“A mulher só se torna tema de pesquisa quando ela mesma começa a fazer pesquisas”, afirma historiadora

E no último dia do mês de março (31), encerrando as comemorações ao Dia Internacional da Mulher, o #8M, o SINSSP, por meio da Secretaria das Mulheres, dirigida pela diretora Marta Regina, relembra que a data deve ser celebrada todos os 365 dias do ano.

A seguir, a última matéria voltada ao tema para continuar abrindo espaço ao debate sobre pautas que precisam ser lembradas e discutidas e que celebrem os avanços da mulher na sociedade em temas delicados como a política e a economia, lembrando sempre que o lugar da mulher é onde ela quiser estar e como ela vai querer dar voz a sua fala enquanto sujeito feminino.

Ao longo da história, as mulheres foram dispondo de seus direitos a passos lentos, como trabalhar, votar, se divorciar, entre tantos outros. Para participar ativamente e se tornar tema central de estudos acadêmicos não seria diferente. A trajetória das mulheres foi marcada por uma progressão gradual até que elas fossem reconhecidas como dignas de serem pesquisadas e de produzirem pesquisa. A historiadora Branca Zilberleib, somando-se ao grupo das mulheres que contrariaram esse processo, estudou personalidades femininas à frente de seu tempo para produzir sua dissertação de mestrado na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP.

Intitulada A mulher como problema de pesquisa em História: emergência de estudos sobre mulheres e gênero na historiografia brasileira recente (1973-2001), a pesquisa foi realizada entre 2019 e 2022, com a orientação do professor Miguel Soares Palmeira, da FFLCH. “Eu queria saber como a mulher passou a estar no horizonte das perguntas que os historiadores fazem para entender o passado”, explica a historiadora. Depois da definição do tema, Branca seguiu para o levantamento de dissertações, teses e textos resultantes de pesquisas de história, feitos após a década de 1970, que tratassem centralmente de mulheres.

Branca analisou as trajetórias de estudiosas como Maria Odila Leite da Silva Dias, Miriam Lifchitz Moreira Leite, Rachel Soihet, Margareth Rago e Joana Maria Pedro, importantes referências na constituição e divulgação do campo de estudos de História das Mulheres e Relações de Gênero. Entre os temas desenvolvidos por essas estudiosas, estão as atividades de mulheres em indústrias alimentícias e têxteis, em trabalhos informais, relacionamentos amorosos, formas de violência feminina e muitos outros.

O recorte temporal estabelecido relacionou trabalhos em que as mulheres passaram a ser objeto de estudos de história, concomitante ao período da segunda onda do feminismo. O movimento feminista, que surgiu nos Estados Unidos na segunda metade da década de 1960, se espalhou para diversos países industrializados entre 1968 e 1977, como o Brasil. A reivindicação central do movimento é a luta pela libertação e por direitos da mulher, um processo que transformou o conjunto de estudos de história no Brasil a partir da inclusão de uma nova perspectiva feminina.

A década de 1970 também acompanhou a expansão das universidades, processo que alavancou a entrada de mulheres nestes espaços. “As mulheres terem se tornado uma força política de relevância, assim como estarem dentro da universidade como pesquisadoras e professoras, permitiu que elas se tornassem também objeto de pesquisas de áreas diversas”, explica Branca em seu mestrado. Em outras palavras, “a mulher só se torna um objeto de pesquisa quando ela mesma começa a fazer pesquisas”, complementa a pesquisadora.

Uma história recente

Após observar o material reunido, Branca constatou que o campo de estudos de história das mulheres e das relações de gênero é muito jovem. “Nos anos 1970, eu encontrei estudos isolados. Inicialmente não há um campo de estudos dedicado a esse tema, com pessoas, conceitos, congressos e encontros”, afirma ela. “Só vai aparecer um conjunto de pessoas dedicadas a esse tema a partir da década de 1990, então é muito recente”, lamenta Branca.

Branca observou que o atraso da história ao falar de mulheres se dá, entre outros motivos, pela diferença de recursos recebidos para financiar pesquisas sobre esse tema. Porém, de acordo com a pesquisadora, esse processo foi essencial para colocar a temática na agenda de estudos de história.

Resistência feminina

De maneira geral, a produção acadêmica do momento era pensada e criada por mulheres, com uma participação ínfima de homens em suas autorias. “São historiadoras escrevendo sobre mulheres. E, quando esses trabalhos formam um campo de estudo, essas mulheres também se tornam as especialistas no assunto”, aponta Branca.

