Na ditadura do algoritmo, poder econômico diz o que devemos desejar e pensar
Livro lançado por pesquisadores da UFABC analisa como as redes sociais trabalham na manipulação e modulação de ideias para ter controle sobre as massas.
A vida no seio da tecnologia digital e das redes sociais é maravilhosa, diriam os mais empolgados com a tecnologia. Qualquer pessoa de seu círculo de relacionamentos está a seu alcance em tempo real, e toda a informação pode ser compartilhada com quem se queira a qualquer momento. Parece inegável que a liberdade se expandiu com a tecnologia, e assim finalmente a sociedade atinge um estágio de possibilidades de expressão e de pensamento nunca antes visto.
O único problema é que essa percepção é apenas a superfície de um lago de águas turvas que encobre uma realidade cruel com o indivíduo e sua subjetividade. Sob a superfície de facilidades de cada rede social, operam incólumes os algoritmos, recursos capazes de identificar as preferências de cada um e em algum momento despontar com alguma oferta de informação, ou manipulação capaz de levar o indivíduo não para um oásis de liberdade, mas para onde exista um interesse econômico, promovendo um determinado consumo, ou político, para colocar em evidência uma opinião ou uma personagem que tenha o mesmo apelo dos interesses que dirigem a rede social como uma empresa, afinal, as redes são negócios, business, como qualquer outro.
Os estudiosos do comunicação classificam a formação de opinião nas redes sociais como um processo de manipulação e modulação, tomando emprestado do filósofo francês Gilles Deleuze (1925-1995) uma terminologia (‘manipulação’ e ‘modulação’) concebida nos anos 1990 para desnudar o processo segundo o qual os meios de comunicação influenciam a subjetividade e o pensamento de cada um, papel agora que se radicaliza com as redes sociais, seja porque a mensagem se destina ao foco de interesse do usuário, seja porque o coloca em uma bolha, onde só se projeta a informação de afinidade que o sujeito demanda.
“Agora, no século 21, temos a modulação por meio do algoritmo das redes sociais. O algoritmo é mais eficiente na veiculação da mensagem porque, diferentemente da televisão, ele não atinge quem não precisa, quem não é alvo da mensagem, mas somente quem ele identifica com a mensagem”, afirma o pesquisador João Cassino, um dos autores do Livro A Sociedade de Controle: Manipulação e Modulação nas Redes Digitais, lançado pela editora Hedra no último dia 22. Obra coletiva de alunos do mestrado da UFABC, o livro é organizado pelos pesquisadores Sérgio Amadeu da Silveira, Joyce Souza e Rodolfo Avelino, com textos de, além de Cassino, Debora Machado, Carla Oliveira, Cinthia Monteiro e Mariella Mian.
Cassino explica que os mecanismos de controle na sociedade moderna tiveram sua fundamentação com a noção de disciplina a partir da Revolução Industrial. “O livro tenta dar várias visões sobre a abrangência dos conceitos de manipulação e modulação. Na história, em um primeiro momento você tinha a sociedade disciplinar. Todas as instituições que a gente conhece hoje surgem mais ou menos no final do século 18 e início do 19, com a Revolução Industrial. É onde surge essa noção de hierarquia. Na escola, você tem a figura de autoridade do professor. Na empresa, tem o patrão e os empregados, no hospital, você tem o médico. Então, essas são as figuras da sociedade disciplinar”, afirma, lembrando que a velha palmatória é um dos ícones dessa sociedade.
Já no século 20, com a chegada da televisão e do rádio, foi criada uma nova maneira de modular a opinião, ou seja, “convencer as pessoas a fazerem o que você quer que elas façam”. Esse processo induz comportamentos e não é preciso mais ter a força da disciplina. “A modulação não substituiu a disciplina, mas se soma a ela. E agora, neste começo de século 21, a gente passa a ter a modulação dos algoritmos, dos robôs, da inteligência artificial (IA)”, diz Cassino.
A vida nas redes digitais é personalizada ao extremo a ponto de a mensagem ser veiculada de modo apropriado a cada indivíduo ou grupo. Um exemplo disso foi a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, cuja estratégia se repetiu em 2018 no Brasil para eleger Jair Bolsonaro (PSL) em meio a um oceano de fake news, manipulações e modulações. Cassino dá o exemplo, no caso de Trump, das comunidades negras do bairro do Harlem, em Nova York. São eleitores que não votariam mesmo em Trump, mas nesse caso a mensagem do candidato republicano para esses eleitores tenta demovê-los da ideia de participar do pleito, já que a eleição nos Estados Unidos não é obrigatória. “Já que ele não tem os votos, ele tenta tirar esses votos do adversário pelas redes sociais”, afirma o pesquisador.
As máquinas vão entender que aquela população não tem nada a ver com o Partido Republicano, e as informações sobre a comunidade alimentam uma base de dados, que orienta qual tipo de mensagem será enviada a uma família, por exemplo. “É um processo que identifica a partir de perfis de navegação quais as informações importantes para cada pessoa, e trabalha essas informações, inclusive, fazendo fake news, pra chegar na pessoa a informação que ela quer receber e conseguir influenciar o voto”, diz.
Quem vai fazer todo esse trabalho de reconhecimento do perfil e o envio de mensagens em massa é a Inteligência Artificial. “Isso muda completamente o que estávamos acostumados”, afirma Cassino, referindo-se ao fato de que se torna algo relativo o poder de ocupar as redes sociais com a mobilização das militâncias, por exemplo. “Quando a gente ouve que a esquerda tem que ocupar as redes sociais não é bem assim, não é com militantes que você vai resolver isso. Uma base grande de militantes atenua o problema, mas você não tem como competir com os algoritmos”, destaca.
