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Na semana passada o Brasil se entristeceu com o caos em Manaus dado pela falta de oxigênio nos hospitais para atender pacientes com a Covid-19, mas a notícia da aprovação da vacina, neste final de semana, reacendeu a esperança por dias melhores.

Por Imprensa SINSSP

A triste notícia que comoveu o país nos últimos dias sobre o aumento das internações por Covid-19 na capital amazonense provocando um novo colapso no sistema de saúde da região resultou na falta de oxigênio nos hospitais, levando a perda de muitas vidas que se foram sem a chance de lutar contra a doença pela falta de um item que deveria ser garantido pela administração local.

A tragédia já era anunciada e mesmo assim as autoridades administrativas ignoraram o problema e falharam no planejamento de contenção de crise. A culpa vai da esfera local para a federal, pois sem as devidas restrições de circulação, de isolamento social e negação do vírus a pandemia foi minimizada e a população saiu às ruas para as compras desenfreadamente sem pensar nas consequências. O cenário ocorrido em Manaus poderá ocorrer em outros estados se nada for feito.

Porém, na tarde desse domingo (17) o “Dia D e a Hora H”, como foi ironizado numa rede social pelo Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para iniciar a vacinação contra o novo coronavírus foi oficialmente registrado na cidade de São Paulo.

Dada a largada da vacinação contra a Covid-19

Assim que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou, por unanimidade, o uso emergencial de duas vacinas contra a Covid-19, uma mulher, negra, profissional da área da saúde e voluntária dos testes da vacina foi vacinada no Hospital das Clínicas.

A enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, foi a primeira brasileira a ser imunizada simbolizando o início da campanha de vacinação.

Das vacinas aprovadas para uso excepcional e temporário estão o imunizante desenvolvido pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório Sinovac Biotech e o da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria Universidade de Oxford/AstraZeneca. Para o registro definitivo, ambas as vacinas precisam apresentar para a agência reguladora mais análises e acompanhamentos dos estudos.

O gesto da imunização da primeira brasileira contra o novo coronavírus acende um fio de esperança na luta contra a doença, pois a liberação das vacinas significa, segundo os dados divulgados pela Anvisa, que elas são seguras, eficazes e que nenhum brasileiro deve ter medo de ser imunizado tendo em vista o amparo científico legal dado pelos estudos dos especialistas.

Como será a fila de vacinação no estado de São Paulo?

O governador de São Paulo, João Dória (PSDB), detalhou, no começo do mês, o Plano Estadual de Imunização contra a Covid-19 com início da aplicação em todo o território paulista da CoronaVac no dia 25 de janeiro, no dia do aniversário da cidade de São Paulo. Porém, a data foi antecipada, como informado acima, para o dia 17 em razão de diversas questões, inclusive políticas.

A primeira fase vai até o dia 28 de março e cerca de 9 milhões de pessoas devem ser imunizadas com as duas doses da vacina com intervalo de 21 dias entre a primeira e a segunda dose. Nesta etapa os trabalhadores da saúde, quilombolas e indígenas receberão a vacina primeiro.

A partir de 08 de fevereiro será a vez da população paulista com idade de 75 anos ou mais ser imunizada contra a doença. A faixa etária de 70 a 74 anos receberá o imunizante no dia 15 de fevereiro. Já no dia 22 desse mês as pessoas com 65 a 69 anos receberão a vacina e no começo de março (dia primeiro) será a vez das pessoas entre 60 a 64 anos.

O horário de vacinação será de segunda a sexta-feira das 7h às 22h e aos finais de semana e feriados das 7h às 17h. O número de postos de atendimento para a vacinação foi ampliado para 10 mil com a utilização de escolas, estações de ônibus e trens, quarteis da polícia militar, farmácias e sistemas drive-thru. A aplicação será feita pelo SUS, ou seja, totalmente gratuita.

Mesmo com a vacina o cuidado deverá permanecer

As outras fases do plano de vacinação ainda não foram confirmadas oficialmente, sendo assim, grande parte da população não será imunizada neste primeiro momento. E por isso, o vírus continuará circulando e até que toda a população brasileira esteja imunizada será preciso continuar respeitando os cuidados sanitários e de distanciamento social, sem aglomerações inclusive, na tentativa de frear os estragos que essa pandemia vem causando no Brasil.

E diante da realidade que os trabalhadores vêm enfrentando, o SINSSP vai permanecer na briga pela manutenção do trabalho remoto para que as vidas dos servidores e de suas famílias sejam protegidas.

O sindicato continua lutando na justiça para revogar a decisão do INSS de voltar o atendimento presencial, onde os funcionários são obrigados a trabalhar atendendo um público vulnerável, pessoas doentes e idosas, colocando em risco a vida de todo mundo em ambientes mal adaptados às novas regras sanitárias, faltando equipamentos de segurança para os trabalhadores, sem testagens frequentes, locais mal ventilados e com ar-condicionado sem manutenção.

Dessa forma, será preciso ou vacinar todos os servidores públicos do INSS dando segurança aos trabalhadores pela imunização da doença ou manter o trabalho remoto até que todos estejam seguros e vacinados.

SINSSP em luta e em favor da vida de todos porque todas as vidas importam!

 

Fonte:Governo do Estado de SP e Brasil de Fato