INSS adota a partir de hoje novas regras de atendimento ao público

A partir desta segunda-feira (4), os trabalhadores, aposentados e pensionistas que forem às agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) terão novas regras de atendimento. As mudanças abrangem horários de abertura ao público, tipo de agendamento, o direito a acompanhante, a entrega de documentos e a validade de carteiras de identidade antigas.

As mudanças constam da Portaria 1.027, publicada na última quarta-feira (29) no Diário Oficial da União. As novas normas oficializam regulamentação feita em agosto de 2021.

As agências deverão funcionar por 12 horas diárias, com o horário de abertura fixado entre as 6h30 e as 10h. No entanto, o horário de atendimento ao público em geral deverá começar entre 7h e 8h, funcionando por seis horas diárias ininterruptas. O horário da tarde será dedicado a perícias médicas agendadas e a outros atendimentos internos.

Identificação

A portaria regulamentou a identificação para o público externo entrar na agência. O segurado deve apresentar documento oficial com foto. Doentes e pessoas a partir de 60 anos podem apresentar a carteira de identidade, que deve ser aceita pelo servidor mesmo com rasuras.

A nova norma pretende diminuir o número de acompanhantes nos postos de atendimento. Apenas segurados com deficiência auditiva terão direito de entrar com acompanhante. Nas demais situações, caberá ao servidor responsável pelo atendimento decidir sobre a presença de mais uma pessoa no recinto.

Entrega de documentos

O Artigo 24 da portaria dispensa a exigência de procuração nas entregas simples de documentos nas agências do INSS. No entanto, a procuração (ou algum documento legal que comprove a representação) será pedida caso o representante tiver de se manifestar sobre o cumprimento de alguma exigência.

Nos processos de justificações administrativas, quando o segurado apresenta testemunhas com valor de prova, a agência deverá fornecer um servidor exclusivo para o atendimento. Ao marcar os depoimentos, o funcionário deverá informar se a testemunha depõe por determinação administrativa ou judicial.

Agendamento

A norma reintroduziu o agendamento prévio em quase todas as situações, para atendimento nas agências. O segurado poderá agendar a visita no aplicativo Meu INSS ou pelo telefone 135, recebendo uma senha ao chegar à agência no dia e na hora marcados. Os casos mais complexos ou que não possam ser resolvidos de forma remota podem ser agendados na Central 135 ou excepcionalmente nas agências, na modalidade “atendimento específico”.

O atendimento específico será autorizado nas seguintes situações:

  • Impossibilidade de informação ou de conclusão do pedido pelos canais remotos;
  • Quando a Central 135 não puder atender à demanda e houver orientação para que o operador mande o interessado a uma agência;
  • Recursos pedidos por empresas
  • Pedido de contestação de Nexos Técnicos Previdenciários (NTEP);
  • Ciência do cidadão referente à necessidade de inscrição no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico);
  • Reativação do Benefício de Prestação Continuada (BPC), após atualização do CadÚnico;

Desde o início de março, as agências do INSS estavam atendendo o público sem a necessidade de agendamento. Em março de 2020, o atendimento presencial foi suspenso por causa da pandemia de covid-19. No fim de 2020, os postos do INSS voltaram a atender o público, mas com marcação prévia.

Valores atrasados

O governo federal não poderá mais confiscar os valores pagos em atrasados judiciais pelo INSS que não foram sacados pelos segurados em até dois anos, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) da última quinta-feira (30).

Por seis votos a cinco, os ministros do Supremo definiram que a Lei 13.463, de 2017, instituída no governo Temer, é inconstitucional e não pode mais ser aplicada. Desde então, beneficiários que venciam o instituto na Justiça e não faziam o saque das RPVs (Requisições de Pequeno Valor) ou dos precatórios em até dois anos tinham os valores devolvidos ao Tesouro Nacional.

Com informações da Agência Brasil e Folha de S.Paulo.

