No dia mundial dos direitos humanos, Brasil tem Estado destroçado e hostil à cidadania

Do racismo à vacina, debate aponta entraves históricos, avanços institucionais perdidos e dificuldade para reconstrução.

No dia em que a Declaração Universal dos Direitos Humanos completa 72 anos, entidades lamentam que o mundo e especialmente o Brasil vivam um novo período de fragilidade institucional e democrática. No caso brasileiro, com a participação do próprio presidente. Para a jurista e ex-procuradora Deborah Duprat, qualquer caminho de recuperação, quando houver, será longo, porque o Estado foi “destroçado”.

“O respeito às normas de direitos humanos em nosso país exige como pressuposto a instauração de uma política de longo prazo que vise a reduzir drasticamente a desigualdade social”, afirmou o também jurista Fabio Konder Comparato. Isso só acontecerá, acrescentou, com um “regime político verdadeiramente democrático”.

“Como diria Sérgio Buarque de Holanda, a democracia no país é um lamentável mal-entendido”, disse Comparato. Ele foi um participantes, nesta quinta-feira (10), de debate transmitido pela página do YouTube da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A TVT e a Rádio Brasil Atual também transmitiram o evento.

Soluções autoritárias

Na abertura, com trechos da Declaração lidos pelo ator Tony Ramos, o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, apontou um cenário instável em que soluções autoritárias aparecem como suposta saída. “Os direitos humanos são a espinha da Constituição de 1988”, afirmou. A apresentação foi feita pelo jornalista Juca Kfouri, substituindo de última hora Patrícia Campos Mello, que teve um problema de saúde (pedra nos rins).

Integrante da Comissão Arns, Comparato observou que há discrepância entre o direito formal e o efetivamente praticado. “O Brasil é um exemplo notório desse descompasso”, comentou. “Fomos o último país do mundo a proibir o tráfico de cativos e o último do ocidente a abolir legalmente a escravidão. Conforme exposto no Anuário de Segurança Pública de 2020, negros no brasil são 75% das vítimas de violência letal, 79% das vítimas de intervenção policial, 65% dos policiais assassinados e 67% da população carcerária”, citou. O jurista destacou ainda desrespeito a leis e convenções ambientais.

Ataques à liberdade de imprensa

Conselheiro da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Marcos Gomes ressaltou os diversos crimes praticados contra jornalistas no país. “Talvez o absurdo que nos assuste mais são os ataques à liberdade de imprensa que explodiram em 2019 em razão da frequente e sistemática ação do presidente da República”, disse o representante da ABI. A entidade assinou o 27º pedido, dos mais de 40, de impeachment de Jair Bolsonaro. Gomes lembrou ainda das crianças que morreram em tiroteios no Rio de Janeiro, ao mesmo tempo em que o governo zera a alíquota de importação de armas.

Segundo Deborah Duprat – que se aposentou em maio e teve atuação destacada na Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão –, com a Constituição voltada à promoção do bem comum, os direitos humanos serão um limite para a atuação do Estado. Assim, foi preciso montar um aparato administrativo, criando e reforçando espaços institucionais. “O Estado conhecia pouco das muitas invisibilidades produzidas ao longo da história. Tudo isso foi desmontado pelo governo Bolsonaro.”

Ela citou o exemplo da atual discussão sobre a vacina contra o coronavírus. “O drama da vacina não é só uma questão ideológica. É incapacidade (do Estado) de funcionar, porque sua expertise se perdeu. Estamos absolutamente destruídos.”

O Estado é transgressor

Para o advogado José Vicente, reitor da Universidade Zumbi dos Palmares e membro da Comissão Arns, apesar de alguns avanços legislativos, os negros ainda não conseguem entrar nos espaços públicos (ou privados) de maneira igualitária. “O agressor, o transgressor racial passou a ser o próprio Estado. Temos uma realidade fática que continua agredindo esses direitos.”

Mas ele se mostrou animado com a reação dos jogadores do Paris Saint- Germain e do Istanbul Basaksehir, que na terça-feira (8) interromperam o jogo após um episódio de racismo. E lembrou que a luta não pode ser só dos negros. “Desta vez, os jogadores entenderam que o racismo é uma agressão a todos eles e precisa de uma reação coletiva”, afirmou.

