Brasileiros vão ocupar as ruas neste dia 11 em defesa da democracia e das eleições
O Brasil que trabalha vai às ruas nesta quinta-feira (11) para defender a democracia e para que sejam respeitadas as decisões das urnas nas eleições de outubro, portanto, contra as ameaças do presidente Jair Bolsonaro (PL) de não aceitar a derrota, caso perca as eleições. É o dia de mobilização nacional em defesa da democracia e por eleições livres que será realizado em quase todas as capitais. Veja abaixo lista de onde tem ato marcado e saiba como participar.
Na parte da manhã, em várias universidades do país, será lida a Carta aos Brasileiros e Brasileiras em Defesa do Estado de Direito – iniciativa da faculdade de Direito da USP com apoio de entidades como a CUT e demais centrais sindicais, que já tem mais de 840 mil assinaturas de juristas, políticos, empresários, e atletas e também de mais de 9 mil desempregados, quase 7 mil policiais, 4.262 motoristas e 897 porteiros. Engajados na defesa da democracia, artistas estão gravando vídeos e publicando nas redes sociais.
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Leitura da carta aos brasileiros
Em São Paulo, a leitura da carta será no Largo São Francisco. Por conta da alta procura e por questões de segurança, o evento será limitado a 1.200 pessoas. Mas, do lado de fora da faculdade serão instalados telões para que a população possa acompanhar o momento histórico.
No Rio de Janeiro, a carta deverá ser lida às 11h30 nas faculdades de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), simultaneamente ao ato em São Paulo.
Em Belo Horizonte, a carta será lida na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
No Recife, a carta deverá ser lida nas escadarias da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), palco de manifestações pela democracia durante o período do regime militar.
Confira aqui os outros locais que programaram a leitura da carta, segundo levantamento da Folha de S. Paulo. Atos pela democracia se espalham pelas 5 regiões do Brasil - 09/08/2022 - Poder - Folha (uol.com.br)
Atos de rua:
A parte da tarde será marcada por atos em defesa da democracia e das eleições em quase todas as capitais do país. Veja onde já tem ato marcado e participe:
Alagoas
Maceió – Praça do Centenário, 8h
Leitura da Carta na Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e na Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL), às 10h
Amazonas
Manaus – Praça da Saudade, às 15h
Bahia
Salvador – Praça do Campo Grande, às 9h
Lauro de Freitas - Viaduto 2 de Julho, às 9h
Porto Seguro - Praça do relógio, 18h
Jacobina - Cetep Jacobina, 7:30h
Irecê - Praça do Feijão, 9h
Juazeiro - Arco da Ponte, 17h
Feira de Santana - Em frente à Prefeitura, 9h - Leitura da Carta na UEFS, às 14h30
Vitória da Conquista - Praça 9 de Novembro, 16h
Ilhéus - Em frente a agência dos Correios, 10h
Itabuna - Praça Adami, 9:30h
Ceará
Fortaleza – Praça da Bandeira, às 9h; Gentilândia, às 16h; e Casa do Estudante, às 19h
Leitura da Carta na Concentração do ato na Praça da Bandeira, às 9h
Crato - Praça Siqueira Campos, 8:30h
Distrito Federal
Brasília - Às 15h, tem ato no Museu Nacional
Leitura da Carta às 10h na Faculdade de Direito da Univsersidade de Brasília (UnB)
Espírito Santo
Vitória – Praça Costa Pereira, 10h e Quadra da Escola de Samba Nvo Império, 18h
Leitura da Carta na escada do Teatro Universitário da UFES, às 16h
Goiás
Goiânia – Praça Universitária, às 17h
Leitura da Carta na UFG - Campus Goiânia às 17h30 e Campus Goiás às 20h
Formosa - Câmara Municipal, 19h
Cidade de Goiás - Mercado Municipal às 18h
Maranhão
São Luiz – Praça Deodoro, às 16h
Minas Gerais
Belo Horizonte – Praça Afonso Arinos, às 17h
Leitura da Carta na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), às 11h
Juiz de Fora - Praça da Estação, 17h
Mato Grosso
Cuiabá – Liceu Cuiabano, às 19h
Mato Grosso do Sul
Campo Grande – leitura da Carta no auditório do Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP), às 10h
Pará
Belém – Mercado São Braz, às 17h
Leitura da Carta na Universidade Federal do Pará (UFPA), às 14h
Santarém - Praça São Sebastião, às 17h
Paraíba
João Pessoa – Lyceu Paraibano, às 14h
Campina Grande - Praça da Bandeira, 15h
Paraná
Curitiba – Praça Santos Andrade, às 18h
Pernambuco
Recife – Rua da Aurora, às 15h
Leitura da Carta nas escadarias da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), às 11h
Piauí
Teresina – Praça Rio Branco, às 8h30
Altos - Escola Cazuza Barbosa, 7h30
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro – Candelária, às 16h
Leitura da Carta na faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), às 10h30; também na Universidade Federal do RJ (UFRJ) e na Unirio às 11h
Niterói - leitura da Carta na UFF, às 9h
Rio Grande do Norte
Natal – Midway Mall, às 14h30
Rio Grande do Sul
Porto Alegre – Concentração para caminhada no Colégio Júlio de Castilhos, às 8h. A manifestação segue até Palácio Piratini, onde será realizado o ato às 10h. De lá, seguem para a Faculdade de Direito da Universidade Federal do RS (UFRGS), às onde a Carta será lida, às 11h
Rondonia
Porto Velho – Leirura da Carta na UNIR Centro, às 17h (concentração às 16h30)
Roraima
Boa vista - Maloquinha do Insikiran, 16h30
Santa Catarina
Florianópolis – Leitura da Carta no Auditório da Reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), às 10h
Chapecó - leitura da Carta no saguão da Reitoria da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), às 10h
São Paulo
Capital
Às 11h, será lida a Carta às brasileiras e brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito, na faculdade de Direito da USP.
