Desigualdade racial: diferença entre negros e brancos aumenta na pandemia

Embora, infelizmente, ainda haja pessoas que acreditam que o racismo não existe ou que a sua força esteja diminuindo, os números mostram exatamente o contrário e pesquisas indicam que a cor da pele de uma pessoa ainda conta no cotidiano dos brasileiros, principalmente na hora de arrumar um emprego. E a pandemia da Covid-19 acentuou ainda mais essa desigualdade no mercado de trabalho.

Por Imprensa SINSSP

O racismo voltou a ser pauta na imprensa na última semana após um homem negro ser espancado e morto dentro do estacionamento de um supermercado em Porto Alegre. A discussão ganhou notoriedade e a desigualdade racial mais uma vez provou que está longe do fim aqui no Brasil.

Embora, infelizmente, ainda haja pessoas que acreditam que o racismo não existe ou que a sua força esteja diminuindo, os números mostram exatamente o contrário e pesquisas indicam que a cor da pele de uma pessoa ainda conta no cotidiano dos brasileiros, principalmente na hora de arrumar um emprego. E a pandemia da Covid-19 acentuou ainda mais essa desigualdade no mercado de trabalho.

Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a população negra sentiram os danos da redução das atividades econômicas provocados pelo isolamento social, ação necessária para conter o novo coronavírus.

Os números mostram que mais de 6, 4 milhões de homens e mulheres negros saíram da força de trabalho (como ocupados ou desempregados) entre o 1º e o 2º trimestre de 2020, isso significa que não buscaram recolocação profissional por acreditar que não conseguiriam neste momento de pandemia. No entanto, entre os brancos o número de pessoas nessa mesma situação está bem menos que a metade da população negra, são 2,4 milhões.

A diferença entre o tom da pele também está presente entre as pessoas que perderam o emprego, ou seja, dos 8 milhões de desempregados entre o 1º e o 2º trimestre de 2020, 71% eram negros o que equivale 6,3 milhões de pessoas.

Já no quesito vulnerabilidade, a pesquisa mostra que entre o final de 2019 e começo de 2020, 72% das pessoas negras estavam em situação vulnerável no Brasil, ou seja, 8,1 milhões de brasileiros.

A pandemia gerou uma crise no mundo do trabalho já que o medo de contaminação por um vírus imprevisível que reage de forma diferente em cada organismo e que tem tirado tantas vidas impactou a busca do trabalhador por uma ocupação de trabalho.

Para a população de homens e mulheres negros a taxa de desocupação é maior e a pandemia aumentou ainda mais a adversidade racial. Além da vulnerabilidade de renda e moradia, eles tiveram que sair em busca de empregos para garantir o sustento da família, dessa forma, não puderam aderir ao isolamento social e ainda tiveram que enfrentar transportes públicos lotados, expondo-se diretamente ao risco de contaminação da doença e o de levar o vírus para dentro de casa.

Dos 11 milhões de ocupados que perderam os postos de trabalho entre o 4º trimestre de 2019 e o 2º trimestre de 2020, 31,4% tinham carteira de trabalho assinada; 28,7% não possuíam carteira e eram assalariados; 25,8% trabalhavam por conta própria; e 11,4% eram trabalhadoras domésticas sem carteira.

A MP 936 foi uma grande conquista para manter o vínculo trabalhista formal, porém, a medida provisória não conseguiu resguardar a população negra com esse direito, pois a grande maioria que antes tinha carteira assinada, com a pandemia passaram a não ter mais.

Os homens negros com carteira assinada somavam cerca de 1,4 milhão no 4º trimestre de 2019, mas no 2º trimestre de 2020 não tinham mais. Os que trabalhavam por conta própria, cerca de 1,2 milhão também perderam o emprego neste período.

Para as trabalhadoras negras o cenário não é diferente, das que perderam as ocupações 887 mil mulheres tinham carteira assinada, 620 mil sem carteira, 886 mil trabalhadoras domésticas e 875 mil trabalhadoras por conta própria.

A pesquisa demonstra que a desigualdade racial na hora do trabalhador negro ser inserido no mercado de trabalho e a taxa de ocupação existe e com proporções maiores. A população negra encontra mais obstáculos quando buscam por recolocação no trabalho, quando conseguem ganham um valor menor e são expostos a situações vulneráveis e frágeis com maior frequência.

