Não é de hoje que esse governo vem atacando a GEAP, um dos maiores planos de saúde do país, a todo momento aparece alguma armadilha para retirar e reduzir a carteira de assistidos. Os donos das empresas prestadoras de saúde particular sempre estiveram de olho no filão dos servidores públicos e esses “donos” dessas empresas sabem fazer lobby tanto no Congresso, quanto no Executivo, possuem até uma bancada no Congresso que trabalha para atender seus financiadores.
E o resultado desse lobby contra a GEAP está nos nossos contracheques, na redução da rede credenciada, bem como em outras pequenas (mas significativas) maldades.
Com a redução do valor do per capita pago pelo governo, hoje os servidores respondem com praticamente 80% das contribuições que mantêm a GEAP funcionando. Isso acabou excluindo dos planos de saúde da GEAP milhares de servidores, que ficaram sem condições de pagar as mensalidades, até porque os valores subiram demasiadamente, sem que os servidores tivessem o mesmo índice de reajuste salarial e também pelo congelamento do per capta patronal pelos governos Temer/Bolsonaro
Outra maldade é a redução da rede credenciada, o que deixa algumas localidades desassistidas e obrigando os servidores a migrarem para outros planos de saúde, como exemplo, temos a Baixada Santista, onde a rede credenciada é bem precária e/ou centralizada apenas na cidade de Santos, dificultando o acesso a serviços médicos importantes.
Além disso, o comando da Fundação GEAP está nas mãos de militares, indicados por Bolsonaro, que não possuem qualquer comprometimento com a prestação de serviço aos servidores e sequer respeitam os verdadeiros donos da GEAP.
Como se não bastasse os problemas já existentes, e agora o Ministério da Economia convida os servidores para migrarem da GEAP para os planos de saúde oferecidos pela ASSEFAZ, ou seja, querem deliberadamente ferir de morte a GEAP e tornar a fundação economicamente inviável, com a redução no número de servidores assistidos e que contribuem para sua manutenção.
Até quando os servidores continuarão calados e assistindo a destruição da GEAP?
A GEAP tem uma história de mais de 70 anos, construída e mantida pelos servidores, é um patrimônio dos trabalhadores do serviço público federal, e não podemos admitir que ela seja destruída por um governo que não tem compromisso com o nosso patrimônio. Seu fim só interessa as empresas do Mercado de Saúde privado, as “Qualicorps” da vida que tem como objetivo o lucro e não a saúde, através da destruição das operadoras de autogestão que por definição não tem fins lucrativos. O fim da GEAP significa mais abusos, com planos de saúde privados, seria mais um duro golpe contra os funcionários públicos federais.
Essa história de oferecer os planos de saúde da ASSEFAZ para os servidores do INSS é mais uma armadilha para ajudar na destruição da GEAP, patrimônio do servidor público.
O SINSSP marcará uma audiência com o Presidente do INSS para saber o posicionamento do órgão já que o INSS possui direito a uma cadeira no Conselho de Administração da GEAP, e até hoje não se manifestou quanto ao seu direito.
Não vamos cair nesta emboscada contra os servidores!