 


Bolsonaro trouxe a fome de volta ao Brasil, denuncia pesquisadora

Um dos saldos mais cruéis de três anos e meio de Jair Bolsonaro na Presidência são os 33 milhões de brasileiros que passam fome e os 65 milhões (número equivalente à população da França) que não comem o suficiente e são obrigados a pular uma das refeições diárias. Esses dados são o tempo todo mencionados, mas pouco se fala sobre as causas dessa tragédia.

Ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, a economista Tereza Campello chega ao presidente Jair Bolsonaro (PL) que, segundo afirmou, patrocina a volta da fome ao país.

A ‘grande’ imprensa diz que isso aconteceu devido à pandemia. Não é verdade. Se a gente comparar o Brasil com outros 120 países, o Brasil piorou quatro vezes acima da média desses outros países — afirmou Campello, citando pesquisa divulgada recentemente pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Coronavírus

Para a ex-ministra, trata-se de um indicativo claro de que a fome e a insegurança alimentar são resultado das escolhas feitas pelo atual governo. O Brasil, lembrou Campello, tinha condições de ser um dos mais bem sucedidos na proteção da população ao longo da pandemia, por contar com o Sistema Único de Saúde (SUS), um sistema de segurança alimentar que estava bem estruturado e experiência técnica no combate à pobreza e à fome.

Portanto, poderia ter enfrentado a pandemia de outro jeito. Foi uma opção do governo deixar as pessoas morrerem por conta do coronavírus, como aconteceu. E foi uma opção, também, não tomar medidas que prevenissem essa tragédia de segurança alimentar que a gente está vivendo — argumentou, durante um programa de entrevistas do Partido dos Trabalhadores (PT), ao qual a pesquisadora é filiada.

Entre as opções feitas pelo governo Bolsonaro e que favoreceram a volta da fome, Tereza Campello destacou o desmonte de políticas de segurança alimentar, como o apoio à agricultura familiar, o Programa de Aquisição de Alimentos e o programa de cisternas.

Insegurança

Além disso, o fim da política de valorização do salário mínimo e o desmonte da lei trabalhista tiveram um efeito criminoso.

Quem está na informalidade, sem carteira assinada, corre três vezes mais risco de cair em situação de fome — destacou Campello.

O resultado foi que, sem a devida atenção à agricultura familiar, o preço dos alimentos mais consumidos pelos brasileiros está cada vez mais alto. Ao mesmo tempo, o trabalhador tem cada vez menos dinheiro para comprar comida.

O governo tinha que viabilizar o acesso à alimentação, à renda e a produtos saudáveis. Isso é tarefa do governo? Sim, é tarefa do governo fazer política de segurança alimentar e nutricional. Inclusive é um dispositivo da Constituição Federal, que diz que a população tem direito a alimentação adequada e saudável. Para garantir esse direito, tem que haver políticas públicas — concluiu.

 


Após escândalo de assédio sexual, Pedro Guimarães ‘pede demissão’ da Caixa

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, oficializou nesta quarta-feira (29) seu pedido de demissão do cargo. Ele é alvo de denúncias de assédio sexual por funcionárias da instituição. Em reportagem do portal Metrópoles nesta terça (28), cinco vítimas relataram toques em partes íntimas sem consentimento, por parte de Guimarães, além de falas, abordagens e convites inconvenientes e desrespeitosos. As denúncias estão sendo investigadas pelo Ministério Público Federal (MPF), sob sigilo, desde o final do ano passado.

Em carta enviada ao presidente Jair Bolsonaro, Guimarães rebateu as denúncias. A mudança no comando do banco teria sido decidida ainda durante a noite desta terça, após reunião dele com Bolsonaro. Durante o encontro teria sido acertado que Guimarães entregaria até a noite desta quarta (29) sua carta de demissão, conforme informou o portal Congresso em Foco.

Na carta, afirma que sempre se empenhou no combate “a toda forma de assédio” e nega as denúncias. “Repito: as acusações não são verdadeiras e não refletem a minha postura profissional e nem pessoal. Tenho a plena certeza de que estas acusações não se sustentarão ao passar por uma avaliação técnica e isenta”, escreveu Guimarães, que também postou a carta na rede social Instagram.

