Contraf-CUT repudia ataques contra fundo de pensão do Banco do Brasil

Nota de repúdio aos ataques à Previ

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) repudia decisão do juiz substituto da 1ª Vara Cível do Distrito Federal, Marcelo Gentil Monteiro, que atendeu a pedido de um deputado para afastar o presidente da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), João Fukunaga, do cargo. Uma decisão que fere instâncias democraticamente instituídas como o Conselho Deliberativo do Banco do Brasil e a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), entidade pública responsável por gerenciar as operadoras de previdência privada no país, que habilitaram João Fukunaga para exercer o cargo.

Todos os ritos de governança foram respeitados, desde a indicação até a posse de João Fukunaga, que atendeu às exigências previstas nos processos de elegibilidade tanto do Banco do Brasil, patrocinador do fundo de pensão, quanto da própria Previ.

A decisão também é mais um ataque contra o movimento sindical, uma vez que Fukunaga, além de funcionário de carreira do Banco do Brasil e associado do plano Previ Futuro, tem histórico na luta pelos direitos dos trabalhadores bancários nas entidades representativas.

A determinação pelo afastamento do dirigente, portanto, é absolutamente política, sem base técnica alguma. Além disso, coloca em risco o equilíbrio das instituições, desrespeitando órgãos reguladores, necessários para manutenção do sistema de freios e contrapesos, sem os quais não há Estado Democrático de Direito.

Continuamos acreditando no Poder Judiciário e aguardamos pela revogação da liminar, dada a fragilidade jurídica da decisão que se configura como mais um ataque à Previ e ao futuro previdenciário de seus participantes.

Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT)

 


Nota de repúdio contra a nomeação de um bolsonarista no INSS

O SINSSP vem a público manifestar o seu total repúdio quanto a nomeação do servidor Guilherme Gastaldello Pinheiro Serrano, para exercer a função Comissionada Executiva de Coordenador-Geral de Atendimento e Relacionamento Institucional do departamento dos Regimes de Previdência no Serviço Público da Secretaria de Regime Próprio e Complementares, do Ministério da Previdência Social.

Guilherme, bolsonarista raiz (fez campanha para Bolsonaro em 2018 e 2023), saiu da Gerência Centro, em São Paulo, para ser o presidente do INSS durante o governo Bolsonaro, substituto e discípulo do também servidor bolsonarista José Carlos de Oliveira, que saiu da presidência para ocupar o cargo de Ministro do Trabalho e Previdência Social no mandato de Bolsonaro. A dupla arquitetou o desmonte da Autarquia acumulando mais de 5 milhões de benefícios represados, conforme relatório da equipe de transição do Governo Lula.

Vendeu o INSS Digital como sendo o “salvador da pátria” para o Instituto, mas na verdade esse projeto só serviu para criar e aumentar as filas virtuais, gerando prejuízo aos segurados e ao erário, num período em que o Brasil voltou para a linha da extrema pobreza, onde muitos brasileiros precisavam e ainda precisam de um benefício previdenciário e/ou assistencial para poder colocar pelo menos uma refeição na mesa para a família.

Diante dos fatos, o SINSSP vê como inadmissível a nomeação de Guilherme Serrano em um cargo extremamente importante e estar à frente do RPPS é uma ofensa a todos os servidores públicos federais, especialmente os do INSS, que estão com a saúde mental na berlinda por conta da incapacidade, maldade e má fé enquanto Serrano esteve à frente da presidência do INSS e manteve em prática o piloto do desmonte do INSS.

O Ministro da Previdência, Carlos Lupi, não deve ter a dimensão do mau exemplo de gestão feita pelo então servidor e precisa ser alertado do perigo que esta nomeação pode causar ainda mais no INSS, portanto precisamos nos mobilizar para que as devidas providencias sejam tomadas.

Essa nomeação tem que ser revogada para estar em acordo como o pronunciamento do Presidente Lula quando afirmou que nenhum bolsonarista raiz teria cargos no seu governo.

O INSS precisa voltar ao patamar de um Instituto que garanta segurança e condições dignas de trabalho aos seus servidores. Para que os seus problemas de gestão sejam sanados e para que a população volte a ter um órgão que funcione e vá de encontro com os anseios e missão da Autarquia, que é garantir seguridade social e proporcionar uma previdência pública que responda, de fato, às necessidades de quem precisa dela e em tempo hábil.

E para que tudo isso funcione é preciso escolher pessoas que tenham um perfil adequado e que não vá boicotar a gestão do Presidente Lula, além de que as metas e os objetivos alinhados e harmonizados com o atual plano de governo, que foi eleito pela maioria dos brasileiros, e o servidor escolhido pelo ministro Lupi está milhões de anos luz atrás dessa proposta de melhorar e reorganizar o Brasil.

Fora Guilherme Serrano e todos os bolsonaristas que tentam se infiltrar na gestão Lula, ocupando cargos e funções de confiança e gestando contra o governo atual.

O Brasil não merece ser gerido por esta corja novamente!

 


Nota de Repúdio: Diretor Presidente da GEAP usa rede social para debochar e desrespeitar beneficiários da operadora

O SINSSP vem a público manifestar o seu repudio pela postura do Diretor Presidente da GEAP e General da Reserva do Exército Brasileiro, Ricardo Marques de Figueiredo, que em tom de deboche “tira sarro da cara” dos beneficiários sobre o prazo de 30 dias para deferimento do reembolso solicitado pelos assistidos da operadora.

Através do WhatsApp, a postagem do representante da GEAP recomenda tomar RISOTRIL, como medicação para não ficar triste em virtude da demora da operadora em proceder o reembolso. É lamentável o diretor presidente da Autogestão fazer chacota de uma situação tão delicada, uma vez que o beneficiário aos buscar este direito na maioria das vezes se encontra em tratamento, geralmente de alto custo e totalmente fragilizado.