Ele respondeu a uma pergunta de Juca sobre o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, com ações e declarações que negam o chamado racismo estrutural. “Não se trata dessa persona, da Fundação Cultural Palmares. É um estilo de pensamento e ação que tem sintonia forte com esse racismo que estamos vivendo.” Vicente citou manifestações de Bolsonaro e seu vice, Hamilton Mourão. Assim, a presença de Camargo “é simplesmente a vocalização desse ambiente discriminatório”.

 

Fonte: Vitor Nuzzi/RBA


Com menos servidores e mais temporários, serviço público corre risco no Brasil

Falta de concursos e contratação de trabalhadores temporários para atendimento à população prejudica qualidade dos serviços públicos. Dirigente da CUT afirma que em 4 ou 5 anos, setor ficará ‘esvaziado’.

O projeto de destruição dos serviços públicos brasileiros, que teve início após o golpe de 2016, e vem sendo reforçado pelo governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) coloca o atendimento à população em áreas essenciais como saúde, educação, Previdência, fiscalização da qualidade dos alimentos e da água, em risco. O ministro da economia Paulo Guedes insiste em uma reforma Administrativa que agravará ainda mais o desmonte.

A proposta de Guedes praticamente extingue concursos públicos, suspensos desde o governo do golpista Michel Temer (MDB-SP), e afeta o já reduzido quadro de servidores públicos federais, prejudicando a qualidade do atendimento e provocando filas de espera em órgãos como as agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e postos de atendimento como os que cuidam do pagamento do Seguro-Desemprego. Para suprir a necessidade de trabalhadores, o governo recorre às contratações de temporários, que ganham menos e têm menos direitos.

Hoje são 27.503 servidores concursados e mais de 80 mil temporários.

Em 2020, apenas 665 trabalhadores concursados foram convocados. Em 2010, foram mais de 16 mil. Somente este ano, até o mês de outubro foram contratados 22.871 trabalhadores temporários.

Pela concepção do governo, não é mais necessário que haja um estado permanente de prestação de serviços à população. A afirmação é do diretor executivo da CUT e secretário de Finanças da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Pedro Armengol.

O dirigente diz ainda que “eles querem trazer para dentro do setor público um olhar rebaixado de exploração de trabalhadores com salários e condições precarizadas”, caso dos temporários.

A equação é lógica quando se fala em serviços precarizados, se tem trabalhador precarizado, tem serviço público precarizado também, diz Armengol, que acrescenta: Para os servidores federais que ‘sobram’, há sobrecarga de trabalho até que sejam contratados os temporários e quem vários casos, não tempo suficiente para cumprir as tarefas.

Um exemplo que traduz de forma exata o problema é a fila do INSS, que hoje tem mais de 1,5 milhão de pedidos de benefícios aguardando análise e aprovação, mesmo com a contratação de 8.320 servidores aposentados e militares inativos, que supostamente zerariam a fila.

De acordo com o diretor executivo da CUT e secretário de Finanças da Condsef,  a constatação é de que o governo quer economizar, contratando por tempo limitado e menores salários.

O olhar do governo é só voltado para questões fiscais, é economizar o dinheiro dos impostos pagos pela população para garantir outros setores, como a rentabilidade do sistema financeiro

- Pedro Armengol

E quem paga a conta é a população. Em especial, a mais carente que sofre com a falta, a demora, e a baixa qualidade dos serviços públicos, que têm se mostrado ainda mais essenciais durante a pandemia do novo coronavírus, afirma o dirigente.

Concursos públicos

Para a CUT, a Condsef e entidades que defendem o serviço público no Brasil, a retomada da realização de concursos e da contratação de trabalhadores e trabalhadoras que foram aprovados em concursos anteriores é fundamental para atender às demandas da sociedade.

Mas se depender da dupla Bolsonaro/Paulo Guedes, a situação será outra – de cada vez menos concursados exercendo suas carreiras. E os números mostram que o setor ficará esvaziado em poucos anos.

De acordo com Pedro Armengol, daqui a quatro ou cinco anos, cerca de 60% dos servidores federais devem se aposentar. São trabalhadores já na faixa etária dos 60 anos. Sem concursos para uma renovação o quadro ficará ainda mais reduzido. Em 2019, 32,8 mil servidores se aposentaram. A previsão para este ano é de mais 13 mil.

Para piorar, se a reforma Administrativa for aprovada, não haverá mais carreira de Estado - Trabalhadores nas áreas de educação e saúde, por exemplo, apenas contratações em demandas pontuais. Sobrarão somente os “cargos de Estado”, como juízes, procuradores, promotores, deputados e senadores, que são os mais altos salários do país.