Às 9h e às 17h, atos de massa serão realizados em frente ao Masp, na Avenida Paulista.
Ato também no Sindicato dos Jornalistas, às 9h30
Botucatu - leitura da Carta na Biblioteca da Unesp, às 11h
Campinas - Unicamp, no Largo do Rosário, às 10h
Marília - Praça Saturnino de Brito, às 16h
Ribeirão Preto – Faculdade de Direito da USP, às 10h (Carta); e Esplanada do Teatro Pedro II, às 17h
Santos – Praça dos Andradas, às 10h
Sergipe
Aracaju- Praça Getúlio Vargas, Bairro São José, às 15h
Tocantins
Palmas – leitura da Carta às 19h, na Universidade Federal do Tocantins (UFT), às 19h
Como participar
Prepare seu cartaz, faixa, camiseta ou bandeira com a frase "Bolsonaro Sai, Democracia Fica".
Durante o ato, faça fotos e vídeos e compartilhe em suas redes sociais, mas não se esqueça que é muito importante usar a frase "Bolsonaro Sai, Democracia Fica", é ela que mostrará nossa força nas redes.
Mobilização em defesa de eleições livres tomará as ruas de todo o país no dia 11
A mobilização nacional em defesa da democracia, do sistema eleitoral brasileiro e por eleições livres marcada para o dia 11 de agosto está sendo organizada em todo o país e em várias cidades já tem atos confirmados. Outros locais serão divulgados ao longo dos próximos dias, à medida em que forem definidos pelos organizadores.
A CUT, demais centrais, movimentos sociais e partidos políticos já marcaram atos em várias capitais brasileiras. Veja abaixo.
É a sociedade se unindo para conter à escalada golpista do presidente Jair Bolsonaro (PL), que ataca sistema eleitoral brasileiro, ministros das cortes superiores e coloca em dúvida a segurança das urnas eletrônicas.
Os ataques de Bolsonaro ficam mais virulentos a cada pesquisa de intenções de voto divulgada. Ele está empacado em segundo lugar, bem distante do ex-presidente Lula (PT), o primeiro colocado, e já disse que não vai aceitar o resultado das eleições.
Confira onde já tem ato marcado:
Em São Paulo
Às 11h, será lida a Carta às brasileiras e brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito, na faculdade de Direito da USP.
Leia mais: Carta aos brasileiros em defesa da democracia já tem mais de 770 mil adesões
Também em São Paulo, às 9h e às 17h, atos de massa serão realizados em frente ao Masp, na Avenida Paulista.
No Distrito Federal – às 15h, tem ato no Congresso Nacional.
Amazonas
Manaus – Praça da Saudade, às 15h
Bahia
Salvador – Praça do Campo Grande, às 9h
Ceará
Fortaleza – Praça da Bandeira, às 9h; Getntilândia, às 16h; e Casa do Estdante, às 19h
Goiás
Goiânia – Praça Universitária, às 17h
Maranhão
São Luiz – Praça Deodoro, às 16h
Mato Grosso do Sul
Campo Grande – Câmara Municipal, às 10h
Minas Gerais
Belo Horizonte – Praça Afonso Arinos, às 17h
Paraíba
João Pessoa – Lyceu Paraibano, às 14h
Paraná
Curitiba – Praça Santos Andrade, às 15h30
Pernambuco
Recife – Rua da Aurora, às 15h
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro – Candelário, às 16h
Rio Grande do Norte
Natal – Midway Mall, às 14h30
Santa Catarina
Florianópolis - Auditório da Reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), às 10h
Data histórica
O dia 11 de agosto será uma data emblemática na história do país. A “Mobilização nacional em defesa da democracia e por eleições livres”, organizada pela CUT, centrais sindicais, movimentos populares, partidos políticos, estudantes e outras entidades da sociedade civil será a resposta da sociedade à escalada golpista do o presidente Jair Bolsonaro (PL), que de acordo todas as pesquisas de intenção de voto apontam sua derrota nas eleições 2022, inclusive com possiblidade de real de acontecer já no primeiro turno.