O militar da reserva, indicado pelo governo Bolsonaro, brinca com coisa séria e não respeita os beneficiários que se sacrificam em manter seu plano de saúde da GEAP.

Com salário de em torno de 50.000 reais por mês, o dirigente da Autogestão em Saúde pelo visto está com o tempo ocioso para mandar mensagens que afrontam direitos dos beneficiários assegurados pelo regulamento dos planos e pela ANS.

O Diretor Presidente da GEAP deveria estar preocupado em diminuir os prazos de reembolso ao invés de brincar com coisa séria.  Esta postura só demonstra que este senhor não está à altura do cargo que exerce, usando o seu tempo para postar brincadeiras de mau gosto e chacotas nas redes sociais.

O SINSSP conclama a todos os beneficiários a protestarem na Ouvidoria da GEAP. Clique aqui para protestar.

 


Nota: Ex-ministro mente na imprensa sobre situação do INSS

O SINSSP vem em nota repudiar a fala do ex-Ministro do Trabalho e Previdência, Onix Lorenzoni, onde afirma que “estamos [ministro] dando as melhores condições possíveis de trabalho a todos os servidores do INSS, sendo tratados com muito respeito, todos sendo muito valorizados. Nós estamos revisando, reformando, construindo novas instalações, estamos fazendo aquilo que é melhor para que o atendimento possa sempre ser feito aos aposentados e pensionistas com atenção e respeito e com carinho.”

Não é pegadinha do Dia da Mentira, a afirmação foi exibida no dia 29/03/2022 pela TV JP News, no Jornal Jovem Pan News sobre a pauta da mobilização dos servidores do INSS. Há uma semana de greve e de apagão no INSS, o ex-ministro tenta minimizar os reais problemas da Autarquia e relaciona o movimento da categoria à crise política que tenta desgastar a imagem do Governo.

Oniz Lorenzoni só esqueceu de assumir para a imprensa qual foi o seu papel na extensa fila virtual do órgão, que só cresce a cada dia.  E as filas aumentam sobretudo pela falta de servidores para fazer essas análises, situação dada pela TOTAL ausência de concursos públicos para repor a mão de obra perdida nos últimos anos, além das metas abusivas que estão deixando muitos funcionários com a saúde mental e corporal comprometidas, bem como pelo fato das agências de atendimento do INSS estarem, em sua maioria, em estado precário e sem verbas para manutenção, que os sistemas corporativos estão desatualizados, ultrapassados e até hoje não foram totalmente preparados para cumprir a EC-103/2019. A internet disponível, em algumas agências, é mais lenta do que a que usamos em nossos celulares, o que dificulta a realização dos trabalhos, que o vencimento base da maioria dos servidores, que segundo Lorenzoni são muito valorizados, estão abaixo do valor do salário-mínimo, e por aí vai, a lista é muito extensa.

Os jornalistas estão convidados a irem até as agências do INSS, para constatarem ‘in loco” o estado de abandono que se encontram, aparelhos de ar-condicionado sucateados e sem manutenção, instalações elétricas obsoletas, falta de equipamentos básicos de segurança, falta inclusive de mobiliário adequado e computadores para que os servidores executem suas tarefas, entre outras mazelas que podem ser constatadas com facilidade. Assim reforçamos nosso convite, visitem os postos de atendimento do INSS e desmascarem as mentiras contadas pelo ex-ministro.

A Instituição que foi criada para reconhecer e conceder os direitos assistenciais e previdenciários do povo brasileiro está, neste momento, vivenciando o ápice do caos criado por esse governo, andando na contramão do que rege o seu dever, servidores maltratados, sem reconhecimento, adoentados por conta de tanta pressão e sem a mínima infraestrutura para trabalhar.

O atual quadro de servidores do INSS está com menos de 20 mil funcionários, pelo menos a metade do número de servidores ativos que havia na instituição há uns 5 anos atrás. Em 2014 o próprio TCU já alertava sobre o desfalque de servidores que ocorreria no INSS e da necessidade de se executar concursos públicos para suprir a futura falta de servidores, mas mesmo com o alerta do Tribunal de Contas da União, quase nada foi feito. O último concurso público realizado para o INSS foi em 2015.

Assim, diante destes problemas estruturais listados acima, o INSS conta hoje com uma triste estatística, contando com mais de 2 milhões de requerimentos dos cidadãos brasileiros paralisados na nuvem da Previdência Social, são pedidos de aposentadorias, pensões, auxílios, benefícios assistências, salário-maternidade, recursos, revisões, atualizações, isenções para Imposto de Renda, entre outras solicitações. Há inclusive a suspeita de que os números divulgados pelo INSS são inferiores a realidade, pois algumas demandas nem estão sendo executadas, por absoluta falta de mão de obra.

De quem é a culpa deste caos instalado? Com certeza não é da população, muito menos dos servidores! A culpa é do Governo e de seus dirigentes!

A precarização das condições de trabalho e da infraestrutura predial e do parque tecnológico do INSS é um projeto de desmonte para tirar da sociedade o que é público e torná-lo privado.

Por estar no meio deste furacão criado pelo Governo que o Servidor Público Federal do INSS está em greve, no apagão total do INSS. Lutar pelos direitos não é querer instaurar crise política ou mostrar que o sindicato está fazendo alguma coisa pelo filiado, a luta é por melhores condições de trabalho, de salário, pela qualidade no atendimento à população e na defesa de uma Previdência Social pública e de qualidade.

Reforçamos que ex-ministro Onix Lorenzoni mentiu descaradamente para a sociedade e escondeu as mazelas da sua gestão à frente do Ministério do Trabalho e Previdência.