Alimentos e o grupo habitação foram os maiores responsáveis pela alta de inflação- um recorde desde 2006.
A inflação oficial do Brasil em 2020 ficou em 4,52%, a maior desde 2016 (6,29%), de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede o impacto dos preços nas famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos, e é apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O IPCA divulgado nesta terça-feira (12), ficou 0,52% acima da meta projetada pela equipe econômica do governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL), de 4%, mas dentro da margem de tolerância de 1,5% para baixo ou para cima.
A meta do governo não foi tingida porque a inflação medida em dezembro subiu 1,35%, acima 0,46 % de novembro (0,89%). Esta é a maior variação mensal desde fevereiro de 2003 (1,57%) e o maior índice para um mês de dezembro desde 2002 (2,10%).
Alimentos subiram acima da inflação
O maior impacto no bolso das famílias brasileiras veio da alimentação e das bebidas com alta de 14,09% . Este é o maior índice desde 2002 (19,47%).
Os produtos que mais subiram foram o óleo de soja (103,79%) e o arroz (76,01%) , seguidos por leite longa vida (26,93%), frutas (25,40%), as carnes (17,97%), a batata-inglesa (67,27%) e o tomate (52,76%).
Dólar alto e auxílio puxaram inflação, diz IBGE
De acordo com o Instituto, a alta dos preços foi provocada, principalmente, pelo aumento na compra de alimentos pela população beneficiada pelo auxílio emergencial que terminou em dezembro passado. A alta do dólar e dos preços das commodities no mercado internacional.
Fonte: Redação CUT