18 de janeiro é dia de MOBILIZAÇÃO

A próxima terça-feira (18) será o “Dia D” de mobilização e luta do funcionalismo público por todo o Brasil. Não há outra maneira de chamar a atenção de toda a população sobre o desmonte que vem sendo promovido na máquina pública, sendo o atual governo o principal responsável por essa situação caótica, que nega a ciência, a educação, a saúde e o social.

Os servidores públicos, sejam eles federais, estaduais e municipais, não podem se calar e esse é o momento para protestarmos e denunciar tudo o que está acontecendo. Todo esse descaso tem um efeito cascata que começa no funcionalismo público e termina na parte mais carente e que precisa dos serviços gratuitos: o povo brasileiro.

No INSS, a situação é de caos e é preciso noticiar e explicar a verdade sobre os fatos, por que no fim das contas quem sai perdendo não é apenas o servidor do Instituto, mas a população que mais precisa dos serviços que são ofertados pela instituição, mas que em virtude desse desmonte estão sendo disponibilizados de maneira precária, os trabalhadores precisam se “virar nos trinta” para dar conta de uma demanda reprimida.

Desmistificar o tabu de que funcionário público ganha muito bem não é uma tarefa fácil, já que uma minúscula parcela desses funcionários sim, ganha um salário altíssimo (mas, NÃO são os servidores do poder executivo e muito menos os servidores de carreira). Porém, é preciso alertar que a maior parte desses trabalhadores ganham muito pouco, quantia muito inferior às responsabilidades que assumem.

Os trabalhadores da limpeza urbana (garis e coletores de lixo), os enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem que tanto deram o sangue nessa pandemia, dentre tantas outras categorias, por exemplo, não ganham um décimo da fortuna que o alto escalão recebe como é o caso do judiciário, dos ministros e do próprio Presidente da República.

No INSS a situação é ainda bem mais complicada, pois é a ÚNICA categoria dentro do funcionalismo público federal que está recebendo o salário-base abaixo do salário-mínimo e em um cenário de inflação e consequente aumento dos custos de vários serviços e produtos.

Esses trabalhadores estão com os salários congelados e há cinco anos sem reposição salarial, mas no mesmo período os descontos nos contracheques aumentaram consideravelmente, com o aumento de alíquotas de contribuição.

Além de ter que lidar com o problema salarial, os servidores do Instituto ainda precisam driblar outros problemas estruturais e institucionais como a falta de mão de obra, são cerca de 19 mil trabalhadores a menos, servidores que a Autarquia perdeu nos últimos 05 anos devido as inúmeras aposentadorias, falecimentos e auto exonerações.

Vale lembrar que desde 2015 não houve mais concursos e que essas vacâncias não foram mais repostas, mesmo com o parecer do TCU (datado de 2014) alertando sobre esse problema e sobre o caos que se instalaria na instituição.

Outra questão é o represamento dos benefícios, a extensa fila virtual que se formou dentro do órgão atinge milhões de brasileiros que estão há meses aguardando a análise do seu benefício.

Mas a culpa disso é do servidor? NÃO, não é do servidor.

A culpa é da falta de uma administração séria e competente na direção central do INSS, que não abre inscrição para concurso público e tenta, obviamente sem sucesso, suprimir o gargalo aberto com uma quantidade mínima de mão de obra para atender a demanda.

É claro que essa conta nunca vai fechar, é como enxugar gelo, mesmo com a adoção de metas abusivas, que impõem aos servidores do órgão um excesso de atendimentos e de análises, a fila nunca vai diminuir se não houver concurso público e a contratação de novos servidores capacitados para o serviço.

Os problemas que os servidores enfrentam são infinitos, eles precisam se esforçar muito para conseguir entregar o mínimo do que é exigido e ainda são perseguidos pelo Governo Federal com declarações e ameaças explícitas do Presidente Bolsonaro e do Ministro Paulo Guedes.

