Pessoas com bandeiras manifestando pelo Fora Bolsonaro.

Mais de 600 mil pessoas foram às ruas no sábado (24) para exigir Fora Bolsonaro

Cerca de 600 mil pessoas foram às ruas nas 26 capitais, no Distrito Federal e em centenas de cidades do Brasil e do exterior no quarto dia nacional de mobilização Fora Bolsonaro, realizado no sábado (24).

No Minuto a Minuto da CUT é possível ver informações e imagens de centenas de atos realizados em todo o mundo e no Mapa dos Atos a lista de cidades onde o povo foi às ruas.

O presidente Nacional da CUT, Sérgio Nobre, disse na Avenida Paulista, em São Paulo, onde milhares de pessoas foram pedir o impeacment de Jair Bolsonaro (ex-PSL) que os protestos continuarão até que Bolsonaro caia.

Além do impeachment do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL) por crimes contra a democracia e contra a vida, a pauta dos 509 atos realizados também abordou em faixas, cartazes e discursos temas como as denúncias de pedido de propina nas negociações para compra de vacinas, que atrasaram a entrada do imunizante no Brasil, contribuindo com a morte de milhões de brasileiros. A pauta teve ainda pedido de pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia, foi contra a reforma Administrativa e as privatizações.

Em várias capitais, os manifestantes homenagearam os quase 550 mil mortos em decorrência da Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, e várias pessoas levaram cartazes lamentando a morte de parentes e côngujes que não tiveram tempo de esperar a vacina ou afirmando que o tratamento precoce com remédios ineficazes recomentado por Bolsonaro matou um parente, como no cartaz desta esposa que vive um luto doloroso, sem despedida, sem velório, como os parentes dos 550 mil mortos em decorrência da Covid-19 no país.

As lideranças da Campanha Nacional Fora Bolsonaro, formada pelas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, centrais sindicais como a CUT, movimentos sociais como o MST e partidos políticos avaliam que os atos de sábado ganharam capilaridade em relação aos atos anteriores.

Em 29 de maio, foram realizados atos em ao menos 227 cidades do Brasil e 14 do exterior, com cerca de 420 mil pessoas. No segundo protesto, em 19 de junho, foram 427 atos em 366 cidades do Brasil e em 42 cidades do exterior em 17 países, com um público total de 750 mil pessoas.

Já no ato do 3 de julho, antecipado por causa das denúncias de corrupção feitas na CPI da Covid do Senado, 800 mil pessoas foram às ruas em 352 atos em 312 cidades do Brasil, em todos os estados e no Distrito Federal, e 35 no exterior em 16 países.


Pessoas segurando cartazes pedindo o fora Bolsonaro

Em ‘esquenta’ para o #24J, movimentos sociais voltam às ruas nesta terça

Com objetivo de manter as ruas ocupadas e aumentar a pressão sobre o governo federal, diversos movimentos sociais convocaram protestos para esta terça-feira (13) contra o governo Bolsonaro. As manifestações nas principais capitais (confira mais abaixo quadro de atividades confirmadas) fazem a defesa do controle público dos Correios. Assim, vários atos como em Brasília, às 10h, se concentram diante de unidades da empresa. As manifestações criticam ainda a “reforma” administrativa prevista na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32. E se apresentam como uma quarta jornada nacional pelo “Fora Bolsonaro”, uma espécie de “esquenta” para o próximo 24 de julho, o #24J.

Movimentos populares, organizações antifascistas e movimentos do povo negro, feministas, LGBTQIA+, estudantes e sindicatos participam da convocação. Quem mantêm também as bandeiras levantadas nas manifestações de 29 de maio, 19 de junho e 3 de julho, como mais agilidade na vacinação contra a covid-19, auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia e respeito aos direitos dos povos indígenas.

Pesquisa Datafolha, divulgada neste sábado (10), mostrou que, pela primeira vez desde abril de 2020, a maioria da população se diz a favor da abertura do processo de impeachment de Bolsonaro. De acordo com o instituto, entre 2.074 entrevistados, ao menos 54% disseram ser a favor da ação, ante 42% que responderam ser contrários. Ao todo, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), tem 125 pedidos de destituição do presidente parados na Mesa Diretora da Casa.

