, em Brasília, haverá concentração na Esplanada dos Ministérios, no Espaço do Servidor. Em Porto Alegre plenária no auditório da Igreja da Pompeia será uma preliminar dos atos previstos para um “abraço” na Justiça do Trabalho, às 16h, encerrando com ato às 18h na Esquina Democrática, centro da cidade. Em Curitiba, o encontro marcado é na Boca Maldita, às 11h. Salvador tem caminhada do Campo Grande até a Praça Municipal e manifestação na porta da Previdência Social no Comércio, às 13h. No Rio de Janeiro, a principal manifestação está marcada para 16h na Candelária, com caminhada até a Cinelândia. (Confira abaixo a programação completa)
Em Fortaleza, a caminhada de trabalhadores, que segue pelas principais vias do centro da capital, reúne cerca de 10 mil pessoas, segundo os organizadores.
Ainda durante a madrugada, nos primeiros minutos desta sexta, trabalhadores petroquímicos da Bahia realizaram manifestação no polo de Camaçari. Pela manhã, a manifestação dos trabalhadores travaram a terminal da Lapa.
Petroleiros da Petrobras e terceirizados também protestaram na entrada da Refinaria Capuava, localizada entre Mauá e Santo André, no ABC paulista. Em Paulínia, no interior de São Paulo, os trabalhadores da Refinaria Planalto paralisaram suas atividades nesta manhã. Na cidade, também estão os químicos e trabalhadores da construção civil na unidade industrial da Rhodia.
No Rio de Janeiro, agências bancárias localizadas na Avenida Rio Branco, no centro, também foram fechadas pela manhã. “Temer está passando como rolo compressor sobre nossas conquistas e a cada dia aprofundando o desemprego. Se não houver reação, não sobrará nenhum direito para trabalhadores e trabalhadoras”, afirmou a presidenta do Sindicato dos Bancários, Adriana Nalesso. No interior do estado, em Campos dos Goytacazes, bancários da região realizam manifestação nas principais vias da cidade.
Em Brasília, a capital federal amanheceu com o metrô paralisado. Os trabalhadores metroviários, que iniciaram paralisação nesta quinta-feira (9), por reajuste salarial e novas contratações, permanecem hoje de braços cruzados, também em apoio à mobilização nacional contra as novas regras trabalhistas.
Em Florianópolis, os trabalhadores que fazem a varrição e limpeza das ruas também cruzaram os braços contra as mudanças na legislação que suprimem direitos. Os bancários também mantiveram agências da Caixa, Bradesco, Itaú, Santander e Banco do Brasil paralisadas pela manhã, na região da Praça XV.
São Luís, no Maranhão, também já registra protesto das centrais sindicais na Avenida dos Portugueses, na região da Barragem do Bacanga, que também conta com a participação de movimentos sociais e indígenas.
Acompanhe
São Paulo
9h30 – Concentração na Praça da Sé
10h30 – Caminhada até a Avenida Paulista
14h – Ato dos servidores no Palácio dos Bandeirantes
Rio de Janeiro
16h – Concentração na Candelária e caminhada até a Cinelândia
Belo Horizonte
9h – Ato na Praça da Estação
Porto Alegre
10h às 14h – plenária no auditório da Igreja da Pompeia
16h – Abraço à Justiça do Trabalho, na Avenida Praia de Belas
18h – Ato das centrais na Esquina Democrática
Brasília
9h – "Fora Temer e suas medidas", com concentração no Espaço do Servidor e caminhada até Esplanada dos Ministérios
Salvador
11h - Caminhada do Campo Grande até a Praça Municipal
13h - Manifestação na porta da Previdência Social no Comércio
Fortaleza
9h – Ato na Praça da Bandeira
João Pessoa
14h – Ato no Lyceu Paraibano
Teresina
8h – Ato na Praça Rio Branco, com caminhada pelas ruas do centro
Natal
14h – Ato na Praça Gentil Ferreira, Bairro Alecrim, com caminhada até a Cidade Alta
Belém
8h30 – Ato em frente ao TRT, na Praça Brasil, com caminhada até o Ver-O-Peso
Palmas
9h – Ato em frente à Caixa Econômica Federal, Quadra 105 Sul
Fonte: Redação RBA
Hotec FreeDay – evento gratuito com oficinas gastronômicas
O Grupo Educacional Hotec, empresa conveniada ao Sinssp, promoverá amanhã (11), das 9h às 13h, uma oficina gastronômica. O evento é gratuito e haverá sorteios de brindes aos convidados, venha e traga seus familiares.
Sobre a HOTEC
O Grupo Educacional HOTEC, na intenção de aproximar a instituição à Comunidade, inova em suas ações, abrindo suas portas para todos, apresentando em seus cursos e oficinas, uma oportunidade para empregabilidade e bem-estar pessoal.
A Comunidade poderá participar, sem custos, de uma vasta programação de atividades relacionadas às áreas de atuação da HOTEC: Hospitalidade, Saúde, Gestão - desenvolvidas por uma equipe de coordenadores, professores e alunos da instituição.
Neste dia, os inscritos também poderão conhecer a infraestrutura da Instituição, seus cursos, áreas de atuação e projetos desenvolvidos.
A Programação de Atividades conta com sorteio de brindes de empresas parceiras, plantão de dúvidas sobre os cursos e realização da Prova Social, uma excelente oportunidade para bolsas de estudo nos Cursos Técnicos, Superiores e de Pós-Graduação da Hotec.
Local das Atividades:
Hotec – prédio 1: Rua das Palmeiras, 184
9h às 13h
Local: Saguão
Fonte: Sinssp e Hotec