O número 135, bem como o Canal Meu INSS, para atendimento dos segurados funcionam como um filtro e que impedem que os beneficiários sejam atendidos presencialmente, por isso que o SINSSP defende a importância do atendimento efetuado de forma presencial, para que os servidores possam avaliar exatamente qual é a solicitação do cidadão que procurou o INSS.

Vale salientar que o Brasil possui uma grande parcela da população que é analfabeta funcional, que possui pouco ou nenhum conhecimento de informática, tendo dificuldades para lidar com esses novos canais de atendimento, gerando muita insegurança, a intervenção de atravessadores, bem como a exposição de dados importantes da população.

Toda essa precarização não atinge somente a saúde mental dos servidores do INSS, mas também da população que passa fome, que precisa receber o seu benefício, para se alimentar, para pagar as contas básicas como aluguel, água e energia elétrica, para muitos essa é a única fonte de renda diante do trágico cenário que o Brasil se encontra atualmente, com altos índices de desemprego, inflação alta, além da alta precariedade das relações trabalhistas.

Todos sofrem, servidores e a população. No entanto, a única saída para resolver a gravidade desse quadro de incompetência administrativa do Governo Federal é a mobilização, a paralisação e quem sabe uma greve geral no funcionalismo público.

Essa é a fórmula para ganhar a atenção da mídia e denunciar o que está acontecendo e exigir mudanças, porque nem os servidores e nem a população merecem a falta de respeito, de dignidade e atenção dada por esse “desgoverno”.

Portanto, neste dia 18 de janeiro vamos mostrar a força do funcionalismo público e dizer que nestas condições o Brasil não pode continuar. É hora de mudar!

 


fundo cinza claro com os dizeres Diga Não a Reforma Administrativa e Dia Nacional da Greve Geral dos Servidores 18 de agosto.

Greve dos servidores será reforçada com atos de trabalhadores de outras categorias

O próximo passo da luta contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 32, da reforma Administrativa do governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL), na quarta-feira (18), está sendo organizado em todo o país e será marcado pela greve nacional dos servidores públicos municipais, estaduais e federais e por atos, mobilizações e paralisações das demais categorias profissionais, como bancários, químicos e metalúrgicos.

Além do não à PEC 32, os trabalhadores e trabalhadoras levarão às ruas e as redes bandeiras de luta por empregos, vacina, pelo auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia, contra o aumento da inflação, dos preços altos e contra as privatizações de estatais estratégicas para o desenvolvimento do Brasil.

As CUTs estaduais, junto com suas entidades filiadas – sindicatos, federações e confederações –, movimentos sociais e demais centrais sindicais já confirmaram atos em várias cidades do país. Veja relação abaixo.

O 18 de agosto é dia de mostrar que a dupla Bolsonaro/Guedes não tem nenhum apreço pela classe trabalhadora, muito menos pelos brasileiros mais pobres que serão os mais impactados pela reforma Administrativa, diz Carmen Foro, Secretária-Geral da CUT, se referindo ao presidente e ao ministro da Economia, Paulo Guedes.

“Não é possível que este governo continue atuando sem nenhuma preocupação com a vida dos brasileiros. Acabar com presença do Estado brasileiro na proteção à população é desprezar o cidadão que sempre necessita e recorre aos serviços públicos”, afirma a secretária.

A proposta do governo federal de retirada da estabilidade no serviço público servirá, na prática, para o aumento de casos de corrupção. Além disso, a reforma não inclui a ‘elite privilegiada do funcionalismo público’, como juízes, procuradores e promotores públicos, militares e parlamentares.

“Também não acaba com os supersalários. A maioria dois servidores ganha salários que não chegam a três mil reais. Esses é que serão prejudicados”, lembra Carmen.

Para ela, somente com ações nas ruas e nas redes sociais e em todos os espaços será lutar por direitos e serviços públicos de qualidade à população.