#LiberdadeParaMatheus

Na pauta de reivindicações, os movimentos populares também pedem a liberdade de Matheus Machado Xavier, de 25 anos, preso há uma semana desde a manifestação de 3 de julho, em São Paulo. O jovem foi acusado de ter furtado o capacete de um segurança privado da concessionária da ViaQuatro, linha 4-Amarela do Metrô, durante um confronto entre seguranças e manifestantes na noite do protesto, na estação Higienópolis-Mackenzie. De acordo com informações da Ponte Jornalismo, em depoimento, Matheus, que trabalha como tatuador, disse que passava pelo local e pegou o capacete no chão.

Vídeos que circulam pelas redes sociais mostram que um dos segurança perdeu o capacete após tropeçar em frente à estação. Para Matheus, a versão de furto foi combinada pelo segurança com policiais militares. Os movimentos sociais também acusam “perseguição política” contra o tatuador.

Segurança

A organização deste #13J também reforça as medidas de precaução para evitar os riscos de contaminação pela covid-19 nos atos presenciais. A orientação é usar máscara o tempo todo (PFF2, de preferência), guardar distância mínima de 1,5 metro dos outros manifestantes e usar álcool em gel 70º nos atos. “Das ruas não sairemos enquanto esse governo genocida de Bolsonaro não cair”, reforça a articulação.

Confira a lista completa dos atos neste #13J

Sudeste

São Paulo

Capital – Teatro Municipal | 17h

Instituto Federal de São Paulo | 12h

Campinas – Catedral Metropolitana | 17h

São Vicente – Praça dos Correios | 17h

Sorocaba – Centro | 16h

Minas Gerais

Belo Horizonte – Praça Afonso Arinos, às 17h

Itaúna – Praça da Matriz | 18h

Itabira – Praça Acrísio Alvarenga | 18h

Juiz de Fora – Correios | 8h30

Montes Claros – Praça do Maracanã | 9h

Ouro Branco – Praça Santa Cruz | 15h30

Poços de Caldas – Praça Pedro Sanches | 17h

Ribeirão das Neves – Praça de Justinópolis | 17h30

Uberaba – Praça Henrique Kruger (Av. Fidelis Reis) | 17h

Uberlândia – Agência dos Correios (Av. Getúlio Vargas) | 11h30

Rio de Janeiro

Capital – Candelária | 17h

Hospital Universitário da UFRJ | 7h

Ato da educação em frente à prefeitura | 10h

Petrópolis em frente a sede do Correios, Centro | 16h

Cabo Frio – Jardim Esperança, 17h

Niterói – Hospital Universitário da UFF | 7h.

Espírito Santo

Vitória – Praça Costa Pereira, às 10h

Nordeste

AL Maceió – Centro em Frente ao antigo Produban |15h.

CE Fortaleza – 15h30 – Praça da Bandeira

Crato – Agência dos Correios | 8h

Juazeiro do Norte- Agência dos Correios, Centro | 8h

PB João Pessoa – Praça Cristo Rei, Mangabeira | 9h

Cajazeiras – Prefeitura | 9h

Campina Grande – Praça da Bandeira | 9h

Patos – Correios, 17h

PE Caruaru – Março Zero | 16h

Garanhuns – Colunata | 15h

PI Teresina – Av. Serafim com Frei Rosa | 17h

RN Natal – Praça do Relógio – Alecrim | 14h30

SE Aracaju – Calçadão João Pessoa | 16h.

Norte

PA Belém – Escadinha da Doca | 17h

Santarém – Praça São Sebastião | 17h

Sul

PR Curitiba – Praça Santo André | 18h

Cascavel, Catedral | 17h

Maringá – Praça da Prefeitura |18h

RS Porto Alegre – Prefeitura | 18h

Passo Fundo – Praça do Teixeirinha |18h30

Pelotas – Mercado Público | 17h

Guaíba – Largo José Cláudio Machado | 17h

SC Florianópolis – Catedral, às 17h

Centro-Oeste

DF Brasília – Edifício sede dos Correios |10h

Rodoviária Plano Piloto | 16h

GO Goiânia – Praça do Bandeirante | 16h

MT Cuiabá – Praça da República | 12h

No exterior

Espanha

Madrid – Plaza Arturo Barea, Lavapiés |19h30