Créditos: Imprensa SINSSP

Na noite do último sábado (1°) a CUT foi alvo de ataques hacker criminosos que afetaram o portal e o Twitter da Central, mas logo foram neutralizados pela equipe da Secretaria Nacional de Comunicação (Secom). No domingo à noite, os criminosos voltaram a agir na rede social e novamente a Secom neutralizou os ataques.

O conteúdo postado, além de muitas ofensas e insultos ao presidente Lula (PT) e ao ministro da Justiça, Flávio Dino, trouxe também mensagens de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A CUT já está tomando todas as providências cabíveis no caso. Acionada em caráter de urgência, a equipe que presta assessoria jurídica, já está providenciando as denúncias aos canais competentes como a Delegacia de Crimes Cibernéticos, que poderá periciar as redes e o portal para identificar os responsáveis.

Como foram os ataques

Por das 21h de sábado, inúmeras postagens agressivas e desrespeitosas, com ofensas a honra e conteúdo homofóbico, começaram a surgir no Twitter. A foto de perfil e descrição foram alterados com a absurda e abominável informação de que a CUT teria se tornado ‘bolsonarista’.

A velocidade das postagens, mais de 100 por segundo, indica à utilização de robôs para o ataque. Elas eram feitas à base de uma por segundo. Toda a ação, até que fosse barrada, durou cerca de 20 minutos. No domingo (2), a ação criminosa se repetiu no perfil da CUT da rede social, mas os hackers não conseguiram manter a invasão após ação da equipe da Secom, que excluiu imediatamente o conteúdo e informou os internautas e seguidores que se tratava de uma ação criminosa promovida por bolsonaristas.

Paralelamente, matérias de cunho irônico e ofensivo tanto à CUT quanto a Lula e Flávio Dino foram publicadas no PortalCUT. A equipe da Secom bloqueou o acesso ao Portal.

“Apesar de todos os procedimentos de segurança que temos, por hábito, tomar, estamos sempre atentos aos riscos. Eles [os hackers] conseguiram burlar o sistema, mas como estamos preparados, agimos rapidamente para neutralizar a ação”, afirma Admirson Medeiros, o Greg, secretário de Comunicação da CUT.

De acordo com o secretário, no Twitter, além de da reconfiguração da conta, as postagens criminosas eram apagadas instantaneamente. Já o portal, por segurança, foi tirado do ar para os procedimentos de investigação ao ataque.

Greg acrescenta que, com base nas informações da equipe de tecnologia que mantém o site no ar -, “nenhum dado foi perdido ou vazado”, reforçando que o ataque se limitou à publicação das postagens.

Ainda assim, a equipe técnica adotará novas medidas, de imediato, para aumentar os níveis de segurança e uma série de outros procedimentos serão implementados ao longo dos próximos dias para evitar tais ataques.

Incomodados com a força da classe trabalhadora

Esses ataques se dão em função de nossa atuação em defesa da classe trabalhadora e do que produzimos de conteúdo para esclarecer a população sobre as mentiras ditas pela extrema direita, as inverdades que eles propagam, diz Greg.

Não é à toa que sofremos esses ataques. Produzimos conteúdo honesto, explicativo, profissional e de qualidade, mostrando como a população pode conhecer e ter acesso a direitos. Tudo que os extremistas combatem

– Admirson Medeiros (Greg)

“São inimigos do povo e atacam todas as formas de luta que a sociedade tem. A CUT é uma delas”, completa Greg, citando que outros portais progressistas também já foram atacados, inclusive do Partido dos Trabalhadores e o próprio site do Lula.

Seguidores atentos

Após o ataque, a CUT publicou um comunicado sobre a invasão. “Companheiros e companheiras, como devem ter percebido, fomos hackeados há poucas horas. Estamos resolvendo o problema. Apenas desconsiderem qualquer postagem que vocês já sabem que não são compatíveis com nossas ideias e lutas. Desculpem o transtorno”, diz o texto.

Nos comentários, os seguidores da CUT declararam apoio e se mostraram atentos às postagens feitas pelos hackers.