Ele estava no comando da instituição desde janeiro de 2019, indicado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Guimarães também é próximo aos filhos de Bolsonaro e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Além disso, é um dos mais assíduos frequentadores das lives que o presidente realiza semanalmente. Chegou, até mesmo, a ser cotado como vice do atual presidente na disputa pela reeleição.

De acordo com a Agência Brasil, o governo ainda não anunciou o substituto de Guimarães. Um dos nomes mais cotados é da secretária especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, Daniella Marques Consentino.

Fortes depoimentos

Apesar de o ex-presidente da Caixa negar as acusações, os relatos das funcionárias são contundentes. “Ele me chamou para ir para sauna com ele. Perguntou: ‘Você gosta de sauna?’. Eu disse: ‘Presidente, eu não gosto’. Se eu tivesse respondido que gosto, ele daria prosseguimento à conversa”, relatou uma das vítimas, na condição de anonimato.

Elas relataram que Guimarães mandava buscar as mulheres mais bonitas da instituição para viagens a trabalho. Numa dessas ocasiões, outra funcionária relatou que ele chegou a sugerir Porto Seguro como um dos próximos destinos das viagens para divulgar o programa Caixa Mais Brasil. Para essa viagem, ele tinha uma “ideia especial”, segundo a denunciante: “Ele disse: ‘A gente vai fazer um carnaval fora de época (…) Ninguém vai ser de ninguém. E vai ser com todo mundo nu’”. Essa mesma funcionária relatou investidas sexuais ainda mais agressivas por parte do ex-presidente. “Ele me falou: ‘Vou te rasgar. Vai sangrar’.”

Os investigadores do MPF colheram relatos de oito funcionárias de casos de abusos por parte de Guimarães. A representante dos bancários no Conselho de Administração (CA) da Caixa, Maria Rita Serrano, quer o envolvimento intensivo do órgão nas apurações das denúncias de assédio sexual. Ele apresentou ao conselho pedido de seleção e contratação de entidade externa, independente, como forma de assegurar agilidade e segurança de que nem as investigações, nem as denunciantes, sofram algum tipo de cerceamento.

 


Luta pela dignidade e pela vida é no dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+

Ainda que, na sociedade, o respeito à população LGBTQIA+ tenha ganhado maior visibilidade nos últimos anos e a luta contra o preconceito e à discriminação tenham frequentado mais os diversos espaços de discussão, incluindo a mídia, a luta pelo direito de viver ainda é uma das pautas principais dessa população. E no dia 28 de junho, Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, a pauta tem um destaque ainda maior.

O Brasil ainda apresenta índices assustadores de violência contra a população LGBTQIA+. É um dos países que mais mata lésbicas, gays, bissexuais e, em especial, travestis e pessoas trans. Dados publicados pelo Observatório de Mortes e Violência contra LGBTQIA+ mostram que entre os anos de 2000 e de 2021, 5.362 pessoas foram mortas apenas em função de sua orientação sexual ser diversa à heternormatividade, em geral, imposta por fatia da sociedade que se mostra conservadora e com princípios religiosos fundamentalistas.

Hoje, cinco pessoas por dia morrem por serem o que são. E é pelo direito de viver que o 28 de Junho existe. “Não é um dia de celebração e sim de manifesto. Desde a origem da data, usamos esse dia para reforçar nossa luta em todos os espaços como as redes, as ruas e os espaços políticos. É para mostrar que existimos e não somos minoria”, explica Walmir Siqueira, o professor Wal, coordenador do Coletivo Nacional LGBTQIA+ da CUT.

Por essa violência gerada pela não aceitação muitas dessas pessoas sequer têm o direito de se expressar, de mostrar o que é em sua essência e isso, por si só, já se configura como uma violência – a violência de um indivíduo ser obrigado a viver nas sombras.