Algumas situações de urgência demandam trabalhadores temporários, quando há insuficiência de servidores públicos. A pandemia do novo coronavírus é uma dessas situações.

De acordo com reportagem do Estadão, o Ministério da Saúde contratou 9.275 médicos durante o período O Ibama contratou 1.481 bombeiros brigadistas para combater incêndios na Amazônia e até o Exército recorreu aos temporários, contratando 522 trabalhadores para administração, arquitetos engenheiros, e outras profissões.

A importância do servidor público

De acordo com o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) o serviço público em países mais ricos é maior do que nos países em desenvolvimento.

Estes países, com maior peso do emprego público, são reconhecidos como os que oferecem serviços mais robustos e universais, típicos de um Estado de Bem-Estar Social. A conclusão é de um estudo feito pela entidade sobre a reforma Administrativa, intitulado “O Brasil no Mundo: emprego público, escolarização, remunerações e desempenho estatal em perspectiva internacional comparada”. Os cadernos do estudo estão disponíveis para download.

De acordo com estudo do Banco Mundial, em 2017 no Brasil, o número de servidores públicos representava apenas 5,4% da população, enquanto nos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) o número era quase o dobro - 9,5%.

 

Fonte: Andre Accarini com edição de Marize Muniz


10 de dezembro - Dia Nacional de Lutas

Hoje é Dia Nacional de Lutas em Defesa do Serviço Público: pela ampliação do Serviço Público, contra a Reforma Administrativa, contra as privatizações. Compartilhe nas suas redes sociais e grupos do Whats"App e ajude a fortalecer a luta em defesa do Serviço público.

10 de dezembro - Dia Nacional de Lutas

Hoje é Dia Nacional de Lutas em Defesa do Serviço Público: pela ampliação do Serviço Público, contra a Reforma Administrativa, contra as privatizações. Compartilhe nas suas redes sociais e grupos do Whats"App e ajude a fortalecer a luta em defesa do Serviço público.

 

Fonte: Imprensa SINSSP


Pazuello diz que ainda vai demorar 60 dias para Anvisa aprovar vacinas

Com as médias móveis de mortes (+23%) e de casos confirmados (+37%) aumentando e o país ultrapassando a marca de 177 mil vidas perdidas, Brasil não tem data nem plano para iniciar imunização.

No mesmo dia em que o Reino Unido iniciou a vacinação em massa da população contra o novo coronavírus, o ministro da Saúde do Brasil, general Eduardo Pazuello, afirmou em reunião virtual com governadores que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve demorar 60 dias para aprovar o uso de qualquer vacina contra a Covid-19 no país.

A informação foi publicada na Folha de S. Paulo quase ao mesmo tempo em que o consórcio de veículos de imprensa divulgava, às 13h desta terça-feira (8), que o Brasil já tinha registrado 177.400 vidas perdidas para a Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, e 6.630.949 pessoas contaminadas, segundo levantamento do consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.

No balanço divulgado às 20h de ontem, eram 177.388 mortes por Covid-19 desde o começo da pandemia - 426 em 24 horas, o que elevou a média móvel de mortes no Brasil nos últimos 7 dias para 603, a mais alta registrada desde 10 de outubro, quando a média foi de 604. A variação foi de +23% em comparação à média de 14 dias atrás, indicando tendência de alta nos óbitos pela doença.

Em casos confirmados, desde o começo da pandemia 6.628.065 brasileiros já tiveram ou têm o novo coronavírus, com 25.123 desses confirmados no último dia. A média móvel nos últimos 7 dias foi de 41.684 novos diagnósticos por dia. Isso representa uma variação de +37% em relação aos casos registrados em duas semanas, o que indica tendência de alta também nos diagnósticos.

Mas, no encontro com os governadores Pazuello ignorou os dados alarmantes. Ele sequer especificou se quando falava de 60 dias de espera falava da análise para uso emergencial, que é restrito apenas a alguns grupos como profissionais de saúde, ou sobre o registro definitivo da vacina.

E mais, apesar das diversas vacinas que estão sendo testadas, o ministro falou especificamente do imunizante da AstraZeneca/Universidade de Oxford, para o qual o governo federal aprovou um gasto de R$ 1,9 bilhão para a importação e produção local na Fiocruz.

