Na reunião do CGNAD, o SINSSP esteve presente pela CNTSS para discutir, mais uma vez, sobre os impactos financeiros que as metas absurdas impostas pelo INSS vão trazer para o servidor. Acompanhe na leitura abaixo.
Por Imprensa Sinssp
O SINSSP participou da reunião do CGNAD, ocorrida nesta terça-feira (22), em Brasília, representado pelo diretor Valdir Sabino, que também é suplente na CNTSS, para discutir com a comissão a questão da pontuação e gratificação da GDASS.
Ao dar início a reunião, o presidente da comissão, Hélder, justificou a demora da divulgação do índice medido em setembro que ocorreu por ter que expurgar as tarefas do BMOB e por causa do certificado de indisponibilidade de sistemas, novidade conquistada na reunião com a presidência do INSS em que o SINSSP esteve presente nas negociações, ocorrida no final do mês de setembro.
A CNTSS manteve a sua posição contrária a meta dos 90 pontos e a meta individual para compor a parte institucional da GDASS exigida pela Instituição, assim como o SINSSP também é contrário, justificando que é impossível o seu cumprimento, pois com tantos problemas estruturais e administrativos que o órgão apresenta o servidor nunca atingirá a meta imposta.
Por falar em sistema, a entidade abordou o tema sobre a nota do abatimento pela indisponibilidade dos sistemas argumentando a necessidade de ser majorada, pois está aquém de seu real impacto. Em resposta, a comissão informou que o Presidente do INSS juntamente com a Dataprev expediu o comunicado, mas que ainda não sabem quais sistemas serão apurados no certificado.
Se duas horas sem poder trabalhar por conta desse problema levantado já causa um grande prejuízo na produção do servidor, imagina quatro horas? A mensuração dos pontos deveria considerar 100% para os dias que o servidor não puder realizar o seu trabalho por conta desses problemas operacionais, face as modalidades de trabalho.
O programa que vai possibilitar o acompanhamento real da meta ainda não foi concluído. A CNTSS deixou claro que esse projeto é de extrema importância para o servidor, pois trata-se do acompanhamento do indicador da gratificação que compõe a maior parte da sua remuneração.
De acordo com argumentos e demandas encaminhadas por servidores da GEX Recife, o presidente da comissão informou que vai suprimir os servidores da contagem total da lotação das gerências.
A entidade solicitou a subtração dos servidores que não estão sob a subordinação das GEX”s, como por exemplo auditoria, corregedoria, APS de acordo internacional, dentre outras, já que as atividades não são demandas das gerências, mas de regionais, nacionais e até internacionais e a quantidade de servidores pesam apenas para algumas gerencias, em especial no ITC-GDASS.
Com relação as ADJ”s (Agências de Demandas Judiciais), também foi solicitado que as suas atividades deveriam compor a cesta prioritária do ITC-GDASS por serem demandas de primeira prioridade uma vez que se trata de ordem judicial. Porém, a representação do INSS informou que por motivos de sistemas neste momento não conseguem incluir os serviços da ADJ nos indicadores, mas vai estudar uma solução para suprimir estes servidores da contagem total da GEX para compor o ITC-GDASS.
Tarefas dos servidores do INSS
É sabido que as tarefas realizadas no dia-a-dia dos servidores do INSS não são computados de forma clara e objetiva nos relatórios individuais ou gerenciais e acabam enganando no resultado final, porque a pontuação do servidor não é a mesma considerada para a GDASS já que as exigências e subtarefas não são mensuradas para o ITC-GDASS, tais tarefas foram exigidas na reunião ocorrida em junho para serem incluídas, mas segundo os representantes, a sugestão não foi acatada pelo Presidente por não ser “tarefa concluída”.
No entanto, as tarefas são concluídas sim e uma vez que compõem a meta individual a qual foi incluída no indicador, embora sem o consentimento do servidor que faz a análise completa do requerimento para gerar exigências; as subtarefas para Perícia Médica Federal que não tem retorno….. tudo isso afeta sim a conclusão. Então, é justo dizer que não é tarefa concluída?
Por esse motivo, foi exigida a implantação imediata de um Comitê que irá discutir os fluxos e os pontos, mas de acordo com a comissão, estão aguardando a publicação por parte do Presidente do INSS.
Outro ponto que gerou grande discussão na reunião foi quando a entidade pediu para tirar da contagem os servidores em afastamento. A direção acredita que tirando estes servidores suas produções não devem ser consideradas. Ela vai apresentar simulações para serem discutidas quanto ao tempo de afastamento para não contar o servidor e ainda assim considerar seus pontos.
O SINSSP fez questão de deixar claro na reunião com a comissão do CGNAD que o indicador não reflete a realidade do INSS. Um índice que os servidores não têm como atingir, principalmente por sistemas indisponíveis e inoperantes, por ausência de fluxos, por falta de clareza nas normas, por falta de estrutura, e por aí vai.
A diretoria do INSS deixa transparecer que a imposição dos 90 pontos foi feita para se alinhar com a política produtivista do Instituto. Porém, ela se esqueceu que não há condições para o servidor cumprir as metas. A conclusão de tudo isso é que essa estratégia usada pela presidência do órgão trará prejuízos financeiros no próximo ciclo da GDASS.
O SINSSP vai ficar atento aos problemas administrativos do INSS para proteger a categoria e vai exigir que não tenha impactos financeiros para o servidor, uma vez que se trata de gratificação institucional e os servidores não podem ser penalizados por falhas da Instituição.
O sindicato está de olhos bem abertos e pronto para agir. A luta continua, a luta é contínua em tempos de desmonte da máquina pública e o INSS é o alvo principal.
Também participou da reunião do CGNAD como titular da CNTSS, Deivid Christian dos Santos.
Fonte:Sinssp