Confira onde tem atos marcados

Bahia

. Salvador - a partir das 10h com concentração no Campo Grande e caminhada até à Praça Castro Alves

. Vitória da Conquista, ato às 9h na Praça 9 de Novembro

Ceará

. Fortaleza, às 8h, na Praça da Imprensa.

. Antonina do Norte, ato de servidores públicos representados pelo Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Antonina do Norte, Saboeiro, Aiuaba e Arneiroz, na Rua Antônio Delfino. A luta inclui também pautas como a reposição salarial, aprovação do PL da Enfermagem e piso dos Agentes de Saúde e Endemias.

. Canindé, ato dos servidores públicos municipais, organizados pelo Sindsec, às 8h. na pauta também a luta contra práticas antissidicais por gestores do serviço público no município.

Distrito Federal

. Brasília - a partir das 10h, manifestação na Esplanada dos Ministérios em direção ao Anexo II da Câmara dos Deputados.

Espírito Santo

. Vitória, a partir da 8h30 na Praça Jucutuquara

Goiás

. Goiânia, a partir das 9h em frente a Assembleia Legislativa

Mato Grosso

. Cuiabá, às 8h, na praça do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em frente ao Pantanal Shopping

Minas Gerais

. Belo Horizonte, às 17h, na Praça Central

Pará

. Belém, a partir das 8h, no Mercado de São Brás. Também haverá assembleia com trabalhadores, ato público e manifestação e rua, a partir das 8h, no Mercado de São Brás e café da manhã dos servidores do MPPA, TJPA, DP-PA e ALEPA, com panfletagem e diálogo com a população do comércio belenense (das 08:00 às 10, 00h, na Praça Felipe Patroni)

Paraná

. Curitiba, às 18h, na Praça Santos Andrade.

. Maringá: ato ao lado do Terminal Maringá, às 16h30

Pernambuco

. Recife - concentração no Parque 13 de maio, às 15h e caminhada pela Rua do Hospício até os Correios no Centro.

Ato também às 15h em frente à Faculdade de direito do Recife. Haverá também Distribuição de cestas básicas (no horário da manhã)

Piauí

. Teresina, às 8h, na Praça da Liberdade.

Rio de Janeiro

. Rio de Janeiro - às 16h, com concentração na Candelária e caminhada até o Alerjão.

Também no Rio, o Sindicato Estadual dos profissionais da educação do Rio de Janeiro (SEPE/RJ), fará um ato na Praça Pio X, às 15h.

. Resende, ato às 17h no Mercado Popular

. Mendes, ato do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do RJ (Sepe/Mendes), contra a PEC 32 e “#ForaBolsonaro, na Praça das Bandeiras, às 11h.

. Nova Friburgo, ato contra a PEC 32 e #ForaBolsonaro, às 17h, na Rodoviária Urbana

. Niterói, ato às 9h, em frente ao CE Liceu Nilo Peçanha

Rio Grande do Norte

. Natal - a partir das 14h, em frente à agência do INSS, na Rua Apodi

. Mossoró, ato público às 8h, no bairro Aeroporto

Rio Grande do Sul

. Porto Alegre – às 15h, na Praça Central

. Santa Maria, manifestação às 14h, na Praça Central

Rondônia

. Porto Velho - às 8h, na esquina da Av. José Vieira Capúla com Av. Rio madeira.

Santa Catarina

. Florianópolis: ato às 16h, em frente à Catedral

. Joinville: ato às 18h30, na Praça da Bandeira

. Blumenau: ato/assembleia do Sintraseb e Sinte Regional, às 15h, na Praça da Prefeitura

. Criciúma: panfletagem, das 9h às 18h, na Praça Nereu Ramos, ações de pressão aos deputados federais na região e ato no final da tarde

. Jaraguá do Sul: das 9h às 17h acontecerá panfletagem no Terminal Urbano e um ato de encerramento no Museu da Paz, às 17h

. Chapecó: ato às 17h30, em frente à Catedral.

