Nova direção da CUT-SP é eleita no 16º CECUT

Os delegados e as delegadas do 16º Congresso da CUT São Paulo (CECUT) elegeram, por unanimidade, neste domingo (27) a direção que irá comandar a Central estadual pelo período de 2023 a 2027. Serão 36 diretores, dos quais 18 compõem a diretoria executiva e 18 integram a direção plena.

A eleição foi de chapa única, com respeito à paridade entre homens e mulheres, e terá o químico Raimundo Suzart como presidente, e a bancária Ivone Silva, como vice-presidenta. O metalúrgico Daniel Calazans seguirá como secretário-geral e o professor Douglas Izzo assume a secretaria de Administração e Finanças (confira abaixo a lista da direção eleita).

Participaram do processo de escolha mais de 700 sindicalistas representando as diversas categorias de trabalhadores e trabalhadoras que formam a base da CUT no estado de São Paulo. Esses delegados e delegadas estiveram reunidos desde sexta (25) na Praia Grande, no litoral paulista, também para tratar sobre a organização sindical, aprofundar as discussões sobre a conjuntura política e definir o plano de lutas da entidade.

Do final de maio ao início de julho, trabalhadores e trabalhadoras realizaram assembleias em todo estado de São Paulo, onde discutiram e elaboraram propostas de interesse de cada categoria, dos ramos e da região em que os sindicatos atuam.

Sob o slogan “Luta, Direitos e Democracia que transformam Vidas”, o CECUT contou com a presença de lideranças políticas e dos movimentos sociais, e escolheu os delegados que irão ao 14º CONCUT, o Congresso Nacional da CUT, previsto para outubro.

Confira como será a nova composição da direção da CUT-SP:

16ª EXECUTIVA 2023/2027

Presidente: Raimundo Suzart (Químico)

Vice-presidenta: Ivone Maria da Silva (Financeiro)

Secretário-Geral: Daniel Bispo Calazans (Metalúrgico)

Secretário de Administração e Finanças: Douglas Martins Izzo (Educação)

Secretário de Comunicação: Belmiro Aparecido Moreira (Financeiro)

Secretária de Combate ao Racismo: Rosana Aparecida da Silva (Educação)

Secretária de Formação: Telma Aparecida Andrade Victor (Educação)

Secretária da Juventude: Joice Jaqueline Lopes dos Santos (Transportes)

Secretário de Saúde do Trabalhador: Valdeci Henrique da Silva -Verdinho (Metalúrgico)

Secretária da Mulher Trabalhadora: Márcia Regina Gonçalves Viana (Vestuário)

Secretário de Políticas Sociais: Edson Bertoldo da Silva (Comércio e Serviços)

Secretário de Relações do Trabalho: Edna de Almeida Santos (Construção Civil)

Secretária de Meio Ambiente: Solange Cristina Ribeiro (Municipais)

Secretário de Organização e Política Sindical: Hélcio Aparecido Marcelino (Saúde e Seguridade Social)

Secretária de Assuntos Jurídicos: Vívia Alves Martins (Municipais)

Secretário de Mobilização: Osvaldo Bezerra - Pipoka (Químico)

Secretário de Cultura: Carlos Eduardo Fábio - Índio (Urbanitário)

Direção Executiva: Luana Moraes Vieira - Luana Bife (Municipais)

Direção Plena

Almir Rogério da Silva – Mizito (Saúde e Seguridade Social)

André Pereira Rodrigues (Químico)

Antonio Ribeiro Pinto Netto (Financeiro)

Ari Algaba de Godoi Júnior (Financeiro)

Djalma Maria Prado (Municipais)

Edinaldo Henrique Ferreira (Metalúrgico)

Francisco França da Silva (Transportes)

Inês Granada Pedro (Administração Pública Federal)

João Batista Nazareth Júnior (Educação)

Kátia Aparecida dos Santos Araújo (Saúde e Seguridade Social)

Kelly Benedita Domingos (Comércio e Serviços)

Luciana de Freitas Telles Peres (Municipais)

Márcio de Paula Cruz – Bob (Químico)

Maria do Amparo Travasso Ramos (Metalúrgico)

