Episódio #135 do MEGAFONE - Deficiência auditiva: 5% dos brasileiros apresentam algum grau da deficiência

No episódio de hoje, o MEGAFONE fala sobre a deficiência auditiva, pois mais de 10 milhões de brasileiros apresentam algum grau da deficiência. Esses pacientes têm proteção e tratamento e são resguardados pela lei, mas muitos não sabem e desconhecem os seus direitos.

Para falar sobre o assunto, a professora associada na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP de Ribeirão Preto, Luciana Morillas, e o especialista Ricardo Bento, do Departamento de Otorrinolaringologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Fique sintonizado com a gente!

Para ouvir no Spotify clique abaixo:

Descrição do Episódio #135 para pessoas com deficiência auditiva:

Dia 21 de setembro foi comemorado no Brasil o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência. Essa data foi oficializada em 2005 pela Lei nº 11.133, entretanto já era comemorada desde o ano de 1982.

O dia 21 de setembro foi escolhido porque está próximo do início da primavera, estação conhecida como o aparecimento das flores. Esse fenômeno representaria o nascimento e a renovação da luta das pessoas com deficiência.

Quando se fala em deficiência é comum as pessoas ligarem o assunto à deficiência física, mas existem outros tipos como a visual, auditiva, mental e a deficiência múltipla, que é composta por duas ou mais deficiências simultâneas.

O MEGAFONE está abordando esse assunto no episódio de hoje para chamar a atenção sobre a deficiência auditiva.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, cerca de 5% dos brasileiros apresentam alguma deficiência auditiva e 2,7 milhões têm surdez profunda e não escutam nada.

A pessoa com deficiência tem garantia e proteção da lei, o Estatuto do Deficiente tem entre os seus artigos um que garante que “toda pessoa com deficiência tem direito a igualdade de oportunidade com as demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação”.

Embora haja essa proteção legal, na prática muitos deficientes auditivos enfrentam dificuldades no mercado de trabalho.

A professora associada na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP de Ribeirão Preto, Luciana Morillas, comenta sobre o assunto.

Áudio professora Luciana –

A situação da deficiência auditiva é ainda mais desafiadora por se tratar de uma deficiência invisível. A pesquisa que a gente realizou para o Conselho Nacional de Justiça sobre a aplicação da lei brasileira de inclusão no judiciário deixou claro que um dos problemas é a invisibilidade de algumas deficiências. Sempre que se fala na pessoa com deficiência, nos vem a mente o deficiente físico, afinal o símbolo nos estacionamentos, por exemplo, é de um cadeirante. Porém, as vagas são destinadas a todos os deficientes.

Numa entrevista uma pessoa com deficiência me contou que ficou indignada porque um grupo de pessoas aparentemente normal estava usando uma vaga de deficientes. Depois ela percebeu que se tratava de um grupo de pessoas surdas, ainda assim ela disse achar injusto que eles façam uso das vagas.

É importante tomarmos consciência de que as deficiências são um conjunto muito diverso de condições e cada um deles devem ter os seus direitos respeitados.

Vinheta: Você está ouvindo o MEGAFONE! 

Segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde, até 2050 cerca de 1 bilhão de pessoas, no mundo todo, terá deficiência auditiva.

O especialista Ricardo Bento, do Departamento de Otorrinolaringologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, explica os vários fatores que podem levar à perda auditiva.

Áudio Ricardo Bento –

Desde o problema congênito, crianças que nascem com perda total de audição até durante a vida a gente vai adquirindo doenças: são viroses, outras doenças infecciosas do ouvido e também doenças autoimunes, hoje em dia muito comuns e, no final da vida da gente, a gente tem a surdez do idoso, a chamada presbiacusia, depois de 60 anos de idade, aproximadamente, as pessoas vão tendo uma perda que é natural da idade. E também os ruídos ambientais um fator que causa bastante perda de audição hoje no mundo.

Eles não percebem, que estão ouvindo menos, são as outras pessoas que estão em volta dele que comentam, ou se não na hora que está assistindo a televisão ou no trabalho. A perda auditiva impacta bastante na vida da pessoa, principalmente aquela perda severa e profunda porque fica isolada, não consegue produzir no trabalho, tem várias coisas que impacta a vida da pessoa e ai a gente deve prevenir justamente procurando o profissional médico.

O especialista orienta sobre os direitos garantidos ao paciente para o tratamento auditivo e comenta sobre os prejuízos tanto para o paciente quanto para a economia nacional.

Áudio Ricardo Bento –

O poder público ele pode ajudar muito nesta questão da orientação das pessoas, quanto aos problemas dos riscos da surdez e no Brasil tem uma legislação bastante avançada nessa área, porque todo o brasileiro tem direito ao aparelho de audição gratuitamente através do SUS e também a algumas cirurgias complexas, como implantes cocleares.

A economia é afetada pelo problema, uma pessoa que as vezes não consegue ter o rendimento no trabalho acaba se aposentando por invalidez, então os recursos públicos são utilizados para isso, são muitos. Nos Estados Unidos, eles estimam que os problemas de comunicação causados pela surdez tenham a um custo anual de aproximadamente US$ 4 bilhões.

Vinheta: Você está ouvindo o MEGAFONE! 

Acabamos de ouvir mais um episódio do MEGAFONE que tratou sobre a deficiência auditiva. Falou sobre o assunto, a professora associada na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP de Ribeirão Preto, Luciana Morillas, e o especialista Ricardo Bento, do Departamento de Otorrinolaringologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, ambos para o Jornal da USP no Ar, uma parceria da Rádio USP com a Escola Politécnica e o Instituto de Estudos Avançados.

E termina aqui o MEGAFONE, “o canal de PodCast do SINSSP”, desta sexta-feira, 29 de setembro de 2023.

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