Após denúncia recebida por servidores que foram obrigados a compor o GT, o SINSSP foi atrás dos responsáveis para exigir uma explicação e resolução do problema.
O SINSSP recebeu denúncias e questionamentos de servidores em todo o Estado de São Paulo que alegaram ter sofrido ameaças e assédio moral ao serem obrigados a participar do Grupo de Trabalho (GT) implantado pelo INSS no começo de maio para diminuir a lista de espera de processos acumulados.
O Sindicato foi apurar e marcou uma reunião na Superintendência do INSS, que ocorreu no último dia 22 de maio, para questionar e exigir uma solução para o problema denunciado. O assessor do Superintendente, Sr.Edson Yamada, acompanhou o SINSSP nas discussões e deixou claro que não há obrigatoriedade para trabalhar no GT.
Segundo Edson Yamada, esse Grupo de Trabalho está sendo discutido desde o começo de março e até foi colocada a ideia de se fazer um GT diferente para trabalhar nas gerências e não centralizado no prédio da Superintendência do INSS, mas como o tempo de espera para a análise dos processos está muito longo não há a garantia de que todo o atraso fosse suprido, então para resolver e diminuir a quantidade de processos represados ficou decidido que o GT seria feito no prédio da Superintendência. Com a suspensão do IMA-GDASS diminuiu os requerimentos e a quantidade de agendamentos abertos o que contribuiu para o acúmulo de processos.
São 08 gerências na Grande SP mais 01 em Campinas que estão com processos atrasados por serem cidades mais populosas. Foi proposto criar esse GT aqui em São Paulo, para ajudar a diminuir os números. Segundo o assessor, houve uma reunião no dia 08 de abril com todos os gerentes executivos e gerentes de APS”s e o projeto foi aberto para que todos participassem e opinassem a respeito.
Sobre o problema da obrigatoriedade de trabalhar no GT, Yamada disse que foi uma falta de comunicação dos gestores que ficaram esperando para ver se realmente o GT ia acontecer. Ele ainda explicou que todos tiveram um mês para informar as agências e como se daria o funcionamento do serviço, porém ele não sabe como cada gestor trabalhou isso.
Na reunião da Superintendência o SINSSP também levantou a questão sobre a quantidade de processos que cada servidor deve fazer no GT, pois também o Sindicato ouviu rumores de que deveriam ser analisados dez processos ao dia.
Edson Yamada explicou que “não tem como exigir uma meta diária para os servidores. Foram feitos cálculos somente para controle da Superintendência, mas não há exigência de fazer dez processos por dia como está sendo dito. Alguns servidores começaram a pressionar, alguém estipulou uma quantidade mínima, mas nós não estipulamos. A Superintendência entende que não adianta estipular uma meta de dez processos/dia e tudo ser mal feito”, disse.
Ao ser questionado pelo Presidente do SINSSP, Pedro Totti, sobre o que será feito com a gerência que não liberar nenhum servidor para o GT o Sr. Edson respondeu que a APS que não enviar terá que dar conta de todos os processos. “A ideia de fazer grupo na própria gerência é inviável, porque se fosse assim o problema não existiria e já teria sido resolvido há tempos. Por isso que se criou o GT”, disse o assessor.
Outro ponto discutido e que o SINSSP faz questão de deixar claro ao servidor é sobre o pagamento de diárias aos trabalhadores de Campinas para compor o GT, enquanto que na capital contarão apenas com a colaboração espontânea dos servidores.
Ao ser questionado o assessor da Superintendência informou que os servidores da Grande SP não precisam receber diárias porque moram na região onde está sendo realizado o GT, porém eles serão portariados e estarão dispensados de bater o ponto. Já os servidores de Campinas precisam receber, porque se deslocam de uma cidade a outra num percurso muito grande, não pertencem nem a Grande SP e nem a este município.
Foi sugerido pelo SINSSP, por meio do seu Diretor Valdir Sabino, que fosse publicado no Boletim que a Superintendência entrega mensalmente a informação sobre o GT e seu funcionamento, explicar que o trabalho é tranquilo, que não há obrigatoriedade, com isso vai eliminar todas as dúvidas e a possível falta de comunicação dentro da APS.
Não fique quieto, abra a boca e DENUNCIE! O SINSSP existe para te ajudar e dar apoio no que precisar.
Fonte:Sinssp