Encerramento o mês da conscientização negra, o SINSSP divulga esses dados para informar a população sobre a importância de combater as desigualdades raciais. O homem negro e a mulher negra sofrem por causa da cor da sua pele, os que se encontram nas camadas mais pobres da população sofrem em dobro: por causa do preconceito racial e por causa da desigualdade social e precisam lutar dia após dia pela sua sobrevivência.

 

Fonte:DIEESE


Eleições - fique atento a quem vai retirar os seus direitos!

Saber escolher é a “alma do negócio” e se ela fosse levada a sério pelos brasileiros as EC 95 e a EC 103 não teriam sido aprovadas pelo Congresso e Senado ou sequer teriam sido apresentadas para votação. Por isso, o SINSSP preparou uma lista dos partidos políticos que, ao longo dos últimos anos, votaram a favor do retrocesso e contra os seus direitos.

Por Imprensa SINSSP

A cada nova eleição no Brasil os candidatos reaparecem para pedir voto, propondo ideias que visam acabar com todos os problemas da população, com discursos amáveis repletos de positividade sobre o futuro da nação, do estado, do município.

Os eleitores vislumbram nessas propostas e acabam votando sem pesquisar a vida política do seu candidato e do partido em que ele atua. Essa prática é o que desde o início do processo eleitoral no país soma ações que refletem no cotidiano do brasileiro.

O ditado popular “brasileiro tem memória curta” exemplifica esse esquecimento das pessoas e mostra que esse ato é cultural, basta perguntar nos grupos de WhatsApp da família em quem votaram nas últimas eleições para deputados.

Essa cultura faz com que os eleitores não cobrem dos políticos que elegeram as propostas apresentadas durante o período eleitoral ou que não elejam os candidatos com propostas que fujam das necessidades do trabalhador.

Saber escolher é a “alma do negócio” e se ela fosse levada a sério pelos brasileiros as EC 95 e a EC 103 não teriam sido aprovadas pelo Congresso e Senado ou sequer teriam sido apresentadas para votação.

A má escolha nas urnas levou o Brasil para o caos em que está

A EC 95, de 2016, conhecida como PEC do “teto de gastos” congelou os gastos da União com despesas primárias, como saúde e educação, pelo período de 20 anos.

Dessa forma, a PEC do teto dos gastos públicos limitou os investimentos em áreas sociais o que agravou as desigualdades sociais no Brasil, acentuando ainda mais as condições da camada da população negra e pobre.

O congelamento também agravou a situação da saúde pública que em tempos de pandemia da Covid-19 sofre e está fragilizado por falta de investimentos na área. Um estudo realizado pela assessora política do Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos), Livi Gerbase, mostra que a PEC reduziu cerca de 9% as verbas públicas voltadas para políticas sociais nos últimos dois anos que poderiam auxiliar na proteção das pessoas mais vulneráveis diante da pandemia.

De acordo com a pesquisa, o setor da saúde perdeu, em 2019, R$ 20,2 bilhões por conta da EC 95. Esse valor indica a falta de investimentos em leitos de UTI (Unidades de Terapia Intensiva) na região Nordeste e Norte, por exemplo, e mostra como a falta de verba impediu que o SUS (Sistema Único de Saúde) respondesse minimamente aos efeitos da pandemia.

Já na educação, os dados da pesquisa indicam que foram utilizados R$ 106 bilhões dos R$ 123 bilhões previstos no orçamento de 2019. O valor é inferior aos investimentos públicos executados em 2018, quando foi gasto, em termos reais, R$ 109 bilhões. O fomento à pesquisa registrou perda de metade dos recursos para a Coordenação de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

É preciso saber escolher para não se arrepender depois!

A EC 103, de 2019, não acabou com os privilégios, mas com o sonho e o direito do trabalhador urbano e rural de se aposentar, além de colocar em risco as aposentadorias de jovens, de quem está próximo de se aposentar e de quem já está aposentado. Todos saíram perdendo!

Além de aumentar a idade mínima para se aposentar (homens 65 anos e mulheres 62 anos), o texto da matéria aprovada autoriza aumentar a partir de 2024 essa idade a cada quatro anos conforme a expectativa de vida da população medida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Também houve um aumento no tempo mínimo de contribuição previdenciária, de 15 anos para 20 anos, porém, para que o trabalhador se aposente com valor integral do benefício, além de ter a idade mínima, terá que contribuir por pelo menos 40 anos. O valor do benefício também sofreu alteração e para menor, pois serão levados em conta na hora de calcular todas as médias salariais e não mais os 80% mais altos, como era calculado antes.