O governo federal não aprova a CoronaVac, que está sendo produzida pelo Instituto Butantan, do governo de São Paulo, por problemas políticos com o governador do estado, João Doria (PSDB), provável adversário do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL) nas eleições de 2022, e também questões ideológicas com a China.

Doria anunciou o início da imunização em São Paulo para o início do ano que vem, mas depende da aprovação da Anvisa.

Situação nos estados

Em 17 estados mais o Distrito Federal está subindo a média móvel de mortes: PR, RS, SC, SP, DF, MS, MT, AC, AP, RO, RR, TO, CE, PB, PE, PI, RN e SE

Em cinco a média está estável, ou seja, o número de mortes não caiu nem subiu significativamente (5 estados): ES, MG, PA, BA e MA

Em 4 estados e média de mortes está caindo: RJ, GO, AM e AL.

 

Fonte: Redação CUT


Semana será marcada por mobilizações em defesa do serviço público e das estatais

Nos dias 10 e 11 de dezembro, entidades que defendem os servidores, os serviços e as empresas públicas farão atos em todo o Brasil. Manutenção do auxílio emergencial também será pauta das mobilizações.

A CUT e entidades que defendem as empresas estatais e o serviço público das três esferas – federal, estadual e municipal – farão uma mobilização nacional nesta quinta-feira (10) em defesa do setor público, contra a reforma Administrativa e pela manutenção do auxílio emergencial de R$ 600. Vários atos, carreatas, panfletagens e intervenções culturais estão sendo organizadas em todo o país, respeitando todos os protocolos de segurança e distanciamento social para evitar a disseminação do novo coronavírus.

Já a sexta-feira (11) será o dia em que os atos serão em defesa das estatais brasileiras, que vêm sendo atacadas desde o golpe de 2016, primeiro pelo golpista Michel Temer (MDB-SP), depois, pelo governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL), que pretende entregar à iniciativa privada e ao capital estrangeiro as principais empresas nacionais, estratégicas para o desenvolvimento do Brasil, como a Petrobras, Caixa Federal, Banco do Brasil, Eletrobrás e Correios.

As pautas de mobilização desses dois dias são lutas que devem ser abraçadas por toda a sociedade que corre o risco de perder serviços essenciais em áreas importantes como saúde e educação, afirma Pedro Armengol, diretor executivo da CUT e diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal, (Condsef).

“Os trabalhadores devem estar mobilizados para enfrentar os ataques do governo ao serviço público porque, no fim, quem vai pagar a conta dessa destruição é o povo brasileiro, em especial os mais pobres, que não vão ter mais acesso aos serviços básicos como saúde e educação”, diz o dirigente.

A principal frente de ataque é justamente a reforma Administrativa proposta pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que de acordo com Pedro Armengol, nada mais é do que um conjunto de medidas que tira do Estado qualquer responsabilidade social.

“A ganância do capital é cruel. No meio de uma pandemia, em que o Brasil inteiro percebeu a importância do serviço público, o governo apresenta uma proposta que, resumindo, tira a responsabilidade Estado e transfere para o setor privado”, diz Armengol, se referindo a luta dos profissionais da saúde, por exemplo, no combate a Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus.

Ela explica que a intenção de Bolsonaro e Paulo Guedes é terceirizar as atividades e que não haverá nem mais recursos e nem mais servidores, destruindo assim o serviço público, caso seja aprovada a reforma.

Auxílio emergencial

Ainda de acordo como dirigente, os trabalhadores públicos entendem que neste momento, com a gravidade da crise econômica e o aumento do desemprego, consequências da falta de políticas de enfrentamento à pandemia do coronavírus por parte de Bolsonaro, o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600,00, conquistado pela CUT, centrais e partidos de oposição em abril desde ano, é ao menos “um paliativo que minimiza a situação de precarização das pessoas”.

Armengol alerta que se o auxílio não continuar em 2021, a situação do país se agravará ainda mais do ponto de vista social. “Teremos mais fome, miséria e violência, por isso os servidores públicos abraçam a luta pelo auxílio, principalmente agora, com o aumento do número de contaminados e mortos”.

A mobilização contra a reforma Administrativa foi parte da resolução da Direção Executiva da CUT, que se reuniu no dia 4 de dezembro.

A central fez uma convocação a todas as estaduais e ramos para somarem forças nesta mobilização e na luta contra a privatização das estatais.

