Créditos: Divulgação/Maria Dias - Secom/CUT SP

Movimento feministas defendem também direitos retirados desde o golpe.

 

No Dia Internacional de Luta das Mulheres, em 8 de março, movimentos de mulheres, CUT e sindicatos irão às ruas da capital paulista em defesa da democracia, da soberania e para dizer não à reforma da Previdência.

A concentração será às 16h, na Praça Oswaldo Cruz, no Paraíso. Às 18h, as mulheres sairão em marcha pela Avenida Paulista. A militância cutista estará no local a partir das 14h30.

A secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-SP, Márcia Viana, lembra que a situação das mulheres só piorou após o golpe. “Vamos intensificar nossa luta nas ruas e nos locais de trabalho em defesa de nossos direitos e da vida das mulheres. As políticas públicas estão sendo afetadas e, além disso, há cortes no orçamento para programas de combate à violência e autonomia das mulheres”, afirma.

O golpe não representou apenas a derrubada da presidenta eleita, Dilma Rousseff, mas uma ofensiva que atingiu instituições e direitos, lembra a secretária nacional da Mulher Trabalhadora da CUT, Junéia Batista.

“As mudanças produzem as primeiras vítimas do golpista Michel Temer. Com a reforma trabalhista, aprovada no ano passado, mulheres grávidas ou lactantes agora trabalham em locais insalubres. E se a reforma da Previdência for aprovada, as mulheres também serão as mais atingidas, principalmente as mulheres negras”, reforça a dirigente.

Junéia se refere à PEC 287, da reforma da Previdência, recentemente suspensa pelo governo após pressão popular e por falta de apoio – eram necessários 308 votos para aprovar a medida. Contudo, as mulheres alertam que a pauta pode retornar a qualquer momento para o Congresso.

Também no dia 8 de março, as mulheres defendem o direito de o ex-presidente Lula ser candidato nas eleições de 2018. “Há uma perseguição midiática e do Judiciário explícita que condenou Lula sem provas. Não querem que volte ao poder o presidente popular que promoveu distribuição de renda e ampliou políticas públicas no país para os mais diversos setores”, diz Márcia.

Feministas em luta

Outros atos ocorrerão no Dia Internacional de Luta das Mulheres pelo estado. Na cidade de São Carlos, haverá marcha em defesa da democracia, do transporte público, da saúde pública e da aposentadoria. A concentração será às 9h, na Praça São Benedito, na região central da cidade. Em Mogi das Cruzes, as mulheres realizarão um ato às 10h, na Praça da Marisa, no centro.

Os atos do dia 8 de março em SP compõem a Jornada de Luta das Mulheres em Defesa da Democracia e dos Direitos, que foi lançada no dia 24 de fevereiro, em São Bernardo do Campo e que percorrerá cidades do interior paulista até o dia 1º de maio.

 

 

Fonte:Vanessa Ramos/CUT São Paulo