Sem falar do corte de 50% no valor da pensão por morte e o aumento da idade (70 anos) para que o idoso carente receba o BPC (Benefício de Prestação Continuada).

Saber votar e cobrar dos candidatos eleitos: pesquise, pois a maioria dos brasileiros tem memória curta!

A matéria abordou apenas duas emendas constitucionais que acabaram com os direitos dos cidadãos brasileiros, mas sabe-se que há outras também piores como a reforma trabalhista, por exemplo. Porém, não tem como abordar todas aqui para não esticar o tempo de leitura do texto e o leitor desistir na metade do caminho.

O fato é que a população tem o poder de decidir quem governará e quem vai legislar em prol do seu município, do seu estado e do seu país. E é preciso levar em conta quais candidatos vão trabalhar pelas garantias de direito do trabalhador e não pela retirada delas.

Diante dos fatos expostos, o SINSSP preparou uma lista dos partidos políticos que, ao longo dos últimos anos, votaram a favor do retrocesso e contra os seus direitos:

Portanto, faça valer o seu direito e lembre-se que a Reforma Administrativa ainda está no congresso nacional aguardando o término das eleições para ser votada e quanto mais poder esse governo tiver, maior será o estrago para os servidores públicos de todas as esferas governamentais. Fique atento!

 

Fonte: RBA, DIAP (Mapa de votações – Câmara dos Deputados e Senado – 2015 a 2019) e Poder 360.


Pandemia Covid-19: Libera os testes general!

Escândalo dos testes de Covid-19 com prazos de validade prestes a vencer num país com baixa testagem da população demonstra o desrespeito dos governos com a vida frente a pandemia.

Na semana em que o Brasil ultrapassa a marca de 170 mil vidas perdidas para a Covid-19 e mais de 6 milhões de casos confirmados da doença o governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) demonstra mais uma vez estar despreparado e inerte ao controle da pandemia diante da denuncia feita pelo jornal o Estado de S. Paulo sobre os testes que identificam se o individuo está ou não com o novo coronavírus.

Segundo informação publicada no jornal, na edição do último domingo (22), em matéria sob o título “Prazo de validade pode levar governo federal a jogar fora 6,8, milhões de testes”, o novo escândalo do governo baseia-se no prazo de validade de doses do teste tipo RT-PCR que está perto do vencimento, ou seja, entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021. Essas doses foram compradas pelo Ministério da Saúde e encontram-se armazenadas em galpões federais na região de Guarulhos, munícipio de São Paulo.

O PCR é considerado o teste mais eficaz para diagnosticar o contágio da Covid-19 e mesmo sob forte pressão de entidades sindicais, organizações pró-saúde, cientistas, especialistas técnicos para testagem em massa da população para evitar a propagação da pandemia, o descaso falou mais alto e deixou os brasileiros sem o direito de realizar o exame e ainda rendeu um prejuízo que pode chegar a R$ 290 milhões.

Para minimizar o problema, o Ministério da Saúde está buscando junto ao fabricante dos testes a autorização para prorrogar o prazo de validade dos produtos.

Embate entre Ministério da Saúde e governos

A situação gerou um embate entre o Ministério da Saúde e os governos (municipais e estaduais), pois o ministério justificou que os testes estavam à disposição dos governadores e prefeitos. Já os gestores estaduais e municipais informaram que não receberam os kits para realizar os testes e nem as máquinas para analisá-los.

Diante do cenário de calamidade pública, desrespeito e inoperância das esferas governamentais quem sofre é a população que continua sem assistência frente a uma pandemia que está devastando lares e deixando famílias sem o direito de atendimento digno e sofrendo com a perda do ente querido.

Testagem de todos os servidores do INSS sempre foi a bandeira do SINSSP

O SINSSP sempre levantou a bandeira de que é preciso realizar testagens periódicas nos servidores públicos do INSS para que o risco de contágio entre eles, demais funcionários das agências de atendimento e a população fosse o mínimo possível.

Essa política defendida pelo sindicato auxilia na preservação de vidas e deve estar em conjunto com o fornecimento de equipamentos de segurança e proteção.

A informação é a arma utilizada pelo SINSSP para denunciar o caos que o governo está criando por não levar em consideração o tamanho do estrago que esse vírus é capaz de fazer, ele [o vírus] deixou claro que não é “apenas uma gripezinha” e se aproveita da incapacidade e indiferença do governo para conter a pandemia e deixar milhares de famílias em sofrimento.

