Créditos: Foto: Marcelo Seabra/AG Pará, com informações de Agências

Pelo 11º dia seguido, país tem patamar acima de mil mortes diárias. No total, desde o início da pandemia, 9.204.731 pessoas foram infectadas pela doença e 224.504 morreram.

O Brasil encerrou o mês de janeiro com 1.528.758 casos confirmados e 29.555 mortes registradas por Covid-19 ao longo de 31 dias. No total, são 9.204.731 pessoas infectadas pela doença e 224.504 vidas perdidas pela doença no país desde o início da pandemia do novo coronavírus, em março do ano passado.

A média móvel de mortes por Covid-19, que registra as oscilações dos últimos sete dias e elimina distorções entre um número alto de meio de semana e baixo de fim de semana, ficou em 1.065.

É o 11º dia seguido em um patamar acima de mil mortes diárias. Segundo o balanço do consórcio de imprensa, divulgado neste domingo (31), nas últimas 24 horas foram registrados 563 novos óbitos e 27.597 novos casos no país. Lembrando que nos finais de semana e feriados os números são menores porque as equipes são reduzidas.

O Brasil tem registrado uma explosão de casos do novo coronavírus e colapso no sistema de saúde em alguns estados como Manaus, Pará e Roraima. Outro fator que preocupa os especialistas é a circulação de uma nova variante do novo coronavírus potencialmente mais transmissível registrado em Manaus, mas que já se espalhou por algumas capitais.

Estados registram aglomerações

Em São Paulo, apesar do novo decreto do governo do estado que proíbe shows, aglomerações e eventos, bares abriram normalmente em diferentes bairros e regiões da capital paulista. Outro evento que contribuiu para aumentar a concentração de pessoas, que não respeitaram as regras de isolamento e uso de máscaras, foi a final da Libertadores da América.

Próximo ao Allianz Parque, estádio do Palmeiras, torcedores se aglomeraram para comemorar a vitória do time em meio a bares abertos e venda de bebidas nas ruas. A Polícia Militar junto a fiscalização chegou a lacrar entre seis e sete estabelecimentos, mas não dispersou a multidão.

No Rio de Janeiro, as aglomerações no estádio do Maracanã, um dia após o Brasil atingir a maior média móvel de mortes por Covid-19, gerou revolta nas redes sociais. O estádio recebeu a maior aglomeração vista em um evento de futebol profissional no país desde que as torcidas foram vetadas nos estádios.

Os protocolos de segurança contra o coronavírus foram ignorados, e torcedores se aglomeraram para assistir à final entre Santos e Palmeiras. Na semana passada, decreto do governador em exercício do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, descartou venda de ingressos na final da Libertadores, mas liberou 10% da capacidade do Maracanã para convidados, além de profissionais credenciados.

Até o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), foi criticado nas redes sociais por ter ido ao no Rio de Janeiro, num evento que foi marcado por aglomerações.

Lotação e pessoas circulando sem máscaras também foi registrada nas praias do Rio de Janeiro. Neste domingo, a praia de Ipanema foi movimentada. Por volta das 5h, entre o Posto 8 e o Arpoador, cerca de mil pessoas se concentraram na areia da praia para ver o sol nascer.

As aglomerações em Porto Alegre na madrugada deste domingo (31) foram dispersadas pela Guarda Municipal, em ação conjunta com a Brigada Militar e fiscais da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC. As ações ocorreram na Rua Padre Chagas, no bairro Moinhos de Vento; na Rua Fernando Machado, no Centro Histórico; e nas ruas da República e José do Patrocínio, no bairro Cidade Baixa.

Manaus tem aumento de mortes entre pessoas fora do grupo de risco

Com o colapso no sistema de saúde do Amazonas e a circulação de uma nova variante do novo coronavírus potencialmente mais transmissível, o porcentual de mortos por Covid-19 em Manaus entre pessoas fora do grupo de risco dobrou no estado em janeiro e passou a representar quase 20% de todas as vítimas da doença no mês, de acordo com dados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) do Ministério da Saúde, cuja versão mais atualizada até o dia 25 de janeiro.

A análise, que considerou óbitos por Covid-19 por data de ocorrência, aponta que, dos 1.664 mortos pela doença no estado do Amazonas, em janeiro, já inseridos no sistema, 331 deles tinham menos de 60 anos e não sofriam de doenças crônicas. O número equivale a 19,9% do total de vítimas do mês e ao dobro do índice médio de 2020.

No Amazonas, mais de 90% dos leitos para Covid-19 estão ocupados e 541 pacientes estão na fila. Em todo o ano passado, foram 5.303 vítimas da doença, das quais 491 (ou 9,2%) não eram idosas nem possuíam comorbidades.

Brasil passa de 2 milhões de vacinados

Os dados de imunização contra Covid-19 no Brasil neste domingo (31) apontam que 26 estados e o Distrito Federal vacinaram 2.051.295 pessoas, segundo balanço do consórcio de imprensa, divulgado às 20h.

Veja a quantidade de vacinados por estado:

AC: 5.249 (0,59%)

AL: 44.136 (1,32%)

AM: 44.772 (1,06%)

AP: 4.817 (0,56%)

BA: 192.437 (1,29%)

CE: 81.921 (0,89%)

DF: 44.315 (1,45%)

ES: 50.945 (1,25%)

GO: 75.496 (1,06%)

MA: 55.495 (0,78%)

MG: 167.838 (0,79%)

MS: 44.152 (1,57%)

MT: 24.112 (0,68%)

PA: 43.773 (0,50%)

PB: 35.072 (0,87%)

PE: 96.274 (1%)

PI: 31.047 (0,95%)

PR: 134.448 (1,17%)

RJ: 170.528 (0,98%)

RN: 42.547 (1,20%)

RO: 13.888 (0,77%)

RR: 10.715 (1,70%)

RS: 167.652 (1,47%)

SC: 48.733 (0,67%)

SE: 18.957 (0,82%)

SP: 393.379 (0,85%)

TO: 6.994 (0,44%)

 

Fonte: Redação CUT