Para a CUT, essas questões dizem respeito ao conjunto da classe trabalhadora, e não só aos servidores públicos. “Trata-se do direito do povo a mais e melhores serviços públicos e da defesa do patrimônio público contra a sua entrega a empresas privadas e multinacionais, sendo componentes, portanto, da luta por um Brasil livre e soberano”, diz trecho da resolução.

Defesa das estatais

Na sexta-feira, dia 11, a mobilização será contra as privatizações de empresas públicas e, além dos atos, duas publicações - uma em português e outra em espanhol –, serão lançadas neste dia, para reforçar a importância das empresas e serviços públicos para a sociedade.

Já é possível acessar a íntegra das obras nos links abaixo e nos sites do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas (www.comiteempresaspublicas.com.br) e no da representante dos empregados da Caixa no Conselho de Administração, Rita Serrano - www.ritaserrano. com.br

O estudo do Transnational Institute (TNI) apresentado em meados deste ano reúne informações sobre mais de 1.400 casos bem-sucedidos de remunicipalização em mais de 2.400 cidades de 58 países ao redor do mundo.

Além da obra “O Público em Mãos Públicas”, será lançada a cartilha Empresas Públicas, Fakes e Hechos. Esta publicação foi originalmente lançada pelo Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas em 2019, e agora ganha sua versão em espanhol.

O lançamento das duas obras, com ato e debate sobre os temas, será realizado a partir das 16h no Facebook da Fenae, do Comitê em Defesa das Empresas Públicas e de Rita Serrano, que também é representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa.

 

Fonte: Andre Accarini/CUT


São Paulo regride para a fase amarela e SINSSP cobra da SR-I medidas para proteger a vida do servidor e da população

SINSSP oficiou a SR-I cobrando informações sobre a segurança dos servidores frente a pandemia visto que o estado de São Paulo regrediu para a fase amarela.

No mês de setembro o INSS reabriu várias agências para atendimentos presenciais e agora que o Brasil está enfrentando a segunda onda da pandemia da Covid-19, sem mesmo ter saído da primeira onda, o Instituto se cala no momento que precisava informar, orientar e proteger os servidores que trabalham na Casa.

O estado de São Paulo regrediu para a fase amarela conforme anunciou o governador João dória, no último sábado (05), devido ao aumento de casos do novo coronavírus na maior capital do país. São 43.040 óbitos e 1.288.878 casos confirmados da doença nesta segunda-feira (07).

Diante da gravidade dos fatos e da falta de segurança dos locais de trabalho frente a pandemia, o SINSSP oficiou a superintendência Regional Sudeste I (SR-I) e as Gerências Executivas (GEX’s) para questionar como está a situação dos locais de trabalho, os estoques dos equipamentos de proteção individual e como está a programação de testagem dos servidores como garantia para a saúde não só dos servidores como também da população que precisa de atendimento nas agências.

O sindicato está preocupado com a saúde dos servidores, trabalhadores terceirizados, estagiários e com a população porque o vírus está circulando de forma descontrolada, os novos casos da doença e o número de vidas perdidas só crescem e não há nenhum plano estratégico de proteção, isolamento e segurança dentro do INSS.

A ação judicial movida pelo SINSSP contra a reabertura das agências está em andamento e todas as medidas cabíveis serão tomadas porque o sindicato preza pela vida do servidor, sendo ele filiado ou não ao movimento sindical.

Outros pontos importantes foram questionados no ofício que foi entregue presencialmente no final da tarde desta segunda-feira (07) na superintendência e enviado por e-mail para cada gerente executivo nesta quarta-feira (09). O SINSSP está aguardando as respostas do superintendente e dos gerentes para planejar as medidas cabíveis para proteger a categoria.

Juntos na luta pela vida até que tudo isso passe e tudo volte ao normal!

Clique aqui para ler na íntegra o ofício entregue na SRI.

Clique aqui para ler na íntegra o ofício entregue nas GEX"s.

 

Fonte: Imprensa SINSSP


Cesta básica segue em alta, com aumentos em 16 de 17 capitais

Em novembro, foi preciso trabalhar seis horas a mais para comprar os produtos da cesta. Salário mínimo necessário é de quase R$ 5.300.

Os preços dos produtos da cesta básica mantêm sua trajetória de alta, assim como a inflação. Em novembro, aumentaram em 16 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese. No ano, a elevação é generalizada, chegando a até 35%, enquanto a inflação oficial em 12 meses está próxima dos 4%.