Além das diversas matérias informativas e campanhas que orientam a categoria, o sindicato também precisou mover ação contra o INSS para que as agências não voltassem ao atendimento presencial durante a pandemia e ganhou na justiça o direito para que o servidor continuasse trabalhando remotamente e só retornasse ao modo presencial com todos os requisitos de segurança sanitária cumpridos pelo Instituto, entre eles a realização periódica de testagem nos servidores.

A Autarquia não cumpriu tal medida e agora, diante da denuncia da imprensa sobre os testes que estão vencendo sem serem usados na população, nasce um sentimento de repúdio diante dessa situação.

Testes prestes a vencer num país cuja testagem é pequena, neste momento em que ocorre a retomada do crescimento da curva de contaminação e de óbitos pelo país.

É importante a luta por testagem massiva para que seja diagnosticado os novos casos e providenciado o isolamento necessário!

 

Fonte: Imprensa SINSSP


Governo desinforma sobre salários para tentar obter apoio e privatizar estatais

Para minar resistência da população em relação à privatização das estatais, órgão do Ministério da Economia lança documento comparando salários nessas empresas com a iniciativa privada.

Com o título “Estudo mostra paraíso salarial em estatais” estampado na manchete de um dos maiores jornais do país, o governo neoliberal de Jair Bolsonaro (ex-PSL) tenta mais uma vez colocar a população brasileira contra os trabalhadores e as trabalhadoras das empresas públicas. O objetivo é abrir caminho para a privatização, minando resistências à venda do patrimônio dos brasileiros. Pesquisa Datafolha de agosto de 2019 mostrou que 67% (dois em cada três brasileiros), são contrários a qualquer tipo de privatização.

A reportagem, baseada na análise do Relatório Agregado das Empresas Estatais Federais (RAEEF), da Secretaria Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados e Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, ligada ao ministério da Economia, compara os salários pagos entre a iniciativa privada e as estatais, traz diversos pontos que merecem uma revisão mais apurada.

Alegando números elevados e excessivos de empresas, altos salários pagos aos trabalhadores, ineficiência e peso negativo sobre as contas públicas, o relatório não condiz com a realidade atual e ainda despreza o papel e a contribuição dessas empresas para o desenvolvimento do país, bem como a alta qualificação dos trabalhadores e trabalhadoras das estatais, afirma o economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), da subseção da Federação Única dos Petroleiros (FUP) , Cloviomar Cararine.

“O governo Bolsonaro desconsidera a importância das empresas estatais e públicas. São empresas que atuam em diversos setores e atividades de políticas públicas. Não é objetivo gerar lucro, mesmo gerando”.

O economista diz que o estudo divulgado pelo governo não leva em consideração algumas questões importantes como:

- os valores apresentados pelo estudo do governo não são em relação aos salários, e sim à remuneração total, que incluem outros benefícios como adicionais de periculosidade, sobreaviso e outros;

- apresenta um valor médio de remuneração e não mostra a imensa desigualdade salarial entre os trabalhadores de uma mesma estatal. No caso da Petrobras, por exemplo, a maior remuneração mensal é de R$106.189,00, do presidente da estatal, Roberto Castello Branco, e a menor é de R$1.510,00, representando assim uma diferença de 70 vezes;

O economista reforça que os trabalhadores brasileiros de maneira geral são muito mal remunerados, e no caso da Petrobras, vale uma comparação também com a remuneração de outras petroleiras, estatais ou privadas, no mundo. Os trabalhadores brasileiros recebem a menor média de remuneração anual (em US$) por trabalhador, como mostra o quadro abaixo.

“Quando compara a remuneração de trabalhadores estatais com a média nacional, o governo Bolsonaro inverte a questão central. Não são os trabalhadores das estatais que ganham muito e sim a média nacional que é pequena. Os trabalhadores no Brasil são muito mal remunerados”, reforça Cloviomar.

Ainda de acordo com o economista do Dieese, o relatório do governo desconsidera o processo histórico de luta de décadas que culminaram em conquistas de direitos, com melhores salários e outros benefícios recebidos.

“Após 2016, ano do golpe contra a ex-presidenta Dilma, a difusão de informações parciais e enviesadas sobre as estatais como estratégia se tornaram recorrentes, para tentar criar ambiente de revolta na população”, alerta o economista do Dieese.