No entanto, o machismo existente na estrutura social da época interferiu no reconhecimento dos trabalhos produzidos. “Existe uma disputa profissional dessas historiadoras, afinal elas estão emplacando um campo de estudo, em alguma medida, sobre elas mesmas. Junto a isso, há um machismo que impede o reconhecimento da importância dessa temática e dos debates que foram feitos a esse respeito”, afirma a pesquisadora da FFLCH. Na pesquisa, ela cita balanços historiográficos em que as historiadoras dizem não serem vistas como parceiras plenas dos historiadores.

Apesar disso, a busca pela inclusão das mulheres nos estudos historiográficos se tornou quase uma missão social. “O não reconhecimento das mulheres como sujeitos dignos de serem historiados é o mote a partir do qual tais estudos começaram a se fazer”, conta Branca em seu mestrado. “Há um uso estratégico feito na invocação de uma falta de reconhecimento, um motivo aglutinador e mobilizador para as pesquisadoras do campo e que permanece vigente”, complementa.

Outra estratégia utilizada por muitas pesquisadoras foi a de se unir a homens influentes na produção de estudos acadêmicos, a fim de consolidar suas próprias ideias. “Quando se busca introduzir uma temática nova, é preciso se aliar àqueles que têm poder em relação à produção de pesquisas”, observa Branca. “A dimensão prática de um desenvolvimento teórico tem uma série de negociações por trás, com alianças que estão sendo postas”, completa.

Olhando de baixo

Em entrevista ao Jornal da USP, Branca explica que houve uma vertente da historiografia, chamada História Vista de Baixo, que se refere à história de operários, mulheres, trabalhadores informais e pessoas comuns em suas rotinas diárias. “É olhar como as populações pensam, como se relacionam e se manifestam no espaço público e privado”, explica a pesquisadora.

Nesse sentido, a identificação da participação feminina na história também se deu por essa busca pelos “de baixo”, através da análise de contextos cotidianos em que as mulheres estiveram inseridas. “Algumas historiadoras foram estudar mulheres que são ‘de baixo’, das classes populares”, conta a pesquisadora da FFLCH.

Mais informações: brancazilberleib@gmail.com

 


Episódio #107 do MEGAFONE - No Dia Internacional da Mulher é preciso relembrar o motivo da celebração do 08 de março e lutar pelos direitos e contra a violência praticados contra a mulher

No episódio #107 do MEGAFONE, o canal de Podcast do SINSSP fala sobre o 08 de março que vem ganhando cada vez mais espaço na mídia e nas rodas de conversa, pautando temas importantes como feminicidio, assédio, direitos que precisam ser respeitados e colocados em prática. Mas para que serve o Dia Internacional da Mulher? Como tudo começou? Por que relembrar e abordar essa data todos os anos mundialmente? O MEGAFONE de hoje responde essas perguntas e faz um resgate histórico, traz o aumento dos casos de violência contra a mulher e outras injustiças que elas sofrem todos os dias, além de reforçar a urgência na retomada de investimentos em políticas públicas de proteção à mulher. Fique sintonizado com a gente!

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#8M: No Dia Internacional da Mulher, luta contra a violência é pauta prioritária

A luta contra as diversas formas de violência é pauta prioritária no mês de março, mês de visibilidade das lutas das mulheres. Elas são as maiores vítimas das diversas faces da violência que incluem além das agressões físicas praticadas, em especial, por seus parceiros, a violência psicológica como o assédio moral, a violência dada pela discriminação e pela desigualdade nos mais diversos espaços, inclusive o mercado de trabalho e pela violência patrimonial, quando o agressor age para violar a independência da mulher.

Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, a CUT, centrais e movimentos de mulheres levarão essa e outras pautas às ruas em diversas cidades do país. Há ainda a previsão do lançamento de um conjunto de medidas voltadas às mulheres pelo governo federal neste dia. (Veja ao final da matéria onde serão realizados atos no dia 8 de março)

A expectativa segundo a secretária da Mulher da CUT, Junéia Batista é de que nesta data, o governo Lula lance um conjunto de políticas públicas voltado para as mulheres, em todas as áreas, envolvendo várias iniciativas que vêm sendo elaboradas pelo Ministério da Mulher, em conjunto com os movimentos feministas. "Esperamos que Lula informe ao Brasil e a ao mundo que também ratificará e adotará a Convenção 190”, completa a dirigente.

A Convenção 190 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) estabelece normas para acabar com a violência e o assédio (moral e sexual) no mundo do trabalho e as maiores vítimas são as mulheres. A convenção é o primeiro tratado internacional a reconhecer o direito de todas as pessoas a um mundo do trabalho livre de violência e assédio, incluindo violência de gênero.

