Apesar da grave crise sanitária e econômica que o Brasil vem enfrentando, o setor bancário segue com programas de demissões, voluntárias ou não, no país, o que vai agravar ainda mais o número de desempregados, mesmo após obterem lucros bilionários.
*Por Imprensa SINSSP*
Apesar da grave crise sanitária e econômica que o Brasil vem enfrentando, o setor bancário segue com programas de demissões, voluntárias ou não, no país, o que vai agravar ainda mais o número de desempregados.
Só o Banco do Brasil informou na última segunda-feira (08) que 5.533 funcionários optaram pelo desligamento de suas funções através do programa de demissões voluntárias. De todas as adesões, 74% dos funcionários se desligaram do BB para se aposentar e 5% podem sair para se aposentar em até três anos. Além do plano de demissão voluntária, o banco deve desativar 112 agências, 7 escritórios e 242 postos de atendimento.
A medida será tomada mesmo após o BB registrar um lucro líquido de R$ 3,08 bilhões no terceiro trimestre do ano passado, número crescente mesmo durante a pandemia do novo coronavírus.
Essas demissões mostram o desmonte que o banco está enfrentando e faz parte dos vários projetos do plano de governo para acabar com o funcionalismo público no país. Fechar agências de atendimento além de agravar o desemprego no país vai prejudicar a população que terá menos unidades para ofertar o serviço.
Para a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários “é um absurdo que, em plena pandemia, um banco público, que apresenta lucro e fornece recurso para o Tesouro Nacional, queira reduzir 5 mil postos de trabalho e os salários de quem vai continuar trabalhando”.
A presidenta da Contraf ainda afirmou que “trata-se de um governo declaradamente contra os trabalhadores, que já cortou diversos direitos trabalhistas. Um governo que quer acabar com as empresas públicas e todo o funcionalismo. A população precisa ficar atenta, pois sem os serviços e os funcionários públicos ela contará apenas com o serviço privado, que busca exclusivamente o lucro e, na maioria das vezes, não presta um serviço adequado”. E ainda lembrou que “durante essa pandemia, foi a Caixa (Econômica Federal) quem atendeu a demanda pelo auxílio emergencial e foi o banco do Brasil quem concedeu crédito para que não houvesse um número ainda maior de empresas baixando as portas”, alertou.
Bradesco também demite mesmo registrando lucro na casa dos bilhões
Mesmo frente a pandemia da Covid-19 o Bradesco demitiu funcionários e o lucro de mais de R$12 bilhões, números registrados até o momento, não foram suficientes para o banco manter o emprego dos trabalhadores que precisam levar comida para casa e pagar as suas contas.
Segundo informações da COE (Comissão de Organização dos Empregados), o Bradesco demitiu mais de 1.800 funcionários só em 2020.
A busca sangrenta por mais lucros fez com que a instituição deixasse a fila de desempregados no Brasil ainda maior. Pandemia, falta de apoio do governo com incentivo através do auxílio emergencial e poucas vagas no mercado de trabalho levarão os novos desempregados ao desespero.
O Brasil desce ladeira abaixo a cada dia e enquanto esse governo estiver no poder o cenário deverá piorar cada vez mais. É preciso que a população acorde, tome consciência do que está acontecendo e do que ainda está por vir antes que seja tarde, muito tarde!
Fonte: Blog do Vicente, Congresso em Foco, Terra e Contraf