 

Fonte: Redação CUT


CUT e Abet lançam questionário sobre trabalho remoto

Pesquisa visa entender as percepções dos trabalhadores em home office.

A pandemia do novo coronavírus trouxe mudanças significativas a muitos trabalhadores. O teletrabalho foi uma estratégia adotada por diversas empresas, desde março, para garantir o isolamento social como medida recomendada pelos órgãos de saúde no país.

Foi a partir desta realidade que a CUT e a Associação Brasileira de Estudos do Trabalho (Abet) lançam neste mês uma pesquisa para compreender as percepções dos trabalhadores que hoje atuam em trabalho remoto.

Como explica o presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo, a proposta das entidades é conhecer as formas e a dinâmica como o trabalho remoto está sendo implementado pelas empresas e como os trabalhadores sentem estas transformações no seu cotidiano.

“Isso nos ajudará a compreender melhor o momento vivido pelos trabalhadores e os impactos nas relações trabalhistas, principalmente agora que os números das contaminações e internações voltam a crescer em uma pandemia ainda não controlada”, afirma.

Pesquisa e percepções

O questionário tem um tempo médio de resposta de 20 minutos. Podem participar trabalhadores que atuam nos setores público ou privado, em organizações sem fins lucrativos (ONGs) ou funcionários de entidades sindicais.

Segundo os organizadores, a participação é livre, voluntária e as entidades garantem a privacidade e o anonimato quanto às respostas.

Presidenta da ABET, Patrícia Vieira Trópia destaca que o teletrabalho é uma modalidade de trabalho que, embora não seja uma novidade, se expande na pandemia.

Para Patrícia, no Brasil ainda há poucos estudos sobre teletrabalho e o fato de a pandemia ter colocado alguns milhões de trabalhadores em trabalho remoto instiga algumas questões.

Neste sentido, pretende-se saber, entre outros aspectos, como o teletrabalho impacta a vida familiar e as relações de trabalho.

"A pesquisa visa levantar um conjunto de informações sobre o processo de adaptação dos trabalhadores ao teletrabalho, as condições disponíveis no ambiente doméstico, a compatibilização entre trabalho doméstico e teletrabalho, organização do tempo de trabalho, além da percepção dos pesquisados sobre o teletrabalho".

Para a secretária de Formação da CUT-SP, Telma Victor, a pesquisa chega num momento importante para avaliar os impactos do isolamento social.

"A pesquisa trará dados que irão auxiliar na discussão junto às categorias e nas mesas de negociação como proteção e regulamentação do trabalho remoto ou home office".

Clique aqui para acessar a pesquisa

 

Fonte: Vanessa Ramos/CUT SP


Covid-19 é reconhecida como acidente de trabalho e doença ocupacional, mas trabalhadores desconhecem esse direito

A Covid-19 entrou para o rol de doenças ocupacionais e acidente de trabalho o que caracteriza que o trabalhador ao ser contaminado pela doença no ambiente de trabalho tenha acesso a benefícios amparados pelo INSS, mas trabalhadores desconhecem esse direito.

A Covid-19 entrou para o rol de doenças ocupacionais e acidente de trabalho o que caracteriza que o trabalhador ao ser contaminado pela doença no ambiente de trabalho, no trajeto de ida para o trabalho e na volta para casa tenha direito e acesso a benefícios como o auxílio-doença, por exemplo, amparados pelo INSS.

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 29 de abril, suspende os artigos 29 e 31 da Medida Provisória emitida pelo Governo no início da pandemia. O primeiro artigo da MP restringia as possibilidades de considerar a contaminação do novo coronavírus como doença ocupacional e o artigo 31 tratava da atuação de auditores fiscais do trabalho.

O posicionamento do STF é um ganho para a classe trabalhadora, pois ela resguarda o trabalhador também em relação às sequelas do novo coronavírus, visto que cada organismo reage à doença de formas diferentes e muitos apresentam danos que precisam de acompanhamentos específicos mesmo após o término do tratamento.

Neste caso, por exemplo, se o paciente vier a óbito a família será resguardada por meio da pensão por morte e o recebimento do seguro de vida, benefício garantido por algumas profissões. Também fica garantido ao trabalhador o afastamento para tratamento sem riscos de demissões e caso ele venha a ser demitido, receberá o benefício via INSS.

Maioria dos trabalhadores desconhecem o preenchimento do CAT para Covid-19

Embora o STF tenha decidido classificar a Covid-19 como doença ocupacional e acidente de trabalho o empregado precisa passar por perícia no INSS e comprovar que adquiriu a doença no trabalho. Porém, a maioria dos trabalhadores desconhecem o direito adquirido e não sabem da necessidade do preenchimento do CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho).

