Nesta terça-feira (15), as centrais sindicais, entre elas a CUT, estiveram reunidas no centro da capital paulista para definir as primeiras ações unificadas de luta em 2019.
As entidades sindicais seguem em campanha permanente em defesa da Previdência e da Seguridade Social. Desde as eleições do ano passado, elas se posicionam contra as reformas prometidas pelo novo presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), que, ao lado do economista Paulo Guedes, pretende mudar as regras da aposentadoria dos trabalhadores brasileiros.
A primeira iniciativa das centrais neste ano é a realização de uma plenária unitária no dia 20 de fevereiro. O local ainda será divulgado.
Como explicou o presidente da CUT, Vagner Freitas, ao final da reunião, a ideia é construir a resistência a partir das bases. “Orientamos que as CUTs estaduais e os sindicatos realizem plenárias e assembleias discutindo as formas de luta para barrar a reforma da Previdência. Eles [Bolsonaro, Guedes e equipe] querem fazer um processo pior do que [Michel] Temer”, avalia.
Freitas se refere à medida defendida por Bolsonaro e seus apoiadores que é o da capitalização com contas individuais, que substituiria o atual sistema de repartição, financiado de modo tripartite, ou seja, que conta hoje com a participação do Estado, empresas e trabalhadores.
Se o atual governo seguir suas promessas, os trabalhadores vão se aposentar com um valor inferior ao salário mínimo e, ainda, terão de contribuir por mais tempo. Além disso, serão os bancos, seguradoras e até fundos de pensão de estatais que irão administrar – da forma como acharem melhor – a poupança individual dos trabalhadores e das trabalhadoras.