Episódio #129 do MEGAFONE - Hipertensão arterial: uma doença silenciosa que pode matar!
No episódio #129 do MEGAFONE, o canal de Podcast do SINSSP traz mais uma edição da série “Qualidade de Vida e envelhecimento ativo”, e o tema abordado será hipertensão, uma doença silenciosa, que pode matar e trazer graves consequências à saúde quando não tratadas da forma correta. Fique sintonizado com a gente!
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Episódio #117 do MEGAFONE - a memória no processo de envelhecimento: quando saber se os esquecimentos são lapsos de memória ou demência
No episódio #117 do MEGAFONE, o canal de Podcast do SINSSP que nesta semana aborda sobre o tema Qualidade de Vida e Envelhecimento ativo, fala sobre a memória no processo de envelhecimento. O professor João Paulo falou no Minuto Saúde Mental, do Jornal da USP no AR, da Rádio USP Ribeirão, sobre a o porquê dos idosos esquecerem coisas do cotidiano mais frequentemente e das diferenças entre os lapsos de memória e das demências. Fique sintonizado com a gente!
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Episódio #108 do MEGAFONE - Atenção! Ingerir adoçante regularmente pode aumentar o risco de AVC e infarto, alerta pesquisa
No episódio #108 do MEGAFONE, o canal de Podcast do SINSSP aborda sobre o tema Qualidade de Vida e Envelhecimento ativo fala sobre a ingestão regular de adoçantes artificiais e o seu relacionamento com o aumento do risco de pessoas sofrerem acidente vascular cerebral – AVC - e infarto.
O professor Octávio Pontes Neto, da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, à coluna do Minuto do Cérebro, programa que vai ao ar pela Rádio USP e também no Youtube, com produção do Jornal e TV da Universidade de São Paulo, faz um alerta para o uso de adoçantes artificias.
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Episódio #101 do MEGAFONE - Câncer colorretal acende o alerta vermelho e atenção redobrada com o nosso intestino
No episódio #101 do MEGAFONE, o canal de Podcast do SINSSP traz para o quadro sobre qualidade de vida e envelhecimento ativo as inflamações intestinais, em especial vamos falar de uma doença que está sendo cada vez mais diagnosticada entre os brasileiros, o câncer colorretal, abordando a importância da sua prevenção e o equilíbrio de um estilo de vida mais saudável que reúne exercícios físicos, uma alimentação adequada, beber bastante água e evitar ao máximo o estresse diário. Fiquem sintonizado com a gente!
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Episódio #82 do MEGAFONE - Colesterol alto: saiba como controlar e prevenir de forma simples esse problema que atinge o nosso organismo silenciosamente
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Série “Qualidade de Vida e Envelhecimento Ativo” de volta e em novo formato
A nossa série sobre Qualidade de Vida e Envelhecimento Ativo está de volta e com uma super novidade! Agora o projeto é exclusividade do MEGAFONE, o canal de Podcast do SINSSP e toda terceira semana de cada mês você vai acompanhar temas voltados para a saúde, qualidade de vida, saúde física e mental, envelhecimento ativo, vida saudável e muito mais. Não perca!
Para celebrar a volta da série neste novo formato, vamos dar um spoiler do que vai acontecer no episódio de estreia! Quem nunca ouviu falar em “gordura no fígado”? Também conhecida como esteatose hepática, a Doença hepática gordurosa não alcoólica já atinge cerca de 30% de brasileiros, segundo dados de pesquisas.
E para tratar sobre esse assunto o MEGAFONE encontrou um especialista para explicar sobre a esteatose, suas causas, prevenção e tratamento. Além de uma dica bem valiosa para aliviar a inflamação provocada pela gordura no fígado...tem a ver com café, mas.... chega de spoiler, nesta sexta-feira (19) você vai poder ouvir tudinho no podcast do SINSSP.
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Qualidade de Vida e Envelhecimento Ativo: qual a importância das vitaminas para o idoso?
A chegada da melhor idade implica em algumas alterações que ocorrem no organismo que causam impacto na capacidade de digestão das proteínas e na absorção de algumas vitaminas e minerais como o ferro, cálcio e vitaminas D e B12. Pela gravidade e a importância desse assunto que nesta semana a série “Qualidade de Vida e Envelhecimento Ativo” vai abordar sobre esse tema.
