Sindicalistas pretendem entregar assinaturas ao Congresso após as comemorações do 1° de Maio para mostrar que os brasileiros não querem a reforma de Bolsonaro.
A CUT e as centrais sindicais CTB, Força Sindical, Nova Central, CGTB, Intersindical e CSP-Conlutas se reuniram em São Paulo, nesta terça-feira (26), para fazer uma avaliação do Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência, realizado no dia 22, e discutir estratégias para barrar a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 06/2019 da reforma da Previdência.
Foi consenso entre as lideranças sindicais que a mobilização na última sexta, que levou milhares de pessoas às ruas de todo o país, foi “espetacular e acima das expectativas”, disse Sérgio Nobre, Secretário-Geral da CUT.
Segundo ele, os dirigentes avaliaram que a classe trabalhadora “entrou firme na luta em defesa da previdência”.
As centrais definiram como prioridade organizar o 1° de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, deste ano com a participação de todas as centrais sindicais em um único ato e com uma palavra de ordem que é consenso entre todos: não à reforma de Bolsonaro, que acaba com a possibilidade de aposentadoria para milhões de brasileiros, além de reduzir o valor dos benefícios de quem já é aposentado e de quem conseguir se aposentar.
Abaixo-assinado
Antes disso, como preparação para o 1° de Maio, na próxima terça-feira, 2 de abril, as centrais farão uma atividade na Praça Ramos, no centro de São Paulo, para coletar assinaturas contra a reforma.
O abaixo-assinado, segundo Sérgio Nobre, será ampliado para todo o Brasil: “nos 27 estados e no Distrito Federal, haverá coleta de assinaturas. Nós vamos entregar esse abaixo-assinado ao Congresso, logo após o Dia do Trabalhador, para mostrar aos deputados que o povo brasileiro não quer essa reforma”.
No dia 2, o DIEESE levará à praça o “Aposentômetro”, ferramenta elaborada para o trabalhador calcular quanto tempo falta para a sua aposentadoria pelas regras atuais e como ficará se a reforma for aprovada.
“Vamos dialogar com a sociedade sobre a reforma, mostrar para os trabalhadores os prejuízos dessa proposta do [ministro da Economia] Paulo Guedes e de Bolsonaro. Montaremos barracas, com computadores, inclusive, para simular como ficaria a aposentadoria se a reforma acontecer”, conta Sérgio Nobre.
Greve Geral
Ainda segundo Sérgio Nobre, também é unanimidade entre as centrais a possiblidade de uma greve geral, caso a reforma avance na Câmara.
“Na reunião foi referendada a necessidade de uma grande greve se Bolsonaro insistir em levar adiante essa ‘porcaria’ de reforma”.
Fonte:Andre Accarini