Ministro de Bolsonaro se articula para manter nicho de poder no INSS

Enquanto a equipe técnica da transição que trata sobre Previdência se desdobra para fazer o diagnóstico sobre os principais problemas da previdência social brasileira, servidores informam que o atual Ministro da Previdência e Trabalho, José Carlos Oliveira, servidor de carreira do INSS e apoiador incondicional do Presidente Jair Bolsonaro, articula via frente ampla, manter seus espaços de poder no INSS.

A informação vem dos servidores do órgão que tem procurado o Sindicato para denunciar a articulação política que o Ministro vem fazendo e, segundo essas fontes, estaria aproveitando para discutir a manutenção do seu nicho de poder no INSS, em especial na superintendência do Instituto em São Paulo. Ainda de acordo com as informações, ele teria avisado para a sua equipe na Autarquia “para ficarem tranquilos, pois todos permanecerão onde estão”.

A Revolta é generalizada na categoria, que reivindica que o Governo Lula faça uma limpa no órgão, afinal, segundo os servidores, foi esta equipe que auxiliou na política de sucateamento do INSS, com o represamento de 5 milhões de benefícios, fechamento das agências, indeferimento automático, restrição do atendimento presencial à população, restrição do acesso aos serviços do Instituto e aumento generalizado de intermediários dentre outras maldades.

Oliveira se licenciou do INSS logo após a vitória de Lula em 2003. Durante o período do seu afastamento, exerceu atividades em gabinetes de partidos que atualmente compõe a base de sustentação do governo Bolsonaro.   Com participação ativa nas manifestações de rua que culminaram no Golpe da ex-Presidente Dilma Rousseff, retornou ao INSS 13 anos depois, em agosto de 2016, no governo do golpista Michel Temer para exercer o Cargo de Superintendente do INSS do Estado de São Paulo.

Daí por diante, Oliveira, que fez questão de não trabalhar nas gestões petistas trabalhou para sua ascensão dentro do órgão e virou Diretor de Benefícios do INSS e meses depois passou a Presidente na gestão de Ônix Lorenzoni. Ao se desincompatibilizar para concorrer ao cargo de Governador do Rio Grande do Sul, Ônix Lorenzoni, fiel escudeiro de Jair Messias Bolsonaro, indicou Oliveira para ser Ministro da Previdência e Trabalho em detrimento do seu substituto automático, secretário executivo.

Servidores registram ainda que o Ministro da Previdência e Trabalho tem uma única preocupação: resolver os problemas com os órgãos de controle dentre os quais os superfaturamentos em contratos de vigilância eletrônica da Superintendência de SP (Sudeste I) no período em que ocupava o cargo de Superintendente e da Superintendência do Nordeste, detectados pela auditoria do Tribunal de Contas da União.

Diante desses fatos, a categoria começa a se movimentar para combater o oportunismo do Ministro José Carlos Oliveira, homem que esteve lado a lado de Bolsonaro, em especial durante as eleições.

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Consórcio de Sindicatos cobra abertura de negociação da pauta de reivindicações

Os representantes do Consórcio de Sindicatos do Seguro e Seguridade Social da CUT, Vilma Ramos, Diretora da Secretaria Geral do SINSSP, e João Torquato, Diretor de Assuntos Jurídicos do SINDPREV DF, realizaram audiência com o novo Ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira, na quarta-feira (06).

A reunião teve como objetivo dar continuidade à discussão da pauta específica entregue ao ex-ministro, Onix Lorenzoni, que deixou o cargo sem dar uma resposta pra categoria, que está em greve desde o dia 23 de março.

Os representantes do Consórcio não só expuseram cada ponto dessa pauta específica, como também relataram a posição do governo de NÃO abrir diálogo com as representações sindicais dos servidores públicos federais, na reunião da última terça-feira, dia 05 de abril, com o Secretário Adjunto da Secretaria de Gestão, Dr. Eduardo, e o Coordenador Geral de Relações do Trabalho, Dr. Borges.

A representação do Consórcio de Sindicatos foi bem enfática na afirmação de que há necessidade do INSS e do Ministério do Trabalho e Previdência ter uma posição mais proativa no sentido de resolver as reivindicações dos servidores, reivindicações essas que levaram os trabalhadores da Autarquia para a greve.

Outro ponto discutido foi a necessidade urgente, entre o Ministério e o INSS, de uma mesa efetiva de negociação para discutir as pautas que estão no âmbito do INSS, por exemplo, a supermeta.

Por fim, o comando do Consórcio informa que está fazendo gestões no parlamento para que o Ministério da Economia reabra o diálogo com as entidades sindicais de forma urgente, já que a greve dos servidores do INSS é culpa única e exclusiva deste governo, que optou em ignorar as demandas dos servidores, bem como do INSS para atender à população.

Veja abaixo a pauta entregue ao governo pelas representações sindicais

 

OF. Conj_Fenasps_Cntss_Consorcio - Pauta Reivindicação INSS entregue ao Onyx_02.02.22

 

Confira na galeria abaixo mais fotos da reunião:

 


Assembleia no SINSSP para avaliação do Apagão do INSS

O SINSSP convoca todos os servidores do INSS para participar da Assembleia virtual, nesta sexta-feira (25), às 19 horas via Google Meet, para os informes da reunião com o Ministro do Trabalho e Previdência que ocorrerá neste mesmo dia no período da tarde e para avaliação do movimento.

A diretora da pasta secretaria geral do SINSSP, Vilma Ramos, vai participar da reunião com o Ministro representando o sindicato no Consórcio de Sindicatos dos Trabalhadores da Seguridade Social, da base do INSS, filados à CUT.

O Apagão do INSS vai manter os computadores desligados, sem acesso aos sistemas durante os dias 23, 24 e 25 de março, para que os servidores mostrem que sem negociação da pauta de reivindicação a PRESSÃO vai continuar.

Participe da assembleia virtual do SINSSP, sua presença é muito importante. Clique aqui para efetuar a sua inscrição.