Desde que Michel Temer assumiu a Presidência da República por meio do “golpe” arquitetado por seu partido em conjunto com outras bases o Brasil vem enfrentando momentos difíceis de recessão com sérias crises políticas, sociais, econômicas e institucionais.
Parte dos brasileiros acreditam que o país sofreu um golpe político enquanto a outra parcela da população acredita que tudo ocorreu legalmente dentro dos moldes da normalidade, porém é fato que todos acham que o caminho trilhado por Temer e por sua base governista não está dando certo, pois o Brasil caminha por um túnel escuro e está muito distante e difícil encontrar uma luz no seu fim.
Independentemente da posição política de cada brasileiro num ponto todos concordam: é preciso mudar e mudar rápido. A situação não está fácil para ninguém e o controle fugiu das mãos dos governantes há muito tempo, mesmo com os grandes investimentos publicitários aplicados em cadeias de rádio e TV dizendo que tudo está sob controle e que o Brasil está retomando com o crescimento, a população não compra mais essa ideia e acordou para a realidade que está enfrentando.
Um exemplo disso são os servidores do INSS, pois avaliando o cenário político e o Instituto é fácil perceber que não está fácil trabalhar nas agências e muitos, em processo de aposentadoria, estão endividados e mesmo assim querem se aposentar porque estão cansados, estressados, esgotados e não aguentam mais tanta pressão.
É preciso que o servidor crie um debate em sua APS ou GEX e leve para o Sindicato todas as suas reivindicações, tudo o que está errado e precisa ser mudado para o bem comum de todos. É preciso fazer um enfrentamento para mudar essa conjuntura política. É preciso fazer um raio-x de tudo o que está acontecendo e a mobilização da categoria é a única saída para esse problema.
A greve é o principal instrumento que os servidores têm nas mãos para enfrentar e cobrar desse governo medidas concretas para a base. Somente ela vai pressionar o governo para ao menos ouvir o que a categoria precisa, principalmente a exigência de reajuste salarial para todos do INSS.
O congelamento dos investimentos no setor público, inclusive os salários dos servidores, por 20 anos (PEC do Teto) já está afetando o bolso de todos os trabalhadores. Não é justo uma parcela mínima da população pagar as contas do rombo que o governo fez por meio da corrupção, dentre elas compra de votos para garantir apoio da base no governo para projetos que beneficiam apenas uma pequena parte dos envolvidos. Antes do golpe houveram reajustes salariais para os servidores e agora, no pós golpe, não houve mais.
Esse embate deve envolver os servidores mais jovens como também os da vanguarda que estão prestes a se aposentarem, pois essa parcela é muito importante para o INSS e precisa sim mostrar aos trabalhadores mais jovens que o serviço público precisa de reajustes no salário. Esses servidores precisam deixar essa luta, essa garra que sempre tiveram como herança aos que vão ficar. A responsabilidade dessa luta também é desse servidor que vai se aposentar, a todos os anos que dedicou-se ao serviço público, porque desenvolveu um importante papel à população e merece uma aposentadoria decente.
Diante dessa situação de sucateamento e desmonte do INSS é importante que as Entidades Nacionais (CNTSS e FENASPS) busquem o diálogo e o entendimento e juntas encaminhem a luta na Previdência, por isso é preciso construir um movimento unificado de luta para garantir todos os direitos já conquistados pela categoria e brigar pelos que ainda devem ser implantados. Somente a união de todos os servidores vai garantir isso e a greve é o único caminho para esse enfrentamento.
Clique aqui e acesse a pauta emergencial de reivindicações da Campanha Salarial 2018/2019.
Fonte:Sinssp