Tudo isso faz parte de um processo natural que um dia todos nós vamos alcançar ou já alcançamos, por isso as pessoas da terceira idade precisam repor essas vitaminas no corpo e isso deve ser feito somente com acompanhamento médico, pois fazer uso delas de forma indiscriminada ou sem acompanhamento de um especialista pode agravar o quadro de saúde do idoso e causar intoxicações ou até complicações sérias.
A falta dessas vitaminas nas pessoas idosas implica nas deficiências nutricionais. Uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) indica que a falta de Vitamina D está associada à fraqueza nos músculos, redução da mobilidade, declínio cognitivo e um risco maior para o desenvolvimento de depressão ou Alzheimer.
Já um artigo produzido na Universidade Presbiteriana Mackenzie revela que a carência de Vitamina B12 pode provocar doenças como a anemia e a depressão. Ela também diminui a quantidade de massa óssea aumentando as chances da pessoa idosa sofrer faturas, fator provocado pela osteoporose, doença muito comum entre essa parcela da população. A suplementação da Vitamina D com o Cálcio ajuda na prevenção da osteoporose, e até contribuir para a diminuição da mortalidade entre as pessoas idosas.
A escassez do ferro pode causar uma doença chamada anemia ferropriva, muito comum em idosos. O mineral é um elemento muito importante por ser o responsável em levar o oxigênio pelo corpo. A fadiga, falta de apetite, pele e mucosas pálidas, são alguns sinais da doença, a suplementação de ferro ajuda no seu tratamento.
É importante ressaltar que o idoso só deve fazer uso de vitaminas quando recomendados por um médico ou nutricionista, pois somente esses especialistas saberão por meio de exames realizados a quantidade e quais vitaminas a pessoa na terceira idade está com deficiência e se deve fazer a suplementação para repor esses níveis. Em alguns casos o equilíbrio alimentar pode resolver o problema, por isso que o acompanhamento médico é importante.
Nunca faça uso da automedicação, ela pode tornar o quadro de saúde mais sério e comprometer a vida do paciente idoso.
O SINSSP, pensando na qualidade de vida de seus associados, tem publicado semanalmente uma série de matérias e vídeos sobre a “Qualidade de Vida e o Envelhecimento Ativo”, acompanhe pelo nosso site e fique de olhos nas redes sociais.
Quer rever alguma de nossas matérias ou vídeos publicados pelo SINSSP? Então saiba que todas as matérias publicadas, bem como os vídeos, continuam disponíveis em nosso site e poderão ser assistidos no YouTube pelo canal oficial do SINSSP a qualquer momento.
Essa é a última matéria da temporada “Qualidade de Vida e Envelhecimento Ativo”, mas não fique triste que a segunda temporada volta em 2022 com muitas outras novidades.
Fonte: site Madu
Qualidade de Vida e Envelhecimento Ativo : porque a saúde e o bem-estar devem andar juntos?
É fato que a saúde e a qualidade de vida caminham juntas e como já publicado na série “Qualidade de Vida e Envelhecimento Ativo”, “o fenômeno da longevidade tem vários fatores responsáveis: a medicina, avanços tecnológicos, melhora na qualidade de vida, melhora na alimentação, condições sanitárias, prevenção, entre outros, mesmo os indivíduos com alguma condição crônica ou incapacitante têm sobrevida prolongada, que pode evoluir e impactar na senescência.”
A concepção do envelhecimento ativo é o novo indicador de saúde que antes era medido pela presença ou ausência de doenças, apenas. Esse grau de capacidade funcional do ser humano, de preservar suas habilidades mentais, físicas e sociais segue na mesma direção do conceito de saúde, dado pela Organização Mundial de Saúde.
Dessa forma, se o indivíduo tem uma qualidade de vida ele estará no caminho certo para alcançar uma vida saudável e consequentemente terá um envelhecimento ativo.
A definição da “pessoa estar saudável” vai muito além de estar doente, enferma ou precisar usar medicamentos. Conforme o dito popular “mente sã, corpo são” associado ao bem-estar social é a resposta do “ser saudável”, do viver a vida de forma saudável.