As empresas que dominam as plataformas das redes são organizações de capital privado que têm seus interesses políticos e econômicos. Diante dessa realidade, distante daquela do início da operação comercial da internet nos anos 1990, quando existia liberdade na rede, o que se tem hoje é o poder do capital determinando o que é veiculado. Indagado sobre qual a melhor estratégia para ocupar as redes, o pesquisador afirma que mais uma vez o poder econômico dá as cartas. “Na verdade, estamos em uma situação muito difícil, porque o uso de robôs – perfis falsos que usam IA – tentam dar volume às campanhas. Mas nós temos dificuldades com essa plataforma, porque tanto o serviço de microssegmentação quanto os robôs de massa são serviços caríssimos. Quem tem dinheiro para isso, ou mesmo comprar anúncios nas redes, é o poder econômico”, diz.
O Facebook, o Twitter e também outras redes detêm tecnologia para colocar as pessoas em bolhas. Eles identificam que determinada pessoa é palmeirense, por exemplo, aí tentam criar relacionamentos dessa pessoa com outros palmeirenses, constituindo grupos de afinidades. “Quando você acha que está falando para o mundo, na verdade está falando na bolha”. E todas essas empresas são sediadas nos Estados Unidos, que tem influência da agência de segurança NSA, do Congresso Nacional, que tem seus interesses políticos.
“Ao mesmo tempo que as esquerdas precisam estar nas redes sociais e disputar os espaços para não deixar a direita nadar de braçada sozinha, você enfrenta não só a militância da direita, mas enfrenta toda a infraestrutura tecnológica dessas empresas norte-americanas; estamos em uma situação em que eles nos colocaram em uma armadilha. A internet que começou a se popularizar na década de 1990 como um sonho de liberdade, e no começo isso era verdade, mas agora eles conseguiram amarrar de um jeito que ficou pior do que a televisão”.
Ditadura do algoritmo? “No livro chamamos de sociedade do controle, que é o termo inventado pelo Deleuze. O big brother, do 1984 (romance futurista de George Orwell que previa a distopia dos dias de hoje), em que todo mundo olhava todo mundo, virou uma brincadeira de criança, porque qualquer coisa que você coloca na internet é armazenada em bases de dados que não serão apagadas nunca mais, e cada vez o armazenamento é mais fácil de fazer e mais barato”, afirma.
Revista do Brasil, edição 150.
Fonte: Helder Lima/RBA
Natal sem fome: MST doa 12 toneladas de alimentos na periferia de Porto Alegre
Na semana que antecede o Natal, assentados e cooperativas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) entregaram a famílias da periferia de Porto Alegre cerca de 12 toneladas de produtos da Reforma Agrária, além de 50 caixas de hortaliças orgânicas.
A ação faz parte da campanha "Natal Sem Fome". O MST do Rio Grande do Sul contou com a parceria da Periferia Viva, Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Ação da Cidadania, União de Vilas e Comitê de Combate à Fome.
“Essa ação tem o intuito de garantir o alimento na mesa do trabalhador da periferia neste natal. Estamos antecipando a entrega, pois entendemos a importância dessas famílias terem comida em suas mesas também em épocas festivas”, relata Gerônimo da Silva, da Direção Estadual do MST/RS e da Periferia Viva, que explica que as entregas seguirão até o dia 25.
Na sexta-feira (18), foram entregue 600 kits para a Ação da Cidadania, no bairro Rubem Berta; ao Comitê de Combate à Fome, na Lomba do Pinheiro; União de Vilas e Associação das Mulheres Solidárias da Vila Cruzeiro (ASSUME-SOL), na Grande Cruzeiro; Quilombo dos Alpes e comunidades indígenas de Porto Alegre e São Leopoldo. Essas entidades distribuirão os alimentos entre as famílias que mais necessitam.
Em cada kit tem arroz orgânico, feijão, macarrão, leite em pó, suco orgânico, mel e hortifrutis, como alface, couve, pepino, tomate e espinafre.
"Pequena retribuição"
Marildo Mulinari, um dos assentados que contribuiu com seus produtos nessa doação, fala sobre a relevância da campanha em tempos de pandemia, exclusão social e desemprego no país. “É uma pequena retribuição de nós Sem Terra aos companheiros urbanos da favela e da cidade."
"A Reforma Agrária é uma luta que só conquistou a terra e a possibilidade de produzir alimentos saudáveis através do apoio da população. Então é a nossa obrigação retribuir esse apoio”, salienta o camponês.
"Um dia mais feliz"
A moradora da Grande Cruzeiro, Carolina Teixeira Lima, fala sobre a importância das doações do MST para os moradores da periferia.
“Nesse momento que estamos chegando próximo ao Natal e ao final do ano, é muito importante receber esse alimento, porque sabemos que a condição de vida das pessoas tem piorado e principalmente nesse período de pandemia. É bom que a gente consiga garantir esse alimento para fazer minimamente um dia mais feliz na vida dessas famílias”, enfatiza.
Carolina ainda acrescenta sobre a dimensão dessas ações de solidariedade, que ajudam a organizar a população. Segundo ela, receber esse alimento do campo, da agricultura familiar, que é orgânico, é muito significativo.
Já Beatris Souza, da ASSUME-SOL, destaca a parceria com o MST desde o início da pandemia do coronavírus.
“Queremos agradecer por tudo. Desde abril estamos juntos e lutando para garantir a segurança alimentar de 150 famílias cadastradas nessa instituição”, aponta.
A moradora da Grande Cruzeiro ressalta o compromisso de trabalhar com a segurança alimentar dessas pessoas. “Não sabemos como é que vai ser em 2021, mais uma coisa é certa, nós vamos ter que continuar cuidando dessas famílias” pontua.