Nilcéa Fleury Victorino (Educação)

Patrícia Santos Plens (Educação)

Ritchie Soares Barbosa Martins (Municipais)

Rosana Gazzola Favaro (Urbanitários)

 


16º CECUT São Paulo reunirá 750 participantes na Praia Grande

O 16º Congresso Estadual da CUT São Paulo (CECUT) ocorrerá entre os dias 25 e 27 de agosto, na Colônia de Férias dos Vendedores Viajantes de São Paulo, localizada na Avenida dos Sindicatos, nº 1083, no bairro Nova Mirim, na Praia Grande, no litoral paulista.

Estão inscritos 660 delegados e delegadas, dos diversos ramos cutistas. Serão ao todo 750 participantes, entre inscritos, observadores e convidados.

Com o slogan “Luta, Direitos e Democracia que transformam Vidas”, o congresso será uma oportunidade de tratar sobre a organização sindical, aprofundar as discussões sobre a conjuntura política, eleger a nova direção estadual e definir o plano de lutas e as estratégias para o período de 2023 a 2027.

Do final de maio ao início de julho, trabalhadores e trabalhadoras realizaram assembleias em todo estado de São Paulo, onde discutiram e elaboraram propostas de interesse de cada categoria, dos ramos e da região em que os sindicatos atuam.

As inúmeras contribuições permitiram a construção do caderno de textos, organizado a partir das bases. Nele, estão as estratégias, o plano de lutas e as contribuições, que serão discutidos ponto a ponto e, posteriormente, votados pelos delegados e delegadas no plenário do Congresso Estadual.

“Nosso congresso ocorre após um período de intensas lutas, que vão da resistência ao golpe contra a presidenta Dilma até a defesa da nossa democracia e da liberdade do presidente Lula. Estivemos à frente da mobilização e da organização de duas greves gerais contra as reformas Trabalhista e da Previdência e promovemos inúmeros atos públicos, carreatas, sem contar o enfrentamento à maior crise sanitária do século, com protestos em defesa da vacina e das vidas”, afirma o presidente da CUT-SP, Douglas Izzo.

40 anos da CUT

O 16º CECUT antecede o 14º Congresso Nacional da CUT (CONCUT), que traz como tema “Luta, direitos e democracia que transformam vidas”. O evento nacional ocorrerá de 19 a 22 de outubro e se destaca em 2023 por ser o ano em que a CUT Nacional celebra seus 40 anos de existência e de luta por um Brasil com democracia, direitos sociais e trabalhistas.

Secretário-geral da CUT-SP, Daniel Calazans, destaca a importância da realização do congresso após o desmonte dos direitos trabalhistas e o ataque à democracia promovidos pelo governo anterior de Jair Bolsonaro (PL).

“Estamos ainda resistindo às sequelas de um governo fascista, descompromissado com a soberania nacional, com o desenvolvimento econômico e a inclusão social. O povo brasileiro viveu um verdadeiro genocídio durante a pandemia, com mais de 700 mil mortes, uma tragédia que jamais será esquecida. A imagem do povo Yanomami, por exemplo, mostrou a face nefasta do que é a extrema direita e quais são seus propósitos. Nosso desafio agora é a reconstrução do nosso país”, conclui.

 


16ª Plenária Estatutária da CUT-SP será dias 27 e 28; confira a programação

Nos dias 27 e 28 de agosto, delegados e delegadas sindicais se reúnem em videoconferência para a 16ª Plenária Estatutária da CUT-SP ‘João Felício’. O objetivo da atividade é discutir a conjuntura política e atualizar as estratégias de luta para o próximo período.

A plenária estadual integra a programação da 16ª Plenária Nacional, que ocorrerá nos dias 21 a 24 de outubro, e leva o nome do sindicalista João Felício, que foi ex-presidente da CUT, do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e da Confederação Sindical Internacional (CSI), morto em 19 de março de 2020.

As assembleias dos sindicatos, eletivas às plenárias estaduais, ocorreram entre junho e julho deste ano. Já as plenárias estaduais e reuniões de ramos, eletivas para a plenária nacional, iniciaram em julho e seguem até a primeira quinzena de setembro.