Porém, a conquista dessa fórmula requer rotinas diárias nos diversos aspectos como as condições econômicas e socioculturais, relações entre as pessoas, estilo de vida, etc. A prática desse bem-estar envolve muitos outros hábitos.
Alguns hábitos para o bem-estar
Os exercícios físicos é um dos hábitos para o bem-estar. Quem nunca ouviu o médico falar que praticar atividades físicas contribui para o combate e controle de diversas doenças como o diabetes, gordura no fígado, por exemplo, e que os benefícios para a saúde compreendem uma dezena de fatores que vão desde o fortalecimento muscular como também influencia em diversas funções do organismo como a cardíaca e a respiratória.
Assista o vídeo sobre exercícios físicos que traz dicas e reflexões sobre a importância da pessoa com mais de 60 anos (a melhor idade) praticar atividade física. Clique aqui.
Manter a alimentação num padrão adequado é outro hábito bastante importante, pois ela intensifica os resultados adquiridos com as atividades físicas. Se alimentar bem significa comer os nutrientes necessários para o bom desempenho das funções metabólicas do corpo.
Os alimentos dos fast-foods precisam dar lugar às verduras, frutas e legumes. Diminuir a ingestão deles não condiz a uma questão estética, mas de bem-estar e saúde.
Assista o vídeo sobre alimentação saudável com dicas e reflexões clicando aqui.
Dormir bem traz uma condição bastante favorável ao organismo e precisa estar regular para não contribuir para o aparecimento das diversas enfermidades ligadas ao emocional do indivíduo.
As horas de sono bem dormidas contribuem para a memória e o processo de aprendizado, é o momento em que o cérebro faz o processamento de tudo o que o organismo viveu durante o dia.
Assista o vídeo que traz dicas e reflexões de como ter um boa noite de sono. Clique aqui para conferir.
Contudo, a partir da leitura é possível relacionar e compreender que saúde e qualidade de vida caminham juntas e com a prática delas é possível envelhecer estando ativo e sobretudo saudável, e sim, é possível viver com qualidade e saúde ao mesmo tempo.
Vale destacar que o acompanhamento médico é sempre imprescindível em todos os casos, seja para a realização de atividades físicas, para a dieta e para as demais práticas do cotidiano. Nunca comece qualquer rotina, mesmo estas que contribuem para a saúde e qualidade de vida, sem procurar um especialista para acompanhar. Fica a dica!
O SINSSP, pensando na qualidade de vida dos servidores, tem publicado semanalmente uma série de matérias e vídeos sobre a “Qualidade de Vida e o Envelhecimento Ativo”, acompanhe pelo nosso site e fique de olho nas redes sociais.
Vale destacar que essa é a penúltima matéria da temporada “Qualidade de Vida e Envelhecimento Ativo” que vai encerrar no dia 15/12, mas não fique triste que a segunda temporada volta em 2022 com muitas outras novidades.
Qualidade de Vida e Envelhecimento Ativo: velhice e envelhecimento como uma questão sócio vital complexa
Nesta semana a série “Qualidade de Vida e Envelhecimento Ativo” vai reproduzir uma entrevista com a professora aposentada da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (Each-USP), Ângela Maria Machado de Lima Hutchison, sobre velhice e envelhecimento como uma questão sócio vital complexa.
O material foi publicado no Podcast “Diversidade em Ciência” e o jornalista e professor da ECA-USP e membro da Comissão de Direitos Humanos da USP, Ricardo Alexino Ferreira, entrevista a convidada que há várias décadas vem estudando saúde, envelhecimento e o autocuidado.
Ricardo Alexino Ferreira - Eu vou começar perguntando como a gente deve chamar as pessoas que são consideradas idosas? Chamo de velho, chamo de idoso, são vários termos, né? Tem até um que eu acho que é muito preciso, “melhor idade” e a gente não sabe muito bem, qual o melhor termo que respeita a cidadania.