O MST fecha o ano com mais uma ação que mostra a importância de cuidar uns dos outros. Durante 2020, foram doados, pelos assentados gaúchos, mais de 282 toneladas de alimentos da Reforma Agrária.
Fonte: Brasil de Fato Rio Grande do Sul/Edição: Marcelo Ferreira
Agências de atendimento do INSS reabrem durante a pandemia, mas problema das perícias médicas atrasadas continuam sem solução
O SINSSP apurou que na Regional Piracicaba, por exemplo, os segurados esperam de 60 a 120 dias para a realização do exame médico pericial.
Os atrasos na realização da perícia médica provocaram prejuízos há milhares de trabalhadores que já estavam afastados ou que ainda precisam se afastar e dependem de perícia. Para complicar ainda mais a situação dessas pessoas, 2020 foi um ano de pandemia do novo coronavírus e 2021 chegará com as mesmas incertezas desse ano.
Por conta da Covid-19 milhares de requerimentos de auxílio por incapacidade temporária previdenciária e acidentária não foram avaliados presencialmente e muitos destes que foram analisados remotamente não foram concluídos, ou foram indeferidos por supostos erros no encaminhamento dos documentos médicos anexados pelos segurados.
Com o embate entre a Autarquia e os peritos médicos quando o INSS tentou reabrir as agências e voltar ao atendimento presencial enquanto os profissionais médicos brigavam para continuar sem atendimento até que as agências cumprissem todos os requisitos de segurança, a mídia acompanhou de perto esse entrave entre as duas repartições e começou a pautar o represamento das perícias médicas denunciando os atrasos intermináveis para o agendamento do serviço.
Hoje, com as agências de atendimento abertas atendendo a população que busca por atendimento presencial, os problemas permanecem já que quase nada foi feito para resolver essa situação caótica.
Segundo informações da Secretaria de Previdência e da Subsecretaria da Perícia Médica Federal, o tempo médio de espera para agendar uma perícia médica dura cerca de 18 dias. Os dados são do início de dezembro.
De acordo com o levantamento feito, cerca de 45% esperam até 15 dias para agendar uma perícia, 30% estão sem vaga para agendar, 19% aguardam de 31 a 45 dias, 19% esperam de 31 a 45 dias, 15% de 16 a 30 dias e 10% de 46 a 60 dias.
Os agendamentos continuam atrasados, mais da metade dos dados divulgados pelo Governo mostram que o trabalhador espera mais de um mês para conseguir agendar uma perícia o que significa que ele vai demorar também para começar a receber o seu benefício, um direito garantido por lei.
O SINSSP apurou que na Regional Piracicaba, por exemplo, os segurados esperam de 60 a 120 dias para a realização do exame médico pericial.
Essa situação é inadmissível, pois o trabalhador precisa da perícia médica para dar andamento no benefício e durante esse tempo de espera as contas não param de chegar e o sustento da família fica comprometido, pois em algumas situações, a comida não chegará no prato da família.
Já que o INSS insistiu em reabrir as agências de atendimento em plena pandemia, colocando em risco servidores, trabalhadores e a própria população, porque não solucionar esse problema contratando mais médicos para realizarem as perícias e resolver, de fato, um problema que vem se estendendo ao longo do ano?
Fonte: Imprensa SINSSP
Reunião presencial do GT Pontuação definiu propostas concretas para finalizar as discussões sobre a pontuação do servidor
O GT Pontuação se reuniu presencialmente do dia 14 de dezembro ao dia 18 para discutir a forma e metodologia de pontuação da área finalística do INSS. Pelo SINSSP, estava presente o filiado David Silva Gomes dos Santos como representante dos servidores.
O GT Pontuação se reuniu presencialmente do dia 14 de dezembro ao dia 18 para discutir a forma e metodologia de pontuação da área finalística do INSS. Pelo SINSSP, estava presente o filiado David Silva Gomes dos Santos como representante dos servidores.
Na reunião, a comissão representativa dos servidores fez uma retrospectiva de tudo o que foi tratado, todas as hipóteses e estudos apresentados nos encontros virtuais e esta reunião presencial foi o pontapé inicial para colocar os assuntos em pauta e a partir daí trabalhar nos estudos e finalizar as discussões sobre a pontuação do servidor, traçando a definição das etapas que serão objeto do estudo de cronoanálise, bem como seu marco inicial e final de medição.
Como a pauta da pontuação é ampla, o grupo decidiu fazer um recorte do universo de serviços de forma a viabilizar o avanço dos trabalhos e a entrega de algo concreto ao final do encontro. Dessa forma, a aposentadoria por tempo de contribuição (B42) foi escolhida para o objeto do levantamento de etapas para o estudo da cronoanálise, considerando que esse serviço envolve a maior quantidade de etapas, comandos, procedimentos do servidor nos mais diversos sistemas do INSS.
Embora os estudos tenham sido aplicados a apenas um item da cesta de serviços do Instituto, o material também servirá como como ponto de partida para as demais espécies.
De posse do trabalho preliminar do GT de mapeamento de fluxos, definiu-se quais etapas da análise seriam utilizadas no estudo de cronoanálise e em um segundo momento definiu-se os marcos iniciais e finais para a medição dos tempos e daí surgiram 3 propostas que serão discutidas no GT:
Primeira - Realizar um estudo de cronoanálise observando-se as etapas mapeadas, com objetivo de recalcular a pontuação já existente.
