O SINSSP convida todos os servidores do INSS a refletirem sobre as consequências que podem acontecer nas APS’s, num futuro bem próximo.

 

O SINSSP  convida todos os servidores do INSS a refletirem sobre as consequências que podem acontecer nas APS’s, num futuro bem próximo.

O Sindicato quer deixar claro que não tem nada contra o Governo buscar o cumprimento da Lei,  orientando nas pericias para que sejam realizadas a cada dois anos  nos benefícios concedidos.

Segundo o acordo serão quatro perícias a mais por perito,   dentro do horário de trabalho,  com um custo de cerca de R$ 60,00 ( sessenta reais )  cada.

O SINSSP avalia que é muito estranho um servidor, dentro do seu horário de trabalho, realizar um tarefa que está em lei, que é prerrogativa da sua função realizá-la e ganhar a mais por isso. Pode até ser legal, mas é no mínimo imoral, avalia o Sindicato.

Essa medida vai gerar um aumento na demanda de segurados dentro das APS’s e terá necessidade de servidores extras para auxiliar no atendimento,  o que ocasionará impacto nos indicadores,  refletindo no REAT e no IMA-GDASS.

Essa análise vem mostrar uma preocupação com a segurança e com o aumento da demanda, segurados afastados, muitos há vários anos, que podem ter seu beneficio cancelado. Imaginem o que essa situação poderá gerar no local de trabalho?

Vale lembrar que no começo do ano o Governo realizou cortes em contratos de limpeza e segurança para diminuição de custos, portanto, os riscos poderão ser  grandes, pois agressões de segurados contra peritos, inclusive caso de morte, já foram presenciados.

O Sindicato encara com estranheza a Entidade que representa os Peritos firmar um acordo desse tipo.

Historicamente defende-se doze perícias ao dia por perito, por uma questão de qualidade no atendimento. Hoje realizam-se no máximo quinze pericias,  que irão somar-se às quatro do acordo.  Como será essa  qualidade? Vai piorar e muito, com o aumento remunerado a qualidade será abandonada.

O Governo considera que o tempo ideal para o agendamento de perícia possa ser de até cinco dias. Hoje, no Brasil, essa média está acima de trinta dias.

Os peritos realizando dezenove pericias ao dia, dentro do horário de trabalho, ajudarão o Governo a esconder o verdadeiro problema que a pericia médica enfrenta: a falta de peritos e servidores, sem falar nas péssimas condições de trabalho.

Para o SINSSP,  o correto seria realizar essas perícias dentro da carga normal de trabalho do perito, mas como não há número suficiente de trabalhadores o Governo apresenta essa proposta que irá gerar mais problemas do que soluções.

Por esse motivo o SINSSP vem alertar os servidores para não compactuar com essa medida. Não podemos aceitar esse tipo de situação que vai prejudicar ainda mais as condições de atendimento dentro das  unidades.

O Sindicato quer deixar claro que não tem interesse em criar nenhum clima de conflito entre peritos e servidores, pois ambos sofrem com os mesmos problemas.

Vale lembrar que nos anos 90 o Governo, na tentativa de privatizar a Previdência Social começou a sucatear a pericia  através da contratação de médicos que recebiam por atendimento realizado em seus consultórios e ganhavam até cinco vezes mais que o perito concursado.

O SINSSP vem a público alertar e defender um emprego com condições de trabalho e salários decentes.

 

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