Professora Ângela - Esse tema muito interessante ao qual se chama a atenção porque há vários termos, idoso se refere a como o Estatuto do Idoso qualifica a pessoa de 60 anos ou mais no Brasil. As pessoas, muitas vezes, não aceitam a situação de serem chamadas de velhos, mas depende do indivíduo. Uma pessoa militante recebe muito bem a palavra velho, velha. De forma geral, falar “velho”, parece um xingamento, melhor idade, maioridade, velho a mais tempo, aliás “jovem a mais tempo”, terceira idade, tudo isso é uma invenção recente. Tem uma conotação de positivar a condição de ser idoso, mas muitas vezes acaba negando. A condição de ser idoso também traz sofrimento, perdas, então pode ser um estereótipo também, a depender da situação a pessoa idosa parece bem interessante porque qualifica os direitos, ou seja, com a velhice vem os direitos como cidadão. Na verdade, não existe o certo ou errado, mas existem nuances em relação a isso.
Ricardo Alexino Ferreira - Muitas vezes parece que também existe uma “medicalização” do idoso ou do velho, pensa-se nele só na questão dentro do âmbito da saúde. Você concorda com isso?
Professora Ângela - Dentro desse ponto da “medicalização” a gente pode dizer que o problema é considerar velhice uma doença. Então, se uma das características do envelhecer é ter certas doenças, mas se comparar um velho ou idoso ou terceira idade, enfim, comparar uma pessoa com mais de 60 anos com pessoas de faixa etária mais jovens, por exemplo, crianças, e tentar ver nessa faixa etária quantas doenças aparecem e contabilizar as doenças também na pessoa mais velha, as crianças têm muito mais possibilidade de adoecer. Porque o sistema imunológico não está desenvolvido e não é verdade que o idoso adoece mais, ele adoece de certas condições e as vezes são mais graves, são condições crônicas e muitas vezes elas são condições incapacitantes. Aí sim se nós falamos de incapacidade, comparamos as faixas etárias, estamos mudando um pouco o eixo da discussão, mas a “medicalização”, chamando a atenção para essa pergunta que é muito boa, é reduzir a condição da velhice a condição da doença mais grave e mais próxima.
Ricardo Alexino Ferreira - Você tem uma carreira que é muito interessante, muito coerente. A sua tese de doutorado defendida também pela USP, saúde, envelhecimento, o autocuidado como questão, o tempo todo, todos os seus trabalhos seguem nessa perspectiva. O que você já queria dizer quando você tá falando autocuidado como questão?
Professora Ângela - Essa minha tese tem início nos anos 2000. O que eu estava falando naquele momento era justamente a discussão do cuidado e do autocuidado, porque eu sou da área de saúde coletiva. Essa pesquisa está cunhada na área de saúde coletiva, perceber como se oferecem cuidados e como a pessoa também consegue. Se cuidar foi uma questão naquele momento, eu olhei idosos que são favelados, comunidade favelada. Para entender sobre envelhecimento é preciso saber sobre envelhecimento populacional e o envelhecimento nos indivíduos, são duas coisas diferentes. Quando nós falamos envelhecimento populacional, nós estamos falando de variáveis demográficas que compõem a possibilidade de uma população envelhecer ou não. E aí para falar de uma forma mais concreta são três as variáveis clássicas que é diminuição da mortalidade, aumento da expectativa de vida e diminuição da fecundidade. O envelhecimento populacional depende muito mais da taxa de fecundidade do que o controle das doenças e mortalidade e isso reflete na expectativa de vida. O Brasil foi ganhando expectativa de vida. Então eu levantei até o que aconteceu na expectativa de vida no Brasil com o cenário da COVID-19. Nós brasileiros perdemos dois anos de expectativa de vida em 2020. Então o Brasil tem mais ou menos 40 milhões de pessoas idosas de 60 anos numa população de 210 milhões. Então há cerca de 18% da população dos brasileiros e brasileiras são pessoas idosas. Mas isso significa um fenômeno também complexo, eu até costumava fazer uma brincadeira com meus alunos na sala de aula, que todo ano nasce uma pessoa idosa.