Entre os muitos casos que ganharam repercussão nos últimos tempos estão o de um casal de lésbicas em São Vicente, litoral de São Paulo. Uma das vítimas, de 25 anos foi hostilizada gratuitamente por estar com sua namorada nas proximidades de um bar na rua Martim Afonso.

Ao confrontar o agressor, foi atingida na cabeça com um banco. O caso foi registrado como lesão corporal e injúria no 1° DP de São Vicente, ainda que exista a tipificação de homofobia no âmbito da Lei 7716/2019, a Lei de racismo.

“Estamos falando de uma privação de liberdade”, diz o professor Wal reforçando que a data significa a luta pelo direito de reconhecimento enquanto cidadãos.

Segundo pesquisa do IBGE, cerca de 2.9 milhões de pessoas maiores de 18 anos se declaram como LGBT´s. No entanto, os números podem estar subestimados já que grande parte das pessoas enfrentam o medo da violência e do preconceito.

Somente na última Parada do Orgulho LGBTQIA+ de São Paulo, em 19 de junho, de acordo com os organizadores, passaram pela Avenida Paulista mais de três milhões de pessoas. “Muitos, infelizmente são pessoas que podem se expressar somente nessas ocasiões porque no dia a dia, no metrô, se mostrarem quem são, podem ser agredidas”, diz Wal.

E, de acordo com Wal, a violência, em geral praticada por conservadores acaba tendo amparo no Estado e vem se agravando cada vez mais. É o que mostra também um relatório da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), “a violência transfóbica, o discurso de ódio e uma ideologia antitrans tem crescido e ganhado muita força nas redes sociais desde 2014, e fez-se mais presente em 2020 e em 2021, diante da crise política, econômica e humanitária no Brasil”.

Somente em 2021, 140 pessoas trans e travestis morreram no Brasil, vítimas do ódio. E, ainda que a lei antirracismo, traga em seu bojo menção à LGBTQIA+fobia, ainda não há no país uma legislação específica que criminalize esses atos.

Direitos

A luta pela visibilidade não é somente contra a violência. É também pelo reconhecimento e garantia de direitos a essas pessoas. “É impensável estarmos no século 21 e ainda termos que discutir sobre o direito de amar de cada um de nós e o direito de cada um escolher quem quiser para ser seu cônjuge”, afirma Wal.

A liberdade de afeto e orientação sexual, ele diz, passa necessariamente pela garantia de direitos comuns às pessoas heterossexuais. O professor explica que as leis precisam ter claro que se uma pessoa mantém um relacionamento homoafetivo, cônjuges também têm de ter os mesmos direitos que maridos e esposas em relações habituais.

Entre esses direitos, além do direito de ir e vir, estão questões relacionadas à extensão de benefícios no âmbito do trabalho, como convênios médicos, por exemplo, e o direito à herança.

Sobre casos assim, explica o coordenador do Coletivo LGBTQIA+ da CUT, há muitas situações de morte da parceira ou do parceiro e ‘aquele que fica, fica sem nada do que foi construído durante o relacionamento porque a família, geralmente, tira tudo”.

Orgulho

A motivação para a violência e o cerceamento de direitos, na avaliação de Walmir Siqueira, vem justamente da educação conservadora e dos conceitos religiosos. Uma sociedade evoluída, ele diz, ensinaria suas filhas e filhos, desde cedo a entenderem, respeitarem e conviverem com o diferente. E não somente em relação às questões de gênero e sexualidade mas também em relação à questão racial e de pessoas com deficiências.

É incrível como as pessoas não aceitam as diferentes formas de amar e como elas deturpam o afeto, tornando em suas mentes o amor um ato não natural. Não é possível que as pessoas achem que o afeto não é de Deus

- Walmir Siqueira

Para o coordenador, orgulho, hoje, é viver. “De conseguir viver em um país em que grande parcela é agressiva e que quer construir um país que não é para todos”, diz Wal se referindo à onda ideológica fascista que tomou conta no país, em especial desde 2019, com o atual governo e que se reflete na discriminação e na violência contra a população LGBTQIA+.

