O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) publicou no DOU (Diário Oficial da União) desta quinta-feira (15), o edital do concurso público para nível técnico do seguro social. São mil vagas para o cargo, sendo 5% destinadas para pessoas com deficiência e 20% para pessoas negras.
O concurso exige como escolaridade que o candidato tenha o ensino médio e os aprovados terão o salário base bruto de até R$ 5.905,79 mais auxílio alimentação.
Os interessados deverão se inscrever no site da CEBRASPE até o dia 03 de outubro e pagar uma taxa de 85 reais, a inscrição poderá ser efetuada até o dia 21 de outubro.
A quantidade de vagas abertas neste concurso público está longe de atender as necessidades do órgão e não resolve os entraves do INSS, apenas mascara o problema. O Instituto, que teve a realização do último concurso em 2015, sofre com o desmantelamento da máquina pública e com a falta de gerência do atual governo.
É importante ressaltar que esses mil novos servidores que serão contratados, após a realização deste concurso, não resolvem o problema da falta de mão de obra que está defasado em aproximadamente 20 mil servidores, muitos deles se aposentaram nos últimos anos, pediram exoneração ou vieram a óbito. A realização desse concurso público também não resolve a imensa fila virtual do órgão que atualmente possui mais de 2 milhões de benefícios represados.
Vale salientar que os atuais servidores do órgão lutam há vários anos pela transformação da Carreira do Seguro Social em “típica de estado”, mas para que isso ocorresse, seria necessário que o cargo de Técnico do Seguro Social tivesse a exigência de escolaridade como sendo de nível superior para os futuros candidatos, fato que não ocorreu. Esse debate vem sendo feito e conduzido pelo sindicato que tenta arrancar da direção central da Autarquia a tão sonhada carreira típica de estado.
Para resolver, de fato, a ingerência do INSS é preciso realizar um concurso público que atenda as reais necessidades do órgão e que supra toda a falta de servidores, além de resolver todos os problemas do campo tecnológico e dar condições dignas de trabalho para todos os funcionários.
Se esses problemas estruturais não forem resolvidos, este concurso público não será de muita utilidade, pois não repõe a mão de obra perdida nos últimos anos, não atende as necessidades do órgão que está com uma grande falta de servidores, servidores estes que atendem o público nas agências, que concedem os benefícios, que cuidam da manutenção das aposentadorias e pensões concedidas pelo órgão, entre outras atividades, que são inerentes a carreira e pela responsabilidade e complexidade destas tarefas, mereciam ter a carreira enquadrada pelo governo como sendo “típica de estado”.