O CAT é um documento que precisa ser preenchido pelo funcionário e que formaliza na empresa a comunicação do acidente de trabalho ou da doença ocupacional adquirida.

Durante a pandemia, que continua crescente tanto em número de novos casos como de óbitos, grande parte dos profissionais que ficaram doentes pelo novo coronavírus foram afastados pela doença, porém, não preencheram o CAT por falta de conhecimento e orientação dessa decisão do STF.

Sem o preenchimento do CAT não há garantias de direitos

Como exemplificado anteriormente, se o paciente vier a óbito a família receberá os direitos garantidos constitucionalmente. Se houver o preenchimento do CAT, a família receberá a pensão por morte de forma integral.

Porém, se a informação não foi feita via CAT, os familiares receberão apenas os valores proporcionais ao tempo de trabalho do funcionário falecido. Para garantir o direito da pensão integral, o familiar terá que acionar a justiça para provar que a morte foi consequência de uma doença ocupacional adquirida no ambiente de trabalho ou por acidente no local ou trajeto para o trabalho.

SINSSP orienta os servidores

Diante da falta de informação sobre o enquadramento da Covid-19 no rol de doenças ocupacionais e acidente de trabalho, o SINSSP vem orientar os servidores do INSS sobre o assunto.

Se você, servidor, ficou doente pelo novo coronavírus e não comunicou a Autarquia via preenchimento de CAT e ficou em dúvida sobre algum tópico abordado nesta matéria entre em contato com o sindicato para que o departamento jurídico possa dar os esclarecimentos necessários.

Porém, se você vier a adquirir Covid-19 não deixe de preencher o CAT para que os seus direitos sejam resguardados. Caso tenha alguma dificuldade ou sofra algum tipo de assédio pelo departamento que trabalha DENÚNCIE!

O SINSSP vai fiscalizar os abusos e garantir que os direitos dos servidores sejam resguardados disponibilizando a equipe de advogados para orientar e, se for o caso, mover uma ação contra o Instituto. Portanto, não deixe de comunicar ao sindicato qualquer situação que fuja dos seus direitos.

Juntos somos mais fortes!

 

Fonte: Imprensa SINSSP


Mundo registra recorde diário de mortes por Covid e Brasil ultrapassa 170 mil óbitos

Total de mortos no país equivale a mais de dois Maracanãs lotados, considerando a capacidade do estádio de mais de 78 mil pessoas.

No dia em que o mundo registrou mais um recorde diário de mortes por Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, o Brasil ultrapassou a marca de 170 mil vidas perdidas. Esse número equivale a dois Maracanãs lotados, considerando a capacidade do estádio de 78.838 pessoas, e ainda ficariam do lado de fora mais de 12 mil vítimas que não resistiram às consequências da doença.

Nesta quarta-feira (25), o mundo registrou um novo recorde diário de mortes por Covid-19, e o total de vítimas ultrapassou a marca de 1,4 milhão desde o início da pandemia, aponta balanço da Universidade Johns Hopkins. Foram 12.785 óbitos na terça-feira (24), que superaram a marca anterior de 11.840 mortes registradas na sexta-feira (20). Em 23 dias, foram 200 mil novas mortes.

Até às 8h da manhã desta quarta, o Brasil somava 170.194 mortes por coronavírus desde março e dez dias de alta na média móvel de mortes, que havia caído nos últimos meses, segundo levantamento do consórcio de imprensa. Nas 24 horas entre terça e quarta-feira, o país registrou 638 novas mortes causadas pela doença.

De acordo com a Johns Hopkins, o Brasil só perde em número de mortes para os EUA, onde a Covid-19 fez 259.976 vítimas fatais. (Veja lista de países com mais óbitos no final do texto).

Segundo dados do Ministério da Saúde divulgados na noite desta terça, o país registrou 630 novos óbitos em 24 horas, atingindo um total de 170.115 mortes desde o início da pandemia. No mesmo período, o país registrou 31.100 diagnósticos positivos para a Covid-19. Desde o começo da pandemia, o Brasil teve 6.118.708 infectados pelo novo coronavírus, diz o Ministério.

