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O SINSSP apurou que na Regional Piracicaba, por exemplo, os segurados esperam de 60 a 120 dias para a realização do exame médico pericial.

Os atrasos na realização da perícia médica provocaram prejuízos há milhares de trabalhadores que já estavam afastados ou que ainda precisam se afastar e dependem de perícia. Para complicar ainda mais a situação dessas pessoas, 2020 foi um ano de pandemia do novo coronavírus e 2021 chegará com as mesmas incertezas desse ano.

Por conta da Covid-19 milhares de requerimentos de auxílio por incapacidade temporária previdenciária e acidentária não foram avaliados presencialmente e muitos destes que foram analisados remotamente não foram concluídos, ou foram indeferidos por supostos erros no encaminhamento dos documentos médicos anexados pelos segurados.

Com o embate entre a Autarquia e os peritos médicos quando o INSS tentou reabrir as agências e voltar ao atendimento presencial enquanto os profissionais médicos brigavam para continuar sem atendimento até que as agências cumprissem todos os requisitos de segurança, a mídia acompanhou de perto esse entrave entre as duas repartições e começou a pautar o represamento das perícias médicas denunciando os atrasos intermináveis para o agendamento do serviço.

Hoje, com as agências de atendimento abertas atendendo a população que busca por atendimento presencial, os problemas permanecem já que quase nada foi feito para resolver essa situação caótica.

Segundo informações da Secretaria de Previdência e da Subsecretaria da Perícia Médica Federal, o tempo médio de espera para agendar uma perícia médica dura cerca de 18 dias. Os dados são do início de dezembro.

De acordo com o levantamento feito, cerca de 45% esperam até 15 dias para agendar uma perícia, 30% estão sem vaga para agendar, 19% aguardam de 31 a 45 dias, 19% esperam de 31 a 45 dias, 15% de 16 a 30 dias e 10% de 46 a 60 dias.

Os agendamentos continuam atrasados, mais da metade dos dados divulgados pelo Governo mostram que o trabalhador espera mais de um mês para conseguir agendar uma perícia o que significa que ele vai demorar também para começar a receber o seu benefício, um direito garantido por lei.

O SINSSP apurou que na Regional Piracicaba, por exemplo, os segurados esperam de 60 a 120 dias para a realização do exame médico pericial.

Essa situação é inadmissível, pois o trabalhador precisa da perícia médica para dar andamento no benefício e durante esse tempo de espera as contas não param de chegar e o sustento da família fica comprometido, pois em algumas situações, a comida não chegará no prato da família.

Já que o INSS insistiu em reabrir as agências de atendimento em plena pandemia, colocando em risco servidores, trabalhadores e a própria população, porque não solucionar esse problema contratando mais médicos para realizarem as perícias e resolver, de fato, um problema que vem se estendendo ao longo do ano?

 

Fonte: Imprensa SINSSP