Segunda - Realizar um estudo de cronoanálise para mensurar as etapas da análise de concessão dos serviços com objetivo de estabelecer a pontuação por etapas e não apenas o serviço concluído. Essa proposta ainda prevê uma pontuação mínima para cada atividade independente da pontuação das etapas. A pontuação das etapas só seria atribuída ao servidor na conclusão da tarefa. E as tarefas só poderiam ser retiradas do servidor com despacho fundamentado. Não havendo retirada por lote. E a pontuação mínima é aferida também com cronoanálise observando o fluxo estabelecido pelo grupo de trabalho com representantes dos servidores. Além da redução de erros, essa proposta visa uniformizar procedimentos e proporcionar mais segurança ao servidor.
Terceira - Considerando a instituição do GT para Revisão das Pontuações conforme solicitações da categoria às entidades de classe, posto prejuízos sofridos pelos mesmos, diante da não atualização das métricas após automação de serviços menos complexos, propõem-se para gestão do INSS a atualização e revisão do mapeamento por etapa do processo garantindo assim acréscimos às pontuações atuais conforme a complexidade da demanda residual mediante metodologia de cronoanálise por empresa com expertise na forma do que foi produzido pelo IBICT contratando empresa nestes mesmos moldes, garantindo ampla amostragem de todo país e com a participação de uma quantidade considerável de servidores, com foco na eliminação de picos e vales nas médias. Para tanto com direito indispensável que cada entidade de classe que possa acompanhar tal estudo e métrica, posto que a natureza jurídica e protetiva da Carreira do Seguro Social.
Registrou-se, também, a necessidade de observar a velocidade do link de internet das localidades, verificando por prédios de agências.
Como sugestão, ficou acordado a convocação de servidores especialistas em cada serviço a ser mapeado para que estes colaborem na definição das etapas que serão objeto do estudo de cronoanálise. Esses servidores serão indicados pelas entidades.
Embora os trabalhos tenham sido prejudicados por conta do fechamento do prédio da administração central devido a casos de Covid-19, dos quatro dias da reunião, sobraram dois dias para discussão e definição dos trabalhos apesentados acima.
O SINSSP avaliou essa reunião de forma positiva, pois os representantes dos servidores estão empenhados na pauta para que a discussão dos trabalhos seja finalizada e colocada em prática.
É preciso estar atento às ações do atual governo que vive adotando medidas sem a presença e visão das classes representativas dos trabalhadores para dar continuidade ao plano de governo de acabar com a máquina pública e desvalorizar o funcionalismo público, por isso o sindicato está acompanhando esse trabalho e vai exigir que os estudos, as discussões e o desempenho dos representantes da categoria que estão lá dando a sua contribuição para melhorar as condições de trabalho do servidor sejam respeitadas e cumpridas.
Clique aqui para ler a Ata da reunião na íntegra.
Fonte: Imprensa SINSSP
Natal não precisa ser cancelado, mas famílias precisam se prevenir, saiba como
A segunda onda da pandemia do novo coronavírus está lotando leitos de enfermarias e Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) em todo o país, o número de mortes e casos confirmados está chegando próximo ao pico registrado em julho, mas o comécio permanece aberto e, em alguns estados, como no Rio, apesar da tragédia, os shoppings estão ficando 24 horas abertos.
Ninguém quer saber de cancelar o Natal, mas é preciso ao menos tentar se prevenir, mesmo sabendo que "nenhuma medida é capaz de impedir totalmente a transmissão da Covid-19", como diz a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em uma cartilha onde dá orientações para diminuir os riscos de transmissão durante o período de festas de fim de ano.
Outros especialistas ouvidos pelo PortalCUT, entre eles psiquiatras, psicólogos e infectologistas, deram dicas relacionadas as questões emocionais e de forma de prevenção simples que complementam as orientações da Fiocruz, que foram divulgadas tanto em formato de cartilha, disponível online, quanto em cards informativos que podem ser compartilhados pelo WhatsApp e demais redes sociais.
As dicas dos especialistas ouvidos pelo Portal CUT e dos que fizeram a cartilha da Fiocruz vão desde não abraçar, não beijar, não cantar para não espalhar gotículas de saliva até como preparar e servir os alimentos, a organização do ambiente e medidas gerais de proteção tanto para quem vai receber outras pessoas em sua casa, como quem vai para algum evento. Leia aqui a íntegra da cartilha.
Confira abaixo as principais orientações da Fiocruz
Para quem vai receber convidados
- Quem for receber convidados ou celebrar as festas fora de casa deve usar máscara sempre que não estiver comendo ou bebendo;
- manter a distância dos demais convidados de 2 metros ou pelo menos um metros e meio,
- evitar apertos de mão e abraços,
- lavar ou higienizar com álcool 70 as mãos com frequência,
- não deve compartilhar copos e talheres.
- as bebidas devem ser oferecidas em embalagens individuais, como latas ou garrafas, arrumadas em baldes com gelo, para que as pessoas possam se servir sozinhas, em especial para quem vai fazer eventos.
- os condimentos, molhos para salada ou temperos devem ser embalados individualmente, sempre que possível, também no caso de quem vai fazer eventos.
- a louça deve ser lavada em água corrente e com detergente, ou na máquina de lavar louças, em todos os casos, festa em casa ou eventos.
Grupos de risco que devem evitar sair de casa
- Quem teve contato com a doença ou está com sintomas;
- aqueles que estão com sintomas relacionados à Covid-19;
- quem já tem o diagnóstico da doença confirmado;
- quem ainda está no período de 14 dias desde que teve os primeiros sintomas relacionados à Covid-19, mesmo que não tenha feito um teste de diagnóstico;
- aqueles que estão aguardando o resultado de um teste molecular para saber se estão com covid-19; e,
- quem manteve contato com alguém que teve a doença nos últimos 14 dias.
- pessoas que fazem parte de algum grupo de risco para casos graves de Covid-19 ou moram com alguém que faz parte desse grupo também devem se proteger e evitar as festas.