Recursos

Neste ano, em que o Brasil tem um novo governo, voltado às questões sociais, portanto, sintonizado com a luta das mulheres, as mulheres da CUT e de movimentos sociais reforçam ainda a necessidade da retomada de investimentos nas políticas públicas destruídas pelo governo de Jair Bolsonaro (PL), que garantam as proteção das mulheres com fortalecimento e reestruturação das delegacias da mulher e criação da Casa da Mulher Brasileira, espaço de acolhimento a vítimas de violência, em todas as capitais do país.

“É a partir de investimentos, de destinar recursos a essas políticas, que podemos fazer com que não haja mais a naturalização da violência, como vinha acontecendo. É preciso ter campanhas de sensibilização da sociedade e estrutura para enfrentar essa violência”, ela diz.

Pesquisas mostram o aumento da violência de gênero

Dados levantados por uma pesquisa realizada pelo Datafolha, encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, apontam que houve um aumento nos índices de todas as formas de violência contra as mulheres em 2022.

Os números mostram que 50.692 mulheres sofreram violência todos os dias no ano passado. Houve uma piora em todos os aspectos segundo a pesquisa que menciona violência praticada com armas de fogo, facas, espancamento, tentativas de estrangulamento, humilhação e xingamentos.

Ainda de acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, somente no primeiro semestre de 2022, 699 mulheres foram vítimas de feminicídio, uma média de 4 mulheres por dia. Este número é 3,2% maior do que o primeiro semestre de 2021, quando 677 mulheres foram assassinadas.

Os dados indicam um crescimento contínuo das mortes de mulheres em razão do gênero feminino desde 2019, período que coincide com o início da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em relação ao primeiro semestre de 2019, o crescimento no mesmo período de 2022 foi de 10,8%, o que aponta para a necessidade de priorização de políticas públicas de prevenção e enfrentamento à violência de gênero.

Os motivos para o aumento dos índices, de acordo com a diretora-executiva do Fórum, Samira Bueno, estão ligados aos cortes de recursos em políticas públicas de proteção à mulher, à pandemia, período em que os agressores – os companheiros – passaram a conviver mais com as vítimas e à escalada do conservadorismo na sociedade, ou seja, o fascismo característico e incentivado no governo anterior.

“Quando um homem percebe que a mulher não tem para onde correr, não tem como denunciar e se proteger, ele abusa ainda mais da violência contra ela. A opressão machista se dá dessa forma”, diz Junéia Batista, em referência ao desmonte da estrutura de proteção à mulher nos últimos anos.

Todas as mulheres

Além de a violência contra a mulher não ser apenas a física, ela não é praticada somente contra mulheres cisgênero. A população trans também é vítima das agressões físicas e psicológicas praticadas pelo machismo. A própria discriminação tanto na sociedade quanto no mundo do trabalho são exemplos ‘brandos’ dessa violência.

Somente em 2021, foram registrados 140 casos de assassinatos de pessoas trans no país. Do total, 135 eram travestis e mulheres travestis. Os outros cinco casos envolverem homens trans e pessoas transmaculinas. A defesa da população LGBTQIA+ é pauta da CUT

Tipos de violência

A violência contra o gênero feminino envolve questões sexuais, psicológicas, patrimoniais e morais. Os casos se referem a todos os tipos de ameaças, chantagens, privação de liberdade, controle da vida financeira, exposição da vida íntima das mulheres, entre várias outras condutas que causam danos graves às vítimas.

Violência contra a mulher negra

A violência contra as mulheres negras vai além do feminicídio e do homicídio doloso (com intenção). Os números são assustadores e as variadas formas de agressões são banalizadas e, muitas vezes, ignoradas por parte considerável da sociedade.

Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgado no ano passado, mostram que em 2021 62% das vítimas de feminicídio eram negras. Em relação ao ano anterior, 2020, o aumento foi de 20%.

Além disso, pode-se considerar também como violência social a falta de acesso a serviços públicos de saúde, educação, entre outros, condições sanitárias adequadas e a própria fome.

Casos reforçam a vulnerabilidade da vítima

Exemplos de culpabilizar a vítima e deixá-la mais vulnerável é uma estratégia tanto dos autores dos crimes como de seus apoiadores, como se a mulher fosse a responsável pelo ataque sofrido. Dois casos são emblemáticos neste sentido, os dos ex-jogadores de futebol Daniel Alves e Robinho.

