Não é de hoje que os partidos do centrão, de direita e da extrema direita tentam retirar direitos dos brasileiros e desmontar os serviços públicos para serem privatizados.
E todas essas movimentações não acontecem por acaso, esses partidos com tendências neoliberais acreditam num estado mínimo e sem servidores públicos concursados ou que não sejam subservientes a eles (políticos). Além disso há uma clara intenção desses políticos em beneficiar seus “amigos” na venda de estatais e de órgãos públicos inteiros.
Agora, por exemplo, o governo do Estado de São Paulo pretende vender importantes órgãos públicos como a SABESP, o Metrô, a CPTM, entre outros órgãos estaduais. No governo federal ainda há a pressão dos “centrão” para que o governo privatize estatais, especialmente no setor elétrico, estradas, portos e aeroportos.
O velho discurso diz que se privatizar melhora, mas isso não passa de uma grande mentira, contada e recontada para que a população apoie e acredite na ideia. Na verdade, há inúmeros exemplos de que empresas estatais privatizadas pioraram na prestação dos serviços públicos, é só ver o preço dos pedágios nas estradas privatizadas, ou nos valores das contas de energia elétrica ou a prestação de serviço em hospitais que passaram para as mãos de empresas privadas.
Para privatizar empresas públicas, normalmente o roteiro é esse: primeiro é necessário se desfazer dos servidores públicos, a ideia sempre é não efetuar mais concursos públicos, contratar servidores terceirizados ou apadrinhados até que a empresa estatal seja vendida ou liquidada, para que aquele serviço seja oferecido por alguma empresa privada.
Desde o golpe de 2016 que o Brasil vive uma verdadeira onda neoliberal, onde o que importa é destruir os serviços públicos e retirar direitos dos servidores públicos, para simplesmente transferir para a iniciativa privada a maior parte dos serviços públicos.
Parte deles realmente foram parar nas mãos da iniciativa privada e de empresas estrangeiras, como as refinarias da Petrobrás. No estado da Bahia onde as refinarias estão nas mãos de árabes, o combustível que chega nos postos de abastecimento é o mais caro do Brasil.
No INSS o projeto de privatização foi iniciado, começaram não efetuando concursos, depois cortaram verbas de manutenção e de reposição de materiais, depois desmontaram a Dataprev, tornando a vida dos servidores um grande caos e prejudicando a população, pois o serviço prestado pelo INSS piorou muito, com a tomada de decisões erradas e/ou dúbias, que só precarizam ainda mais a prestação de serviço à sociedade e mancha a imagem do INSS e de seus servidores.
Como o governo anterior não se reelegeu, a privatização do INSS foi abortada, mas agora para reconstruir esse órgão tão importante a população vai levar algum tempo e vai precisar de um esforço concentrado do governo federal para voltar a investir no INSS, na Dataprev e sobretudo para voltar a oferecer a população um serviço público de qualidade.
O que é estranho são as falas do atual ministro da economia, que declarou recentemente que é necessário rever os concursos públicos, quando perguntado pela volta da tramitação da reforma administrativa (PEC-32) no congresso nacional.
Os servidores votaram em peso contra o projeto neoliberal do governo anterior, pois a maioria é contra a reforma administrativa da forma como está, pois os reais problemas NÃO são atacados e quem paga a conta são os servidores do poder executivo, justamente aqueles que possuem os menores salários e menos direitos.
Uma reforma administrativa deveria atacar as pensões das falsas filhas solteiras dos militares, ou os cargos vitalícios de juízes e procuradores, de acabar com os salários exorbitantes de altas patentes militares, além de outras benesses absurdas, que basicamente estão no judiciário, no legislativo e forças armadas.
Agora com a volta da PEC 32 para a pauta do congresso nacional precisaremos nos mobilizar novamente, pois é uma aberração contra os servidores. Esse projeto, no mínimo, irá destruir os principais serviços públicos e reduzir ainda mais os direitos dos servidores públicos.
Vale lembrar que durante a reforma da previdência, aprovada e sancionada em 2019, militares e o alto escalão do judiciário não foram sequer mencionados e nem atingidos por ela. Agora querem que os servidores do executivo paguem novamente uma conta que nunca irá fechar, pois juízes e militares nunca abrem mão de seus altos salários e benefícios.
É o SINSSP sempre preocupado no bem-estar e na tranquilidade de seus filiados e agregados.