Ação da CUT

Em toda a sua história, a CUT tem organizado espaços de diálogo e organização da população LGBTQIA+, com foco em seus sindicatos, por entender que não existe justiça e igualdade sem respeito à diversidade.

Por meio de seu coletivo nacional e pelos coletivos regionais, a Central atua na luta por direitos, por visibilidade e, principalmente para que a pauta seja constante em negociações coletivas de trabalhadores.

Há parcerias, inclusive, com diversas ONG´s e movimentos sociais para que a representação seja cada vez mais abrangente, incluindo trabalhadoras e trabalhadores LGBTQIA+ informais. Walmir Siqueira cita como exemplo dessa atuação, frentes de defesa e amparo da população trans, historicamente excluída tanto do mercado de trabalho como da educação, uma realidade que para muitas pessoas, significa buscar a sobrevivência na prostituição, que mais sofre violência.

Novos tempos

Apesar de ainda a população LGBTQIA+ estar longe de poder viver um tempo de liberdade para cada um ser o que é, os últimos tempos têm mostrado um certo avanço na questão da visibilidade. A análise de Walmir Siqueira é de que o assunto tem ganhando cada vez mais destaque nos debates na sociedade e mais pessoas estão ‘abraçando a causa’.

“Temos visto uma nova era. A juventude vem com um outro olhar. Não há o mesmo ódio e agressividade que as gerações anteriores, no entanto ainda há muita discriminação por segmentos como as pessoas trans e travestis”, ele explica.

Para ele, não é possível dizer que “o Brasil está surfando, mas há mais pessoas aceitando as normalidades da vida”. Diz ainda que “apesar do governo conservador, a juventude tem abraçado causa e a luta LGBTQIA+ e nisso está uma esperança de dias melhores”.

Almanaque

No mês de julho, Mês do Orgulho, a CUT destaca seu Almanaque LGBTQIA+. A produção, em vídeo e publicação, visa ampliar o debate sobre questões importantes como diversidade, preconceito, saúde e trabalho. E, para isso conta com participações especiais de personalidades que militam na causa LGBTQIA+

Clique aqui para baixar a publicação.

Em uma ação conjunta entre a CUT e o Escritório LBS Advogados, que presta assessoria jurídica para a Central, foi elaborado também a Cartilha Inclusão e Direitos LGBTQIA+, cujo conteúdo aborda, além de informações sobrea  trajetória da luta por direitos, questões como direitos civis (nome, casamento, adoção, entre outros); alistamento militar; direitos à saúde, confirmação de gênero, pensão, aposentadoria e dicas sobre livros, filme e séries alusivas ao tema.

Clique aqui para ler

Em luta pela diversidade

A luta histórica da população LGBTQIA+ tem crescido ao longo de tempo e tem, cada vez mais, conscientizado a sociedade sobre o tema. Entre as muitas personalidades que podem ser destacadas nessa luta, listamos algumas da atualidade:

Pablo Vittar

Jovem, 25 anos, é um ícone na música brasileira e usa sua imagem como ativismo político, de afirmação e aceitação, de luta contra o preconceito.

Linn da Quebrada

Assim como Pablo Vittar, Lina faz de seu corpo seu instrumento de ativismo político. Ela já conquistou lugares nunca antes abertos para a população trans.

Glenn Greenwald

O jornalista americano, sempre lutou pela liberdade LGBTQIA+. Glenn fundou também o site The Intercept, que, em 2019, divulgou reportagens que denunciava ilegalidades na Lava Jato.

Renan Quinalha

Jovem jurista, ele faz parte da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo e foi responsável pelo livro "Ditadura e homossexualidades: repressão, resistência e a busca da verdade" ao lado do historiador americano James Green.

Daniela Mercury

Uma das maiores cantoras do país, a baiana auta de maneira firme na defesa da causa LGBT. Ela faz questão de levantar a bandeira em seus shows e é ativista da causa.

Na internet, diversos canais nas mais diversas plataformas também têm grande número de seguidores. Um deles é o Spartakus Santiago, que fala sobre racismo, ideologia, política, apropriação cultural e outros temas.

