Em plenária, Consórcio de Sindicatos vota pela suspensão da greve do INSS
O Consórcio de Sindicatos do Seguro e Seguridade Social da CUT realizou uma plenária nesta quarta-feira (18) para avaliar o processo que envolveu a greve do INSS.
A greve se deu dentro de uma conjuntura política muito difícil, o que era para ser uma greve dos servidores públicos federais acabou se transformando na greve do INSS onde os servidores tiveram a coragem de enfrentar o governo fascista de Bolsonaro e pautar a mídia com toda a discussão sobre o desmonte do serviço público e, principalmente, de como está a situação do INSS hoje bem como as condições de trabalho e a má gestão da previdência social.
Essa má gestão está mais evidente, o INSS acumula uma fila de aproximadamente 3 milhões de benefícios parados, que reflete diretamente no segurado e nos servidores da Autarquia.
Na avaliação dos dirigentes, a greve trouxe um ganho político porque é a primeira vez que a categoria entra para a greve tendo que enfrentar, neste processo, com diferentes modalidades de trabalho: modalidade presencial, remota e semipresencial. A greve serviu para se pensar em como trazer o servidor que está trabalhando de casa para o movimento.
Nós tivemos que ousar na luta porque estávamos com 75% dos servidores trabalhando de casa e de forma muito assertiva, o SINSSP apostou na “Operação Padrão”, que pegou no ponto fraco do instrumento de opressão, que o governo Bolsonaro usou e tem usado desde quando assumiu, a produtividade e a meta.
A Operação Excelência que depois desencadeou para a “Operação Apagão no INSS” deu uma mexida no governo, porque conseguimos fazer o movimento de luta dentro das normativas e ao mesmo tempo atacando essa política opressora de Bolsonaro.
Ela também ensinou sobre as atitudes e condutas das entidades sindicais nacionais e provou que dividir a categoria, “rachar a greve”, não traz ganhos e nem protagonismo para ninguém, quem sai perdendo é o trabalhador.
Retirar o Consórcio de Sindicatos da mesa de negociação foi a pior decisão tomada pelas outras entidades sindicais nacionais, o que apenas evidenciou uma categoria dividida num momento em que deveria estar unida e em prol da luta, sem contar que perderam uma grande contribuição no debate.
Neste contexto, o SINSSP seguindo a orientação do Consórcio de Sindicatos do Seguro e Seguridade Social da CUT, que o representa, orienta os servidores do INSS a retornarem ao trabalho na próxima segunda-feira (23/05).
A suspensão da greve se dá porque há um fluxo nítido: a perda de força do movimento, o recuo em outros estados, a intransigência do Ministério da Economia de sentar-se e negociar com o movimento que se traduziu na carta de intenções apresentada pelo Ministério do Trabalho e Previdência às entidades nacionais na mesa de negociação.
Porém, ficou deliberado na plenária que será mantido o estado de greve para que nenhum servidor do INSS seja punido ou prejudicado por ter entrado na luta por melhores condições de trabalho e recomposição salarial.
No entanto, não foi nada fácil fazer greve neste governo fascista, mas a garra dos servidores que entraram para a luta mostrou a força e a determinação que os trabalhadores do INSS possuem. Nenhuma categoria ousou como os trabalhadores do INSS e, apesar da carta de intenções do Governo ser ruim, a luta merece crédito e comemoração.
A categoria está de parabéns por ter enfrentado o governo, ido à luta e ter acumulado forças para tentar galgar o que a gente não conseguiu nesta greve que é melhorar a questão salarial, debater sobre a carreira típica de estado, melhores condições de trabalho e conter o desmonte do INSS, dentre as outras pautas colocadas e que o Consórcio tentou debater, mas que infelizmente foi impedido autoritariamente.
Parabéns, servidores, com luta e união vamos chegar ao nosso propósito. Desanimar, nunca!
Confira o relatório na íntegra:
PLENARIA CONSORCIO-CONDSEF 18.5.22
Nova plenária conjunta do Consórcio de Sindicatos e CONDSEF, hoje
O Consórcio de Sindicatos do Seguro e Seguridade Social da CUT e a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (CONDSEF) realizam uma plenária conjunta, hoje (18), às 20 horas para avaliação e encaminhamentos da greve dos servidores do INSS.