Em relação aos casos confirmados de Covid-19 desde o começo da pandemia, o Brasil soma 6.121.449 pessoas contaminadas, sendo 33.445 delas em 24 horas. A média móvel nos últimos 7 dias foi de 30.350 novos diagnósticos por dia, a maior desde 20 de setembro.

Situação nos Estados

Dez estados registraram alta na média móvel de mortes: RS, SC, ES, MG, RJ, SP, GO, MS, AM e CE.

Outros dez estados mais o Distrito Federal estão em estabilidade, ou seja, o número de mortes não caiu nem subiu significativamente:  DF, MT, PA, RO, BA, MA, PB, PE, PI, RN e SE.

Em queda, estão 6 estados: PR, AC, AP, RR, TO e

Óbitos no mundo:

Estados Unidos: 259 mil

Brasil: 170 mil

Índia: 134 mil

México: 102 mil

Reino Unido: 55,9 mil

Itália: 51,3 mil

França: 50,3 mil

Irã: 45,7 mil

Espanha: 43,6 mil

Argentina: 37,3 mil

Número de casos no mundo:

Estados Unidos: 12,5 milhões

Índia: 9,2 milhões

Brasil: 6,1 milhões

França: 2,2 milhões

Rússia: 2,1 milhões

Espanha: 1,5 milhão

Reino Unido: 1,5 milhão

Itália: 1,4 milhão

Argentina: 1,3 milhão

Colômbia: 1,2 milhão

 

Fonte: Redação CUT


Dia Nacional do Doador de Sangue (25): o que você precisa saber para doar

Durante a pandemia, quantidade de doações caíram em até 50%.

O Dia Nacional do Doador de Sangue é celebrado nesta quarta-feira (25), em meio a um período de diminuição dos estoques nos hemocentros de todo o país. De acordo com a Fundação Pró-Sangue, durante a pandemia de coronavírus, houve uma diminuição de até 50% nas doações em algumas regiões do país.

É nesse contexto que a campanha “Somos todos do mesmo sangue”, realizada pela Fundação Pró-Sangue e hemocentros de todo o país, está alertando para a demanda de doações.

Como doar?

É preciso cumprir alguns requisitos básicos. A pessoa doadora precisar estar em boas condições de saúde, ter entre 16 e 69 anos e pesar no mínimo 50kg. Além disso, antes da doação é necessário estar descansado, o que significa ter dormido pelo menos seis horas no último período, estar alimentado e não ter ingerido alimentos gordurosos nas últimas quatro horas. No ato da doação é exigida a apresentação de um documento de identidade com foto.

Também é necessário esperar um período de 60 dias entre uma doação e outra, para homens; e 90 dias, para mulheres.

A pessoa doadora também precisa observar os períodos dos chamados impeditivos temporários, que são os prazos estabelecidos em situações específicas. Por exemplo, é preciso esperar sete dias após os sintomas de um resfriado. No caso de gravidez são 90 dias após parto normal e 180 dias após cesariana e amamentação. Há também impeditivo temporário em casos de ingestão de bebida alcoólica nas últimas 12 horas, além de realização de tatuagem ou maquiagem definitiva nos últimos 12 meses, entre outros.

Por outro lado, também existem os impeditivos definitivos, que proíbem a doação em qualquer período da vida, como hepatite após os 11 anos de idade, hepatites B e C, AIDS (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV I e II, Doença de Chagas, malária e Mal de Parkinson.

Para conferir outros impedimentos acesse a página específica sobre esse assunto da Fundação Pró-Sangue.

 

Fonte: Daniel Lamir/Brasil de Fato


17ª Marcha da Consciência Negra de São Paulo será nesta sexta (20) na Paulista

A edição de 2020 traz como lema “Vidas Negras Importam”.

O movimento negro, organizações populares e entidades sindicais irão às ruas da capital paulista não apenas para lembrar a morte de Zumbi dos Palmares e de milhares de jovens negros nas periferias, mas para se inspirar na resistência de Dandara, lutar contra o genocídio e por mais igualdade e oportunidade para a população negra num país que tem explicitado cada dia mais o seu racismo.

O ponto de encontro da 17ª Marcha será no vão do Masp, na Avenida Paulista, a partir das 16h. Logo após, os manifestantes caminharão até o Teatro Municipal, no Vale do Anhangabaú, no centro. A edição de 2020 traz como lema “Vidas Negras Importam”. Confira mais informações sobre a marcha no evento no facebook

Secretária de Combate ao Racismo da CUT-SP, Rosana Silva destaca o quanto a resistência negra pôde ser vista no último final de semana no país.