Voltado à saúde e bem-estar da população LGBTQIA+, o canal @DoutorMaravilha traz um equipe de profissionais da área para dialogar com a população.

A Confederação Nacional dos Trabalhaddores no Vestuário da CUT (CNTRV) também estreou um canal para tratar das pautas LGBQIA+. O 6° episódio foi ar nesta segunda (27). Cida Trajano, presidenta da CNTRV, e Jansen Nunes, coordenador da Secretaria de Políticas Sociais do Sindicato dos Químicos do ABC, mostra os desafios que o movimento sindical deve enfrentar para implementar pautas específicas para trabalhador@s LGBTQIA+.

 


Parceria SINSSP e ICL oferece bolsas gratuitas

No início deste mês o SINSSP apresentou uma surpresa bem legal, uma grande parceria com o Instituto Conhecimento Liberta (ICL), um presente do SINSSP para quem é filiado ao sindicato.

O ICL é um instituto de educação e cultura que possui uma plataforma com mais de 140 cursos on-line, onde há cursos que abordam temas muito interessantes, atuais e em diversas áreas do conhecimento. Há conteúdo para quem gosta de economia, direito, línguas, também há cursos preparatórios direcionados ao exame da OAB, ENEM e muito mais.

Oportunidade de aprender é o que não falta nesta parceria! E o mais importante: não só o filiado tem direito de aprender mais, a oportunidade se estende para toda a família!

Outro fator que deve ser levado em conta é a carga horária que cabe em qualquer agenda. As aulas/cursos variam entre 55 minutos e 50 horas, aproximadamente. Os professores são altamente qualificados e há entrega de certificados após a conclusão de cada curso.

Se interessou pela parceria do SINSSP com o ICL?

Espera que tem mais novidades! Todos os cursos oferecidos são TOTALMENTE GRATUITOS para quem é filiado ao sindicato, tanto para os servidores do INSS quanto para os trabalhadores da SPPREV.

Gostou da ideia? Então, vamos entender melhor como funciona e como fazer para ter acesso as bolsas do ICL.

Para ter acesso as bolsas, os filiados deverão acessar o site do sindicato e ATUALIZAR OS SEUS DADOS (clique aqui para ter acesso à página de atualização de dados). Preencha todos os campos e não esqueça de marcar a opção “Tenho interesse na bolsa do ICL (Instituto Conhecimento Liberta)”. Pronto, é muito rápido e fácil.

Feita a atualização cadastral, o servidor do INSS ou o trabalhador da SPPREV receberá um e-mail com todas as orientações de como acessar a plataforma, além do login e senha para entrar e aproveitar um leque imenso de cursos para aprofundar e enriquecer o seu conhecimento.

Essa nova parceria está imperdível! Mais uma ação do SINSSP que está sempre pensando no bem-estar e na melhoria da qualidade de vida de seus filiados, sejam eles do INSS ou da SPPREV.

Se quiser saber mais sobre o Instituto Conhecimento Liberta clique aqui. (www.icl.com.br)

"A verdadeira liberdade só pode ser alcançada pelo conhecimento”, afinal o conhecimento liberta! (ICL)

 


Empregos em baixa

Na segunda rodada de negociação com o Comando Nacional dos Bancários, nesta segunda-feira (27), a Federação Nacional dos Bancos afirmou que não vai oferecer garantia de emprego à categoria. Os representantes dos trabalhadores lembraram que, apenas de 2013 a 2021, as instituições cortaram 77 mil postos de trabalho. Isso representa uma redução de 15% dos empregos nos bancos, além do fechamento de quase 5 mil agências. Agora, são 394 mil bancários. A categoria tem data-base em 1º de setembro.

“Os bancos são responsáveis por quase 1% do estoque do emprego no Brasil. Mas, mesmo sendo um dos setores mais lucrativos do país, somente na pandemia reduziram 2 mil postos de trabalho”, afirmou a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, uma das coordenadoras do Comando Nacional. “A alta rotatividade no setor tem um motivo: no primeiro quadrimestre de 2022, por exemplo, o salário médio daqueles que entravam nos bancos correspondia a apenas 83% do salário médio daqueles que eram desligados das empresas do setor”, acrescentou.