- Aqueles que têm mais risco para casos graves são os portadores de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, asma, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal crônica em estágio avançado, imunodepressão provocada pelo tratamento de doenças autoimunes, como lúpus ou câncer; pessoas acima de 60 anos de idade, fumantes, gestantes, mulheres em resguardo e crianças menores de 5 anos.
Dicas de outros especialistas
1) É possível se reunir com segurança?
Apesar de alguns especialistas dizerem que a aposta mais segura é não ter reunião de Natal este ano, sim, é possível fazer uma festa com segurança, desde que essa reunião seja com pessoas dos mesmos grupos familiares, que já estão convivendo umas com as outras na mesma casa nos últimos meses e que estejam adotando medidas para reduzir a disseminação da Covid-19, como o uso de máscaras, álcool em gel, distanciamento social, limpeza da casa e de tudo que é adquirido etc.
O ideal é reunir no máximo entre oito a dez pessoas nessas festas.
Com os demais grupos, o ideal é a as reuniões sejam virtuais.
2) O que fazer quando a familia é grande?
Alguns especialistas sugerem que as famílias maiores negociem, façam uma escala e reúnam grupos de, no máximo, oito pessoas por vez – um grupo vai no jantar do dia 24 e outro no almoço no dia 25 -, por exemplo.
3) Existe um lugar ideal para as reuniões presenciais com menos riscos de contaminação?
O ideal é que nos espaços as pessoas possam ficar 1,80m longe umas das outras, e que sejam lugares abertos, especialmente se a festa for também para pessoas de núcleos familiares que não convivem na mesma casa.
Em lugares fechados, é preciso manter todas as janelas abertas para ventilar o ambiente.
Seja lugar aberto ou fechado, especialistas orientam as pessoas a usarem máscaras e tirarem apenas quando forem comer ou beber. É preciso ter atenção máxima quanto ao distanciamento porque as pessoas vão tirar a máscara e continuar conversando.
5) O que as pessoas devem evitar fazer nas festas?
As pessoas devem evitar cantar porque quanto mais alto se fala ou canta, maior o risco da disseminação de partículas.
6) Que atividades no fim de ano aumentam o risco de contrair Covid-19?
Aeroportos e ônibus lotados, postos de gasolina e paradas de descanso nas viagens de carros e claro, estabelecimentos comercicais lotados.
7) Um resumo das regras recomendadas para se proteger neste Natal:
- Distanciamento social;
- Nada de beijos e abraços;
- Tirar os sapatos na entrada;
- Abusar do uso do álcool em gel e lavar as mãos, em casos de contatos pessoais;
- Evitar levar as mãos ao rosto;
- Uso de máscaras quando no elevador e se não estiver ingerindo comida;
- Não compartilhar objetos pessoais como copos, pratos e talheres;
- A ceia deve ficar em no fogão ou numa bancada distante da circulação de pessoas para reduzir o contato;
- Estimular que crianças higienizem as mãos e não compartilhem brinquedos;
- Não comparecer às festas familiares se tiver algum desses sintomas: febre, dor de cabeça, coriza , diarreia, vômito, manchas no corpo, náusea, falta de ar, dor de garganta e perdas de cheiro e paladar e;
- Para famílias muito grandes, recomenda-se também dividir os membros em dois grupos e realizar dois encontros na véspera e no dia de Natal.
Fonte: Redação CUT
Reforma Administrativa: veja detalhadamente os impactos diretos e indiretos para os servidores públicos
O DIEESE publicou uma nota técnica analisando detalhadamente a Reforma Administrativa levantando os impactos diretos e indiretos que afetarão os novos e os atuais servidores públicos.
A PEC 32/2020 que trata da Reforma Administrativa altera e retira os direitos conquistados pelos servidores públicos ao longo dos anos por meio de muita luta e reivindicações. Se ela for aprovada vai impactar não somente os novos servidores como também os atuais, ao contrário do que tem sido divulgado pelo governo Bolsonaro (sem partido) e por seus apoiadores.
O DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) publicou uma Nota Técnica (NT Nº 247, de 04 de novembro de 2020) para alertar os trabalhadores do funcionalismo público explicando detalhadamente os “impactos diretos e indiretos para os atuais servidores públicos e para a atuação sindical”.
A Reforma Administrativa precisa ser desmistificada dentre a população e entre os próprios servidores, pois o discurso vendido de que a PEC só vai atingir os novos servidores que entrarem após a aprovação da reforma é MENTIRA. Também é preciso informar a sociedade que o desmonte do serviço público transvestido por essa reforma vai acabar com o serviço gratuito prestado à população seja ela na educação, na saúde, como também nas demandas sociais prestadas nas camadas mais pobres da sociedade.
Clique aqui e leia na íntegra a Nota Técnica Nº 247 do DIEESE.
Fonte: DIEESE
Plenária do Setor Federal da CNTSS-CUT define ações para o próximo período
Com a participação de dirigentes dos vários Estados, Plenária delibera sobre ações a partir de análises sobre a conjuntura nacional e os ataques do governo contra os servidores e INSS. “O INSS está sendo desmantelado. Precisamos abrir este debate para avançar. O servidor do INSS é uma categoria de ponta dentro do serviço público”, conclui Vilma Ramos/SINSSP.
A CNTSS/CUT, Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social, realizou, em 10 de dezembro, Plenária Nacional Virtual com seus Sindicatos dos Servidores Públicos Federais, setor INSS – Instituto Nacional do Seguro social. O evento, que contou com as presenças dos dirigentes destas entidades, teve como pontos de pauta a avaliação de conjuntura nacional e específica do setor; CGNAD/GT de Pontuação, avaliação de desempenho/GDAE/Teletrabalho e negociações do INSS.