Ricardo Alexino Ferreira - Uma pessoa aos 60 anos pode ser considerada uma pessoa idosa? Esse referencial é mais recente? Eu estou te perguntando isso por que a pessoa de 60 anos está ainda muito no estado produtiva, eu não sei se é um preconceito dizer que um idoso não é produtivo nessa minha fala, mas aos 60 anos a pessoa ainda está com grande vitalidade, você concorda?
Professora Ângela - Precisa explorar essa tua pergunta em duas direções, qual é o marcador para o envelhecimento? É um marcador para a aparência, quando fica mais velha a pele muda, cabelos brancos, rugas. Tem o marcador interno, que os órgãos internamente também mudam, a mulher para de menstruar, questão de menopausa, tem modificação do homem também chamada de andropausa. Aí tem um marcador social que em geral é a expectativa de vida, porque 60, 65 anos no Brasil? Justamente isso que você chama atenção para sua pergunta. Pode haver mais anos de trabalho, então isso também incide na questão de aposentadoria. Ao fazer um recorte desse tipo coloca as pessoas necessariamente numa posição que nem sempre a gente verifica, então esses meus idosos lá da comunidade aos 60 anos não tem a mesma funcionalidade do idoso que tem as facilidades de uma vida econômica mais abastada. Então isso tem a ver com expectativa de vida, mas também a produtividade tem a ver com que a pessoa consegue produzir vindo de uma determinada situação social.
Ricardo Alexino Ferreira - Inclusive, eu gostaria de perguntar a questão étnica, como ela funcionaria numa pessoa idosa negra e numa pessoa idosa não negra ou branca?
Professora Ângela - Interessante porque de fato estamos falando de diversidade, diversidade econômica, diversidade cultural, faz toda diferença, então, no Brasil, estrutura social é pouco justo, no ponto de vista econômico acaba tratando ou cuidando do cidadão de forma diferenciada. E aí entra as questões étnicas também.
Ricardo Alexino Ferreira - Você é médica sanitarista, né? Como é que se dá o diálogo entre a médicos sanitaristas e médicos geriatras?
Professora Ângela - O geriatra é um especialista, é como um clínico geral da pessoa idosa. Em geral, o médico geriatra é muito interessante de fazer uma ponte né? Porque o médico geriatra ele tende a considerar a pessoa como um todo no seu aspecto biopsicossocial só que com foco mais na patologia ou na ausência da patologia que percebe a questão da rede social, da família. Já a formação do médico sanitarista é para as questões populacionais, mas pode passar pelos indivíduos também. É lógico que não há população sem indivíduos certamente, não tem como separar o idoso indivíduo da população, mais tem fenômenos que são comuns e outros que são específicos, então há problemas que são mais raros e os que são mais comuns, mas a conversa com geriatras de uma forma geral, pelo menos na minha experiência, é uma conversa muito interessante.
Fonte: Jornal da USP, Podcast “Diversidade em Ciência”
Qualidade de Vida e Envelhecimento Ativo: Vamos falar de Diabetes?
É fato que ao longo da vida você já ouviu falar em Diabetes, não é mesmo? Cada vez mais pessoas recebem o diagnóstico da doença e não deve ser fácil receber essa notícia. Segundo dados da IDF (International Diabetes Federation), cerca de 463 milhões de pessoas no mundo são diabéticas.
O crescimento da doença acende um sinal de alerta para a prevenção e o combate. O aprendizado sobre o tema é importante para esclarecer, quebrar tabus e orientar a sociedade, substituindo o medo e a falta de orientação pela precaução.
Por esse motivo, nesta semana a série “Qualidade de Vida e Envelhecimento Ativo” vai abordar esse assunto e explicar sobre o Diabetes, como prevenir e as formas de tratamento.
O que é Diabetes?
O Diabetes é uma doença metabólica caracterizado pelo excesso de açúcar no sangue (glicose) devido o pâncreas não produzir corretamente a quantidade de insulina (hormônio produzido pelo órgão) que o organismo precisa ou quando o corpo não corresponde à insulina produzida (resistência insulínica).
Quando não tratada adequadamente, o Diabetes pode causar complicações e originar outras doenças como as cardiovasculares, AVC (acidente vascular cerebral), doenças renais crônicas, úlceras no pé, retinopatia diabética (problemas oculares) ou até mesmo levar o paciente à morte.