Correspondente bancário

Assim, outro item da pauta de hoje foi a terceirização crescente, que também afeta o nível e a qualidade dos empregos nos bancos. “O número de estabelecimentos que prestam serviço de correspondente bancário cresceu 42% entre 2016 e 2022, atingindo 470  mil em março de 2022, de acordo com o Banco Central”, informam os sindicalistas. “O desmonte trabalhista agravou a precarização e aumentou a terceirização no setor”, disse Ivone.

Em 1990, havia mais de 730 mil bancários no país. Em 2019, eram 455 mil. De acordo com os representantes dos trabalhadores, em dezembro do ano passado os bancos tinham mais de 464 milhões de clientes, o que representa 1.180 por empregado, considerando o número de 394 mil. Apenas seis anos antes, eram 309,4 milhões de clientes e 433 mil funcionários, ou 715 clientes por empregado. O crescimento foi de 65% nesse período.​​

Redução da jornada

“Nessa negociação cobramos a garantia dos empregos, o fim da terceirização, que se amplia no setor bancário, a preparação dos trabalhadores para as mudanças tecnológicas e a redução da jornada de trabalho para quatro dias”, afirmou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, também uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

Assim, nos 10 últimos anos, o lucro dos bancos cresceu 15% acima da inflação. Em 2021, os cinco maiores (Caixa, Banco do Brasil, Itaú, Bradesco e Santander) lucraram, somados, R$ 107,7 bilhões, 34,1% a mais do que no ano anterior. Só no primeiro trimestre deste ano, o lucro foi de R$ 27,6 bilhões, 17,5% maior do que em igual período do ano passado. “Uma das reivindicações da categoria é a  redução da jornada para quatro dias por semana, associada à redução da intensidade do trabalho e do controle da hora extra, sempre realizadas através da negociação coletiva com os sindicatos”, lembra Ivone.

 


Mostra de Cinema Israelense estreia na plataforma Sesc Digital com longas inéditos no Brasil

De 24 de junho a 7 de julho de 2022, o SESC-SP e o Instituto Brasil-Israel, com o apoio da Embaixada de Israel e do Consulado Geral de Israel em São Paulo, realizam a primeira edição da Mostra de Cinema Israelense, oferecendo gratuitamente ao público de todo o Brasil uma seleção de filmes israelenses contemporâneos com exibições on-line na plataforma Sesc Digital.

Entre os destaques da programação, que tem como eixo a diversidade de vozes da sociedade israelense, está o longa-metragem de Amos Gitai “Noite Em Haifa”. Inédito no Brasil, o filme estará disponível a partir de 24/6, com limite de 1000 visualizações.

O cineasta Amos Gatai, que se consagrou por filmes como "Kadosh - Laços Sagrados" (1999) e "Kedma" (2002), participará da abertura do evento, que acontece on-line, com transmissão ao vivo pelo canal do Instituto Brasil-Israel no YouTube na próxima quinta, dia 23/06, às 16h.

Ao todo, seis títulos, entre longas e curta-metragem, integram a programação da mostra. Mais informações clique aqui.

Fonte: Centro de Estudos Judaicos/FFLCH/USP

 


Apoio à Mobilização dos trabalhadores da FUNAI

A Amazônia tem sido alvo do desmatamento, da pesca, da caça e do garimpo ilegal, virando abrigo para a ocupação de pessoas, organizações e empresas que visam o lucro acima da proteção do território amazônico.

As mortes do indigenista brasileiro, Bruno Araújo Pereira, e do jornalista inglês, Dom Phillips, foram as últimas barbáries que chocaram o mundo e despertou, novamente, o sentimento de indignação e de luta por justiça e democracia em nosso país.