Câmara: Governo Bolsonaro foge para não explicar precarização e INSS
Dirigentes de entidades ligadas aos servidores do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) e parlamentares do PT criticaram nesta terça-feira (17) a ausência de representantes do Ministério do Trabalho e Previdência Social; da Economia; e do INSS na audiência pública que debateu a precarização das condições de trabalho dos servidores da autarquia. A iniciativa da reunião na Comissão de Seguridade Social e Família foi do deputado Alexandre Padilha (PT-SP).
Oficialmente, foram convidados os ministros do Trabalho e Previdência Social, José Carlos Oliveira; da Economia, Paulo Guedes; e do presidente do INSS, Guilherme Gastaldello Pinheiro Serrano. Nenhum deles compareceu, nem ao menos mandaram representantes.
“Lamento a ausência dos representantes do governo. Nada justifica que representantes desses ministérios e do INSS não pudessem participar dessa reunião. Ainda assim vamos debater as questões relativas ao INSS e iremos tomar medidas, junto com o deputado Ruy Carneiro (PSC-PB) – também autor do requerimento para realização da audiência – para aprovarmos uma comissão de parlamentares dessa comissão para irmos aos ministérios e ao INSS para tratarmos desses problemas”, afirmou Padilha.
O petista disse ainda que, se necessário, também irá propor a convocação dos representantes do governo para debater a precarização das condições de trabalho no INSS.
Ao também lamentar a ausência de representantes do governo no debate, a diretora da Secretaria Geral do SINSSP e representante do sindicato no Consórcio de Sindicatos do Seguro e Seguridade Social da CUT, Vilma Ramos, lembrou que o atual processo de desmonte do órgão tem prejudicado o acesso aos benefícios do INSS, como aposentadorias, pensões, auxílio-invalidez, BPC, seguro-defeso e auxílio-doença.
“Desde 2016, o INSS perdeu 46% de sua força de trabalho composta hoje por 15 mil técnicos e 4 mil analistas do Seguro Social. O INSS hoje é um órgão destruído, porque não existem condições de trabalho dignas e nem mesmo pessoal suficiente devido à falta de realização de concurso desde 2015”, acusou ao lembrar que o fato é a causa da fila com mais de 2 milhões de pedidos para liberação de aposentadoria e benefícios.
Falta de agências e de condições de trabalho
Segundo a representante do Consórcio de Sindicatos da Seguridade Social, atualmente apenas 25% das agências estão em plena atividade. E como agravante ela informa ainda que 75% dos trabalhadores do órgão estão em teletrabalho e “sem condição adequada de trabalho, sem contato com a população, sem treinamento e sem qualquer assistência”.
“Grandes cidades que tinham agências do INSS que chegaram a ter 30, 40 e até 50 atendentes, hoje possuem 4 ou 5 servidores para atender a população, que na falta de maior atenção é dirigida para o atendimento remoto”, observou.
Para Vilma Ramos, o problema é que o atendimento via internet é excludente porque nem todos os brasileiros têm condições ou sabem resolver suas pendências via internet. “Além do analfabetismo funcional, temos um enorme analfabetismo digital. Muitas pessoas não sabem nem ao menos fazer um download ou outra ação pelo computador. Logo, apostar nesse sistema para atender as pessoas é um cerceamento aos direitos previdenciários da população”, apontou.
Além da defasagem salarial de 28,8% – desde 2016 sem aumento – a representante do Consórcio de Sindicatos da Seguridade Social revelou que os servidores em trabalho remoto também enfrentam grandes dificuldades. “Os servidores têm que trabalhar com seu computador em casa, com a sua internet, sua impressora, sua cadeira e usando seu telefone”, observou.
Ela denunciou ainda que a falta de investimento na própria estrutura do INSS também compromete o atendimento à população.
“Temos o problema de que, sem investimentos, o sistema do INSS cai com frequência, impossibilitando o trabalho remoto no horário normal de trabalho e fazendo com que muitos servidores tenham que trabalhar de madrugada para cumprir as metas de produção”, denunciou.