“Em nossa plenária, teremos o desafio de avaliar e discutir as ações dos sindicatos e dos ramos filiados à CUT São Paulo e também de atualizarmos o projeto político CUTista para enfrentarmos os desafios do próximo período que promete ser de muita luta para combater as políticas neoliberais dos governos Bolsonaro e Doria”, afirma o presidente da CUT-SP, Douglas Izzo.

O golpe e a resistência

Ao trazer como tema "Unidos e organizados, somos mais fortes. SP por trabalho, saúde, direito, democracia e vidas preservadas!”, a plenária pretende se debruçar sobre os ataques contra a classe trabalhadora desde o golpe parlamentar, de 2016, que tirou do poder a então presidenta eleita Dilma Rousseff (PT).

Um dos próprios articuladores do chamado ‘impeachment’, Michel Temer (MDB), chamou de “golpe” essa articulação, durante uma entrevista no programa Roda Viva, em 2019.

Posteriormente à saída da presidenta Dilma, o Brasil passou por disputas políticas e ataques nos campos midiático e do Judiciário que levaram à prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2018, impedido de disputar as eleições.

Solto no final de 2019, após 580 dias preso na sede da Superintendência da Polícia Federal do Paraná, em Curitiba, inúmeras decisões contra ele já foram anuladas. Como prova da armação realizada por diferentes setores, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou, em junho, a decisão de que houve suspeição, ou seja, parcialidade, do ex-juiz Sergio Moro em sua acusação contra Lula.

“A classe trabalhadora tem sofrido inúmeros ataques em todo Brasil desde o golpe. Com Bolsonaro na presidência da República, isso piorou ainda mais. São ataques constantes à democracia e instituições, aos direitos sociais e trabalhistas, com projetos neoliberais que reduzem o papel do Estado", avalia o secretário de Comunicação da CUT-SP, Belmiro Moreira.

"Pior de tudo, com um governo que optou por uma estratégia política de propagação do novo coronavírus durante a pandemia de covid-19, o que levou milhares de pessoas à morte. Temos muitas lutas a serem feitas no próximo período, inclusive descontruindo ideologias e fake news que são características desse governo genocida”, completa o dirigente.

Para o presidente da CUT-SP, Douglas Izzo, o movimento sindical tem como papel a construção de alternativas diante do cenário atual. Ainda, destaca, as medidas aplicadas pelo governo Bolsonaro em nada se diferem do governo paulista de João Doria (PSDB).

“Vivenciamos uma situação desastrosa com o desemprego, a volta da inflação e da fome, o aumento dos preços do gás de cozinha, dos combustíveis e dos alimentos. Tudo isso aliado a uma política nefasta dos governos federal e estadual que avançam com as privatizações, aprofundam o desmonte dos serviços públicos e as precarizações do trabalho com a retirada de direitos das trabalhadoras e dos trabalhadores tanto do setor público como do setor privado”, pontua.

Veja abaixo a programação completa da 16ª Plenária Estatutária da CUT-SP ‘João Felício’

27 de agosto de 2021

12h: Início do credenciamento dos delegados e delegadas efetivos

1ª Mesa

17h:  Apresentação da votação e aprovação do Regimento Interno e apresentação de recursos ao plenário

2ª Mesa

18h: Abertura solene e conjuntura, com a participação do professor Fernando Haddad

28 de agosto de 2021

8h: Credenciamento dos delegados e delegadas efetivos e suplentes

3ª Mesa

9h: Homenagem ao professor João Antônio Felício e aos dirigentes e militantes vítimas da covid-19

4ª Mesa

9h30:  Vídeo de balanço da direção da CUT-SP

5ª Mesa

10h30: Conjuntura nacional e estadual

11h30: Projeto organizativo da CUT – quem e como representar

13h às 14h: Almoço

14h: Apresentação e apreciação das emendas

6ª Mesa

15h: Plano de Lutas – apresentação de emendas

16h30: Moções

7ª Mesa

17h: Recomposição da direção e eleição de delegados e delegadas à 16ª Plenária Estatutária da CUT Nacional

18h: Encerramento.