Segundo o IBGE, o IPCA-15 variou 0,78%. Apesar de inferior a dezembro, é o maior resultado para janeiro desde 2016. Agora, taxa soma 4,30% em 12 meses.
Na primeira apuração do ano, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) variou 0,78%. Apesar de menor que dezembro (1,06%), é o maior resultado para janeiro desde 2016, segundo o IBGE. Com isso, a “prévia” da inflação oficial subiu para 4,30% em 12 meses.
Os nove grupos tiveram alta no primeiro mês de 2021. Destaque para Alimentação e Bebidas, que apesar de subir menos do que em dezembro (de 2% para 1,53%) representou impacto de 0,32 ponto percentual na taxa total. Em seguida, o grupo Habitação, com variação de 1,44% e 0,22 de impacto. Os dois responderam por 69% do resultado de janeiro.
Comer fora ficou mais caro
Em relação aos alimentos na prévia da inflação, o IBGE aponta aumento de produtos como carnes (1,18%), arroz (2,00%) e batata inglesa (12,34%), ainda que menos intensos. As frutas subiram mais do que em dezembro: 5,68% (impacto de 0,06 ponto). Já o preço do tomate caiu 4,14%). A refeição fora do domicílio teve alta de 0,81%, enquanto o lanche passou de -0,11% para 1,45%.
Em Habitação, o maior impacto (0,14 ponto) veio da energia elétrica, que subiu 3,14%. Em seguida, o gás de botijão (2,42% e 0,03 ponto), com a oitava alta seguida. A taxa de água e esgoto ficou praticamente estável (0,03%).
Gasolina sobe menos
No grupo Transportes – com o segundo maior peso no IPCA-15, segundo o IBGE –, a taxa passou de 1,43%, em dezembro, para 0,14%. Os preços das passagens aéreas, que haviam subido, 28,31%, agora caíram 20,49%. A gasolina subiu menos (de 2,19% para 0,95%). O instituto destaca ainda os aumentos dos itens automóveis novos (0,92%) e usados (0,88%), além de transportes por aplicativo (8,72%).
Em Vestuário (0,85%), subiram os preços das roupas masculinas (1,17%), femininas (0,89%) e infantis (0,63%), e também de calçados e acessórios (0,58%). Já em Artigos de Residência (0,81%), eletrodomésticos e equipamentos (1,51%) e mobiliário (0,69%) contribuíram com 0,01 ponto cada.
Alta em todas as regiões
Por fim, o grupo Saúde e Cuidados Pessoais variou 0,66%. Itens de higiene pessoal tiveram aumento de 1,20% (0,05 ponto), enquanto os planos de saúde tiveram alta média também de 0,66%.
Entre as regiões, todas tiveram variação positiva. O maior índice foi apurado na região metropolitana de Recife (1,45%) e o menor, em Brasília (0,33%). Na Grande São Paulo, o IPCA-15 subiu 0,63%. em 12 meses, a taxa vai de 3,11% (Brasília) a 5,91% (Fortaleza).
O IPCA e o INPC deste mês serão divulgados em 9 de fevereiro.
Fonte: Vitor Nuzzi/RBA