São Paulo

. São Paulo – Capital: 15h – Ato na Praça da República – Centro

. Bauru: 15h30 – Carreata com concentração na Praça da Paz

. Campinas: 17h30 – Ato no Largo do Rosário – Centro

. Carapicuíba: 10h – Calçadão de Carapicuíba

. Diadema: 10h – Ato na Praça da Matriz (Praça Pe. Agostinho Bertoli, s/nº - Centro)

. Jacareí: 10h15 – Ato na Praça Conde Frontim

. Limeira: 8h – Ato em frente à Prefeitura (Rua Prefeito Doutor Alberto Ferreira, 179 – Centro)

. Osasco: 14h – Em frente ao Osasco Plaza (Rua Ten. Avelar Píres de Azevedo, 81 - Centro)

. Praia Grande: às 10h, em frente à Câmara Municipal.

. Ribeirão Preto: 17h - Ato na Esplanada do Pedro II

. Santo André: 9h – Caminhada com concentração em frente ao SindSaúde ABC (Av. Pereira Barreto, 1.900, em Santo André), com caminhada até o Paço Municipal de SBC. Também às 10h – Ato no Paço Municipal de Santo André (Praça IV Centenário, s/nº)

. Santos: 10h – Ato na Praça Visconde de Mauá – Centro

. São Bernardo do Campo: 9h – Ato na Praça da Matriz – Centro

. São Carlos: 17h - Ato na Praça do Mercado Municipal (Praça Maria Aparecida Resitano)

. São José dos Campos: 8h – Ato no Paço Municipal (Rua José de Alencar, 123 – Centro)

Sergipe

. Aracaju, ato às 8h, em frente à Assembleia Legislativa do estado. Os professores e professoras da rede estadual e das 74 redes municipais filiadas ao SINTESE farão ato contra a reforma administrativa, por valorização do magistério e pela revogação do desconto de 14% nas aposentadorias e pensões dos servidores públicos estaduais. Ainda em Aracajú, ato da CUT e centrais sindicais às 15h na Praça General Valadão.

Categorias

Metalúrgicos

A Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM-CUT) já orientou seus sindicatos a realizar ações no dia 18.

Nas portas de fábricas serão realizadas assembleias para dialogar com os trabalhadores e atrasos de entrada nos turnos, de duas ou três horas, para denunciar os efeitos da reforma Administrativa para o Brasil.

O presidente da entidade, Paulo Cayres, explica que os metalúrgicos participarão do dia 18 também com panfletagens, nas redes sociais e nos atos de rua chamados pelas centrais.

“Vamos reforçar a nossa lógica de solidariedade entre os trabalhadores. A reforma é prejudicial a toda a sociedade. O dia 18, é o fortalecimento da classe trabalhadora. Somos uma classe só e estamos em luta”, ele diz.

Bancários

A participação no Dia Nacional de Luta foi aprovada nos encontros nacionais dos Bancos Públicos realizados no início do mês. O Comando definiu que federações e sindicatos da categoria realizarão mobilizações nas bases, com panfletagens em portas das agências, uso de carros de som, mobilização nas redes sociais e participarão dos atos unitários convocados pelas centrais sindicatos e movimentos populares em todo o país.

Químicos

Trabalhadores da categoria, representados Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Químicos (CNQ-CUT) orientou sindicatos de químicos de todo o país a se somarem às mobilizações em defesa dos servidores e do serviço público. Geralcino Teixeira, presidente da CNQ, reforça que sindicatos como o de Saão Paulo, do ABC e da Bahia já confirmaram a adesão à mobilização “A PEC 32 ataca os servidores, mas nós, trabalhadores do setor privado, também seremos afetados com a destruição dos serviços públicos. Por isso, nós somamos a essa luta“, diz o dirigente.