Jogador famoso da seleção brasileira, Daniel Alves, um claro apoiador de Bolsonaro, é acusado de ter estuprado uma mulher de 23 anos em um banheiro de uma casa noturna em Barcelona, na Espanha. A última das várias mudanças de versão, apresentada pela defesa à Justiça, para tentar livrar o jogador da acusação. Uma delas foi pedir um laudo psiquiátrico para comprovar a saúde mental da vítima. Ou seja, tentando perpetuar o conceito machista que de que a mulher é sempre “a louca”.

A mais recente “estratégia”, foi dizer que  durante o ato, a mulher teria tido lubrificação vaginal.  O argumento foi usado pelo advogado criminalista Cristóbal Martella, que afirma que a relação entre o jogador e a jovem teria sido consensual, “uma vez que a vítima estaria ‘lubrificada’ durante o ato”.

Em entrevista ao jornal O Globo, a ginecologista Marianne Pinotti, rebateu a tese afirmando que a presença de lubrificação vaginal, mesmo durante uma relação sexual, não é sinônimo de excitação. Ela explicou que existem situações que geram uma lubrificação não fisiológica, que é causada por um corrimento vaginal, por exemplo.

O caso gerou revolta nas redes sociais. Mulheres e homens rechaçaram o jogador.

Também do mundo do futebol – e também bolsonarista – o jogador Robinho foi condenado por estupro de uma mulher albanesa na Itália. O crime ocorreu em 2013. A sentença: 9 anos de prisão.

No entanto, o ex-atleta está no Brasil, e não há acordo de extradição entre os dois países. Por isso, a Justiça italiana solicitou às autoridades brasileiras o cumprimento de pena aqui. O Ministério Público concordou e já forneceu os endereços de Robinho. Por enquanto, o ex-atacante está solto.

Confira onde serão realizados atos no 8 de Março:

Alagoas:

Maceió: Concentração para o ato na Praça Centenário, às 15h.

Bahia:

Salvador: caminha da Lapinha ao Pelourinho (trajeto 2 de Julho). Tema será “Mulheres insubmissas protagonistas da democracia”

Ceará:

Fortaleza: ato na Praça do Ferreira a partir das 14h. às 16 haverá caminhada e panfletagem. O tema é “Pela vida das mulheres! Democracia, territórios e direitos: Contra a fome, a violência, o racismo e sem anistia para golpistas.

Distrito Federal

Brasília: Marcha com concentração no Eixo Cultural Íbero-americano (antiga Funarte), às 16h. De lá, as mulheres seguem até o Palácio do Buriti, para exigir do GDF políticas de enfrentamento à violência de gênero.

Espírito Santo

Vitória: Concentração às 14h na Praça Hetúlio Vargas. Haverá caminahda até o Palácio Anchieta

Goiás

Goiânia: ato com concentração às 9h da Catedral Metropolitana de Goiania

Mato Grosso do Sul:

Campo Grande - Ato às 8h na Praça Ari Coelho. O tema é “Mulheres em Resistência, Sempre Vivas e contra todas as Formas de Violência”.

Minas Gerais

Belo Horizonte: ato a partir das 16h, na Praça Liberdade. Caminhada às 17h pelas ruas da cidade.

Paraná

Curitiba: Marcha das Mulheres, com concentração a partir das 16h na Praça Santos Andrade. Às 18h, acontecerá um ato da Frente Feminista de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral. Às 19h, ocorrerá a Marcha das Mulheres e seguirá em caminhada até a Boca Maldita para o ato de encerramento

Londrina: ato a partir das 17h30 no Calçadão em frente às Lojas Pernambucanas

Pernambuco

Recife: concentração no Parque 13 de maio, às 14h. Caminhas às 16h seguindo pela Rua do Hospício, passando pela Av. Conde da Boa Vsta e Rua da Aurora; indo até a ponte Princesa Isabel.

Rio de Janeiro

Rio de Janeiro: Caminhada da Candelária até a Cinelândia às 16h. Durante o dia outras atividades serão realizadas em sindicatos filiados à CUT. Veja aqui

Rio Grande do Sul

Porto Alegre: a marcha será realizada às 17h, com concentração na Praça Matriz a partir das 14h. Ao longo do dia outras atividades tambéms erão realziadas, inclusive uma audiência com o governador Eduardo Leite (PSDB)

São Paulo

Capital: ato às 17h no Vão Livre do Masp, na Avenida Paulista. “Mulheres em defesa da Democracia” será a bandeira levada às ruas. Antes, às 15h, haverá atividade no Espaço Cultural Lélia Abramo, na Rua Carlos Sampaio, 305 (próximo à Paulista).

