Créditos: Foto / EBC, com edição da Secom CUT-SP

Movimento critica violência nas gestões de João Doria e Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo.

 

O Dia Nacional de Luta da População em Situação de Rua, em 19 de agosto, será celebrado nesta quinta (17) e sexta-feira (18) em São Paulo. A atividade intitulada “Virada da População de Rua” lembra a chacina de moradores em situação de rua há 13 anos na Praça da Sé, região central da capital paulista.

Na ocasião, sete moradores de rua foram brutalmente assassinados enquanto dormiam. Investigações da época apontaram que os crimes foram cometidos com o intuito de silenciar os moradores, que sabiam do envolvimento de policiais com o tráfico de drogas na região central.

Coordenador por São Paulo do Movimento Nacional da População de Rua, Darcy da Silva Costa explica que a atividade em 2017 é para denunciar a impunidade, a violência e as mortes que estão acontecendo. “Estamos revivendo novamente o massacre e muito sangue está sendo derramado nas ruas. Os que matam estão impunes e não existem políticas efetivas para esta população. Doria e Alckmin representam opressores e os aparatos policiais são violentos. O slogan da Cidade Linda aqui do município de São Paulo é uma publicidade que está caindo por terra. Isso tudo não passa de uma enganação”, afirma.

Virada da População de Rua

Entre outras atividades, durante os dois dias haverá caminhada da Praça do Patriarca até o Marco em Respeito à População em Situação de Rua, na Praça da Sé, e ato ecumênico em memória às vítimas do massacre da Sé em 2004, com a participação do padre Júlio Lancellotti. No último dia, as entidades organizam audiência na Escola do Parlamento, na Câmara Municipal de São Paulo, sobre políticas públicas para a população em situação de rua.

Anualmente os movimentos realizam atividades para evidenciar o massacre da população de rua e cobrar políticas públicas específicas. Neste ano, a celebração organizada pelos movimentos nacional e estadual da população em situação de rua conta com parceiros como a Pastoral do Povo da Rua de São Paulo, CUT São Paulo e o Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região.

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Fonte: Vanessa Ramos e Bruno Pavan / CUT São Paulo