“O dia 11 de agosto está sendo pensando como um grande dia em que a sociedade marcará sua posição definitiva contra qualquer tipo de golpe neste país. A grande maioria da população confia no nosso sistema eleitoral e sabe que é principal instrumento para a nossa democracia”, afirma o secretário-adjunto de Políticas Sociais da CUT, Milton Rezende, o Miltinho, citando a mais recente pesquisa Datafolha que mostra que 79% dos brasileiros “confiam muito” nas urnas eletrônicas.
Ele destaca ainda a importância da data por não somente sem um dia em que novamente as manifestações de rua darão o tom da luta pela defesa da democracia, mas também pelos dois manifestos que simbolizarão a contrariedade dos mais diversos setores da sociedade aos ataques ao sistema eleitoral, as urnas eletrônicas.
“O manifesto da USP é histórico. Tem apoio de toda a sociedade, dos trabalhadores aos banqueiros e será lido neste dia. A CUT estará lá, participando deste ato. E além dele, o manifesto que foi feito pela Fiesp [Federação das Indústrias do Estado de SP] que mostra a preocupação também do setor empresarial com o futuro do país”, diz Miltinho.
Em princípio, na data, 11 de agosto, seria realizada uma manifestação da classe estudantil, mas a gravidade do momento, de ataques constantes e severos às instituições democráticas e ao sistema eleitoral brasileiro, requer a união de toda a sociedade.
No mais recente episódio, nesta terça-feira (2), Bolsonaro fez acusações ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, chamando-o de criminoso, e o acusando de ter feito articulações para que a proposta do voto impresso não fosse passasse na Câmara dos Deputados. No mesmo dia também desferiu ataques os ministros da corte máxima, Alexandre de Morais e Luiz Fux e convocou atos antidemocráticos para o dia 7 de setembro. No ano passado, o Dia da Independência foi usado por Bolsonaro para ameaças golpistas à democracia brasileira.
A mobilização em defesa de democracia será permanente. Além dos dias 11 e 13 de agosto, no dia 7 de Setembro movimentos sociais voltam às ruas no tradicional Grito dos Excluídos. Três dias depois, o dia 10, CUT, centrais, movimentos populares e partidos políticos além de outras entidades da sociedade civil estarão nas ruas novamente em defesa da democracia, de eleições livres e contra a violência política.
Ainda nesta jornada pela democracia, o dia 13 de agosto as mulheres da CUT, centrais sindicais e movimentos sociais, vão às ruas de todo o país para, além de reforças a defesa de eleições livres, lutar contra a fome, a miséria, a reforma Trabalhista e contra a violência contra a mulher. Elas vão denunciar os desmontes promovidos nos últimos anos que impactaram de forma mais profunda o segmento.
Por 23 a 11, parecer do voto impresso é derrotado na Câmara
O substitutivo à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 135, do voto impresso, foi derrotado por 23 votos a 11. Foi uma derrota do governo no debate que levou a constantes ataques presidenciais à Justiça Eleitoral. Realizada na noite desta quinta-feira (5), a sessão da comissão especial da Câmara durou menos de uma hora. Mas o tema ainda deve ir a plenário, com novo parecer. O encarregado de elaborar novo texto, pela rejeição, é o deputado Júnior Mano (PL-CE).
O parecer apresentado ontem pelo agora ex-relator, Filipe Barros (PSL-PR), provocou ainda mais críticas, em especial pela regra de apuração manual dos votos. “Na nossa opinião, o sistema de voto eletrônico tem mecanismos vários de aferição em que o voto do cidadão é respeitado”, disse o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), logo depois da votação no colegiado. “Em 25 anos, ainda não veio a público nenhuma fraude documentada. (…) Que o presidente da República aprenda que as instituições querem a democracia.”
Fabio Trad (PSD-MS), por exemplo, disse que seria o “primeiro a votar” a favor da PEC caso o presidente da República tivesse apresentado alguma prova de fraude. Já Aliel Machado (PSB-MG), presidente da Comissão da Ciência e Tecnologia (CCT), desistiu de votar a favor. Ele afirmou que o que estava sendo votado “não são vídeos do WhatsApp e de redes sociais”. E criticou a proposta do relator de impor a apuração manual dos votos, em vez da sugestão anterior, de ter uma porcentagem de votos impressos para possível auditoria. “Está se alterando o sistema de votação, para que a apuração volte a ser no papel. Isso aqui é o caminho para a fraude. Isso é retrocesso.”
Fake news e delírios
Para Orlando Silva (PCdoB-SP), havia um “falso debate” na questão da PEC do voto impresso. Causado, segundo ele, “por fake news, insinuações e delírios de Bolsonaro”. Tanto seu partido como o Psol, além de orientar o voto contrário, pediram o arquivamento.
Pelo governo, Sanderson (PSL-RS) afirmou que o projeto “atende aos anseios nacionais”, enquanto Vitor Hugo (PSL-GO) disse que o presidente da República “apresentou provas” de fraudes. Já pela oposição, Alessandro Molon (PSB-RJ) afirmou que o objetivo da PEC não era de realizar um debate efetivo, “é impedir que as eleições ocorram em bases seguras, é gerar desconfiança”.