Sergipe:

Aracaju: concentração com café da manhã, a partir das 7h, na Pça General Valadão. Haverá caminhada pelas ruas da cidade, além de panfletagem e diálogo com a população. Estão previstas apresentações culturais do Grupo Folclórico do Sintese e de mulheres artistas de Sergipe na Pça General Valadão.

 


8 de março: Mulheres estarão nas ruas por emprego, direitos e pelo fora Bolsonaro

Nesta terça-feira, 8 de março, mulheres de todo o mundo estarão nas ruas em atos que prometem ser marcados com reivindicações contra a violência e a desigualdade. No Brasil, as manifestações do Dia Internacional de Luta das Mulheres incluem a luta pelo fim do governo Bolsonaro, responsável por retrocessos nas políticas de gênero.

Para quem estiver na cidade de São Paulo, o ato principal ocorrerá a partir das 16h, na Avenida Paulista, em frente ao Masp, com o apoio de diversos movimentos populares (veja abaixo outras localidades).

Como em todos os anos, as mulheres sindicalistas ligadas à CUT confirmam presença no ato da Paulista, mas irão se concentrar momentos antes, no Espaço Cultural Lélia Abramo, à Rua Carlos Sampaio, 305, ao lado do Metrô Brigadeiro, a partir das 14h30. De lá, partem em marcha para se somarem aos demais movimentos feministas.

“O dia 8 de março é uma data de resistência contra todas as formas de violência voltadas às mulheres. E neste ano, de eleições, temos uma oportunidade de ir às ruas e fortalecer a luta para garantir o fim de uma agenda de retirada de direitos que destrói a vida das trabalhadoras e de toda a sociedade, representada pelo governo de Jair Bolsonaro”, afirma a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT São Paulo, Márcia Viana.

Em 2022, o Coletivo da Mulher Trabalhadora da CUT-SP, que reúne sindicalistas de diferentes ramos, escolheram o tema “Pela vida das mulheres, por emprego decente, direitos, igualdade, contra a fome e a violência!”. O Coletivo também compôs uma música que será executada durante o ato (veja clipe abaixo).

Agenda

São Paulo

Ato Unificado 8 de Março 2022

Onde: Av. Paulista, em frente ao Masp)

Horário: 16h

Concentração da militância CUTista

Onde: Espaço Cultural Lélia Abramo. Rua Carlos Sampaio, 305, ao lado do Metrô Brigadeiro

Horário: 14h30

ABC

Visita nas agências bancárias: distribuição do Jornal Nova Identidade (a edição deste jornal trata do tema "Mulheres" e é distribuído no mês de março há mais de 20 anos), juntamente com um brinde (Lápis - a ideia é remeter à importância da Educação - com a frase gravada "A Resistência tem nome de Mulher".

Lançamento de pequenos vídeos - diretoras - postagens durante o mês de março.

Live - Lançamento do canal "Basta, não irão nos calar!".

12 de março – ato unificado no centro de São Bernardo do Campo às 10h

9 de março - 20h - Live: A importância da Saúde da Mulher Programação do Sindserv Santo André

Bauru

Ato Unificado das Mulheres #ForaBolsonaro #ForaSuellen

Dia 8 de março

Onde: Em frente à Câmara Municipal

Horário: 17h

Osasco

Dia 5 de março às 12h

Calçadão

Horário: 10h

Campinas

O Coletivo de Mulheres da CUT Campinas promove neste 5/3, às 10h, pela Noroeste FM a entrevista sobre as violências que atingem as mulheres. Com Phamela Godoy, Lucia Castro e Carol Cavazza. O mediador será Jerry de Oliveira da Rádio Noroeste FM. Pelo YouTube: http://www.youtube.com/noroestefm

Sorocaba

Ato no dia 8 (a confirmar)

Araçatuba

Dia 22 às 19h30 – Roda de conversa do Coletivo de Mulheres da Subsede da CUT-SP

Jundiaí

Ato do Dia Internacional das Mulheres de Jundiaí e Região

Sindicato dos Químicos de São Paulo

Todos os sábado de março - Entrevistas com mulheres no programa Ser Mulher às 16h

12 de março – Roda de conversa com a categoria.

Sindicato dos Químicos do ABC

Dia 7 de março às 9h - Debate Virtual: O Empoderamento Feminino no âmbito Sindical e Político.

Bancárias

Lançamento do protocolo de atendimento às trabalhadoras bancárias.