A colocação das pedras na cidade, com o objetivo de evitar a permanência de pessoas em situação de rua, repete o que fez a prefeitura de São Paulo.
Um grupo de ativistas, inspirado pelo padre Julio Lancellotti em São Paulo, realizou um ato simbólico, que recebeu o nome de “Marretaço contra o higienismo”. O protesto contra a colocação de pedras embaixo do viaduto que fica na entrada da cidade de Santos, no litoral de São Paulo, ocorreu neste domingo (7).
A prefeitura local colocou pedras para evitar o acesso de pessoas em situação de rua.
O movimento de resistência à intervenção municipal foi formado por meio das redes sociais, por pessoas indignadas com a iniciativa do poder público. O grupo argumenta que a ação faz parte da luta pela cidadania e promete não parar até as pedras serem retiradas.
A Polícia Militar e Guarda Municipal foram chamadas e levaram cinco jovens para o Palácio da Justiça, no Centro da cidade, alegando que houve depredação de patrimônio público, o que não ocorreu.
No entanto, com a mobilização de grupos em defesa dos direitos humanos e advogados, todos foram liberados por volta das 13 horas, depois de assinarem um termo de declaração. Eles não foram autuados.
A prefeitura, sob o comando de Rogério Santos (PSDB), diz que as pedras servem para evitar a permanência e trânsito de pedestres, garantir a segurança do viaduto e coibir a parada proibida e estacionamento irregular de veículos.
Cópia
Em sintonia com o santista Bruno Covas (PSDB) na capital paulista, o gesto da administração municipal de Santos, de colocar pedras sob viaduto para evitar a permanência de pessoas em situação de rua no local, repete o que ocorreu em São Paulo.
No entanto, na capital paulista, a resistência do padre Julio Lancellotti, que tem um extenso trabalho junto à população em situação de rua, provocou a retirada das pedras.
Fonte: Lucas Vasques/Revista Fórum