Créditos: Imprensa SINSSP

Os servidores da carreira do Seguro Social vêm sofrendo grandes perdas salariais desde o ano de 2017, é o que mostram os números da inflação desse mesmo período, motivo pelo qual leva os servidores do INSS a estarem com defasagem salarial. Por conta disso, o SINSSP encomendou ao DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) um estudo para calcular e atualizar essas perdas.

Os estudos apresentados comprovam o que o SINSSP já previa, a conta não fecha! O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumulado no período de 2017 a 2021 ficou em 28,13%, ou seja, o índice de reajuste salarial necessário para os servidores da Autarquia acompanhar o poder aquisitivo de compra deveria ter sido os mesmos 28,13% do índice nacional acumulado, o que na prática não aconteceu.

Os últimos reajustes que os servidores do Instituto receberam foram referentes aos períodos de 2015 e 2016, sendo incluídos nos contracheques em janeiro de 2016 e janeiro de 2017, conforme o acordado na última greve efetuada pela categoria em 2015.

Os dados levantados pelo DIEESE levaram em consideração o marco inicial para o acompanhamento dos salários da categoria o poder de compra que vigorava em janeiro/2017, em comparação a evolução dos salários pela medição do INPC-IBGE e do IPCA-IBGE que apresentaram uma variação de, respectivamente, 25,38% e 25,15%. Já os salários dos servidores, neste mesmo período, foram reajustados em 0,00%.

A partir dos estudos e dos cálculos solicitados pelo SINSSP, atualmente o índice de reajuste necessário para a categoria, considerando apenas o INPC acumulado desde janeiro/2017, sem a concessão dos reajustes da tabela salarial, o índice de reajuste necessário deveria ser de no mínimo 28,13%.

Os números não mentem e os dados apresentados pelo DIEESE refletem uma defasagem salarial em meio a um cenário político que vende a imagem de servidor público de forma irreal ao dizer que os gastos com o funcionalismo público são exorbitantes, desconstruindo a imagem dos servidores públicos para dar vazão ao plano de privatização.

Diante disso, a categoria precisa ter em mente que será necessário muita luta para termos melhores condições salariais e de trabalho.

É hora de lutar!