A sindicalista ressaltou que esses são alguns dos motivos que ocasionaram a greve dos servidores do INSS, que perdura desde 23 de março.
Falta de diálogo com servidores
Sobre a ausência dos representantes do governo na audiência pública, o diretor Executivo da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Pedro Armengol, disse que essa é a diretriz do atual governo ao tratar com os servidores públicos.
“Essa é uma concepção de gestão (do atual governo), não dialogar com nenhum setor da sociedade, especialmente com os servidores públicos. Tenho participado de muitas audiências públicas e vejo que representantes do governo só participam se forem convocados. Esse é um governo que não reconhece o conflito e por isso não procura resolvê-los”, observou.
Ainda de acordo com o representante da CUT, o desmonte experimentado pelo INSS também ocorre no restante do serviço público federal. “A política desse governo é extinguir ministérios e órgãos, não realizar concursos públicos, precarizar condições de trabalho e salários, além de não estabelecer processo de negociação”, apontou.
O deputado Leonardo Monteiro (PT-MG) também participou da audiência pública e demonstrou solidariedade aos servidores do INSS. “Trago minha solidariedade e meu apoio aos trabalhadores do INSS e ao comando de greve neste momento em que vocês lutam por melhores condições de trabalho, salário e em defesa da própria instituição”, disse.
Também participaram da audiência pública representantes da Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) e do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência (Sindsprev) do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais.
Com informações do PT na Câmara.
Assembleia do SINSSP aprova manutenção da greve dos servidores do INSS
O SINSSP realizou uma assembleia virtual nesta terça-feira (17) para exposição da análise feita na plenária do Consórcio de Sindicatos do Seguro e Seguridade Social da CUT e da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (CONDSEF) sobre a “proposta” enviada pelo Governo na mesa de negociação com as entidades sindicais.
O documento enviado pelo governo para discussão da categoria não é uma proposta no sentido amplo da palavra, mas uma carta de intenções ruins que não contemplam a categoria.
A intenção do governo em enviar esta “carta de intenções” é de simplesmente acabar com a greve.
Apesar deste cenário, o Presidente do Sindicato, Pedro Totti, avaliou que, embora a proposta seja ruim e não contempla a categoria, os servidores não deverão alimentar o sentimento de fracasso, pois nenhuma categoria ousou como nós do INSS em fazer uma greve neste Governo fascista. “Nunca tivemos um espaço na mídia e em audiências públicas como agora e essa greve foi grande e deixa um saldo positivo, não no aspecto financeiro, mas proporcionou espaço para plantar uma semente que será semeada no futuro”, avaliou Pedro Totti.
Como informe da assembleia, a Diretora da Pasta Secretaria Geral do Sindicato, Vilma Ramos, trouxe a abertura do espaço para exposição dos problemas que permeiam o INSS e a falta de condições de trabalho dos servidores da Autarquia na audiência pública realizada pela Comissão de Seguridade Social e Família, com o tema “As atuais condições de trabalho dos servidores do INSS”, onde a diretora foi convidada para falar em nome do Consórcio de Sindicatos da CUT e do SINSSP.
Esse convite é a resposta da busca por parlamentares em apoio à greve e para denunciar os desmontes do INSS, trabalho realizado pelo comando de greve do Consórcio de Sindicatos a qual o SINSSP representa.
Os participantes da assembleia foram informados de que alguns sindicatos estaduais já recuaram da greve.
Nesse contexto a Assembleia Virtual de Greve do SINSSP aprovou:
- Recusar a proposta (Carta de Intenções) enviada pelo governo e aprovar os apontamentos efetuados pela Plenária do Consórcio de Sindicatos do Seguro e Seguridade Social da CUT no dia 14/05/2022.
- MANTER A GREVE, remetendo a decisão final para a Plenária do Consórcio de Sindicatos do Seguro e Seguridade Social da CUT, que será realizada nesta quarta-feira, dia 18 de maio, às 20 horas.