Os trabalhos tiveram início com a exposição do presidente da Confederação, Sandro Cezar, que fez menção ao fato de que a pauta tem destaques de grande importância na luta em defesa dos servidores e do serviço público. Mencionou que a CUT – Central Única dos Trabalhadores lançará campanha em defesa destes trabalhadores e do serviço público e que é preciso que a Confederação e seus Sindicatos se envolvam neste processo. Há, na opinião do dirigente, que se combater a narrativa ideologizada pela direita que o servidor e o serviço público são ineficazes e mostrar que é justamente o contrário.
“O que a população recebe é resultado do emprenho destes trabalhadores. A vontade do governo é destruir o serviço público. Eu quero deixar minha mensagem que acredito muito na capacidade dos servidores do INSS. É possível a defesa de uma carreira típica de Estado para os trabalhadores do INSS pela atividade que realizam. É preciso envolvê-los nesta defesa. Precisamos também combater a Reforma Administrativa proposta pelo governo,” conclui o presidente da Confederação.
Ataques contra o Estado
A programação incorporou um momento de análise de conjuntura. Esta etapa contou com a colaboração do Paulo Cayres, presidente da CNM – Confederação Nacional dos Metalúrgicos, que fez um relato relembrando os ganhos conquistados com os governos democráticos a partir de 2003, que foram brutalmente atacados a partir do golpe de 2016. Aponta que isto se dá pesadamente também na área da Seguridade Social e dos serviços públicos. Se os governos de FHC cumpriram este papel, os de Temer e Bolsonaro aprofundam ainda mais esta política de destruição do Estado.
“O golpe quis destruir Dilma, Lula, o PT e toda a esquerda. Eles não controlaram o golpe e colocaram no poder um extremista. Em 2018, ocorreu a vitória de um fascista que vem atacando a democracia. O nosso processo democrático continua em risco. Há um forte ataque contra as estruturas do Estado. Agora eles querem demitir os funcionários públicos. Precisamos avançar e impedir tudo isto. Este é o papel do movimento sindical. Nós temos que fazer nosso trabalho. Precisamos dialogar muito com a nossa base,” afirma Cayres.
Analisando sobre a perspectiva do servidor do INSS, a secretária Geral do SINSSP - Sindicato dos trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no Estado de São Paulo, Vilma Ramos, fez um relato da história recente dos servidores, as conquistas do período 2003 a 2015 e retrocessos do pós golpe de 2016. Para a dirigente, o resultado das eleições de 2002 trouxe uma reversão da lógica que vinha sendo implementada, saindo da trajetória de destruição do serviço público, da venda de estatais, para um Estado que fomenta o desenvolvimento e voltado à questão social. Neste contexto, o INSS passou à época a ser valorizado e recebeu investimentos massivos que mudou sua imagem e importância dentro da estrutura do estado.
Lógica de desmantelamento do INSS
Ramos considera que a partir do golpe toda aquela situação de melhorias mudou drasticamente. O fim do Ministério da Previdência já apontava para a privatização. Destacou que no período Temer o INSS virou um balcão de negócios. Não havia gestão, só escândalos. Para a dirigente, tudo isto estava no pacote de destruição do INSS. O desmantelamento do órgão é ainda maior com a chegada de Bolsonaro. Há uma evidente implementação de uma política totalmente focada na lógica fiscalista do Ministério da Economia.
“A contratação dos militares foi outro grande golpe. O projeto deste governo é terceirizar e precarizar o trabalho. Eles não discutem o processo de trabalho, mas apenas a pontuação. A metodologia usada hoje no INSS está centrada na lógica do Ministério da Economia. O INSS é o balão de ensaio deste projeto do governo. O INSS está sendo desmantelado. Precisamos abrir este debate para avançar. O servidor do INSS é uma categoria de ponta dentro do serviço público,” conclui Ramos.
Sobre os temas CGNAD - Comitê Gestor Nacional de Avaliação de Desempenho e o GT – Grupo de Trabalho de Pontuação, foi convidado o dirigente do Sindiprev SE - Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência Social no Estado de Sergipe, Deivid Christian, para apresentar os dados. Este GT é uma conquista dos trabalhadores e foi pensado para discutir os fluxos e processos de trabalho. Ao invés de discutir pontuação nesta lógica produtivista, o GT deveria, segundo Christian, debater as dificuldades que o servidor tem em determinados processos e fluxos. A Confederação tem se empenhado para que o GT discuta as questões de interesse dos servidores e a qualidade dos serviços prestados à população.
Recentemente o governo divulgou a Portaria dizendo querer discutir a área finalista, mas que na verdade focou na área meio. A intenção do governo era, sem o consentimento dos trabalhadores, validar a pontuação para a área meio. Os dirigentes apresentaram pontos para serem alterados na Portaria. Na última reunião do GT ficou confirmado que as alterações na Portaria não foram observadas. O governo preferiu iniciar um processo, a partir de um questionário, para aferir tempo para as tarefas e criar um modelo padrão. Este tema será discutido nas próximas semanas. A Confederação deixou claro que participará para fazer um debate crítico que não fique apenas sobre a questão dos pontos.
INSS evita pauta dos trabalhadores
“Há consenso que o INSS não quer uma discussão profunda sobre estes temas. A intenção é que haja um debate profundo sobre o enquadramento do INSS para discutir a partir da lógica dos trabalhadores. Queremos uma qualificação no processo de trabalho. Além deste temas, queremos discutir uma pauta mais geral, que fale de Carreira, uma discussão abrangente sobre Teletrabalho na ótica dos servidores. Precisamos mobilizar a categoria. Não podemos fazer discussões pontuais. Precisamos discutir o processo de trabalho e o servidor do INSS como um tudo,” pontua Deivid.
