Gratuita, programação inclui apresentações de dança, música, teatro e oficinas até de culinária indígena, além do debate sobre a importância do território para os povos originais.
O mês que começa será especial para a cultura no estado de São Paulo, com a programação do Abril Indígena, com mais de 300 atividades nas 39 unidades do Sesc espalhadas pela capital paulista, interior e litoral. Rodas de conversa, cursos, vivências, oficinas, apresentações de dança, música e teatro compõem a extensa e variada programação. “É uma iniciativa que pretende mostrar para o público o protagonismo dos povos indígenas”, explica Tatiana Amaral, assistente técnica da Gerência de Estudos e Programas Sociais do Sesc-SP, em entrevista à jornalista Marilu Cabañas, na Rádio Brasil Atual.
As atividades contarão com a presença de indígenas de diversas etnias abordando as mais diversas temáticas, principalmente a luta por território. “A relação dos povos indígenas é muito distinta da relação que os povos não indígenas têm com o território. Não é uma relação de propriedade, é uma relação muito holística. A vitalidade e o bem viver dos povos indígenas depende muito do seu território”, afirma Tatiana.
Entre as atrações, ela destaca o “Ritual Parrir e Parresistir”, a ser realizada por indígenas Krahô, Kariri Xocó e Guaranis junto com palhaços não-indígenas, em uma apresentação-ritual com cantos, danças, brincadeiras e trapalhadas. São duas datas: na próxima sexta-feira (5), na unidade 24 de Maio, e no sábado (6), no Ipiranga.
Tatiana também destaca o show do primeiro grupo de rap guarani do Brasil, o Brô MCs, unindo elementos tradicionais da cultura indígena com a linguagem do hip hop. Naturais de Dourados (MS), os rappers já têm 10 anos de estrada, tendo inspirado outros grupos indígenas que seguiram o mesmo caminho.
Fonte:Redação RBA