O ponto chave da reunião foi a questão das perícias médicas do servidor do INSS serem tratadas em algumas Gerências como um atendimento de um segurado do Regime Geral.

SINSSP solicitou uma reunião na Superintendência do INSS (SR1), com o Sr. José Carlos de Oliveira para discutir com o superintendente a questão das perícias médicas do servidor do INSS, as diferenças entre os servidores dentro do mesmo órgão, tanto no quesito salário como no quesito realização das tarefas, GDASS, teletrabalho, dentre outros assuntos.

Em decorrência da não revalidação do SIASS, os servidores do INSS começaram a ter certas dificuldades com a realização das Perícias Médicas, devido aos critérios adotados em algumas Gerências, como por exemplo, a centralização destas perícias em determinada unidade e a exigência de pegar senha e serem atendidos como se fossem um segurado do Regime Geral.

Outro ponto levantado na reunião foi a questão do tratamento diferenciado entre a categoria dos peritos médicos que, por exemplo, não tem SISREF, e o restante do INSS tem, o sindicato questionou o Sr. Oliveira do porquê dessa diferença de tratamento.

Para o Presidente do SINSSP, Pedro Totti, esse assunto é um escândalo. Como pode trabalhadores na mesma Instituição terem tratamento diferenciados com relação ao controle de horário, sendo que os Peritos não precisam ter controle, enquanto os demais servidores tem a “obrigação” de baterem o ponto.

Diante do questionamento, o Sr. Oliveira respondeu que entende a questão, mas houve uma negociação entre o Ministério e o INSS sobre a frequência dos médicos. Sobre as perícias dos servidores informou que será resolvida e já tem reunião marcada com o Planejamento para tratar do assunto e que o Memorando-Circular 19 vai resolver momentaneamente a situação.

Teletrabalho e  INSS Digital

O superintendente relatou estar preocupado com o teletrabalho, porque deve ficar de olho nas agências, elas estão vazias devido ao aumento das aposentadorias. Hoje tem a dificuldade de atender as demandas por conta dos números de servidores que existem. O teletrabalho vai fazer o atendimento dos processos represados, mas quem vai fazer o atendimento nas APS’s? Com o teletrabalho haverá a retirada de 40% de uma determinada agência, isso não vai gerar mais um problema?

Segundo ele, o teletrabalho é legal, não quer dizer que tenha que descartar esse serviço, mas tem que ter o momento certo para fazê-lo. É preciso fazer outras coisas antes: criar o bônus, não ter represamento, fazer os acordos de cooperação, potencializar o INSS digital com link, com equipamentos.

Em São Paulo houve a interrupção da implantação do INSS Digital, pois não há link, não há equipamento. Há uma diferença na implantação nas regiões brasileiras, pois na região Sudeste (São Paulo, em específico) a demanda é de aproximadamente 2 milhões e 300 mil processos. A região Nordeste possui 9 estados populosos, com 1 milhão e 700 mil processos, por isso deu-se uma segurada na implantação do INSS Digital no estado.

O INSS Digital vai ajudar na retirada dos segurados das agências, no apoio de cooperação técnica com as entidades. Tudo vai ajudar, somar, resolver e terá um número real e necessário de pessoas para poder contratar, a partir daí sim chegará o momento de implementar o teletrabalho. “Colocar o teletrabalho como o salvador da pátria só vai agravar ainda mais o problema”, disparou Oliveira.

GDASS e criação de bônus

O SINSSP informou que está acompanhando o INSS digital e verificou que os processos estão sendo represados. A preocupação maior do sindicato é a volta da avaliação da GDASS.

A superintendência garantiu que enquanto houver a implantação do INSS Digital não haverá GDASS, porque não tem como medir o resultado. Embora exista a pressão da CGU para que a meta da GDASS seja apresentada, não vê por enquanto a possibilidade da retomada da avaliação.

Oliveira ressaltou que a produção dos grupos de trabalho no estado de São Paulo é absurdamente alta e vem superando os resultados a cada dia. Hoje, no estado paulista, o custo para analisar um processo está entre R$ 18 e R$ 19. O valor gasto é mínimo perto do efeito que a concessão de um processo gera numa família, na sociedade. Por conta disso a imagem do INSS está muito bem vista pela população, pois o beneficiário já consegue agendar  para  a  mesma  semana  e  perto  de

onde ele prefere realizar o atendimento.

O Superintendente aventou a possibilidade da criação de bônus por processo analisado e quis saber qual seria a posição do Sindicato. O SINSSP manifestou que antes da discussão dessa questão seria de extrema importância retomar a discussão da reposição salarial dos servidores que não tiveram aumento em 2018 e que a questão do bônus deve ser negociada com as Entidades Nacionais.

O Sindicato levantou a situação dos servidores que estão lotados nas Juntas de Recursos e pertencem ao quadro do Ministério, seria interessante que houvesse a equiparação salarial desses através de uma carreira própria. Oliveira ficou de verificar junto ao Presidente do INSS o que é possível fazer neste caso.

GT-Carreira

O SINSSP colocou em pauta para ser discutido um projeto de carreira e a formatação do GT-Carreira, no acordo da greve em 2015, para ser levado ao presidente do INSS, essa iniciativa se deu para que o processo não seja o inverso, ou seja, que ele formate um antes do Sindicato. Também foram discutidos sobre os indicadores ao afastar a GDASS e o debate de carreira.

O Superintendente da SR1 solicitou ao SINSSP fazer uma proposta com relação a essa questão para colocar na pauta da discussão na próxima reunião com os superintendentes em Brasília. Pediu para o sindicato manifestar a sua posição frente a criação de um bônus para o servidor como um plus por conta da sua produtividade.

Estavam presentes pelo SINSSP, Pedro Totti Gex-Piracicaba, Valdir Sabino e Marco Antonio da Gex-Osasco, Idel Profeta, Gex-Santos e Marinaldo Martins da Junta de Recursos. Pela superintendência estavam o presidente, Sr. José Carlos de Oliveira e o assessor, Edson Yamada.

 

Fonte:Sinssp