O mesmo problema acontece no CGNAD. O governo tenta deturpar o papel do Comitê e foge das prerrogativas das normas que o criaram. Tudo o que se refere a avaliação de desempenho tem que prioritariamente passar pelo Comitê. O que está sendo observado é que o governo não quer discutir gestão de pessoas, mas apenas aspectos administrativos e de produção. Por este prisma, atropelou o CGNAD e criou o ITC-GDAS com uma constante de 90 pontos a partir de uma fórmula que ninguém entende. A CNTSS/CUT tem insistido que o propósito e discutir avaliação de desempenho.
Os dirigentes conseguiram avançar em algumas alterações na avaliação de desempenho, como a questão dos 20 pontos da avaliação individual. A direção do INSS propôs que deste valor total de vinte pontos, dez seriam condicionados a quem cumprisse os noventa pontos da avaliação institucional. Foi demonstrado que havia irregularidade e eles retrocederam. “Nós conseguimos que o INSS recuasse. Foi importante a mobilização. Precisamos ampliar isto para barrar qualquer tentativa do INSS de mudar a avaliação de desempenho. Não podemos deixar que o INSS avance nas pautas que tiram direitos e mexem na remuneração dos servidores,” destaca o dirigente do Sindiprev SE.
Fortalecendo a unidade
Os dirigentes demonstraram que em várias situações o governo teve que retroceder de medidas que prejudicariam os servidores por conta da unidade dos trabalhadores. A questão dos ciclos é um exemplo disto. Mas o governo não desiste. Criou a Portaria que mudou a presença do governo no Comitê e que as entidades dos servidores podem ser convidadas sem direito a voto. O Teletrabalho é outro ponto que eles querem avançar sem se importar com o servidor. O desafio das entidades tem sido o de se aperfeiçoar sobre este tema e evitar que o governo imponha seu modelo.
Para os dirigentes, o INSS procura dividir a categoria criando as várias modalidades de trabalho: teletrabalho, presencial, semipresencial etc.. Esta estratégia faz com que seja necessário pensar pautas que unifiquem e interajam com estes grupos. Além da pontuação, tem as questões salarial, de Carreira e as condições de trabalho, entre outras. Tem várias demandas que o teletrabalho ocasiona na vida dos trabalhadores. Há, por exemplo, o tema sobre ajuda de custo visando a infraestrutura necessária para o teletrabalho. É consenso entre os dirigentes ser fundamental observar esta estratégia do governo e criar mecanismo que tragam a unidade entre os trabalhadores para resistir aos prejuízos que querem implementar.
“Precisamos construir a unidade para vencer a pauta que o governo quer implementar, inclusive para dividir a categoria. O governo quer discutir individualmente e muda as coisas por meio de resoluções e portaria. Basta recordar que tivemos problema na discussão sobre reabertura das Agências. O presidente do INSS se comprometeu que não abriria sem os médicos peritos e não honrou a palavra. É importante traçar um movimento mais unitário entre as entidades nacionais e estaduais para derrubar as propostas do governo. Este governo está trabalhando para desconstruir o INSS”, afirma João Torquato, dirigente do Sindprev DF.
Propostas aprovadas:
Judicializar a Portaria 1199/2020; agendar reunião com o grupo de advogados do Consórcio;
Elaborar documento chamando a unidade da categoria com a participação dos Sindicatos estaduais;
Apresentar a importância de uma pauta conjunta organizada da categoria, construída pelos servidores, dialogando com cada grupo sobre as condições de trabalho para os trabalhadores presencial, semipresencial, teletrabalho e nas CEABs;
Lutar pela aprovação da ajuda de custo para quem está trabalhando no semipresencial e teletrabalho;
Lutar pela instalação do Comitê de Carreiras, conforme Legislação;
Deputado Vicentinho - PEC que altera a forma de contratação do governo Bolsonaro, que seja feita com os trabalhadores da área;
Incorporação integral da Gratificação de Desempenho às aposentadorias;
Pautar pela criação do GT do Teletrabalho, englobando o GT Pontuação;
Lutar pela manutenção do REAT, construindo uma audiência com presidente do INSS, junto com a FENASPS.
Fonte: José Carlos Araújo/Assessoria de Imprensa da CNTSS/CUT
Pandemia: APS São Vicente registra casos do novo coronavírus e SINSSP cobra da SR1 medidas de segurança
A curva crescente da pandemia da Covid-19 no Brasil está longe de diminuir e mesmo assim o INSS segue firme no propósito de continuar com as agências de atendimento abertas. Nessa falta de administração coerente e humana todos saem perdendo: servidores, trabalhadores e população.
A curva crescente da pandemia da Covid-19 no Brasil está longe de diminuir e mesmo assim o INSS segue firme no propósito de continuar com as agências de atendimento abertas. Nessa falta de administração coerente e humana todos saem perdendo: servidores, trabalhadores e população.
A gravidade desse problema começa a dar sinais e os casos de contágio e infecção da doença estão aumentando dentro das agências.
O SINSSP recebeu a informação de duas ocorrências de casos positivos do novo coronavírus na APS de São Vicente e preocupado com a saúde dos servidores, como também da população que necessita de atendimento, o sindicato enviou na tarde desta quarta-feira (16) um ofício ao superintendente da SR1 cobrando medidas urgentes para garantir a segurança dentro da agência.
Dentre as cobranças estão a testagem dos servidores e prestadores de serviço da APS, desinfecção e sanitização do local de trabalho, fechamento da APS neste período e medição da temperatura de todos que adentrarem na agência.