Por esse motivo, os servidores da FUNAI (Fundação Nacional do Índio) mobilizados nacionalmente e representados por suas entidades, articuladas pela CONDSEF, farão um Ato Nacional de Greve, na próxima quinta-feira (23/06), a partir das 10 horas, em todas as unidades da Funai espalhadas por todos os estados e no DF.

No ato, os servidores da Fundação vão exigir a devida identificação e responsabilização de todos os culpados pelo assassinato bárbaro de Bruno e Dom, pela saída imediata do Presidente da Funai, Marcelo Xavier, que vem promovendo uma gestão anti-indígena e anti-indigenista na instituição, além de outras reivindicações.

Nós aqui do SINSSP nos solidarizamos e estamos empenhados na divulgação dessa mobilização e do manifesto assinado pelas entidades que representam a Fundação, bem como denunciar o desmonte que a Funai está sofrendo, desmonte esse também sentido no INSS e nos demais órgãos do serviço público federal, muitos deles essenciais à população.

O serviço público precisa estar livre de ameaças, do desmonte e protegido pela democracia!

É fundamental que a população brasileira se aproprie dessas discussões e precisa mostrar sua indignação com os feitos perversos do desmantelamento dos serviços públicos e contra a perseguição ao funcionalismo público, além de apoiar os servidores que trabalham para garantir um serviço gratuito e de qualidade para a sociedade.

Justiça para Bruno e Dom!

Fora Xavier e sua gestão anti-indigenista!

Por uma Funai que proteja os povos indígenas!

Clique aqui e leia o manifesto em defesa da FUNAI e dos seus servidores.

 


Rol Taxativo: assista o depoimento de uma mãe e entenda como essa taxação pode atingir você

O rol taxativo é um grande retrocesso na área da saúde, os pacientes não vão conseguir dar continuidade aos tratamentos através de seus planos contratados e muitos terão que abandonar o tratamento porque não terão condições financeiras de pagar por eles.

Assista aqui o desabafo de uma mãe que sofre com as consequências da decisão do STJ em acatar a lei criada pelo governo Bolsonaro sobre o rol taxativo da lista de procedimentos da ANS.

 


O assassinato de um servidor público

É com muito pesar que o SINSSP notícia a confirmação da morte do servidor da FUNAI e indigenista brasileiro Bruno Araújo Pereira e do jornalista inglês, Dom Phillips, ambos estavam desaparecidos desde o dia 05 de junho, na Amazonia.

Segundo a CNN Brasil que obteve informações de uma fonte da Polícia Federal, um dos suspeitos, Amarildo Oliveira da Costa, conhecido como Pelado, confessou à PF que teria participado do assassinato.

Outro suspeito foi preso nesta terça-feira (14), Oseney da Costa Oliveira, irmão de Pelado, também por ligação ao desaparecimento do jornalista e do indigenista, após os investigadores encontrarem vestígios humanos e sangue no seu barco.

O motivo desse crime tão bárbaro e cruel foi o fato das vítimas terem denunciado a prática de pesca ilegal na região amazônica, conforme admitiu Amarildo à fonte da PF.

É lamentável que um servidor público seja cruelmente morto por realizar o seu trabalho, o indigenista não foi o primeiro e nem será o último a pagar pela profissão que escolheu praticar com amor, dedicação e competência.

O SINSSP envia as suas condolências às famílias de Bruno Araújo Pereira e de Dom Philips. Que a morte dessas duas pessoas tão nobres não fique no vazio como a de Marielle, de seu motorista e de tantas outras vítimas. Que a justiça seja feita e que os culpados sejam punidos, que paguem por esse crime contra a vida humana e à sociedade.

Bruno Araújo Pereira era um servidor público federal como são os servidores do INSS, também era assistido pela GEAP e o caso da sua morte nos leva a rememorar os assassinatos de Unaí, quando fiscais do trabalho foram assassinados pelo fazendeiro que foi fiscalizado e autuado e até hoje o processo judicial não foi concluído.

Uma vigília está ocorrendo hoje à noite, na porta da FUNAI em Brasília.