Existem vários tipos da doença:
- Diabetes tipo 1, sua causa não é definida com precisão, em alguns pacientes a questão genética pode ser um fator importante para a doença em decorrência de um problema no sistema imunológico;
- Diabetes tipo 2, sua causa pode ser combinada por fatores genéticos e pelo estilo de vida que leva, o sobrepeso, a obesidade, o sedentarismo e a alimentação inadequada aumentam o risco para desenvolver a doença;
- Diabetes gestacional é causada pela alteração hormonal durante o período gestacional. Mulheres acima do peso ou as que adquiriram muito peso durante a gravidez tem maior risco de desenvolver a diabetes gestacional. Esse tipo da doença tende a desaparecer após a gestação, mas é preciso ter o controle e orientação médica após o nascimento do bebê.
Qual a prevenção para evitar o desenvolvimento do Diabetes?
Não há prevenção para o Diabetes tipo 1 por ser uma doença causada por fatores genéticos, como também para os fatores da Diabetes tipo 2 relacionadas aos genes ou a idade. Porém, os demais fatores que causam a doença podem ser controlados e até mesmo prevenidos.
Prevenir e controlar esses fatores estão diretamente ligados a prática de uma vida mais saudável regada a dietas e exercícios rotineiros.
Uma pessoa diabética deve ter uma dieta pobre em gorduras e rica em fibras, hortaliças e vegetais, além do acompanhamento de um especialista médico.
Quais os sintomas do Diabetes?
Uma pessoa com Diabetes geralmente apresenta sensação de cansaço, muita sede e fome, uso frequente do banheiro, fadiga, visão embaçada, dificuldades para sarar as feridas, formigamentos nos pés e mãos.
Além desses sintomas, há outros mais específicos que variam de acordo com o gênero. Os homens podem apresentar uma diminuição do desejo sexual, da força muscular e disfunção erétil. Já as mulheres podem adquirir infecções urinárias, pele seca e com coceira.
No entanto, vale lembrar que pessoas com diabetes tipo 2 ou pré-diabéticas podem não apresentar sintomas, mas estar com a doença. Por isso, é importante consultar o médico com regularidade para fazer os exames e manter a saúde em dia.
Como é feito o diagnóstico e o tratamento do Diabetes?
Uma pessoa que apresente qualquer sintoma descrito acima ou que esteja dentro dos pré-requisitos para desenvolver a doença precisa procurar um médico para que seja feito os exames específicos para diagnosticar a doença.
O exame mais comum para detectar se o paciente está ou não com Diabetes é o da glicemia em jejum. Exames para teste de tolerância à glicose, de glicemia capilar e o da hemoglobina glicada também confirmam ou não o diagnóstico.
Para tratar o paciente com Diabetes, os médicos utilizam alguns medicamentos que variam de acordo com o grau e especificidade da pessoa a ser tratada, eles podem ser administrados via oral ou por injeções.
A insulina é o principal tratamento para os pacientes com Diabetes do tipo 1. Ela age substituindo o hormônio que o corpo não produz. Já a dieta e os exercícios físicos são usados para os pacientes com Diabetes tipo 2, porém, se a mudança na qualidade de vida não for suficiente para reduzir os níveis de açúcar no sangue, o paciente vai precisar da ajuda de medicamentos prescritos pelo médico que o acompanha.
As pacientes com Diabetes gestacional precisam acompanhar os níveis de açúcar no sangue várias vezes ao dia e informar ao ginecologista obstetra durante a gravidez.
O Diabetes é uma doença séria e precisa ser controlada. Diferentemente das outras doenças, o controle do Diabetes está centrado na ação do paciente pela diminuição do açúcar, dieta saudável e atividade física regular.
Não se esqueça da importância do acompanhamento médico, levar uma vida saudável pode não curar o Diabetes, mas dará ao paciente uma vida saudável mesmo estando com a doença.
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Vale destacar que a temporada da série “Qualidade de Vida e Envelhecimento Ativo” vai encerrar no dia 15/12, mas não fique triste que a segunda temporada volta em 2022 com muitas outras novidades.
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Fonte: Douglas Ferreira - Revista Seleções