“As eleições mostraram que nossos quilombolas de resistência se manifestaram de uma forma única, ampliando sua representação. Falar de resistência é falar de Zumbi e de Dandara. Foi isso que as urnas mostraram e é por isso que vamos às ruas lutar contra o racismo em suas várias formas. Nossa história de resistência é antiga e juntos somos mais fortes”, afirma.

Neste mês, a dirigente destaca também o lançamento do primeiro canal de denúncias contra o racismo criado pela CUT-SP no estado paulista.

A proposta deste canal, que envolve o acompanhamento de uma equipe de advogados que prestarão atendimento gratuito, é receber denúncias de racismo que ocorram dentro do mundo do trabalho, dar desdobramento e cobrar respostas às instâncias necessárias. (Clique aqui para saber mais)

“Não podemos nos calar, precisamos nos fortalecer e combater o racismo todos os dias”, aponta Rosana.

 

Fonte: Vanessa Ramos/CUT SP


Chega de racismo: SINSSP ganha ação na justiça para que o feriado da Consciência Negra seja respeitado pelo INSS

O SINSSP entrou com medida cautelar antecipada e ganhou a liminar na justiça que garante aos servidores do INSS o feriado da Consciência Negra celebrado no dia 20 de novembro.

A Justiça Federal da 3ª Região concedeu ao SINSSP deferimento da tutela antecipada em caráter antecedente para o FERIADO DA CONSCIÊNCIA NEGRA, celebrado amanhã, dia 20 de novembro determinando que sejam suspensos os atendimentos nas agências, APS’s e GEX’s que estão localizadas nos municípios onde foram decretados o feriado por meio de Lei Municipal ou decreto.

Em respeito às comemorações ao Dia da Consciência Negra e pela falta de manifestação da direção central do INSS em relação ao feriado estabelecidos pelos municípios, o sindicato precisou entrar com a tutela antecipada para garantir o direito do servidor. A juíza reconheceu os argumentos apresentados pelo SINSSP e o sindicato ganhou a liminar.

Dessa forma, você servidor que trabalha no modelo presencial, semipresencial ou no teletrabalho, nas cidades em que foram decretados o feriado do dia 20 de novembro não deve comparecer e não deve trabalhar via home office, este é um dia para descansar!

Caso haja retaliação ou algum tipo de assédio contra os servidores, seja pelo código de falta injustificada, seja pelo desconto do dia de trabalho, o SINSSP vai acionar o departamento jurídico para adotar as medidas cabíveis em defesa do servidor.

Ação do SINSSP na justiça

O SINSSP entrou com uma medida cautelar, na terça-feira (17), para tentar garantir esse direito aos servidores devido ausência de manifestação da superintendência sobre o feriado da Consciência Negra e estava aguardando a liminar do pedido. A juíza deu um prazo de 24 horas para o INSS se manifestar.

No ano passado, o Instituto deixou para decidir se haveria feriado ou não na cidade paulista depois do expediente dos servidores o que gerou muita confusão e falta de informação. Muitos servidores foram trabalhar e o SISREF não estava funcionando, já outros não foram e tiveram desconto na folha de pagamento.

Por isso, o sindicato está cobrando o abatimento do cálculo de um dia da meta dos trabalhadores do INSS e exigiu que o feriado do dia 20 de novembro fosse respeitado pela Autarquia.

Vale ressaltar que alguns municípios, como a cidade de São Paulo, por exemplo, anteciparam esse feriado para o dia 21/05 como medida de contenção da pandemia da Covid-19 que o país está enfrentando desde o começo do ano.

Para ter acesso ao deferimento da medida tutela antecipada movida pelo SINSSP clique aqui.

Sobre o feriado da Consciência Negra

A data do dia 20 de novembro faz referência à morte de Zumbi dos Palmares, o então líder do Quilombo dos Palmares – situado na Região Nordeste do Brasil entre os estados de Alagoas e Pernambuco. A figura de Zumbi dos Palmares é um símbolo de todas as conquistas reivindicadas pelo movimento negro.

Comemorar o feriado da Consciência Negra significa trazer luz a questões importantes como o racismo e a desigualdade social no Brasil. No passado, ela simbolizava a luta dos escravos africanos e atualmente, ela deve ser sinal de força e luta no que diz respeito aos direitos da pessoa negra.

Curta o descanso e tenha um excelente feriado, servidor!

 

Fonte: Imprensa SINSSP