Em plenária, realizada no último sábado (14), o Consórcio de Sindicatos discutiu ponto a ponto a carta de intenções do governo e fez vários apontamentos para tentar melhorar a formulação em prol da categoria. Veja o documento abaixo:
2ª PLENARIA DO CONSÓRCIO E CONDSEF 14.5.22
Clique aqui para ter acesso à análise do Consórcio de Sindicatos da CUT, ponto a ponto, do documento apresentado pelo Governo.
Vamos à luta!
É importante que os servidores acompanhem o site e as redes sociais do SINSSP para ficarem informados e receberem todas as orientações deste processo de luta da categoria.
Agenda de atividades SINSSP: 17/ 05/ 2022
O Presidente do SINSSP, Pedro Totti, traz a agenda de atividades do Sindicato desta terça-feira (17) com audiência pública na Comissão de Seguridade Social e Família, com tema “As atuais condições de trabalho dos servidores do INSS”, às 9 horas, e assembleia virtual para leitura da análise da proposta do Governo feita na plenária do Consórcio de Sindicatos do Seguro e Seguridade Social da CUT e da CONDSEF e encaminhamentos para a greve, às 18 horas. Divulgue e participe! Assista:
Link para assistir a audiência pública: https://edemocracia.camara.leg.br/audiencias/sala/2641/
Link para se inscrever na assembleia virtual do SINSSP: https://sinssp.org.br/greve-amanha-17-tem-assembleia-virtual-do-sinssp/
SINSSP convida para Audiência Pública sobre as atuais condições de trabalho dos servidores do INSS
O SINSSP, representado pela Diretora da Pasta Secretaria Geral, Vilma Ramos, e representando o Consórcio de Sindicatos do Seguro e Seguridade Social da CUT convida para a audiência pública na Comissão de Seguridade Social e Família, com o tema “As atuais condições de trabalho dos servidores do INSS”, nesta terça-feira (17), a partir das 9 horas.
Contamos com a sua participação. Assista pelo link: https://edemocracia.camara.leg.br/audiencias/sala/2641/
Audiência Pública na Comissão de Seguridade Social e Família
O Consórcio de Sindicatos do Seguro e Seguridade Social da CUT convida para a audiência pública que se realizará no dia 17/05, a partir das 9h00 para discutir na Comissão de Seguridade Social e Família as atuais condições de trabalho dos servidores do INSS.
Contamos com sua participação. O link para participar é: https://edemocracia.camara.leg.br/audiencias/sala/2641/
Confira a íntegra da audiência pública clicando aqui.
Matéria atualizada em 20/05/2022
GREVE: Amanhã (17) tem assembleia virtual do SINSSP
Atenção servidores do INSS, o SINSSP chama a categoria para a Assembleia virtual AMANHÃ, 17/05, às 18 horas, para leitura da análise da proposta do Governo feita na plenária do Consórcio de Sindicatos do Seguro e Seguridade Social da CUT e da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (CONDSEF).
No último sábado (14), o Consórcio de Sindicatos que o SINSSP representa e a CONDSEF realizaram uma plenária para analisar a proposta apresentada pelo Governo e as entidades elaboraram um relatório dos itens discutidos que será apresentado na assembleia do sindicato para verificar se os servidores do estado de São Paulo estão de acordo com o que foi discutido e encaminhar os próximos passos da greve.
Participe da mobilização, convença o seu colega a aderir a luta e venha para a assembleia. Neste momento, a participação de cada servidor é fundamental para fortalecer a batalha e garantir a vitória.
Vamos à luta!
Faça a sua inscrição para participar da assembleia clicando aqui.
É importante que os servidores acompanhem o site e as redes sociais do SINSSP para ficarem informados e receberem todas as orientações deste processo de movimentação da categoria.
Greve do INSS: Plenária do Consórcio de Sindicatos e CONDSEF neste sábado
Tendo em vista a documentação que foi publicada no SEI do INSS e, portanto, de conhecimento da categoria em greve, o Consórcio de Sindicatos do Seguro e Seguridade Social da CUT e a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (CONDSEF) realizam uma plenária conjunta, neste sábado (14), às 16 horas para análise do que está sendo apresentado para ajudar no debate realizado nos estados e encaminhar o que for fruto do debate coletivo.
Momento de serenidade e muito pé no chão para trilhar um caminho seguro e no rumo da vitória tão esperada.
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