Confederação e seus Sindicatos, dentre eles o SINSSP, são contrários a reabertura das Agências neste momento da pandemia e cobram do Instituto e do governo responsabilidade com as vidas dos servidores e da população.
O tema reabertura das APSs – Agências da Previdência Social pautará novo encontro entre os dirigentes da CNTSS/CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social e de seus Sindicatos Federais, dentre eles o SINSSP, com o presidente do INSS – Instituto Nacional do Seguro Social, Leonardo Rolim, na quinta-feira, 10/09, por videoconferência. A iniciativa, que partiu dos trabalhadores, visa saber como está estabelecida esta discussão junto ao governo, uma vez que os trabalhadores já demonstraram inúmeras vezes que não aceitam o retorno ao trabalho presencial neste momento em que a pandemia do Covid-19 não está controlada e ainda não foi apresentada nenhuma ação sanitária eficaz capaz de proteger o trabalhador e o usuário do sistema.
Desde o início da pandemia no país, os dirigentes estão denunciando a falta de estrutura nas unidades de atendimento e cobrando que sejam preservadas as vidas dos servidores e dos beneficiários com a manutenção do trabalho não presencial. Abrir as Agências neste momento é uma atitude que colocaria em risco todos que teriam acesso a estes espaços. A Confederação apresenta sempre uma postura forte contra esta medida nas várias reuniões sobre este tema. A partir de uma iniciativa do Sindprev PE com apoio de um corpo técnico foi feito um estudo sobre o perigo deste retorno na atual conjuntura e apresentada uma série de medidas que precisariam ser tomadas para garantir uma estrutura adequada de segurança de trabalho e um protocolo extremamente rigoroso priorizando a saúde de todos.
Nos últimos encontros, Leonardo Rolim anunciou algumas iniciativas pensadas pelos técnicos do Instituto em parceria com o Ministério da Saúde para apresentação de um protocolo de retorno. Mas, mesmo assim, há gargalos e fragilidades questionados pelos representantes dos trabalhadores que demonstram lacunas preocupantes nestas propostas, que ainda deixam margem para colocar em situação de vulnerabilidade os trabalhadores e a população. Espaços das Agências com infraestrura adequada, equipamentos de proteção individual e coletiva de qualidade e em quantidade, política de testagem permanente dos trabalhadores, segurança e contratos de limpeza ampliados, entre tantas outras indicações, são questões que não podem ficar sem resposta, até porque o público alvo do atendimento e muitos dos servidores já apresentam muitas das características indicativas de grupo de risco.
Os sindicatos da Confederação têm levado aos trabalhadores de suas bases o resultado destas negociações e reafirmado o compromisso na defesa dos interesses dos servidores. Nestes processos todos de diálogo os servidores reafirmam a posição contrário ao retorno ao trabalho presencial neste momento em que não há nenhuma garantia de segurança e aumento da contaminação por todo país. A indicação dos dirigentes é que a categoria se mantenha unida e acompanhando passo a passo o que está sendo feito e discutido. Desta forma, com o fortalecimento desta unidade, será possível resistir e mostrar para o INSS e ao governo que o patrimônio mais importante do país está justamente nas vidas dos trabalhadores e da população.
Fonte:José Carlos Araújo/CNTSS/CUT com informações do SINSSP