No mês passado, só houve queda em Recife (-1,30%). As maiores altas foram registradas pelo instituto em Brasília (17,05%), Campo Grande (13,26%) e Vitória (9,72%). “Além do arroz, óleo de soja e da carne, o tomate e a batata também apresentaram expressivos aumentos na maioria das cidades”, informa o Dieese.

A cesta básica mais barata em novembro, calculada em R$ 451,32, foi a de Aracaju. As mais caras foram as do Rio de Janeiro (R$ 629,63) e de São Paulo (R$ 629,18). Com base na cesta carioca, o Dieese estimou em R$ 5.289,53 o salário mínimo necessário para as despesas básicas de um trabalhador e sua família. Esse valor supera em 5,06 vezes o mínimo oficial (R$ 1.045).

O tempo médio para adquirir os produtos da cesta foi de 114 horas e 38 minutos. Seis horas a mais do que em outubro. Quem ganha salário mínimo, descontada a Previdência, comprometeu 56,33% da renda líquida, ante 53,09% no mês anterior. Mas superou os 65% no Rio e em São Paulo.

De janeiro a novembro, a cesta básica sobe de 17,48% (Belém) a 35,39% (Salvador). Em 12 meses, passa dos 40% em Salvador (42,95%) e em Belo Horizonte (40,35%). Em São Paulo, a variação é de 35,07% e no Rio, de 38,27%. Confira todos os dados aqui.

Coleta presencial e a distância

O Dieese lembra que suspendeu em 18 de março a coleta presencial de preços, mantida apenas em São Paulo, “com a adoção de todos os protocolos de distanciamento e segurança indicados pelas autoridades sanitárias”. Em julho, a pesquisa presencial foi retomada em Belém. Isso voltou a acontecer, em novembro, em cinco capitais: Distrito Federal, Campo Grande, Goiânia, Fortaleza e Recife.

“Mais uma vez, a análise das variações de um mês para o outro deve ser feita com cautela, uma vez que a forma de coleta de preços da cesta foi alterada em cinco capitais”, pondera o instituto. “No entanto, foi possível identificar tendências de elevação no custo da carne bovina, do arroz, óleo de soja, açúcar, tomate e da batata na maior parte das cidades, o que demonstra que a pesquisa remota e a presencial tiveram resultados convergentes, comportamento que permite a divulgação dos preços”, acrescenta.

Carne, batata, óleo, arroz

Assim, enquanto a redução em Recife ocorreu devido à retomada da pesquisa em feiras livres, “onde tomate e banana são vendidos por menor preço”, em Brasília e Campo Grande as altas se devem à coleta em supermercados em açougues. A carne bovina de primeira, por exemplo, subiu em todas as capitais: de 1,64% (João Pessoa) a 18,41% (Brasília).

O preço da batata, pesquisada no Centro-Sul, também aumentou em todas as cidades. Foi de 13,99% (Curitiba) a 68,32% (Vitória). O óleo de soja e o arroz agulhinha subiram em 16 capitais e o tomate, em 15.

 

Fonte: Vitor Nuzzi/RBA


Conferência DIEESE: Sindicato e democracia - a história do movimento sindical no Brasil

O SINSSP convida os servidores a participarem da conferência on-line "Sindicato e democracia: a história do movimento sindical no Brasil", na próxima quarta-feira (09).

O SINSSP convida os servidores a participarem da conferência on-line "Sindicato e democracia: a história do movimento sindical no Brasil", na próxima quarta-feira (09), promovido pela Escola DIEESE de Ciências do Trabalho.

O tema será abordado pelo professor Samuel Souza, a partir das 19 horas. A atividade é gratuita e para assistir é preciso fazer inscrição no link:

https://sagu.dieese.org.br/competo/turmas_abertas

Cerca de uma hora antes do início da conferência, o link da transmissão será enviado para os e-mails cadastrados. Participe!

Sobre Samuel Souza

Samuel Souza é professor da escola DIEESE e leciona para as turmas da graduação em Ciências do trabalho e da pós-graduação em Economia e Trabalho, é formador dos cursos de História do movimento sindical do Brasil e movimento sindical: história e desafios.

O professor possui graduação e mestrado em História pela Unesp e doutorado e pós-doutorado em História pela Unicamp.

 

Fonte:Escola DIEESE de Ciências do Trabalho