O SINSSP aguarda a manifestação do superintendente com o plano de ação para sanar a gravidade desse problema e caso fique sem respostas, como ocorreu nos últimos ofícios enviados, tomará as medidas cabíveis para resguardar a vida de todos, pois neste momento o que importa é a vida.
Fonte: Imprensa SINSSP
Senado rejeita proposta aprovada na Câmara que repassava recursos do Fundeb para escolas ligadas a igrejas
O projeto de regulamentação do Fundeb aprovado na Câmara no último dia 10 foi rejeitado no Senado na noite de hoje (15). Após diversas críticas ao texto do relator, deputado Felipe Rigoni (PSB-ES), que desfigurou a Emenda Constitucional (EC) 108 aprovada em agosto, houve acordo pela devolução do projeto após votação simbólica.
O relator da matéria no Senado, senador Izalci Lucas (PSDB-DF), que havia incorporado em seu texto medidas como retirar a transferência de recursos do Fundeb para as escolas particulares, entre elas as ligadas a igrejas, e também para o sistema S, acabou recuando de apresentar seu relatório.
O texto retorna para a Câmara dos Deputados onde, segundo Izalci, o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), se comprometeu a analisar a proposta nesta quinta-feira (17).
Houve forte pressão de parlamentares sobre o relator da matéria no Senado, senador Izalci Lucas (PSDB-DF). O senador Paulo Paim (PT-RS) leu na íntegra carta da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) enviada ao Senado. “As consequências da votação do Fundeb na Câmara Federal são desastrosas para a educação brasileira, pois comprometem os objetivos de ampliação das matrículas com qualidade em todas as etapas e modalidades do ensino básico. O texto visa a transferir parte das atuais matrículas públicas para o setor privado (conveniado ou não com o poder público), inviabilizando atender as crianças e jovens que estão fora da escola”, diz trecho da carta.
Resistir
Paim fez coro a outros senadores, destacando que municípios mais pobres do interior do país, que mais precisam de investimentos em educação, serão os mais penalizados. Terão recursos minguados enquanto escolas da rede privada, que atendem menos de 20% de todos os estudantes brasileiros, ficarão com parte do Fundeb.
“O Senado barrou a tentativa da Câmara de desviar recursos do Fundeb para atender escolas particulares. Com escolas públicas sucateadas e abandonadas, seria um crime financiar instituições que atendem parcelas privilegiadíssimas da sociedade”, disse o senador Fabiano Contarato (Rede-ES).
“Parabéns ao Senado Federal. Salvou a educação pública! Cabe à Câmara dos Deputados manter a serenidade e a responsabilidade, aprovando o texto aprovado agora no Senado Federal. Vitória dos movimentos sociais da educação”, escreveu o professor da Faculdade de Educação da USP, Daniel Cara, em suas redes sociais.
Fonte: Cida de Oliveira/RBA
CUT e entidades lançam campanha: O Brasil precisa do SUS
A campanha é uma iniciativa da Frente pela Vida, composta por diversas organizações, entre elas, a CUT que estará no lançamento de mais esta luta por uma saúde pública de qualidade.
Para fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS), importante instrumento de garantia do direito humano à vida, que vem sofrendo sucessivos ataques desde o golpe de 2016, a Frente pela Vida, da qual a CUT Brasil faz parte, lançou nesta terça-feira (15), a campanha "O Brasil precisa de SUS".
Os músicos Chico Buarque, Zélia Duncan e Caetano Veloso, o jornalista Juca Kfouri, os atores Paulo Betti, Cristina Pereira e Mateus Solano, além do religioso Leonardo Boff estavam entre os artistas e ativistas que gravaram vídeos declarando a importância do SUS manifestando apoio à campanha. Confira lista na matéria da RBA.
O texto de lançamento da campanha destaca que “Em meio a todo esse caos sanitário que estamos enfrentando, o pior não aconteceu devido a existência do Sistema Único de Saúde - SUS, que mesmo sendo desmontado pelo governo desde o golpe de 2016 com Emenda Constitucional 95, mostrou-se ainda mais importante e necessário”.
São mais de 181 mil brasileiros mortos pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19) desde março. No Brasil, a Covid-19 escancarou as desigualdades sociais e a desvalorização da vida que tem servido de terreno fértil para o vírus, argumentam os organizadores da campanha. O vírus mata mais pessoas negras, pobres e se dissemina rapidamente entre trabalhadores de serviços essenciais e informais, assim como entre populações vulnerabilizadas, afirmam.
O Brasil precisa de SUS’ é uma iniciativa unificada de diversas entidades com forte presença do movimento sindical, representantes da saúde, como profissionais e grupos universitários, e outras organizações que defendem políticas públicas essenciais para o bem estar social, explica a secretária da Saúde do Trabalhador da CUT, Madalena Margarida da Silva.
Segundo ela, a CUT também está na organização desta campanha com outras centrais e que agora é preciso mobilizar a sociedade em defesa do SUS e denunciar os riscos que o SUS está correndo com este governo genocida.
“Nós já estamos chegando a quase 200 mil pessoas que perderam suas vidas por causa desta doença e nós não temos um plano que ofereça com segurança a vacinação. O SUS está sendo atacado, com retirada de orçamentos, e o governo quer privatizar, levar os recursos públicos para rede privada. O SUS é o maior sistema público e universal do mundo e a iniciativa privada tá de olho nisso e os usuários precisam saber que vários serviços estão comprometidos”.
“E a Frente pela Vida desenvolve esta campanha de diálogo com a sociedade e com povo brasileiro para conscientizar sobre esta política pública que só existe no Brasil. A luta é de todos e a CUT não poderia deixar de estar. A luta pelo SUS público para todos é de todos”, finaliza Madalena.
Fonte: Érica Aragão/CUT