Créditos: Agência Brasil

Média móvel de mortes no Brasil chega a 993 por dia, 49% a mais do que há 14 dias. A média móvel de casos também bateu recorde em dois dias seguidos: são 54.784 em 24 h, a maior desde o início da pandemia.

Com mais de mil mortes e 60 mil casos confirmados do novo coronavírus (Covid-19), o Brasil voltou a registrar alto índice de infecções da doença, após as aglomerações nas festas de final de ano.

O Brasil registrou 993 mortes em média nos últimos sete dias, o que representa uma aceleração de 49% na comparação com 14 dias atrás. Desde 8 de janeiro, o país está com acelerações consecutivas, registrando média móvel acima de mil, confirmando a tendência de alta, que não se repetia desde agosto do ano passado.

Já é o quinto dia que o país registra aceleração de pessoas contaminadas e de mortes. De segunda-feira (11) para terça-feira (12), foram confirmados 1.109 casos de pessoas que morreram em decorrência da doença, segundo o consórcio de imprensa. Assim, o total de mortos é de 204.726 desde o início da pandemia. De ontem para hoje, houve 61.660 diagnósticos positivos para coronavírus elevando para 8.195.493 o total de infectados desde o começo da pandemia.

Na semana passada houve uma sequência de cinco dias com mais de mil novas mortes registradas em um intervalo de 24 horas. Entre os dias 5 e 9, foram 1.186, 1.266, 1.120, 1.379 e 1.115, respectivamente.

Foram 993 mortes em média nos últimos sete dias, o que representa uma aceleração de 49% na comparação com 14 dias atrás. Desde o dia 8 de janeiro Brasil está com acelerações consecutivas. O país voltou a registrar média móvel acima de mil, um feito que não se repetia desde agosto.

Em média móvel, 993 mortes por dia, 49% a mais do que há 14 dias – tendência de alta.

A média móvel de casos bateu recorde pelo segundo dia seguido: são 54.784 novos casos por dia, a maior desde o início da pandemia; 51% a mais do que o número de duas semanas atrás.

Estados

Nesta terça, aparecem 14 estados com alta na média de mortes: Amazonas, Rondônia, Roraima, Amapá, Tocantins, Ceará, Pernambuco, Sergipe, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. As maiores altas foram no Amazonas (+217%) e no Ceará (+213%).

Em estabilidade temos o Distrito Federal e 12 estados: Acre, Pará, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Bahia, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Pelo quinto dia seguido, nenhum estado registrou queda.

Nesta terça, os estados com maior média de mortes, começando por São Paulo, com média de 206 mortes por dia, a maior do país, com uma alta de 60%.

O Rio de Janeiro, com média de 163 mortes por dia. Paraná: 103. E Minas Gerais: 95. Apesar do agravamento da pandemia nesses estados terem ocorrido em datas diferentes, os três têm uma alta muito forte agora.

Depois, aparecem o Rio Grande do Sul, com 71; Amazonas, com 57 mortes por dia; e Santa Catarina, com 41.

Mundo bate recorde de casos puxado pelos EUA

Nesta terça-feira (12), o mundo bateu novo recorde 17186 de mortes provocadas pela doença, puxado pelos Estados Unidos, que lideram o ranking de vidas perdidas. O Brasil é o segundo país com mais óbitos. De acordo com o balanço da Universidade Johns Hopkins, foram 4.327 óbitos nos Estados Unidos. Os recordes anteriores eram de 4.195 mortes diárias (7 de janeiro).

Os casos confirmados baterem o quarto recorde nos últimos oito dias com mais de 215 mil. O recorde anterior era de 302 mil infectados, registrado no dia 2 deste mês.

País presidido de Donald Trump, negacionista desde o começo da pandemia, os EUA são o país mais afetado pela maior crise sanitária dos últimos 100 anos, com mais de 380 mil óbitos e 22,8 milhões de casos confirmados até o momento.

O Brasil é o segundo mais castigado pela pandemia e também tem um presidente (Jair Bolsonaro) que minimiza a pandemia até hoje. Já são mais de 204 mil vidas perdidas e 8,1 milhões de casos. Em terceiro vem a Índia com 151 mil e 10,4 milhões, respectivamente.

Vacinação no mundo

No entanto, mesmo com a alta de casos diários de mortes e infecções, os Estados Unidos são o país que mais aplicou vacinas contra a Covid-19 no mundo. Foram 9,33 milhões de doses, segundo o Our World in Data, ligado à Universidade de Oxford.

Em seguida vem China (9 milhões), Reino Unido (2,84 milhões) e Israel (1,93 milhões). Ao todo, foram aplicadas quase 30 milhões de doses em todo o mundo, aponta o levantamento.

Israel é o país que mais aplicou doses em relação à população (22,3%). Na sequência vêm Emirados Árabes Unidos (12,9%), Bahrein (5,7%) e Reino Unido (4,2%).

No Brasil, segundo país com mais caos e mortes, não tem data para começar a imunização em massa e o governo federal ainda não comprou os insumos necessários como agulhas e seringas. O governo não se planejou durante o ano todo e só agora começa está percebendo a falta de seringas para começar a vacinar.

 

Fonte: Redação CUT