Créditos: Comunicação MST
Lista atualizada aponta 409 atos espalhados por 400 municípios de todas as regiões do país. Organizadores reforçam atenção a medidas preventivas, como máscara, álcool gel e distanciamento.

Já são 409 atos espalhados por 402 municípios de todas as regiões do Brasil confirmados para as manifestações deste sábado (19), no chamado #19J. O número, atualizado no final da tarde de quinta-feira (17), já é bem maior do que o primeiro ato, do dia 29 de maio, o 29M, realizado em cerca de 220 localidades. Agora no sábado, como daquela vez, movimentos sociais, sindicatos, organizações feministas e da juventude vão às ruas em defesa, principalmente, da vacinação para todos e do auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia.

A organização das manifestações do #19J reforça a necessidade de respeito às medidas de prevenção contra a pandemia da covid-19. Pede-se distanciamento de 2 metros e o uso de máscara é obrigatório. De preferência PFF2/N95 ou cirúrgica, embaixo de outra máscara, de pano. Sempre bem ajustadas no rosto, sem vazamentos. Caso possível, pede-se que sejam levadas máscaras extras, pra que se possa trocar depois de algumas horas de uso.

A organização alerta também para não compartilhar garrafas de água, alimentos ou qualquer outro objeto pessoal. De preferência, sair de casa alimentado. Não deve haver abraços ou beijos e é necessário o uso frequente de álcool em gel, especialmente quando antes de se levar as mãos aos olhos, boca ou nariz. Não devem participar pessoas com sintoma suspeito de covid-19, teste positivo ou que tiveram contato com pessoas com sintomas ou teste positivo recentemente. Também indica-se, no deslocamento até o ato, dar preferência para transportes com janelas abertas e usar máscara o tempo todo.

Centrais no 18J

Nesta sexta, véspera das manifestações do #19J, as seis maiores centrais sindicais brasileiras organizaram o dia para conversar com os trabalhadores sobre a situação do país e o descaso do governo Bolsonaro na área social e, particularmente, no combate à pandemia. Também serviu como uma convocação para a mobilização de amanhã. Em São Paulo, presidentes das centrais participaram de ato na portaria da MWM, em Jna zona sul da capital, e falaram também sobre a agenda trabalhista no Congresso.

“O nosso Brasil não tem futuro se continuar nesse caminho. Precisamos de um presidente ou uma presidenta à altura do nosso povo, (à altura) do que o momento exige para que o país possa voltar a crescer no caminho da democracia”, disse Sérgio Nobre, da CUT. Com ele estavam Miguel Torres (Força Sindical), Ricardo Patah (UGT), Adilson Araújo (CTB), José Reginaldo Inácio (Nova Central) e Antonio Neto (CSB). “No próximo sábado, estaremos nas ruas pelo Fora Bolsonaro! Mas é preciso ir além. É hora de dizer não à reforma administrativa, exigir os R$ 600 de auxílio emergencial e gritar bem alto: vacina no braço e comida no prato!”, disse Antonio Neto. “Coloque máscara e saia às ruas neste sábado”, reforçou Adilson Araújo.

Força e mobilização

Os seis presidentes assinaram juntos um artigo publicado na quinta (17), pelo Poder360. Cobram, principalmente, vacina para todos, auxílio emergencial de R$ 600, além de defesa do emprego e da renda, combate à carestia e pelo “Fora Bolsonaro”. As centrais mobilizam-se também contra temas estratégicos que tramitam no Congresso Nacional, como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32, a da “reforma” administrativa. Também resistem ao processo de privatização da Eletrobras e de outras empresas públicas. “Nas ruas, com todos os cuidados sanitários, vamos afirmar nosso Basta!”, dizem.

Ainda na quinta, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que as manifestações de sábado são uma convocação da sociedade “para protestar contra o desgoverno e contra o genocídio. “A sociedade começou a andar”. O coordenador da Central de Movimentos Populares (CMP), Raimundo Bonfim, disse, em entrevista ao Jornal Brasil Atual, que todos aqueles que defendem a democracia e combatem as desigualdades “não suportam esse governo” e devem participar do #19J. “Está havendo um levante. O país se aproxima da perda de 500 mil vidas pela covid-19. Bolsonaro é o grande responsável, por não ter adquirido as vacinas no momento adequado.”

 

Fonte: Redação RBA