O sexo feminino além de todos os adjetivos que o cercam ao longo do tempo agregou outros muito importante: a força, a garra e a resistência.

Todo início de março a mulher vira pauta em todos os lugares e ganha holofotes pela comemoração do seu dia. Porém, a data significa muito e vai além das comemorações, o dia 08 de março pede que todo o tabu que envolve o sexo feminino seja discutido e refletido profundamente sobre o papel que a mulher conquistou ao longo de sua história e perante a sociedade atual.

Ao longo dos tempos mulher é sinônimo de resistência, de luta contra o sexo frágil criado para cuidar do marido, do lar, dos filhos e restringir-se à obediência dos pais e depois do marido. Para mudar esse cenário submisso que o Dia Internacional da Mulher ganhou força como movimento para conquistar o resultado de uma série de fatos, lutas e reivindicações das mulheres.

Na lista das conquistas mais importantes alcançadas nos últimos anos está o direito a estudar, a ter uma profissão e poder exercê-la, votar e ser candidata a cargo eletivo, o direito ao divórcio e às decisões referentes ao seu corpo. A resistência deu voz e garantiu direitos que por décadas foram negados.

Ser resistência é o esforço maior em fazer com que a data não seja meramente lembrada, mas  na tentativa de diminuir e, quem sabe um dia, terminar com o preconceito e a desvalorização da mulher que por mais avanços que se tenha conquistado ao longo dos anos e mesmo nos dias atuais (e olha que estamos no século XXI!!!) o sexo feminino ainda sofre por querer ter o seu lugar ao sol.

Vamos pegar como exemplo a mulher brasileira. Ela pode estudar e ter uma profissão. Porém, como é o caminho dessa mulher no mercado de trabalho? Como são recepcionadas em ambientes ocupados por homens, em sua maioria? E a realidade de salários entre o homem e a mulher que ocupam o mesmo cargo e exercem a mesma função?

Quando o assunto é relação entre casais a situação é ainda mais grave. A mulher conquistou o direito em lei de pôr um ponto final em relações infelizes ou abusivas com o seu parceiro, mas as estatísticas revelam um número surpreendente de mulheres que perdem a vida ao tentar resistir e exercer esse direito. Infelizmente a estrutura não permite uma vida sem violência para muitas mulheres!

Diante dessa realidade a mulher necessita viver na resistência para sobreviver. Sobreviver ao sistema, sobreviver ao preconceito, sobreviver aos estereótipos. Resistir é um verbo que deve ser diário na vida do feminino para que a sua voz não seja silenciada.

E hoje, o 8 de março é marcado por uma conjuntura política neoliberal, conservadora e machista que fez o Brasil regredir e retira vários dos direitos conquistados ao longo de muitas lutas. A mulher “bela, recatada e do lar” volta a assombrar a vida de estudantes, pesquisadoras, professoras, metalúrgicas, engenheiras, servidoras públicas e muitas outras.

Contra a opressão a melhor arma é a resistência e a luta. É preciso resistir no agora, é preciso ser resistência por aquelas que lutaram e que foram silenciadas por denunciar as desigualdades.

Diante dessa mensagem, o SINSSP vem parabenizar cada mulher, servidora e não servidora, pelo seu grande dia!!! O sindicato reconhece e se solidariza pela categoria feminina que realiza jornada dupla, e às vezes até mais, trabalhando fora de casa e para o lar. O sexo feminino além de todos os adjetivos que o cercam ao longo do tempo agregou outros muito importante: a força, a garra e a resistência.

 

Fonte:Imprensa SINSSP